O segredo da sabedoria
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O segredo da sabedoria
Os pesquisadores da Universidade de Cambridge e da Universidade de Oxford, estudaram as personalidades e a biografia de Einstein e Newton.
Isaac Newton é nitidamente um caso clássico da síndrome de Asperger. Não falava e esquecia de comer, tamanho seu envolvimento com o trabalho. Começou a desvendar a lei da gravidade aos 23 anos, era um sujeito distante, de poucas palavras, e freqüentemente tinha acessos de mau humor. Desde a infância, quando se apaixonava por um tema, ele o fazia com tanta intensidade que se impunha longos períodos de solidão para estudá-lo. Outros traços da síndrome de Asperger, o desleixo com a aparência e a mania de reescrever até vinte vezes os seus estudos, sem fazer quase nenhuma alteração de uma cópia para outra.
No caso de Einstein, que formulou a teoria da relatividade aos 26 anos, os sintomas também seriam claros. Quando criança, ele costumava repetir a mesma frase durante horas e estava sempre sozinho. Mais tarde, na Universidade de Princeton, adotou uma rotina curiosa. Fizesse chuva ou sol, todos os dias, ele e seu único amigo (um matemático neurótico chamado Kurt Göbel) saíam para passear depois de se telefonarem pontualmente às 11 horas. Einstein, assim como Newton, também tinha uma maneira peculiar de vestir-se. Ele mantinha sete ternos idênticos.
A maioria dos autistas que chegam a universidade possuem a SA e tem um Q.I normal ou acima da média. A fala desenvolve-se normalmente, existe a inversão pronominal, a linguagem é repetitiva, existe a falha em entender regras que controlam a conduta social, fazem uso de temas repetitivos, as preocupações são intensas, possuem muita originalidade e criatividade. Uma citação de Isaac Newton sobre como revolucionou os princípios físicos, matemáticos e astronômicos, representa sua personalidade: "Se enxerguei além dos outros é por que estava no ombro de gigantes."
O Mundo de Peu
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Re: O segredo da sabedoria
Outros génios com SA:
O compositor Mozart, os filósofos Sócrates, John Kimble e Wittgenstein, o naturalista Charles Darwin, o pintor renascentista Michelangelo, os cineastas Stanley Kubrick, Andy Warhol e Tim Burton, o cantor britânico Gary Numan, o enxadrista/xadrezista Bobby Fischer o empresário/filantopro Bill Gates e o programador Mark Zuckerberg.
O compositor Mozart, os filósofos Sócrates, John Kimble e Wittgenstein, o naturalista Charles Darwin, o pintor renascentista Michelangelo, os cineastas Stanley Kubrick, Andy Warhol e Tim Burton, o cantor britânico Gary Numan, o enxadrista/xadrezista Bobby Fischer o empresário/filantopro Bill Gates e o programador Mark Zuckerberg.
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Re: O segredo da sabedoria
Vale lembrar que existem vários tipos de inteligência, Q.I. é um parametro antiquado.
Mas concordo, as transformações no mundo são feitas não por pessoas normais, mas por pessoas com algum diferencial, inclusive muitos foram considerados loucos.
Não é por nada a fama de "Cientistas Malucos"
Os "malucos" tendem a ser criativos, compensam a falta de lógica-usual com criatividade.
Eu por exemplo, tenho um sintoma que é conhecido como um sintoma de esquisofrenia, que é quando ocorre a troca de letras, ou ordens nas palavras escritas e as vezes faladas também, minha esposa também tem esse sintoma, somos ambos criativos, sendo que ela é mais ainda, seria fácilmente considerada maluca se deixar ela se expressar a vontade.
Trabalho como programador, analista de sistemas, mas tenho uma memória muito ruim, consigo trabalhar porque eu "descubro", "aprendo" constantemente novas situaçoes em que outros se utilizam da memória.
Mas concordo, as transformações no mundo são feitas não por pessoas normais, mas por pessoas com algum diferencial, inclusive muitos foram considerados loucos.
Não é por nada a fama de "Cientistas Malucos"
Os "malucos" tendem a ser criativos, compensam a falta de lógica-usual com criatividade.
Eu por exemplo, tenho um sintoma que é conhecido como um sintoma de esquisofrenia, que é quando ocorre a troca de letras, ou ordens nas palavras escritas e as vezes faladas também, minha esposa também tem esse sintoma, somos ambos criativos, sendo que ela é mais ainda, seria fácilmente considerada maluca se deixar ela se expressar a vontade.
Trabalho como programador, analista de sistemas, mas tenho uma memória muito ruim, consigo trabalhar porque eu "descubro", "aprendo" constantemente novas situaçoes em que outros se utilizam da memória.
Xevious- Físico Profissional
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Re: O segredo da sabedoria
Por esse prisma, podemos dizer que a sabedoria é... doença.
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Re: O segredo da sabedoria
Não diria que seja doença, diria mais que a doença ajuda a chegar à sabedoria. Visto que muitos sábios eram/são saudáveis.Carlos Costa escreveu:Por esse prisma, podemos dizer que a sabedoria é... doença.
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Re: O segredo da sabedoria
A males que vem pra bem.Carlos Costa escreveu:Por esse prisma, podemos dizer que a sabedoria é... doença.
A algum tempo atras, eu cheguei a conclusão de que o Raciocínio seria um efeito colateral de uma evolução que era direcionada a preservação da vida.
Minha teoria esta aqui
Raciocínio seria um defeito?
Xevious- Físico Profissional
- Mensagens : 1024
Re: O segredo da sabedoria
Xevious, tens razão quando dizes que o raciocínio tem como objetivo a conservação da vida; os instintos, por seu turno, têm como objetivo o crescimento do sentimento vital, ou seja, a expansão da vida.
Estuda a filosofia de Sócrates para aprenderes como a Razão se tornou dominante em relação aos instintos.
Estuda a filosofia de Sócrates para aprenderes como a Razão se tornou dominante em relação aos instintos.
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Re: O segredo da sabedoria
Mas não creio que tenhamos assim tanto controle sobre os instintos.Carlos Costa escreveu:Estuda a filosofia de Sócrates para aprenderes como a Razão se tornou dominante em relação aos instintos.
Talvez na época de socrates sim, ou talvez agora os monjes tibetanos também, mas são casos raros.
Na época de Socrates, a universidade era uma escola onde se estudava todos os assutos disponíveis na época, desde medicina a engenharia, passando por matemática e música que ao contrário da nossa cultura atual eram na época assuntos bem mais próximos.
Mas os alunos passavam 7 anos como aprendizes.
Nesta época eles não podiam falar nada, nem fazer perguntas, só escutar e obedescer.
Uma única vez que se desobedescesse essas instruções o aluno era expulso e nunca mais poderia voltar.
Acredito que hoje ainda somos muito movido pelos instintos, mas eles são modificados pela nossa cultura.
Resumindo utilizamos os antigos instintos transformando-os em lucro
O instinto da reprodução:
Hoje é direcionado para o endeusamento da sexualidade feminina, onde elegemos as mais lindas e desejaveis e com isso lucramos vendendo revistas, roupas caras, filmes eróticos etc.
O instinto da alimentação:
Hoje direcionamos ele para o desejo sobre o prazer de comer, ou seja, aqueles que podem pagar por comidas caras e deliciosas, tornam seus fornecedores ricos.
O instinto da sobrevivência:
Direcionamos para o lucro sobre a luta, o endeusamento dos mais fortes.
E por aê vai, pouquissimas pessoas conseguem realmente ter uma razão acima dos instintos.
A grande maioria das pessoas ainda é impulsionada pelos instintos, mas estes foram transformados pela nossa cultura, principalmente pelo marketing, que acaba influenciando as populações, e ao fim de tudo esta o lucro dos poderosos..
Xevious- Físico Profissional
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Re: O segredo da sabedoria
É claro que não controlamos totalmente os instintos: eles são demasiado poderosos. O que aconteceu com Sócrates (e no pior caso, com o Cristianismo) foi uma tentativa de negar, castrar, eliminar os instintos.
É com Sócrates que o ideal de grande homem passou a ser o sábio - quando antes de Sócrates esse ideal de grande homem era Aquiles, guerreiro viril, corajoso e potente.
Os nossos instintos são muito mais apurados (têm milhões de anos de evolução) do que o raciocínio.
Já escrevi sobre isso em O Niilismo Europeu
Deixo aqui a parte do artigo que diz respeito ao raciocínio, a Sócrates e ao seu discípulo Platão (também muito importante no processo de desvalorização do corpo e seus instintos):
"Um pouco mais atrás, no século V a.C., na gloriosa Grécia Antiga, os deuses reinavam com poder, eram o orgulho de todos os gregos, assim como Aquiles, guerreiro belo, forte e valente. Os gregos eram homens instintivos, não conheciam ainda a Razão, isto é, ainda não colocavam a Razão acima do corpo. Um homem percebeu isto: Sócrates. Esse filósofo era um homem de andar na rua, e um homem de muitas perguntas. Ele percebeu que os seus conterrâneos não sabiam muito bem o que faziam, que só ligavam aos ditames do corpo, que faziam tudo sem pensar duas vezes. Sócrates começou então a desvalorizar os deuses e a exigir que os gregos respondessem a tudo utilizando a Razão. Com esse filósofo vagabundo nasce a Razão na Grécia Antiga. Os gregos passaram a ver o pensamento como superior aos instintos, ou seja, a Razão em primeiro lugar e só depois a satisfação dos instintos. É com Sócrates que nasce a tirania contra os instintos, é com ele que nasce a curiosidade inteletual que tudo quer saber, que para tudo quer explicações. Depois de o corpo ser negado, só faltava todo o mundo ser negado; Platão, o melhor discípulo de Sócrates, encarregou-se disso. A paixão ao raciocínio do seu mestre pareceu-lhe uma ideia tão boa que este começou a dizer que aquilo que os sentidos captavam, a única realidade até àquela altura para os gregos, era imperfeito e falso. Chamou-lhe «mundo sensível» (ou «mundo aparente») e criou na sua mente um outro mundo, o «mundo verdadeiro» (ou «mundo inteligível»). Para Platão, o «mundo verdadeiro» só era acessível pela Razão, pela pureza de pensamentos, pelas mentes brilhantes como a sua. O «mundo sensível», esse, foi negado e visto como inferior ao «verdadeiro». O que aconteceu? A realidade foi desvalorizada e um mundo fictício, criado por Platão, foi colocado em primeiro lugar."
É com Sócrates que o ideal de grande homem passou a ser o sábio - quando antes de Sócrates esse ideal de grande homem era Aquiles, guerreiro viril, corajoso e potente.
Os nossos instintos são muito mais apurados (têm milhões de anos de evolução) do que o raciocínio.
Já escrevi sobre isso em O Niilismo Europeu
Deixo aqui a parte do artigo que diz respeito ao raciocínio, a Sócrates e ao seu discípulo Platão (também muito importante no processo de desvalorização do corpo e seus instintos):
"Um pouco mais atrás, no século V a.C., na gloriosa Grécia Antiga, os deuses reinavam com poder, eram o orgulho de todos os gregos, assim como Aquiles, guerreiro belo, forte e valente. Os gregos eram homens instintivos, não conheciam ainda a Razão, isto é, ainda não colocavam a Razão acima do corpo. Um homem percebeu isto: Sócrates. Esse filósofo era um homem de andar na rua, e um homem de muitas perguntas. Ele percebeu que os seus conterrâneos não sabiam muito bem o que faziam, que só ligavam aos ditames do corpo, que faziam tudo sem pensar duas vezes. Sócrates começou então a desvalorizar os deuses e a exigir que os gregos respondessem a tudo utilizando a Razão. Com esse filósofo vagabundo nasce a Razão na Grécia Antiga. Os gregos passaram a ver o pensamento como superior aos instintos, ou seja, a Razão em primeiro lugar e só depois a satisfação dos instintos. É com Sócrates que nasce a tirania contra os instintos, é com ele que nasce a curiosidade inteletual que tudo quer saber, que para tudo quer explicações. Depois de o corpo ser negado, só faltava todo o mundo ser negado; Platão, o melhor discípulo de Sócrates, encarregou-se disso. A paixão ao raciocínio do seu mestre pareceu-lhe uma ideia tão boa que este começou a dizer que aquilo que os sentidos captavam, a única realidade até àquela altura para os gregos, era imperfeito e falso. Chamou-lhe «mundo sensível» (ou «mundo aparente») e criou na sua mente um outro mundo, o «mundo verdadeiro» (ou «mundo inteligível»). Para Platão, o «mundo verdadeiro» só era acessível pela Razão, pela pureza de pensamentos, pelas mentes brilhantes como a sua. O «mundo sensível», esse, foi negado e visto como inferior ao «verdadeiro». O que aconteceu? A realidade foi desvalorizada e um mundo fictício, criado por Platão, foi colocado em primeiro lugar."
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Re: O segredo da sabedoria
Me deparei com esse artigo que tem algo relacionado com este tópicoCarlos Costa escreveu:Por esse prisma, podemos dizer que a sabedoria é... doença.
=> Bactéria poderia ajudar na inteligência
Xevious- Físico Profissional
- Mensagens : 1024
Re: O segredo da sabedoria
Concordo com o enunciado, para se descobrir algo de novo no campo das ideias há a necessidade de uma gigantesca dose de obsessão.
Só se chega a um resultado satisfatório após se ter trilhado todas as outras possibilidades que se demonstram insatisfatórias, e para isto somente com extrema determinação.
Só se chega a um resultado satisfatório após se ter trilhado todas as outras possibilidades que se demonstram insatisfatórias, e para isto somente com extrema determinação.
Re: O segredo da sabedoria
E com uma grande capacidade de sofrimento...rodrigo torri de araujo escreveu:Só se chega a um resultado satisfatório após se ter trilhado todas as outras possibilidades que se demonstram insatisfatórias, e para isto somente com extrema determinação.
Como disse o romano Marco Licínio Crasso: "Quem quer grandes coisas, tem de saber sofrer na mesma medida."
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