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O Tempo, Segundo Jocax

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O Tempo, Segundo Jocax Empty O Tempo, Segundo Jocax

Mensagem por jocax 14th março 2014, 18:18

O TEMPO, SEGUNDO JOCAX

Por João Carlos Holland de Barcellos , (14/marco/2014)

“O tempo é a quantidade de eventos que ocorreram no Universo. (Jocax)”

Palavras chaves: Tempo, Universo, eventos, Relógio, Observador.

Introdução

Não existe algo tão incompreendido na física quanto o conceito de tempo. O tempo é um conceito amplamente utilizado, não apenas na Física mas em quase todas as áreas da ciência e da filosofia e, ainda assim, muito mal compreendido. Muitos autores discordam sobre a existência do tempo e inúmeros filósofos e cientistas discorreram sobre ele [1].

Iremos mostrar que o tempo pode ser definido de maneira simples e objetiva e, a partir dessa definição, todos os mistérios desse conceito podem ser solucionados.
O Tempo de Newton

Muitos, como Isaac Newton, entenderam e entendem o tempo como algo absoluto, que nunca para ou parou, talvez porque imaginam uma espécie de relógio absoluto ininterrupto (como um Deus) de forma que o tempo também não pararia.  Nas palavras de Isaac Newton:
“O tempo absoluto, verdadeiro e matemático, por si só e por própria natureza, flui uniformemente, sem relação com nenhuma coisa externa, e é também chamado de duração” [1]

Este antigo conceito newtoniano de tempo, além de ter sido ultrapassado pela teoria da relatividade [2], também viola o ‘teorema de Kalam’ [3]. De modo que, mesmo na física atual, este conceito de tempo absoluto não mais é utilizado, e está restrito aos filósofos e pensadores mais saudosos.
É interessante observar que mesmo antes da teoria da relatividade, o conceito de tempo foi bastante pensado e discutido [4]. McTaggart, inclusive, afirmava que o tempo era irreal [5].

O Tempo Jocaxiano

A primeira coisa que devemos observar é que o tempo é uma relação entre mudanças de estado:

-Se não há mudança de estado então, também não há tempo e vice-versa.
Só existe tempo se algo muda. Isto é, se ocorre algum evento, isto é, se ocorre alguma alteração em alguma coisa.
Se nada muda no universo o tempo não existe.
Podemos definir o Tempo como:

“O Tempo é a quantidade de eventos que ocorreram no Universo.”

Com esta definição podemos perceber que:

- Sem eventos o tempo não flui. Se ocorreram um zilhão de eventos até agora e a partir de então não ocorreu mais nenhum evento, então o tempo parou na marca de um zilhão.  Se nada mais acontecesse no universo o tempo ficaria parado, sem fluir.

-Se dois eventos ocorrem simultaneamente é porque não existe nenhum outro evento no universo que ocorreu entre os dois.
O Tempo e o observador

Devemos perceber que se a quantidade de eventos que ocorrem no universo é um conceito que depende de como o Universo é observado então o tempo depende do observador. Ou seja, não entramos no mérito de *como* os eventos que ocorrem no Universo seriam computados e como isso dependeria do observador ou seria influenciado por sua movimentação ou não.  Se o computo da contagem dos eventos depender da velocidade do campo gravitacional ou outro aspecto físico do observador, então o tempo também seria relativo a estas causas. Caso contrário, não.
Por exemplo, se a quantidade de eventos que ocorreram no universo até um dado evento qualquer não dependa do observador, então o tempo seria absoluto.

Função do Tempo

A principal função do tempo é a de relacionar a ordem de precedência de eventos [em relação a um observador]. Assim dizemos que:
Um evento ‘A’ precede um evento ‘B’, em relação a um observador, se houver mais ocorrências de mudanças de estado (eventos) no UNIVERSO até o surgimento de ‘B’ do que de ocorrências no surgimento do evento ‘A’.

Ou seja, se houver um número maior de mudanças de estado (de eventos no universo) até o momento da observação do evento ‘B’ do que o de ocorrências de eventos até a observação do evento ‘A’, dizemos que o evento ‘A’ precedeu o evento ‘B’.

Por exemplo, no caso particularíssimo de apenas dois eventos no universo:
Ocorre o evento ‘A’ (apenas um evento), em seguida o evento ‘B’ (segundo evento). Até o surgimento de ‘B’ havia apenas 1 evento no Universo (o evento ‘A’). O surgimento de ‘B’ passa a contar dois eventos no universo, isto é, o Surgimento de ‘A’ conta 1 evento no universo, o de B conta 2. Portanto, segundo nossa definição, ‘A’ precede ‘B’ no tempo.

O Tempo e o Relógio

Como é praticamente *impossível* contar todos os eventos do universo, pode-se utilizar um relógio. O relógio é um sistema (uma espécie de microuniverso) que está sempre mudando de estado. Cada mudança de estado no relógio é chamada de ‘tic-tac’. Assim, o número de 'tic-tacs' no relógio talvez possa fazer o papel de contagem de eventos no universo.

Talvez seja possível *provar* que, utilizando-se um relógio, e, se este marcar uma contagem maior de 'tic-tacs' até o momento de uma observação 'B' do que de 'tic-tacs' em relação à outra observação 'A', Se isso implicar que haverá, necessariamente, também mais eventos no universo ocorridos até o momento da observação de ‘B’ do que ocorridos até o momento da observação de ‘A’, Então o relógio pode perfeitamente ser utilizado para fazer relações de precedência entre eventos segundo o observador que utiliza deste relógio.

Conclusão

Podemos concluir que a ‘relação’ de eventos (mudanças de estado) que define o tempo não é nada mais do que a quantidade de eventos (mudanças de estado) que existiram no universo entre a ocorrência destes eventos. O tempo entre dois momentos, o evento ‘A’ e o evento ‘B’, é a quantidade de eventos do universo que ocorreram entre os eventos ‘A’ e ‘B’ inclusive. E que se o número de eventos de um relógio (‘tic-tacs’) for uma função crescente do número de eventos do universo, então o relógio pode servir para ordenar eventos neste universo.

------------//--------------
Apêndice
– Artigos sobre o tempo
[1A] O “Tempo Absoluto” de Newton
http://obaricentrodamente.blogspot.com.br/2010/05/o-tempo-absoluto-de-newton.html
[1B] As ideias de Newton sobre tempo, espaço e movimento (1883)
http://www.fflch.usp.br/df/opessoa/Mach-4-Mecanica-Espaco-2.pdf
[2A] O tempo de Einstein e o Princípio da Relatividade
http://www.portaldoastronomo.org/tema_pag.php?id=16&pag=2
[2B] O tempo da Física (Henrique Fleming)
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/6264
[3] Teoremas Bocagianos
http://www.genismo.com/logicatexto35.htm
[4] A Natureza do Tempo
http://www.fflch.usp.br/df/opessoa/FiFi-13-Cap03.pdf
[5] “A irrealidade do tempo".
http://www.fflch.usp.br/df/opessoa/McTaggart-com-HQ-1.pdf
[6] O Tempo sem dimensão
https://groups.yahoo.com/neo/groups/Genismo/conversations/topics/7752

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Mensagem por Jonas Paulo Negreiros 11th julho 2016, 22:54

Este antigo conceito newtoniano de tempo, além de ter sido ultrapassado pela teoria da relatividade [2], também viola o ‘teorema de Kalam’ [3].

[3]O Teorema de Kalam

O Teorema de Kalam estabelece que não existe um tempo infinito no passado. Isso acontece porque, se, por absurdo, houvesse algum evento que tivesse ocorrido num tempo infinito no passado, então nosso presente atual demoraria um tempo infinito para chegar partindo-se daquele passado.  Mas o que significa um tempo infinito para ocorrer? Um tempo infinito para algo acontecer significa que nunca acontecerá. Assim, eventos que ocorreram a um tempo infinito no passado implicariam que não poderíamos ter o nosso presente, mas isso é absurdo pois o presente existe, já que estamos nele! Então podemos concluir que não existiu nenhum acontecimento em um tempo infinito no passado, e isso significa que podemos deduzir mais um corolário importante: o tempo teve, necessariamente, de ter um início.
Como não existe um tempo infinito no passado, e o tempo teve que ter um início, segue que o primeiro evento que ocorreu foi um evento sem uma causa anterior, isto é, um evento aleatório. E o teorema está demonstrado.

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Mensagem por Dalua 12th julho 2016, 22:25

Ao meu ver o tempo é apenas uma entidade necessária, um mero referencial para toda ação desenvolvida no espaço. Assim, a sucessão de fenômenos se constituem em experiências subjetivas únicas porque cada um sente o tempo de uma forma diferente. Por outro lado, o tempo como entidade física, concernente ao contexto espaço-tempo da relatividade, assim como o tempo padrão convencionado são entidades diferentes que não condizem com o tempo enquanto experiências individuais. Não obstante essas diferenciações, não podemos simplesmente negar a sua existência, pois tudo na natureza se encontra em constante devir.

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Mensagem por Jonas Paulo Negreiros 25th fevereiro 2017, 11:40

Não temos poder para definir a ordem exata de dois eventos distantes, mas intuitivamente sabemos que ela existe.

Quem admite Deus, onipotente, onisciente e onipresente, não aceita a relatividade do espaço e do tempo em função do movimento.

A invenção do ente espaço-tempo foi uma coisa inútil e injustificável.

A separação do espaço e do tempo deu-se por uma necessidade filosófica e prática.
É impossível definir velocidade sem a identificação do que é espaço e o que é tempo.

Tudo que o homem sabe é resultado de observação e comparação.

O primeiro referencial de tempo foi o movimento do sol, do nascente ao poente.

O homem antigo, por exemplo, já sabia avaliar o máximo de coisas poderia fazer em um único dia.

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Mensagem por Dalua 25th fevereiro 2017, 14:32

Penso que o tempo seja apenas um referencial para a ação desenvolvida no espaço; um ente necessário e indissociável no contexto quadrimensional no qual nos situamos como sujeitos. Pensar o tempo como entidade diferente disso está além de nossa compreensão dentro do contexto dimensional no qual nos situamos.

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