MEDIDOR DE CONFORTO

Medidor de Conforto

Ultimamente, ouvimos boletins meteorológicos que informam um dado curioso: "sensação térmica".

Por exemplo: temperatura 25 graus, sensação térmica 20 graus.

O que está envolvido nessa afirmação é a umidade do ar.

A umidade do ar potencializa o frio e o calor, isto é:
quando o tempo está frio, o corpo humano sente mais frio; se o tempo está quente, o corpo humano sente mais calor.

O que falta para que a medição de "sensação térmica" tornar-se mais realista é considerar os ventos.
Os ventos "roubam" o calor de qualquer corpo e potencializam a sensação de frio nos seres humanos.

Propomos construir um aparelho conforme o desenho abaixo:



O "segredo" da medição de sensação térmica ideal é acoplar um sensor de temperatura, um resistor e um regulador de corrente que mantenha o corpo do resistor na temperatura de 36,5 graus Celsius, ou seja: a própria temperatura do corpo humano.

Para cada situação de temperatura, umidade e ventilação, a quantidade de energia a ser aplicada ao resistor para mantê-lo na temperatura de 36,5 graus Celsius vai variar.

O resultado final da medida de conforto é a quantidade de energia dispendida para cada situação meteorológica.

Imagino que será necessário um microprocessador com algorítimos adequados, a fim de reproduzir a troca de calor ideal entre o corpo humano e o ambiente, cujo resultado final apontará situações de conforto ou desconforto.

Mais um detalhe:

A "afinação" do medidor de conforto terá de ser "personalizada", ou seja: dependerá da altura e do peso do usuário do medidor.

Pessoas magras tendem a ser friorentas e pessoas obesas não se sentem bem em dias quentes, úmidos e sem ventilação

Ah, mais um detalhe:
Em países muito quentes, cujas temperaturas ultrapassam a temperatura do corpo humano, será necessário adicionar ao sensor de conforto uma célula de refrigeração Peltier...

Sensação térmica, é tipo, que lado do muro tu ta.

Imagina que esteja um dia frio, e que esteja ventando muito, um vento que traz uma humidade, aquela chuva fininha.
Mas só pega quem ta num lado do muro.

No outro não ta pegando o vento nem essa chuvinha.

Os dois lados tem sensações térmicas bem diferentes e a temperatura é a mesma

Por muitos anos, viajei à trabalho para para a Cidade de Manaus.
O clima que impera nesta magnífica cidade incrustrada numa selva tropical assemelha-se a sauna: calor e umidade intensas. Ar refrigerado na "Verde Cap" é uma necessidade básica.

Certa vez, estive em Manaus quando uma turbina do grupo de geradores termo-elétricos que abastece a cidade estava em manutenção. Para mitigar o problema, foi definido um rodízio de parada de duas horas para as fábricas, comércio, escritório e hotéis.

Quando terminava o dia, encontrava o quarto do hotel pré-climatizado para uma noite de sono confortável. Havia à disposição na cama dos hóspedes um cobertor de lã, embora leve, necessário para não resfriar-se durante à noite.

Pois bem, em certas madrugadas, a energia era suspensa em setores da cidade. Quando isso acontecia, acordava com uma sensação de calor e desconforto intenso. Era necessário aguardar o retorno da energia para continuar a dormir.

Medidor de Conforto - Aplicação Prática.

Quem dispõe de um aparelho de ar condicionado "inteligente" goza do privilégio de dormir sossegado, principalmente nesses tempos de clima enlouquecido. Mas nem todos podem dispor desse bem, pelo custo elevado de aquisição, funcionamento e manutenção..

Moro em Jundiaí, Região Sudeste do Brasil. Nessas paragens, a situação climática noturna é instável. É comum às noites e madrugadas  notar a instabilidade dos ventos. Ao deitar-se, o quarto está frio e bem ventilado. Chega a madrugada e o vento para. Nessa hora é necessário ligar o ventilador para continuar a dormir. No fim da madrugada, o vento volta e o frio aumenta; nessa hora é necessário desligar o ventilador para poder continuar a dormir.

Penso que um "medidor de conforto" simplificado para uso em conjunto com ventiladores pode mitigar o problema.

Vou trabalhar na ideia; depois publicarei o resultado dos estudos aqui no Forumeiros Fisica2100.

Em minhas investigações, percebo que o problema de ventilação de dormitórios é complicado. Entre outras coisas, é necessário um ajuste arquitetônico nos cômodos na casa.

Imagino um exaustor, semelhante, porém não igual ao das cozinhas, o qual faria uma passagem do ar do ambiente interno do dormitório ao ambiente externo do ar livre.

Em dias muito frios, seria necessário um obturador progressivo de passagem de ar instalado no ventilador, semelhante a persianas, a fim de evitar o escape de ar quente do dormitório em dias muito frios.

À maneira que a diferença de temperatura aumenta, o sentido de giro e velocidade da hélice deve variar. Para tanto, são necessários dois termômetros ligados ao controlador; um interno e um externo.

Quando o ambiente externo estiver mais frio que o interno, será necessário que o ventilador bombeie ar de fora para dentro, de forma progressiva. Pode também acontecer o contrário; dessa maneira o ventilador deve bombear o ar quente do dormitório para o ambiente externo.

É possível também adicionar um nebulizador de água, a fim de manter a umidade do ar adequada. Esse é um recurso crítico, pois umidade excessiva, apesar de tornar o ambiente mais fresco, cria uma situação propícia a proliferação de fungos.

É certo que um condicionador de ar é mais eficiente, porém seu consumo de energia é mais elevado, além do indesejável efeito de ressecamento umidade do ar.