WAM, o robot cirurgião
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WAM, o robot cirurgião
Rui Cortesão, coordenador da equipa de sete investigadores da FCTUC que está a desenvolver o projecto
Desenganem-se os que pensam que médicos assistidos por robôs só em filmes de ficção científica. Investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) estão a desenvolver o WAM, um robô que, dentro de cinco a sete anos, poderá ser utilizado em hospitais para cirurgias minimamente invasivas. Apesar de alguns modelos semelhantes existirem actualmente, o WAM promete ser a solução mais vantajosa.
Rui Cortesão é o coordenador da equipa de sete investigadores da FCTUC que está a desenvolver o projecto. Segundo o docente, “a inovação está na arquitectura de controlo de telemanipulação háptica que garante telepresença”. Como o explica o investigador, graças a esta característica, “o robot fornece sensações de contacto de alta fidelidade, o que é importante em cirurgias delicadas”.
O WAM será utilizado para cirurgias minimamente invasivas, ou seja, para aquelas que são realizadas através de pequenos orifícios abertos no corpo humano ou pelos orifícios naturais. Rui Cortesão revelou ao CH que “os primeiros testes serão feitos em aplicações não invasivas que envolvam contacto, caso da tele-ecografia”. Os testes preliminares de cirurgia não deverão ocorrer, segundo o investigador, num horizonte temporal inferior a três anos. O coordenador explica que, antes de ser testado em humanos vivos, o WAM será utilizado em cirurgia de cadáveres.
O robot pesará apenas 27 quilogramas e será, como o afirma Rui Cortesão, “bastante mais barato” do que o Da Vinci, um modelo similar actualmente existente no mercado. Segundo o investigador, o Da Vinci custa um milhão de euros, tem uma dimensão elevada, ocupando uma sala, e não transmite ao cirurgião a sensação de contacto, a informação de força, que o modelo de robot em desenvolvimento transmitirá.
O WAM ultrapassa, assim, os modelos já existentes, oferecendo melhor conforto para o cirurgião, integração em tempo real dos dados intra-operativos (movimento guiado por imagem e movimento controlado por força), cirurgia menos dolorosa e traumatizante para o paciente e tempo de recuperação mais curto.
Quando questionado sobre a segurança da utilização do WAM, Rui Cortesão afirma que “o robot está equipado com vários dispositivos de segurança, quer a nível de hardware, quer a nível de software”. O investigador acrescenta que “o facto de ser um robô muito leve, com uma inércia reflectida bastante baixa, torna-o ainda mais seguro, mesmo no caso muito improvável de avarias em cascata”.
Segundo Rui Cortesão, o WAM irá potenciar o desempenho do cirurgião e permitir o treino, aprendizagem e ensino em ambientes virtuais. A aplicação na tele-ecografia é também uma das potencialidades do WAM. “Com o encerramento das maternidades, este robot será uma boa opção. O ginecologista pode estar em Coimbra e examinar ecografias em Bragança, Viseu, Guarda ou Castelo Branco, bastando, para tal, a presença de um técnico no hospital”, refere uma nota da FCTUC.
Rui Cortesão revelou que ainda há muito trabalho pela frente. “O controlo da orientação ainda não está concluído, há questões de tempo real a analisar, tendo em vista os atrasos nas comunicações, é preciso implementar métodos adicionais de tolerância a falhas, é preciso projectar interfaces para acomodar as ferramentas cirúrgicas no robot e desenvolver mais software de visualização”, conta o coordenador do projecto.
Para o coordenador do projecto, com o WAM, “o que se pretende é colocar a robótica de manipulação ao serviço da medicina”. O investigador afirma que “a robótica médica tem um potencial enorme de crescimento” e que o robô pode ser “mais um instrumento ao dispor do médico”.
O WAM é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e contará, numa fase final, com uma colaboração com os Hospitais da Universidade de Coimbra.
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Re: WAM, o robot cirurgião
É magnífico o que se refere a estes robos, possuindo ,na maioria das vezes, maior precisão que os médicos.
Mais aí entra uma questão que precisa ser vista com cuidado, se o paciente sofrer alguma hemorragia, ou problema que precise de uma atitude rápida durante a cirurgia, acho que o método tradicional é mais recomendado, visto que a máquina está atrasada em relação ao médico, pois temos um intermediário entre o paciente e o médico, e até a máquina ser desativada, o paciente pode ter o estado piorado! Se bem que não entendo bem de medicina, mas me alegro de ver a passagem:
“O controlo da orientação ainda não está concluído, há questões de tempo real a analisar, tendo em vista os atrasos nas comunicações, é preciso implementar métodos adicionais de tolerância a falhas, é preciso projectar interfaces para acomodar as ferramentas cirúrgicas no robot e desenvolver mais software de visualização”
Pelo menos estão a pensar sobre estes problemas.
Mais aí entra uma questão que precisa ser vista com cuidado, se o paciente sofrer alguma hemorragia, ou problema que precise de uma atitude rápida durante a cirurgia, acho que o método tradicional é mais recomendado, visto que a máquina está atrasada em relação ao médico, pois temos um intermediário entre o paciente e o médico, e até a máquina ser desativada, o paciente pode ter o estado piorado! Se bem que não entendo bem de medicina, mas me alegro de ver a passagem:
“O controlo da orientação ainda não está concluído, há questões de tempo real a analisar, tendo em vista os atrasos nas comunicações, é preciso implementar métodos adicionais de tolerância a falhas, é preciso projectar interfaces para acomodar as ferramentas cirúrgicas no robot e desenvolver mais software de visualização”
Pelo menos estão a pensar sobre estes problemas.
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Re: WAM, o robot cirurgião
Existem mais variáveis, do que as que os róbos podem assimilar. É algo que terá de ser melhorado no futuro.
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