Físico de Partículas por um dia
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Físico de Partículas por um dia
Um dia na pele de um físico de partículas, no mundo dos Quarks e Leptões, para perceber quais os blocos fundamentais que constituem a matéria, como funcionam as forças que os mantêm unidos e que mistérios há ainda por desvendar. A 4ª edição internacional das Masterclasses em Física de Partículas conta este ano com mais de 6000 estudantes, de escolas secundárias de mundo, para experimentar o mundo universitário e a profissão de investigador. A iniciativa decorre desde ontem até 15 de Março, com o apoio de cientistas de mais de 70 universidades e institutos em 21 países de todo o mundo.
Em Portugal, as actividades arrancam no póximo Sábado, pela primeira vez na Universidade da Beira Interior (UBI). Durante a próxima semana, Universidade do Algarve (Quarta-feira, 5 de Março), Instituto Superior Técnico e Universidade de Lisboa (Sábado, 8 de Março) abrem também as portas aos jovens cientistas por um dia. Os programas e objectivos são iguais para todos: exercícios práticos para tornar a ciência mais acessível.
"A ideia é atrair os alunos do secundário para as universidade e para as licenciaturas que incluam a variante de física", disse ao Ciência Hoje Sandra Soares, responsável pela programa na UBI. "A física é pouco divulgada. Como esta variante das partículas é mais especializada acaba por ser também mais motivante", acrecentou.
Na primeira participação da UBI, o programa inclui três palestras em que vai ser feita uma abordagem geral à Física de Partículas, para um público que à partida não sabe nada sobre física, disse a responsável. À tarde vão ser identificadas partículas em acontecimentos reais, tirados do LEF, e os alunos vão fazer um "quiz" para testar o que aprenderam.
"É fácil aprender porque vamos fazer uma abordagem em que são dadas as primeiras ferramentas. A única coisa que é preciso perceber é, quando estamos a visualizar um evento, de que tipo de evento se trata – se temos jactos de partículas, se temos partículas carregadas, se temos por exemplo mesões." explicou Sandra Soares. "Isto não é difícil para um aluno de secundário se houver uma explicação de base", disse.
Os exercícios das Masterclasses vão utilizar dados recolhidos por duas grandes experiências do CERN, o Laboratório Europeu de Física de Partículas e propõem, por exemplo, a análise das colisões de electrões com positrões (as antipartículas dos electrões), que se deslocam com velocidade muito próxima da luz, dentro de um acelerador com um perímetro de 27 km.
Mas um dos pontos altos, diz a organização portuguesa do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP), será uma videoconferência internacional, entre as 15h30 3 as 17h de cada dia de trabalho, onde os alunos dos institutos e escolas que estiveram em actividade vão poder discutir resultados e partilhar experiências.
Da Covilhã para o Rio
Amanhã vão estar em contacto com a UBI, o Rio de Janeiro, os institutos de Göttingen e Dresden, na Alemanha, e um instituto de Atenas, na Grécia. "Os jovens, de escolas de Pinhel, Fornos de Algodres ou da Guarda vão poder comunicar na UBI com alunos de outros países como se fosse de facto uma conferência internacional", disse ao Ciência Hoje Pedro Abreu, responsável pelas actividades no Instituto Superior Técnico, em Lisboa. O objectivo é que os estudantes, num único dia de actividade, sigam a rotina da actividade de um cientista: experimentação, discussão e apresentação de resultados em conferência internacional, disse Pedro Abreu.
"Os alunos, nas idades do secundário, enfrentam hoje uma crise que não é necessariamente de vocações, mas sim de medo da universidade. Utilizamos a física espectacular para motivá-los a vir", afirmou o responsável. "Vêm uma vez e percebem que não é nada de outro mundo, que os professores são humanos, que também se fala e debate. É uma excelente divulgação da universidade e da importância da física, mesmo que mais tarde vão para outras profissões", acrescentou.
De acordo com a organização portuguesa, a adesão às Masterclasses tem sido um sucesso uma vez que os alunos valorizam o facto de poderem conhecer a organização da investigação internacional ao mesmo tempo que descobrem o mundo das partículas subatómicas. Na última edição, 75 por cento dos participantes concluíram que a física moderna deveria ter um papel mais relevante nas suas aulas.
O programa internacional é coordenado por Michael Kobel, professor da Universidade de Dresden, na Alemanha, em cooperação com o Grupo Europeu de Divulgação de Física de Partículas (EPPOG) e com o apoio da Sociedade Europeia de Física (EPS). Os estudantes inscritos recebem um CD-ROM com material relacionado com física de partículas, ferramentas interactivas de estudo e de trabalho sobre os blocos fundamentais de construção da natureza.
Em Portugal, as actividades arrancam no póximo Sábado, pela primeira vez na Universidade da Beira Interior (UBI). Durante a próxima semana, Universidade do Algarve (Quarta-feira, 5 de Março), Instituto Superior Técnico e Universidade de Lisboa (Sábado, 8 de Março) abrem também as portas aos jovens cientistas por um dia. Os programas e objectivos são iguais para todos: exercícios práticos para tornar a ciência mais acessível.
"A ideia é atrair os alunos do secundário para as universidade e para as licenciaturas que incluam a variante de física", disse ao Ciência Hoje Sandra Soares, responsável pela programa na UBI. "A física é pouco divulgada. Como esta variante das partículas é mais especializada acaba por ser também mais motivante", acrecentou.
Na primeira participação da UBI, o programa inclui três palestras em que vai ser feita uma abordagem geral à Física de Partículas, para um público que à partida não sabe nada sobre física, disse a responsável. À tarde vão ser identificadas partículas em acontecimentos reais, tirados do LEF, e os alunos vão fazer um "quiz" para testar o que aprenderam.
"É fácil aprender porque vamos fazer uma abordagem em que são dadas as primeiras ferramentas. A única coisa que é preciso perceber é, quando estamos a visualizar um evento, de que tipo de evento se trata – se temos jactos de partículas, se temos partículas carregadas, se temos por exemplo mesões." explicou Sandra Soares. "Isto não é difícil para um aluno de secundário se houver uma explicação de base", disse.
Os exercícios das Masterclasses vão utilizar dados recolhidos por duas grandes experiências do CERN, o Laboratório Europeu de Física de Partículas e propõem, por exemplo, a análise das colisões de electrões com positrões (as antipartículas dos electrões), que se deslocam com velocidade muito próxima da luz, dentro de um acelerador com um perímetro de 27 km.
Mas um dos pontos altos, diz a organização portuguesa do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP), será uma videoconferência internacional, entre as 15h30 3 as 17h de cada dia de trabalho, onde os alunos dos institutos e escolas que estiveram em actividade vão poder discutir resultados e partilhar experiências.
Da Covilhã para o Rio
Amanhã vão estar em contacto com a UBI, o Rio de Janeiro, os institutos de Göttingen e Dresden, na Alemanha, e um instituto de Atenas, na Grécia. "Os jovens, de escolas de Pinhel, Fornos de Algodres ou da Guarda vão poder comunicar na UBI com alunos de outros países como se fosse de facto uma conferência internacional", disse ao Ciência Hoje Pedro Abreu, responsável pelas actividades no Instituto Superior Técnico, em Lisboa. O objectivo é que os estudantes, num único dia de actividade, sigam a rotina da actividade de um cientista: experimentação, discussão e apresentação de resultados em conferência internacional, disse Pedro Abreu.
"Os alunos, nas idades do secundário, enfrentam hoje uma crise que não é necessariamente de vocações, mas sim de medo da universidade. Utilizamos a física espectacular para motivá-los a vir", afirmou o responsável. "Vêm uma vez e percebem que não é nada de outro mundo, que os professores são humanos, que também se fala e debate. É uma excelente divulgação da universidade e da importância da física, mesmo que mais tarde vão para outras profissões", acrescentou.
De acordo com a organização portuguesa, a adesão às Masterclasses tem sido um sucesso uma vez que os alunos valorizam o facto de poderem conhecer a organização da investigação internacional ao mesmo tempo que descobrem o mundo das partículas subatómicas. Na última edição, 75 por cento dos participantes concluíram que a física moderna deveria ter um papel mais relevante nas suas aulas.
O programa internacional é coordenado por Michael Kobel, professor da Universidade de Dresden, na Alemanha, em cooperação com o Grupo Europeu de Divulgação de Física de Partículas (EPPOG) e com o apoio da Sociedade Europeia de Física (EPS). Os estudantes inscritos recebem um CD-ROM com material relacionado com física de partículas, ferramentas interactivas de estudo e de trabalho sobre os blocos fundamentais de construção da natureza.
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