A expansão do Universo

O nosso universo encontra-se em expansão acelerada. Expande-se a uma velocidade de 68 km/s por Megaparsec – um Megaparsec equivale a 3,26 milhões de anos-luz, ou seja, duas galáxias que estejam separadas por uma distância de 3,26 milhões de anos-luz, afastam-se uma da outra a 68 km/s.

Esta expansão é acelerada porque é proporcional à distância: quanto mais longe uma galáxia se encontra, a uma maior velocidade se afasta.

O que provoca a expansão do universo? Bem, quem descobrir isso ganha o Nobel da Física. A ciência ainda não sabe a resposta.

O que se expande é o tecido do espaço-tempo, e por isso a velocidade de expansão, segundo a Teoria da Relatividade Geral, pode ultrapassar a velocidade da luz. As galáxias que se encontram mais longe da nossa Via Láctea, por exemplo, afastam-se a uma velocidade superior à da luz.

Existe uma energia que é o oposto da força da gravidade. Tal como o calor de um forno expande um bolo de passas, essa energia expande o nosso universo. Chamamos a essa energia “Energia Escura”, dado que ainda não compreendemos a sua verdadeira natureza.

O norte-americano Edwin Hubble foi um dos astrónomos mais influentes do século XX. Em 1929, concluiu que as galáxias se afastam de nós a uma velocidade diretamente proporcional à sua distância, ou seja, quanto mais longe está uma galáxia, maior é a sua velocidade. É o que se conhece como Lei de Hubble ou Lei dos deslocamentos ao vermelho. Esta teoria tem como base a ideia de que o Universo se expande. Para um observador que está na Via Láctea, as galáxias retrocedem em todas as direções, o que pode levar a pensar que a nossa galáxia é o centro do Universo. Mas não é assim. É preciso imaginar o espaço como um globo cheio de pontos que, quando se expandem, se separam entre si.

Já descobriram o ponto central dessa expansão? A única maneira de todas as galáxias estarem se afastando, é ter um ponto central único de expansão. Se existir mais de um ponto, assim como um bolo, certas galáxias estão se aproximando de outras.