Laboratório de física completa maior quebra-cabeças do mundo
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Laboratório de física completa maior quebra-cabeças do mundo
Uma roda de 100 toneladas, a última peça de uma ambiciosa experiência que, esperam os cientistas, ajudará a desvendar os segredos do Universo foi instalada com sucesso numa caverna subterrânea, na sexta-feira (29).
Trata-se do elemento final do detector de partícula ATLAS, o maior dos quatro que serão conectados ao mais poderoso acelerador de partículas do mundo, que a European Organisation for Nuclear Research (CERN) espera começar a operar na metade de 2008.
"A última peça completa o gigantesco quebra-cabeças", anunciou o CERN em comunicado.
A roda foi baixada a um poço de 100 metros de profundidade, e alinhada a distância de um milímetro de outros detectores do CERN, o maior centro mundial de pesquisa de partículas, localizado em um extenso complexo de pesquisas ao longo da fronteira entre França e Suíça.
O detector ATLAS medirá partículas conhecidas como múons, que devem ser geradas em colisões de partículas no acelerador, conhecido como Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês).
O LHC recriará as condições existentes logo depois do Big Bang, explosão que muitos cientistas acreditam ter gerado o Universo, por meio da colisão de dois feixes de partículas em velocidade próxima à da luz.
"À medida que as partículas passam por um campo magnético produzido por imãs supercondutores, o detector tem a capacidade de acompanhá-las com precisão equivalente à espessura de um cabelo humano", segundo o CERN.
As experiências no LHC, que fica em um túnel subterrâneo com circunferência de 27 quilômetros, devem permitir que os físicos dêem um grande salto na jornada que começou com a lei da gravidade de Isaac Newton, segundo a organização.
A ciência não foi capaz até agora de produzir explicações fundamentais com por exemplo como as partículas adquirem massa. As experiências também estudarão a misteriosa matéria escura do Universo, e o motivo pelo qual o Universo possui mais matéria que antimatéria.
"Os primeiros prótons colidirão em breve, e os segredos de nosso Universo começarão a ser desvendados", afirmou o CERN.
O porta-voz do CERN, James Gillies, afirmou: "Nós conhecemos cerca de quatro por cento do Universo. O LHC pode nos ensinar sobre os 96 por cento restantes, que os cosmologistas chamam de matéria escura."
Assim que o LHC começar a funcionar, deve levar provavelmente um ano para que uma "nova física" surja, disse ele. Ciência útil deve ser continuamente produzida por até 20 anos.
Cerca de 10 mil cientistas ao redor do mundo, incluindo do Brasil, trabalharam no complexo desde o início de sua construção em 1994.
A maioria deles, cerca de 6 mil, são dos 20 países europeus membros do CERN, mas a maior nacionalidade presente no projeto é a dos Estados Unidos, com 1.000 pesquisadores, seguidos por russos, informou Gillies.
Antes que o LHC possa começar a operar, cerca de 38 mil toneladas de equipamentos precisam ser resfriadas a uma temperatura de 271 graus Celsius negativos para que os grandes ímãs passem a funcionar no estado de supercondutores. Esse resfriamento será feito com ajuda de várias toneladas de nitrogênio e hélio líquidos.
"Isso realmente é mais frio que o espaço sideral. É uma tarefa muito grande", disse Gillies. "É essencialmente como funciona uma geladeira, mas é extraordinariamente grande e a temperatura é incrivelmente fria."
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL332465-5603,00.html
Trata-se do elemento final do detector de partícula ATLAS, o maior dos quatro que serão conectados ao mais poderoso acelerador de partículas do mundo, que a European Organisation for Nuclear Research (CERN) espera começar a operar na metade de 2008.
"A última peça completa o gigantesco quebra-cabeças", anunciou o CERN em comunicado.
A roda foi baixada a um poço de 100 metros de profundidade, e alinhada a distância de um milímetro de outros detectores do CERN, o maior centro mundial de pesquisa de partículas, localizado em um extenso complexo de pesquisas ao longo da fronteira entre França e Suíça.
O detector ATLAS medirá partículas conhecidas como múons, que devem ser geradas em colisões de partículas no acelerador, conhecido como Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês).
O LHC recriará as condições existentes logo depois do Big Bang, explosão que muitos cientistas acreditam ter gerado o Universo, por meio da colisão de dois feixes de partículas em velocidade próxima à da luz.
"À medida que as partículas passam por um campo magnético produzido por imãs supercondutores, o detector tem a capacidade de acompanhá-las com precisão equivalente à espessura de um cabelo humano", segundo o CERN.
As experiências no LHC, que fica em um túnel subterrâneo com circunferência de 27 quilômetros, devem permitir que os físicos dêem um grande salto na jornada que começou com a lei da gravidade de Isaac Newton, segundo a organização.
A ciência não foi capaz até agora de produzir explicações fundamentais com por exemplo como as partículas adquirem massa. As experiências também estudarão a misteriosa matéria escura do Universo, e o motivo pelo qual o Universo possui mais matéria que antimatéria.
"Os primeiros prótons colidirão em breve, e os segredos de nosso Universo começarão a ser desvendados", afirmou o CERN.
O porta-voz do CERN, James Gillies, afirmou: "Nós conhecemos cerca de quatro por cento do Universo. O LHC pode nos ensinar sobre os 96 por cento restantes, que os cosmologistas chamam de matéria escura."
Assim que o LHC começar a funcionar, deve levar provavelmente um ano para que uma "nova física" surja, disse ele. Ciência útil deve ser continuamente produzida por até 20 anos.
Cerca de 10 mil cientistas ao redor do mundo, incluindo do Brasil, trabalharam no complexo desde o início de sua construção em 1994.
A maioria deles, cerca de 6 mil, são dos 20 países europeus membros do CERN, mas a maior nacionalidade presente no projeto é a dos Estados Unidos, com 1.000 pesquisadores, seguidos por russos, informou Gillies.
Antes que o LHC possa começar a operar, cerca de 38 mil toneladas de equipamentos precisam ser resfriadas a uma temperatura de 271 graus Celsius negativos para que os grandes ímãs passem a funcionar no estado de supercondutores. Esse resfriamento será feito com ajuda de várias toneladas de nitrogênio e hélio líquidos.
"Isso realmente é mais frio que o espaço sideral. É uma tarefa muito grande", disse Gillies. "É essencialmente como funciona uma geladeira, mas é extraordinariamente grande e a temperatura é incrivelmente fria."
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