El-E: o robot que vai buscar os objectos que o dono quer

Charlie Kemp, coordenador do projecto, a receber uma toalha do El-E

O El-E promete dar literalmente uma mãozinha às pessoas com mobilidade reduzida. Uma equipa de investigadores em robótica aplicada aos cuidados de saúde, do Instituto de Tecnologia da Georgia e da Universidade Emory, nos Estados Unidos, está a desenvolver um robot capaz de revolucionar a tecnologia já existente de apoio ao doente em casa. A grande novidade é um ponteiro laser, de cor verde, que faz com o robot saiba exactamente o que é que o seu dono quer que ele vá buscar.


O projecto do El-E, coordenado por Charlie Kemp, especialista em robótica e cuidados médicos, tem conseguido superar obstáculos como as "ordens" pouco precisas dos utilizadores ou o problema da percepção do objecto. O robot foi apresentado na Conferência Internacional ACM/IEEE, sobre Interacção Humano-Robot, que teve lugar no dia 14 de Março em Amesterdão.

E-LE agarra toalhas, medicamentos e telemóveis

Segundo os responsáveis, o robot foi concebido para ajudar nas tarefas do dia-a-dia e é capaz de se deslocar autonomamente até um objecto seleccionado com um ponteiro laser. O El-E consegue agarrar o objecto e trazê-lo ao utilizador, entregá-lo a uma segunda pessoa ou colocá-lo noutro lugar indicado pelo ponteiro laser. Preparado para manobrar vários tipos de objectos, desde toalhas, a medicamentos ou telemóveis, apresenta como grande vantagem o facto de conseguir recolher objectos que estejam no chão ou em prateleiras elevadas, posições cujo acesso exige algum esforço para pessoas com mobilidade limitada.

Mas a grande novidade, explica Charlie Kemp, é que o El-E não precisa de reconhecer verbalmente a ordem do utilizador. Segundo o investigador, as instruções verbais que uma pessoa dá a alguém quando quer um determinado objecto eram muito difíceis de assimilar por um robot. Indicações como "o copo em cima do sofá" ou a "escova ao lado da escova de dentes vermelha" exigiam que o robot compreendesse a linguagem quotidiana e tivesse software de ponta ao nível do reconhecimento da linguagem e percepção dos objectos.

"Nós, humanos, quando indicamos coisas mas não somos muito precisos, jogamos com o contexto ou damos pistas verbais para clarificar a que objecto nos referimos", explica o investigador. "Os robots têm alguma capacidade de encontrar objectos predefinidos, com uma lata de refrigerante, mas reconhecer os objectos que utilizamos todos os dias tem sido um desafio".

Comunicação mais directa

O ponteiro de laser e outros métodos de localização desenvolvidos pela equipa têm superado este obstáculo. Ao fornecer uma forma mais directa de comunicação, que permite encaminhar o robot numa direcção precisa, o El-E vai conseguir manobrar objectos sem ter de saber o que é o objecto ou como se chama.

A solução, dizem os investigadores, é simplificar as tarefas. Dentro de casa os objectos estão geralmente em superfícies macias, lisas e com uma aparência uniforme, como o chão, mesas ou prateleiras. Logo, o robot tem de tirar partido dessas estruturas.

O método de funcionamento é igual onde quer que esteja o objecto. O El-E utiliza uma câmara omnidireccional para a ver o espaço onde se encontra. Depois de detectar uma selecção feita pelo ponteiro laser, utiliza duas câmaras para focar o ponto assinalado e triangular a sua posição no espaço tridimensional.

Depois de estimar a localização do objecto em relação a si próprio, desloca-se até ele e detecta os limites da superfície onde se encontra, por exemplo, as bordas de uma mesa.

Tecnologia para agarrar o desconhecido

A fase mais complicada, explicam os investigadores, é "agarrar o desconhecido". O El-E utiliza um feixe laser para examinar a superfície e perceber onde está o objecto. Depois utiliza uma câmara incorporada na mão para o distinguir visualmente da textura da superfície. Redefine então a posição e orientação da mão e desce sobre o objecto. Através de sensores decide quando parar e agarra o item com uma espécie de pinça.

Quando já tem o objecto na mão, o utilizador deve usar o ponteiro laser para apontar a direcção ou pessoa onde deve ser entregue. O El-E distingue entre estas duas situações através de um processo de detecção de um rosto na direcção apontada.

"Se queremos que um robot cozinhe ou nos penteie o cabelo, temos primeiro de garantir que consegue ir buscar os objectos necessários e, para tarefas como limpezas, é importante que o robot consiga agarrar objectos e deslocá-los para novas localizações. Esta capacidade de mover objectos é o núcleo de futuros desenvolvimentos no campo dos cuidados médicos", disse Kemp.

Segundo o investigador, a equipa quer agora alargar as capacidades do El-E, nomeadamente a acender e apagar luzes e fechar e abrir portas, mediante a selecção com o ponteiro laser de um interruptor ou maçaneta.

Tenho k comprar um eheheheh

tig escreveu:Tenho k comprar um eheheheh

Os robots estão cada vez a ficar mais "inteligentes". As opções nas suas programações são imensas e cada vez mais complexas. Alguns especialistas afirmam que alguns até criam quase emoções como nós. Alguns conseguem decidir opções que os programadores não esperavam. É realmente incrível como nós conseguimos que um pedaço de metal se assemelhe a nós...

Como nota deixo a saber que na revista Notícias Magazine, que saiu no domingo passado com o Jornal de Noticias, vem um artigo espectacular sobre robots.

No outro dia vi uma noticia já não me lembro é onde que já existem robots com forma humana k só servem para relações sexuais... Quando descobrir coloco aqui..

tig escreveu:No outro dia vi uma noticia já não me lembro é onde que já existem robots com forma humana k só servem para relações sexuais... Quando descobrir coloco aqui..

Creio que isso não é preciso, porque os seres humanos já dão conta do recado.
A população mundial está a aumentar de década para década.

O que eu li foi sobre a criação de robots para desempenhar trabalhos como empregado de mesa, serviços mecânicos e outros. Podiam até desenvolver robots para trabalhar em aceleradores de partículas.

Mas isso era mau... Pois assim a taxa de desemprego irá subir expoencialmente... e aliás de momento ainda prefiro comboios com motorista que automaticos...

tig escreveu:Mas isso era mau... Pois assim a taxa de desemprego irá subir expoencialmente... e aliás de momento ainda prefiro comboios com motorista que automaticos...

Sim tig, esse é um dos grandes problemas dessa área. Robots a desempenhar trabalhos é extremamente bom para os capitalistas, mas mau para os trabalhadores, porque aumentará em muito o desemprego. Mas como sabes o capitalismo tem muita força, e por isso creio que esse será um dos grandes problemas sociais do século 22...

É que vai ser mesmo... Mas robots para fazer as coisas em casa é bem pensado porque ai as pessoas que não têm dinheiro para empregadas domesticas podem smp comprar um robô para ir buscar a cerveja ou o sumo ou mesmo os amendoins enquanto se vê uma partida de futebol na TV.