Um novo olhar sobre a escrita
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Um novo olhar sobre a escrita
Um novo olhar sobre a escrita: a contribuição das ciências cognitivas e da semiótica para o desenvolvimento de uma ciência da escrita
Marcel Pauluk
Departamento de Design – Universidade Federal do Paraná
A despeito de sua vital importância cognitiva e social, a escrita nunca alcançou, por si mesma, um lugar de destaque dentro da Academia que não fosse através de estudos literários ou relacionados a técnicas de ensino e aprendizagem.
Ainda que estes estudos tenham grande valor na compreensão dos gêneros de discurso e das metodologias de ensino da escrita, aspectos fundamentais de seu funcionamento semiótico e cognitivo acabaram por ser totalmente relegados pelas limitações próprias de cada uma destas abordagens.
O arcabouço teórico da Semiótica e das Ciências Cognitivas tem proporcionado o entendimento de alguns destes aspectos, colaborando para o estabelecimento de uma verdadeira Ciência da Escrita.
A abrangência e o aprofundamento destes estudos ainda é limitada, porém bastante promissora.
Ciências & Cognição 2004; Vol. 02: 02-10.
Mais:
http://www.cienciasecognicao.org/pdf/m32410.pdf
Marcel Pauluk
Departamento de Design – Universidade Federal do Paraná
A despeito de sua vital importância cognitiva e social, a escrita nunca alcançou, por si mesma, um lugar de destaque dentro da Academia que não fosse através de estudos literários ou relacionados a técnicas de ensino e aprendizagem.
Ainda que estes estudos tenham grande valor na compreensão dos gêneros de discurso e das metodologias de ensino da escrita, aspectos fundamentais de seu funcionamento semiótico e cognitivo acabaram por ser totalmente relegados pelas limitações próprias de cada uma destas abordagens.
O arcabouço teórico da Semiótica e das Ciências Cognitivas tem proporcionado o entendimento de alguns destes aspectos, colaborando para o estabelecimento de uma verdadeira Ciência da Escrita.
A abrangência e o aprofundamento destes estudos ainda é limitada, porém bastante promissora.
Ciências & Cognição 2004; Vol. 02: 02-10.
Mais:
http://www.cienciasecognicao.org/pdf/m32410.pdf
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Um novo olhar sobre a escrita
Jean Piaget e o ambiente de confusão generalizada
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Um novo olhar sobre a escrita
Eu acho que nossa forma de escrita é uma bagunça.
É bastante ilógico.
E gostaria de mudar isso.
Por isso propus a criação de uma mudança na nossa lingua.
Mas não na fala, apenas na escrita.
Segundo estas regras.
- C: deixa de ser ter o nome de SE e passa a ter o nome de QUE, e sempre tem som de K.
- G: O nome passou a ter som de GUE, sem o U, e ficou sempre com o som de GA, GUE, GUI, GO, GU
- J: Todas palavras com som de "J" mas escritas com "G", passam a ser escritas com "J"
- H: Some (quando não tem som)
- K: Some (Substituído por C)
- Q: Some (Substituído por C)
- S: Sempre o som de "S" mesmo, nunca mais "Z"
- SS: Passa a ser só S
CH: Passa a ser X
NH: passa a ser Ñ
LH: Contiua
É bastante ilógico.
E gostaria de mudar isso.
Por isso propus a criação de uma mudança na nossa lingua.
Mas não na fala, apenas na escrita.
Segundo estas regras.
- C: deixa de ser ter o nome de SE e passa a ter o nome de QUE, e sempre tem som de K.
- G: O nome passou a ter som de GUE, sem o U, e ficou sempre com o som de GA, GUE, GUI, GO, GU
- J: Todas palavras com som de "J" mas escritas com "G", passam a ser escritas com "J"
- H: Some (quando não tem som)
- K: Some (Substituído por C)
- Q: Some (Substituído por C)
- S: Sempre o som de "S" mesmo, nunca mais "Z"
- SS: Passa a ser só S
CH: Passa a ser X
NH: passa a ser Ñ
LH: Contiua
Xevious- Físico Profissional
- Mensagens : 1024
Re: Um novo olhar sobre a escrita
A língua tem alma, Xevious... a grafia de muitas palavras são as mesmas em várias línguas.
Uma iniciativa isolada de reforma ortográfica radical seria um desastre, embora vez ou outra topamos com falsos cognatos em línguas estrangeiras. Um exemplo banal: "to realize" em inglês não significa realizar, mas observar... Parece que os latinos e anglo-saxões enxergam o mundo de forma diversa.
Hoje temos à disposição corretores ortográficos de alta eficiência, de modo que a questão dos erros de escrita está superada, mas os tradutores automáticos ainda deixam a desejar. Afinal, nossa lógica é diferente do computador.
Sem levar em conta a grafia, mesmo a comunicação verbal é cheia de armadilhas.
Quantas vezes, no meu tempo escola técnica, interpretei erroneamente uma explicação do mestre, ou de um livro-texto adotado. Quando isso acontecia, percebia que nada mais fazia sentido à seguir.
Uma tática que uso há muito tempo é ler livros ou textos sobre um mesmo tema, porém de autores diferentes.
Às vezes, a consulta de outro professor ou autor ajuda a resolver o problema.
Por último, várias palavras mudam ou ampliam o sentido ao longo da história humana. Os motivos são vários. Talvez o principal venha de conflitos e perseguições.
Até Cristo precisou discursar em parábolas, caso contrário seria preso pelos inimigos como foi João, de modo que o Salvador não teria concluído sua obra terrena em sua breve passagem pela Terra.
Uma iniciativa isolada de reforma ortográfica radical seria um desastre, embora vez ou outra topamos com falsos cognatos em línguas estrangeiras. Um exemplo banal: "to realize" em inglês não significa realizar, mas observar... Parece que os latinos e anglo-saxões enxergam o mundo de forma diversa.
Hoje temos à disposição corretores ortográficos de alta eficiência, de modo que a questão dos erros de escrita está superada, mas os tradutores automáticos ainda deixam a desejar. Afinal, nossa lógica é diferente do computador.
Sem levar em conta a grafia, mesmo a comunicação verbal é cheia de armadilhas.
Quantas vezes, no meu tempo escola técnica, interpretei erroneamente uma explicação do mestre, ou de um livro-texto adotado. Quando isso acontecia, percebia que nada mais fazia sentido à seguir.
Uma tática que uso há muito tempo é ler livros ou textos sobre um mesmo tema, porém de autores diferentes.
Às vezes, a consulta de outro professor ou autor ajuda a resolver o problema.
Por último, várias palavras mudam ou ampliam o sentido ao longo da história humana. Os motivos são vários. Talvez o principal venha de conflitos e perseguições.
Até Cristo precisou discursar em parábolas, caso contrário seria preso pelos inimigos como foi João, de modo que o Salvador não teria concluído sua obra terrena em sua breve passagem pela Terra.
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Um novo olhar sobre a escrita
Mas não é radical é NATURALJonas Paulo Negreiros escreveu:Uma iniciativa isolada de reforma ortográfica radical seria um desastre
Me diga..
Se nossa escrita já fosse como a proposta da "Escrita Brazileira" (é o nome da proposta de alteação de escrita)
e então alguém viesse com regras como "Cebola se escreve com "C" e Sapo não..
creio que o povo acharia tão incompreensível que recusaria fortemente uma alteração assim
Já ao contrário, da forma da escrita atual, para a "Brazileira" não, afinal ela é totalmente lógica
As crianças teriam uma facilidade maior ainda na desenvoltura da escrita
Xevious- Físico Profissional
- Mensagens : 1024
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