Alguns físicos defendem que os relógios não medem «o tempo real»
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Alguns físicos defendem que os relógios não medem «o tempo real»
«Alguns físicos defendem que os relógios não medem "o tempo real"»
Para Einstein, não há outro tempo senão o que é medido por relógios. Se quiséssemos entender que não é correcto associar «o tempo propriamente dito» às medições feitas por relógios, já que o ritmo destes se altera, seria preciso encontrarmos uma definição de um «tempo absoluto», o que não parece possível. Já Poincaré, em 1902, afirmava que o tempo não é absoluto. No entanto, há ainda hoje físicos que se perguntam se, pelo facto de o «ritmo do tempo» medido por um relógio se alterar, devemos concluir que «o tempo propriamente dito» se está «de facto» a alterar. Pode existir de facto um tempo absoluto e, quando falamos em ritmos diferentes de «passagem do tempo», estamo-nos a deixar enganar pela variação de ritmo dos relógios. Esses físicos defendem que com os relógios não medimos o tempo; apenas determinamos a diferença entre os dois números que correspondem a duas configurações diferentes de um relógio no nosso referencial; trata-se de um número puro, sem informação sobre o «tempo absoluto». Desse ponto de vista, as variáveis t e t' da fórmula de Lorentz não corresponderiam ao tempo mas sim a números, correspondentes a duas configurações de dois relógios, em dois referenciais diferentes. Se parece que há uma dilatação do tempo é porque estamos a ser enganados por relógios correndo a ritmos diferentes em referenciais diferentes.
Como um segundo é definido como correspondendo a um certo número de oscilações detectadas num relógio, e como as oscilações num relógio em repouso e num outro em movimento ocorrem com ritmos diferentes, Einstein deduz que a duração de um «segundo» é diferente em cada um deles - o que implica uma dilatação do «tempo». Mas se supusermos que existe um «segundo absoluto», que corresponde a um intervalo de tempo marcado por um relógio em repouso e distante de qualquer potencial gravitacional, então poderemos concluir que os dois «intervalos de um segundo aparente» medidos pelos dois relógios são de facto diferentes e o que acontece é que a medição da duração de um «segundo absoluto» varia com a velocidade e com o potencial gravitacional associados ao referencial de um relógio - não havendo, na realidade, uma dilatação do «tempo real».
Para Einstein, não há outro tempo senão o que é medido por relógios. Se quiséssemos entender que não é correcto associar «o tempo propriamente dito» às medições feitas por relógios, já que o ritmo destes se altera, seria preciso encontrarmos uma definição de um «tempo absoluto», o que não parece possível. Já Poincaré, em 1902, afirmava que o tempo não é absoluto. No entanto, há ainda hoje físicos que se perguntam se, pelo facto de o «ritmo do tempo» medido por um relógio se alterar, devemos concluir que «o tempo propriamente dito» se está «de facto» a alterar. Pode existir de facto um tempo absoluto e, quando falamos em ritmos diferentes de «passagem do tempo», estamo-nos a deixar enganar pela variação de ritmo dos relógios. Esses físicos defendem que com os relógios não medimos o tempo; apenas determinamos a diferença entre os dois números que correspondem a duas configurações diferentes de um relógio no nosso referencial; trata-se de um número puro, sem informação sobre o «tempo absoluto». Desse ponto de vista, as variáveis t e t' da fórmula de Lorentz não corresponderiam ao tempo mas sim a números, correspondentes a duas configurações de dois relógios, em dois referenciais diferentes. Se parece que há uma dilatação do tempo é porque estamos a ser enganados por relógios correndo a ritmos diferentes em referenciais diferentes.
Como um segundo é definido como correspondendo a um certo número de oscilações detectadas num relógio, e como as oscilações num relógio em repouso e num outro em movimento ocorrem com ritmos diferentes, Einstein deduz que a duração de um «segundo» é diferente em cada um deles - o que implica uma dilatação do «tempo». Mas se supusermos que existe um «segundo absoluto», que corresponde a um intervalo de tempo marcado por um relógio em repouso e distante de qualquer potencial gravitacional, então poderemos concluir que os dois «intervalos de um segundo aparente» medidos pelos dois relógios são de facto diferentes e o que acontece é que a medição da duração de um «segundo absoluto» varia com a velocidade e com o potencial gravitacional associados ao referencial de um relógio - não havendo, na realidade, uma dilatação do «tempo real».
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Que mensagem nos envia a natureza? Qual dos nossos preceitos, que erigimos de forma demasiado fácil em certezas, é preciso pôr em causa? -Albert Einstein
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Re: Alguns físicos defendem que os relógios não medem «o tempo real»
Que acham deste artigo? Sera que esses fisicos tem razao?
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Re: Alguns físicos defendem que os relógios não medem «o tempo real»
Bem, o problemo é mesmo a definição de "tempo real".
O tempo é visto e sentido por nós, conforme as nossas noções de tempo e espaço. O nosso sistema nervoso é que o capta. Para mim o tempo depende do movimento. É um subproduto do movimento.
O tempo é visto e sentido por nós, conforme as nossas noções de tempo e espaço. O nosso sistema nervoso é que o capta. Para mim o tempo depende do movimento. É um subproduto do movimento.
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Re: Alguns físicos defendem que os relógios não medem «o tempo real»
Partilho da mesma opiniao.Carlos Costa escreveu:Bem, o problemo é mesmo a definição de "tempo real".
O tempo é visto e sentido por nós, conforme as nossas noções de tempo e espaço. O nosso sistema nervoso é que o capta. Para mim o tempo depende do movimento. É um subproduto do movimento.
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Re: Alguns físicos defendem que os relógios não medem «o tempo real»
Eu como acredito que o tempo é uma dimensão concordo plenamente que os relogios que arranjarmos estarao apenas de acordo com o relogio que nos conhecemos! "24h por dia"
tig- Membro Ativo
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Idade : 38
Re: Alguns físicos defendem que os relógios não medem «o tempo real»
Para mim o tempo é movimento sem movimento não existe tempo.
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Re: Alguns físicos defendem que os relógios não medem «o tempo real»
Newtein escreveu:Para mim o tempo é movimento sem movimento não existe tempo.
você já fez os cálculos? me descreva melhor esta colocação?
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G. Grivott
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G. Grivott- Membro Regular
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Re: Alguns físicos defendem que os relógios não medem «o tempo real»
Tomemos em atençao so o tempo local(que diz resteipo a uma pessoa) se todo o seu movimento sessar ate os electroes que giram em volta do nucleo o seu tempo desaparece pois nao assistimos a nenhuma evolução.
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Re: Alguns físicos defendem que os relógios não medem «o tempo real»
Oras, nós que inventamos a medição do tempo e não o tempo, não me é estranho que isso aconteça. A medição do tempo é uma necessidade decorrente de nossas evoluções, claro que temos grau 1 de acerto nos cálculos clássicos, porque é um sistema fechado. Já na relatividade e suas variáveis, o sistema é aberto a vários fatores que influenciam o tempo, e não o tem como fixo.
Safra- Membro Ativo
- Mensagens : 497
Idade : 34
Localização : São Paulo
Re: Alguns físicos defendem que os relógios não medem «o tempo real»
o que esses fisicos defendem é o que eu defendo! ha um tempo absoluto! no qual para ser medido deve estar em repouso e livre de campos gravitacionais.
ps: alguem sabe o mecanismo no qual o relogio mede o tempo?
Como um segundo é definido como correspondendo a um certo número de oscilações detectadas num relógio que oscilaçoes sao essas? alguem tem mais detalhes?
ps: alguem sabe o mecanismo no qual o relogio mede o tempo?
Como um segundo é definido como correspondendo a um certo número de oscilações detectadas num relógio que oscilaçoes sao essas? alguem tem mais detalhes?
__gArY__- Membro Regular
- Mensagens : 189
Idade : 36
Localização : Brasília
Re: Alguns físicos defendem que os relógios não medem «o tempo real»
__gArY__ escreveu:o que esses fisicos defendem é o que eu defendo! ha um tempo absoluto! no qual para ser medido deve estar em repouso e livre de campos gravitacionais.
ps: alguem sabe o mecanismo no qual o relogio mede o tempo?
Como um segundo é definido como correspondendo a um certo número de oscilações detectadas num relógio que oscilaçoes sao essas? alguem tem mais detalhes?
Por exemplo, há relógios de quartzo que se baseiam nas vibrações dos átomos de silício nos cristais de quartzo. O erro de medição varia entre 1s por dia a 1s em cada 3anos.
Depois ainda temos os mais precisos. Os relógios atómicos, que se baseiam das transições do átomo de césio. A oscilação desse átomo é de 9192631770 transições por segundo. Apresentam um desvio de 1s em cada 3000 anos a 1s em cada 3 mil milhões de anos.!
JoTa_9- Membro Regular
- Mensagens : 166
Re: Alguns físicos defendem que os relógios não medem «o tempo real»
mas o que sao essas transiçoes? decaimentos? radiaçao?
__gArY__- Membro Regular
- Mensagens : 189
Idade : 36
Localização : Brasília
Re: Alguns físicos defendem que os relógios não medem «o tempo real»
"O seu funcionamento não é tão simples. Com base em estudos anteriores, os pesquisadores conhecem a freqüência máxima com que esses átomos libertam energia, a sua freqüência de oscilação. Os mecanismos do relógio estimulam os átomos por meio de microondas e ondas magnéticas, até atingir essa freqüência, que é interpretada como tempo de acordo com os padrões já conhecidos"
"Assim, o Sistema Internacional de Unidades (SI) equiparou um segundo a 9.192.631.770 ciclos de radiação, que correspondem à transição entre dois níveis de energia do átomo de césio-133."
wikipedia.com
"Assim, o Sistema Internacional de Unidades (SI) equiparou um segundo a 9.192.631.770 ciclos de radiação, que correspondem à transição entre dois níveis de energia do átomo de césio-133."
wikipedia.com
JoTa_9- Membro Regular
- Mensagens : 166
O tempo também é físico.
Newtein escreveu:Que acham deste artigo? Sera que esses fisicos tem razao?
Não existe tempo real (no meu ver) mas sim fases de transição da matéria física (incluindo átomos e suas partículas constituintes).
O tempo é apenas a contabilização que fazemos do acontecimento dessas fases de transição, ou seja o tempo é uma percepção puramente física que também depende dos estados físicos de um dado momento.
As variáveis t e t’ das fórmulas referem-se ao tempo considerado numa contabilização (segundos) que definimos como padrão numa determinada condição física.
Se os segundos mudam em certas circunstâncias particulares (mais longos ou mais curtos) então é porque a física que os criou também mudou nessas mesmas circunstâncias.
Re: Alguns físicos defendem que os relógios não medem «o tempo real»
Newtein escreveu:Para mim o tempo é movimento sem movimento não existe tempo.
Eu sempre compreendi o contrário, que só há movimento no espaço devido às progressões do tempo. Quero dizer, tudo que se compreende como movimento em todas as outras dimensões, dependem do movimento do tempo em si. Já compreendo o movimento como sendo o tempo.
Mas não sei.. ainda sou leigo no assunto.
GabrielFV- Iniciante
- Mensagens : 5
Idade : 29
Localização : Recife
Re: Alguns físicos defendem que os relógios não medem «o tempo real»
As comparações de diferença entre a progressão do tempo em repouso e em movimento, foram feitas com os mesmos materiais? Eles utilizaram mudanças cíclicas de fontes diferenças para medir a proporção entre um material e outro para comprovar que realmente o movimento e a gravidade alteram o tempo?
E se o movimento e a gravidade tem mais a ver com uma interferência a gravidade quântica do que na própria dimensão temporal? E se essas medições discrepantes tem mais uma explicação "física das partículas" que distorção do espaço-tempo?
Alguém sabe como foram feitos esses experimentos? Me fiz entender?
E se o movimento e a gravidade tem mais a ver com uma interferência a gravidade quântica do que na própria dimensão temporal? E se essas medições discrepantes tem mais uma explicação "física das partículas" que distorção do espaço-tempo?
Alguém sabe como foram feitos esses experimentos? Me fiz entender?
danilom- Membro Regular
- Mensagens : 109
Re: Alguns físicos defendem que os relógios não medem «o tempo real»
O experimento dos relógios embarcados em aviões.
O experimento de Hafele & Keating
No meu artigo "A Conquista da Verdade", Electronics and Wireless World, janeiro de 1998, ressalto que todos os quatro chamados testes decisivos de validade de a Teoria da Relatividade são contestadas.
Este artigo resume uma continuação engano praticado pelo sistema, incluindo a revista "Nature" em um experimento posterior muito alardeado.
A teoria da relatividade afirma que o aumento da velocidade faz com que os relógios desacelerar. Dois aviões transportando os relógios mais precisos do mundo voaram ao redor do mundo em direções opostas e depois foram comparados entre si e com um relógio estacionário.
Os resultados experimentais foram então falsificados, e a Nature e outras revistas concluíram erroneamente que a Relatividade tinha sido verificada experimentalmente. Louis Essen, que se tornou membro do Royal Society em homenagem à sua conquista no desenvolvimento destes (césio) relógios, foi impedido de publicar sua advertência, de que os relógios eram menos precisos do que o alegado.
Décadas mais tarde, ao abrigo da Lei da Liberdade de Informação, o Dr. AG Kelly obteve os dados brutos das experiências, que mostraram que a conclusão errada tinha sido publicada. Além disso, ele obteve um memorando interno de um dos autores um ano antes, quando o autor havia escrito que o experimento não poderia levar a quaisquer conclusões válidas.
Ivor Catt 8 de junho de 2001
Será que o novo editor da Nature publicará esta informação tardiamente? - IC.
Cc Nature (Editor: Philip Campbell) via feedback@nature.com 12june01
fonte:
Relativity skeptics
http://sciliterature.50webs.com/RelativityDebates.htm
O experimento de Hafele & Keating
No meu artigo "A Conquista da Verdade", Electronics and Wireless World, janeiro de 1998, ressalto que todos os quatro chamados testes decisivos de validade de a Teoria da Relatividade são contestadas.
Este artigo resume uma continuação engano praticado pelo sistema, incluindo a revista "Nature" em um experimento posterior muito alardeado.
A teoria da relatividade afirma que o aumento da velocidade faz com que os relógios desacelerar. Dois aviões transportando os relógios mais precisos do mundo voaram ao redor do mundo em direções opostas e depois foram comparados entre si e com um relógio estacionário.
Os resultados experimentais foram então falsificados, e a Nature e outras revistas concluíram erroneamente que a Relatividade tinha sido verificada experimentalmente. Louis Essen, que se tornou membro do Royal Society em homenagem à sua conquista no desenvolvimento destes (césio) relógios, foi impedido de publicar sua advertência, de que os relógios eram menos precisos do que o alegado.
Décadas mais tarde, ao abrigo da Lei da Liberdade de Informação, o Dr. AG Kelly obteve os dados brutos das experiências, que mostraram que a conclusão errada tinha sido publicada. Além disso, ele obteve um memorando interno de um dos autores um ano antes, quando o autor havia escrito que o experimento não poderia levar a quaisquer conclusões válidas.
Ivor Catt 8 de junho de 2001
Será que o novo editor da Nature publicará esta informação tardiamente? - IC.
Cc Nature (Editor: Philip Campbell) via feedback@nature.com 12june01
fonte:
Relativity skeptics
http://sciliterature.50webs.com/RelativityDebates.htm
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
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