Debate: Físicos atados por cordas?
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Debate: Físicos atados por cordas?
Debate: Físicos atados por cordas?
Durante um dos intervalos entre sessões da Conferência "A Ciência terá limites?" , ocorrida na Fundação Calouste Gulbenkian, e que reportámos já na Gazeta de Física1, tivemos a oportunidade de organizar um debate entre Luis Alvarez-Gaumé (CERN, Genebra), Dieter Lüst (Ludwig-Maximilians University) e Peter Woit (Columbia University).
Autor: tradução por Tânia Rocha
Pensávamos que a conversa iria ser curta, mas, inesperadamente, o debate foi-se estendendo e auto-alimentando com o interesse das observações e a vivacidade dos intervenientes. Apresenta-se aqui uma pequena amostra. Outros excertos irão sendo publicados em números futuros.
Quantificação da Teoria da Gravidade
Filipe Moura (Gazeta de Física) - Será que é mesmo preciso introduzir quantificação na teoria da gravidade?
Woit - Penso que o problema da gravidade quântica advém de ser tão difícil, senão impossível, obter resultados experimentais. Talvez tenha de ser investigada de uma forma diferente daquela a que os físicos estão habituados. As pessoas deviam pensar e trabalhar nesse sentido.
Alvarez-Gaumé - Intelectualmente, será muito frustrante se a gravidade, que foi a primeira força a ser conhecida, for completamente diferente das outras. Poderá suceder, por exemplo, que a gravidade seja apenas uma consequência das outras interacções, tal como a força de Van der Waals resulta do electromagnetismo. Mas essa descoberta ainda não aconteceu. Por isso, de certa forma, somos forçados a pensar se, e como é que, o espaço e o tempo podem também ser considerados no contexto do paradigma quântico.
Lüst - Do meu ponto de vista, há situações físicas que necessitam da gravidade quântica. Além de me parecer que seria esteticamente desagradável se a gravidade ficasse fora da descrição quântica, há situações que precisam de uma versão quântica da gravidade, como os buracos negros, que sabemos existirem na natureza. Por isso estamos à procura da gravidade quântica. Por outro lado, quando se junta a gravidade ao mundo quântico surgem mais condicionamentos que antes. Por exemplo, logo que se introduz o gravitão, a partícula quântica para a gravidade, obtém-se uma condição restritiva para as cargas eléctricas das partículas: o somatório delas tem de dar zero. Isto é de facto verdade no modelo padrão, mas sem o gravitão continuaria a ser um mistério. Por isso pode-se dizer que as condições de consistência que se obtêm ao acoplar a mecânica quântica à gravidade são indícios indirectos muito fortes de que há quantificação na gravidade.
Woit - Concordo que é necessário quantizar a gravidade, e perceber como se junta a teoria quântica e a gravidade, mas o que me preocupa é que depois se encontram 10 ou 500 teorias de gravidade quântica, e não uma única.
AG - A teoria a dez ou onze dimensões é única, com diferentes estados fundamentais. Há aqui uma confusão de base. Se olharmos para qualquer teoria física com quebra de simetria, os vários vácuos que surgem correspondem a estados ligados diferentes. Mas a teoria é só uma.
Woit - Compreendo que é essa a situação, mas isso é o que gostaria que fosse verdade. Infelizmente, não sabe se de facto é de esperar que seja assim?.
AG - É como nas teorias de campo a 4 dimensões que contêm solitões [que foram descobertos mais tarde]. É claro que as pessoas demoraram algum tempo a compreender que os solitões faziam parte da teoria, e que não tinham sido introduzidos à pressão na teoria mas faziam parte dela ?
Woit - Penso que seria muito melhor se as pessoas que trabalham na teoria de supercordas fossem mais precisas. Fico um pouco irritado quando se fazem afirmações a dar a entender que se compreende muito mais do que na realidade compreendemos.Um dos problemas da teoria de cordas é que é um assunto tremendamente complexo e é muitíssimo complicado dizer o que se sabe e o que não se sabe.
(...)
A Atracção dos jovens físicos pela Teoria das Cordas
João Caraça (Fundação Calouste Gulbenkian) - Estará a teoria de cordas a obstruir a criatividade dos físicos teóricos, sobretudo dos jovens?
Woit - Quando um jovem quer trabalhar em certas ideias, é-lhe extremamente difícil arranjar emprego, ao passo que se esse jovem quiser trabalhar nalgumas das ideias relacionadas com teorias de cordas terá hipóteses de arranjar emprego.
(...)
AG - Nós tentamos aconselhar e até dissuadir os jovens, dizendo-lhes que é uma área muito difícil. Dizemos-lhes para estudarem antes teoria quântica de campo, que é algo que de facto lhes permite fazerem outras coisas.
Woit - Penso que é verdade que ambos os assuntos, a teoria quântica de campo e a teoria de cordas, são extremamente difíceis e exigem que se lhes dedique muito, muito tempo. Exigem experiência e competência. Surge pois aos jovens aquela questão terrível de como se vai ocupar bem o tempo. Há milhares de artigos de teoria de cordas que provavelmente se deveria ler, e há toda a teoria quântica de campo que era preciso saber. E os jovens acabam por aprender especificamente uma coisa apenas.
AG - O que os jovens querem é um bom desafio intelectual. As pessoas que se queixam da teoria de cordas não oferecem nenhuma alternativa estimulante. Não creio que a teoria de cordas esteja a roubar estes cérebros. Não é assim que as coisas funcionam, são os jovens que escolhem?
Woit - Se uma pessoa quiser fazer investigação nalgum assunto, tem de ter pelo menos uma certa visão conjectural. O que eu não vejo agora são indícios de que esta ideia vá conseguir fazer previsões reais. Claro que podem continuar a dizer "não a compreendemos, vamos continuar a estudá-la porque não a compreendemos". Mas eu penso que as pessoas deviam ter muito mais consciência do que está a funcionar e do que não está. Deviam estar muito mais preocupadas por se estar há tanto tempo nesta situação, e deviam também estar a pensar no que se poderá fazer e incentivar as pessoas a pensarem noutras ideias.
FM - Não seria melhor que alguém tivesse uma ideia mais simples? Por exemplo, se pensarmos no artigo de Randall e Sundrum, "An alternative to compactification", que foi publicado há uns anos...
AG - Essa ideia deve-se a Horava e Witten. E teve, sim, um grande efeito mediático. Estou farto de tanta intervenção dos meios de comunicação. Mas a grande ideia foi descoberta por Witten num dos seus artigos em 1992 ou 1993: nas compactificações de Kaluza-Klein não podem existir fermiões quirais.
Luis Alvarez-Gaumé é doutorado em física teórica pela Universidade do Estado de Nova Iorque em Stony Brook. É membro permanente do Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN), onde é director da Divisão de Física Teórica.
Dieter Lüst é doutorado em física pela Universidade de Munique. É professor catedrático de física matemática na Universidade Ludwig-Maximilians e director do Instituto Max Planck em Munique. É coordenador da Rede Europeia de Ensino e Investigação "Constituintes, Forças Fundamentais e Simetrias do Universo".
Peter Woit é doutorado em física teórica de altas energias pela Universidade de Princeton. É leitor de Matemática na Universidade de Columbia. É autor do blogue de crítica à teoria de supercordas Not Even Wrong, publicado em livro em 2006.
Durante um dos intervalos entre sessões da Conferência "A Ciência terá limites?" , ocorrida na Fundação Calouste Gulbenkian, e que reportámos já na Gazeta de Física1, tivemos a oportunidade de organizar um debate entre Luis Alvarez-Gaumé (CERN, Genebra), Dieter Lüst (Ludwig-Maximilians University) e Peter Woit (Columbia University).
Autor: tradução por Tânia Rocha
Pensávamos que a conversa iria ser curta, mas, inesperadamente, o debate foi-se estendendo e auto-alimentando com o interesse das observações e a vivacidade dos intervenientes. Apresenta-se aqui uma pequena amostra. Outros excertos irão sendo publicados em números futuros.
Quantificação da Teoria da Gravidade
Filipe Moura (Gazeta de Física) - Será que é mesmo preciso introduzir quantificação na teoria da gravidade?
Woit - Penso que o problema da gravidade quântica advém de ser tão difícil, senão impossível, obter resultados experimentais. Talvez tenha de ser investigada de uma forma diferente daquela a que os físicos estão habituados. As pessoas deviam pensar e trabalhar nesse sentido.
Alvarez-Gaumé - Intelectualmente, será muito frustrante se a gravidade, que foi a primeira força a ser conhecida, for completamente diferente das outras. Poderá suceder, por exemplo, que a gravidade seja apenas uma consequência das outras interacções, tal como a força de Van der Waals resulta do electromagnetismo. Mas essa descoberta ainda não aconteceu. Por isso, de certa forma, somos forçados a pensar se, e como é que, o espaço e o tempo podem também ser considerados no contexto do paradigma quântico.
Lüst - Do meu ponto de vista, há situações físicas que necessitam da gravidade quântica. Além de me parecer que seria esteticamente desagradável se a gravidade ficasse fora da descrição quântica, há situações que precisam de uma versão quântica da gravidade, como os buracos negros, que sabemos existirem na natureza. Por isso estamos à procura da gravidade quântica. Por outro lado, quando se junta a gravidade ao mundo quântico surgem mais condicionamentos que antes. Por exemplo, logo que se introduz o gravitão, a partícula quântica para a gravidade, obtém-se uma condição restritiva para as cargas eléctricas das partículas: o somatório delas tem de dar zero. Isto é de facto verdade no modelo padrão, mas sem o gravitão continuaria a ser um mistério. Por isso pode-se dizer que as condições de consistência que se obtêm ao acoplar a mecânica quântica à gravidade são indícios indirectos muito fortes de que há quantificação na gravidade.
Woit - Concordo que é necessário quantizar a gravidade, e perceber como se junta a teoria quântica e a gravidade, mas o que me preocupa é que depois se encontram 10 ou 500 teorias de gravidade quântica, e não uma única.
AG - A teoria a dez ou onze dimensões é única, com diferentes estados fundamentais. Há aqui uma confusão de base. Se olharmos para qualquer teoria física com quebra de simetria, os vários vácuos que surgem correspondem a estados ligados diferentes. Mas a teoria é só uma.
Woit - Compreendo que é essa a situação, mas isso é o que gostaria que fosse verdade. Infelizmente, não sabe se de facto é de esperar que seja assim?.
AG - É como nas teorias de campo a 4 dimensões que contêm solitões [que foram descobertos mais tarde]. É claro que as pessoas demoraram algum tempo a compreender que os solitões faziam parte da teoria, e que não tinham sido introduzidos à pressão na teoria mas faziam parte dela ?
Woit - Penso que seria muito melhor se as pessoas que trabalham na teoria de supercordas fossem mais precisas. Fico um pouco irritado quando se fazem afirmações a dar a entender que se compreende muito mais do que na realidade compreendemos.Um dos problemas da teoria de cordas é que é um assunto tremendamente complexo e é muitíssimo complicado dizer o que se sabe e o que não se sabe.
(...)
A Atracção dos jovens físicos pela Teoria das Cordas
João Caraça (Fundação Calouste Gulbenkian) - Estará a teoria de cordas a obstruir a criatividade dos físicos teóricos, sobretudo dos jovens?
Woit - Quando um jovem quer trabalhar em certas ideias, é-lhe extremamente difícil arranjar emprego, ao passo que se esse jovem quiser trabalhar nalgumas das ideias relacionadas com teorias de cordas terá hipóteses de arranjar emprego.
(...)
AG - Nós tentamos aconselhar e até dissuadir os jovens, dizendo-lhes que é uma área muito difícil. Dizemos-lhes para estudarem antes teoria quântica de campo, que é algo que de facto lhes permite fazerem outras coisas.
Woit - Penso que é verdade que ambos os assuntos, a teoria quântica de campo e a teoria de cordas, são extremamente difíceis e exigem que se lhes dedique muito, muito tempo. Exigem experiência e competência. Surge pois aos jovens aquela questão terrível de como se vai ocupar bem o tempo. Há milhares de artigos de teoria de cordas que provavelmente se deveria ler, e há toda a teoria quântica de campo que era preciso saber. E os jovens acabam por aprender especificamente uma coisa apenas.
AG - O que os jovens querem é um bom desafio intelectual. As pessoas que se queixam da teoria de cordas não oferecem nenhuma alternativa estimulante. Não creio que a teoria de cordas esteja a roubar estes cérebros. Não é assim que as coisas funcionam, são os jovens que escolhem?
Woit - Se uma pessoa quiser fazer investigação nalgum assunto, tem de ter pelo menos uma certa visão conjectural. O que eu não vejo agora são indícios de que esta ideia vá conseguir fazer previsões reais. Claro que podem continuar a dizer "não a compreendemos, vamos continuar a estudá-la porque não a compreendemos". Mas eu penso que as pessoas deviam ter muito mais consciência do que está a funcionar e do que não está. Deviam estar muito mais preocupadas por se estar há tanto tempo nesta situação, e deviam também estar a pensar no que se poderá fazer e incentivar as pessoas a pensarem noutras ideias.
FM - Não seria melhor que alguém tivesse uma ideia mais simples? Por exemplo, se pensarmos no artigo de Randall e Sundrum, "An alternative to compactification", que foi publicado há uns anos...
AG - Essa ideia deve-se a Horava e Witten. E teve, sim, um grande efeito mediático. Estou farto de tanta intervenção dos meios de comunicação. Mas a grande ideia foi descoberta por Witten num dos seus artigos em 1992 ou 1993: nas compactificações de Kaluza-Klein não podem existir fermiões quirais.
Luis Alvarez-Gaumé é doutorado em física teórica pela Universidade do Estado de Nova Iorque em Stony Brook. É membro permanente do Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN), onde é director da Divisão de Física Teórica.
Dieter Lüst é doutorado em física pela Universidade de Munique. É professor catedrático de física matemática na Universidade Ludwig-Maximilians e director do Instituto Max Planck em Munique. É coordenador da Rede Europeia de Ensino e Investigação "Constituintes, Forças Fundamentais e Simetrias do Universo".
Peter Woit é doutorado em física teórica de altas energias pela Universidade de Princeton. É leitor de Matemática na Universidade de Columbia. É autor do blogue de crítica à teoria de supercordas Not Even Wrong, publicado em livro em 2006.
Re: Debate: Físicos atados por cordas?
Bom debate, agora me sinto desempregado. Reparem que nunca na ciência tivémos tanta base como agora, antes era um desbravamento ao desconhecido, hoje é um desbravamento ao conhecido. Estranho isso não?
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Re: Debate: Físicos atados por cordas?
Woit - Quando um jovem quer trabalhar em certas ideias, é-lhe extremamente difícil arranjar emprego, ao passo que se esse jovem quiser trabalhar nalgumas das ideias relacionadas com teorias de cordas terá hipóteses de arranjar emprego.
Penso que esta aqui um grande problema da fisica de agora. isto nao permite que ideias novas sejam desenvolvidas e que a fisica avance mais lentamente.
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Re: Debate: Físicos atados por cordas?
A maioria dos jovens que se licenciam em física actualmente, tornam-se teóricos de cordas.
Se a Teoria de Cordas mostrar ser uma teoria errada para descrever o comportamento da natureza... muitas carreiras vão ser arruinadas.
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Re: Debate: Físicos atados por cordas?
Pois acho que esta situaçao constitui um grave problema da fisica...
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Re: Debate: Físicos atados por cordas?
Carlos Costa escreveu:A maioria dos jovens que se licenciam em física actualmente, tornam-se teóricos de cordas.
Se a Teoria de Cordas mostrar ser uma teoria errada para descrever o comportamento da natureza... muitas carreiras vão ser arruinadas.
Acho que nem os físicos mais graduados tem um entendimento satisfatórioacerca da teoria das cordas. Tem-se muita informação e não sabemos precisar quas são corretas e quais são corretas por desconhecermos o objeto do estudo. Mas este é um assunto intrigante, não podemos negar.
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Re: Debate: Físicos atados por cordas?
G. Grivott escreveu:Acho que nem os físicos mais graduados tem um entendimento satisfatório acerca da teoria das cordas. Tem-se muita informação e não sabemos precisar quas são corretas e quais são corretas por desconhecermos o objeto do estudo. Mas este é um assunto intrigante, não podemos negar.
Fato quão tão intrigante quanto a teoria das cordas.
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Re: Debate: Físicos atados por cordas?
E o mais intrigante é que alguma da matemática da teoria das cordas... nem existe! Vai ter que ser criada.
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Re: Debate: Físicos atados por cordas?
Carlos Costa escreveu:E o mais intrigante é que alguma da matemática da teoria das cordas... nem existe! Vai ter que ser criada.
Como assim Carlos?
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Re: Debate: Físicos atados por cordas?
Carlos Costa escreveu:E o mais intrigante é que alguma da matemática da teoria das cordas... nem existe! Vai ter que ser criada.
Acho q a matemática q prevalece é a Matemática utilizada na Teoria Quântica de Campos. Mas não tenho certeza nenhuma.
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Re: Debate: Físicos atados por cordas?
Falo da matemática necessária para lidar com os infinitos que surgem nas teorias heteróticas das cordas. Vai ser preciso matemática nova para lidar, também, com as gigantescas equações da Teoria M.
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Re: Debate: Físicos atados por cordas?
Carlos Costa escreveu:Falo da matemática necessária para lidar com os infinitos que surgem nas teorias heteróticas das cordas. Vai ser preciso matemática nova para lidar, também, com as gigantescas equações da Teoria M.
Realmente, os infinitos são um problema tanto em QED quanto em Teoria Quântica de Campos. Também são um problemão na área da Física da Atmosfera, mais especificamente no problema do Fechamento das equações de Navier Stokes.
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Re: Debate: Físicos atados por cordas?
Sim isto tambem acontece nas equaçoes da mecanica quantica para atomos com elevado numero de electroes em que nós nao consseguimos chegar as soluçoes e temos que recorrer a computadores que mesmo assim sao dao um resoltado aproximado. Ate mesmo para a equaçoes de Newton para a gravidade se torma dificil de resolver quando temos mais de 2 objectos envolvidos :SCarlos Costa escreveu:Falo da matemática necessária para lidar com os infinitos que surgem nas teorias heteróticas das cordas. Vai ser preciso matemática nova para lidar, também, com as gigantescas equações da Teoria M.
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Re: Debate: Físicos atados por cordas?
Os experimentos com LHC é que vai ser o grande teste da teoria das cordas.
Pelo que sei, a teoria das cordas pode até mesmo não ser confirmada pelo LHC, mostrando outras dimensões, por exemplo. É uma teoria que não teve nenhuma prova até hoje, e alguns experimentos que já foram refutados, como a baixa densidade de energia nos campos escalares. Não sou um defensor da teoria das cordas, pelo contrário, eu acho que é uma tentativa desesperada de unificar a física (gravidade, eletromagnetismo e as interações forte e fraca, que parece, obteve algum sucesso com o modelo padrão). O LHC quase com certeza encontrará o bóson de Higgs ou qualquer outra coisa que o valha. :lol:
Agora é esperar para ver o que ocorre no LHC.
Pelo que sei, a teoria das cordas pode até mesmo não ser confirmada pelo LHC, mostrando outras dimensões, por exemplo. É uma teoria que não teve nenhuma prova até hoje, e alguns experimentos que já foram refutados, como a baixa densidade de energia nos campos escalares. Não sou um defensor da teoria das cordas, pelo contrário, eu acho que é uma tentativa desesperada de unificar a física (gravidade, eletromagnetismo e as interações forte e fraca, que parece, obteve algum sucesso com o modelo padrão). O LHC quase com certeza encontrará o bóson de Higgs ou qualquer outra coisa que o valha. :lol:
Agora é esperar para ver o que ocorre no LHC.
Ricardo Faria- Iniciante
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Re: Debate: Físicos atados por cordas?
Concordo contigo mas lembra-te que ja grandes fisicos trabalharam na teoria das cordas por isso ela pode ser no minimo plausivel. Tal como tu disses-te temos esperar pelos resoltados do LHC e ate la tudo pode acontecer.Ricardo Faria escreveu:Os experimentos com LHC é que vai ser o grande teste da teoria das cordas.
Pelo que sei, a teoria das cordas pode até mesmo não ser confirmada pelo LHC, mostrando outras dimensões, por exemplo. É uma teoria que não teve nenhuma prova até hoje, e alguns experimentos que já foram refutados, como a baixa densidade de energia nos campos escalares. Não sou um defensor da teoria das cordas, pelo contrário, eu acho que é uma tentativa desesperada de unificar a física (gravidade, eletromagnetismo e as interações forte e fraca, que parece, obteve algum sucesso com o modelo padrão). O LHC quase com certeza encontrará o bóson de Higgs ou qualquer outra coisa que o valha. :lol:
Agora é esperar para ver o que ocorre no LHC.
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Re: Debate: Físicos atados por cordas?
Newtein escreveu:Sim isto tambem acontece nas equaçoes da mecanica quantica para atomos com elevado numero de electroes em que nós nao consseguimos chegar as soluçoes e temos que recorrer a computadores que mesmo assim sao dao um resoltado aproximado. Ate mesmo para a equaçoes de Newton para a gravidade se torma dificil de resolver quando temos mais de 2 objectos envolvidos :SCarlos Costa escreveu:Falo da matemática necessária para lidar com os infinitos que surgem nas teorias heteróticas das cordas. Vai ser preciso matemática nova para lidar, também, com as gigantescas equações da Teoria M.
Concordo com você...em qualquer dos ramos da ciência problemas envolvendo vários corpos são difíceis de solucionar.
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G. Grivott
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Re: Debate: Físicos atados por cordas?
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Debate: Físicos atados por cordas?
O Falso Bóson de Higgs - Uma Crítica da Física Moderna de Partículas
O que pensam os críticos da física estabelecida.
Vídeo com áudio facilmente traduzível automaticamente.
1 - Clique no logo da engrenagem;
2 - Ative a opção Legendas/CC - Closed Caption - Legenda Ocuta;
3 - Clique sobre a opção Inglês (gerada automaticamente)
4 - Clique Traduzir Automaticamente
5 - Clique na opção "Português".
Nós do CNPS somos conhecidos por sermos críticos da ciência dominante. Frequentemente nos perguntam sobre as últimas “descobertas” da ciência. Uma pergunta que muitas vezes recebemos é sobre o bóson de Higgs.
Embora não seja membro do CNPS, o Dr. Alexander Unzicker é um físico e autor muito crítico da física de partículas e, em particular, da Partícula de Higgs. Seu livro “The Higgs Fake”, “How Particle Physicists Fooled the Nobel Committee” é um ótimo exemplo de como alguns cientistas hoje estão desafiando os próprios fundamentos da ciência convencional.
O que pensam os críticos da física estabelecida.
Vídeo com áudio facilmente traduzível automaticamente.
1 - Clique no logo da engrenagem;
2 - Ative a opção Legendas/CC - Closed Caption - Legenda Ocuta;
3 - Clique sobre a opção Inglês (gerada automaticamente)
4 - Clique Traduzir Automaticamente
5 - Clique na opção "Português".
Nós do CNPS somos conhecidos por sermos críticos da ciência dominante. Frequentemente nos perguntam sobre as últimas “descobertas” da ciência. Uma pergunta que muitas vezes recebemos é sobre o bóson de Higgs.
Embora não seja membro do CNPS, o Dr. Alexander Unzicker é um físico e autor muito crítico da física de partículas e, em particular, da Partícula de Higgs. Seu livro “The Higgs Fake”, “How Particle Physicists Fooled the Nobel Committee” é um ótimo exemplo de como alguns cientistas hoje estão desafiando os próprios fundamentos da ciência convencional.
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Debate: Físicos atados por cordas?
Sim, a alegação que o Boson de Higs foi descoberto fazendo com que validasse o "Modelo Padrão".
Mas com o surgimento de novas informações ficou cada vez mais claro que se tratava de um encaixe forçado dos fatos constatados e da teoria.
Mas desta vez eles criaram uma alegação que na verdade me parece positiva.
Porque se passa a assumir como verdadeiro multiversos e inclusive o motivo de porque os multiversos existiriam, que no caso são diferentes vibrações, segundo esta nova teoria, dos Bosons de Higs.
Diferentes Boson de Higs, em diferentes vibrações, criaram um multiverso pra cada tipo.
https://www.ovnihoje.com/2022/02/09/a-particula-do-boson-de-higgs-pode-provar-a-teoria-do-multiverso/
Ou seja, por mais uma tentativa de encaixe, se conseguiu se dar um avanço real.
Mas com o surgimento de novas informações ficou cada vez mais claro que se tratava de um encaixe forçado dos fatos constatados e da teoria.
Mas desta vez eles criaram uma alegação que na verdade me parece positiva.
Porque se passa a assumir como verdadeiro multiversos e inclusive o motivo de porque os multiversos existiriam, que no caso são diferentes vibrações, segundo esta nova teoria, dos Bosons de Higs.
Diferentes Boson de Higs, em diferentes vibrações, criaram um multiverso pra cada tipo.
https://www.ovnihoje.com/2022/02/09/a-particula-do-boson-de-higgs-pode-provar-a-teoria-do-multiverso/
Ou seja, por mais uma tentativa de encaixe, se conseguiu se dar um avanço real.
Xevious- Físico Profissional
- Mensagens : 1026
O que aconteceu com a teoria das cordas?
O que aconteceu com a teoria das cordas?
A teoria das cordas era uma bela ideia, a melhor candidata a uma teoria de tudo o que vimos até agora. Milhares de físicos passam décadas tentando resolver isso. Mas não correu conforme o planeado.
A teoria das cordas tornou-se extremamente controversa durante o que foi chamado de “Guerra das Cordas”, há cerca de 20 anos. Então meio que desapareceu. O que aconteceu? Quais foram as guerras das cordas? E o que os teóricos das cordas estão fazendo agora? É sobre isso que falaremos hoje.
(Vídeo de Sabine Hossenfelder)
Para àqueles que desejam conhecer "A Guerra das Cordas" em detalhes, sigam o texto abaixo:
FÍSICA
O Almirante das Guerras da Teoria das Cordas
Depois de uma década, Peter Woit ainda acha que a teoria das cordas é uma bagunça sangrenta.
POR BOB HENDERSON 4 de maio de 2015
Bob Henderson estudou física, trabalhou em Wall Street e agora é um escritor independente focado em ciências e finanças.
Assistindo a uma palestra de Peter Woit sobre mecânica quântica para uma turma da Universidade de Columbia – falando suavemente, digitando equações em um quadro negro – é difícil imaginar por que um físico de Harvard certa vez o comparou publicamente a um terrorista e pediu sua morte.
“Eu estava preocupado”, disse a namorada de longa data de Woit, Pamela Cruz. “O sono foi perdido.”
Qual é o crime? Um blog e um livro, ambos chamados Not Even Wrong, em homenagem a uma famosa farpa usada pela primeira vez pelo físico Wolfgang Pauli. Woit usa-o contra a teoria das cordas, o mais famoso candidato ao Santo Graal da física: uma “Teoria de Tudo” que uniria as duas teorias de que os físicos atualmente precisam para descrever o universo.
A primeira delas é a teoria quântica de campos, que abrange o domínio subatômico, o comportamento das partículas elementares e três das quatro forças da natureza. A segunda é a relatividade geral de Einstein, que explica a quarta força, a gravidade, relevante apenas em escalas muito maiores. Infelizmente para os físicos, essas duas teorias são lógica e matematicamente incompatíveis. A teoria das cordas propõe resolver este problema substituindo as partículas elementares por cordas como os objetos mais fundamentais da natureza.
Woit não acredita nisso.
“Isso está ficando cada vez mais ultrajante, isso está ficando ridículo”, Woit se lembra de ter pensado sobre a teoria das cordas em 2004, quando começou o blog. “Há uma enorme promoção pública da teoria e todo esse material sobre como a teoria das cordas é maravilhosa…” Woit faz uma pausa, balança a cabeça e ri, incrédulo. Em 2004, a teoria das cordas tinha sido um tema de investigação quente durante 20 anos e “realmente não estava a funcionar”.
A principal reclamação de Woit sobre a teoria, naquela época e agora, é que ela não consegue fazer previsões testáveis, por isso não pode ser verificada quanto a erros – em outras palavras, que “nem está errada”. Compare isto com a relatividade geral, por exemplo, que permitiu a Einstein prever, entre outras coisas, o grau em que a luz de uma estrela é desviada ao passar pelo Sol. Se as medições deste efeito não estivessem de acordo com a previsão de Einstein, a relatividade geral teria sido refutada. Tal falseabilidade é um critério amplamente citado para o que constitui ciência, uma perspectiva geralmente atribuída ao filósofo Karl Popper. Além disso, a relatividade geral levou Einstein apenas 10 anos. A teoria das cordas levou mais de 30 até agora.
A queixa secundária de Woit é estética. Ele, como muitos físicos, percebe uma beleza intrincada na matemática subjacente a teorias físicas bem-sucedidas como a de Einstein. Em contraste, diz Woit, a matemática da teoria das cordas é “uma bagunça sangrenta”.
Assim, o seu blog condena rotineiramente a teoria como um “fracasso” e condena a “modismo”, a “mania” e a “arrogância” dos físicos que promovem a sua promessa. Ele instou publicamente agências como a National Science Foundation a cortar o financiamento da teoria das cordas. A reacção da comunidade é claramente evidente online, onde ele é chamado de “incompetente, sedento de poder… idiota” e um “chefe maluco gago” culpado de crimes tão desprezíveis como os de Osama bin Laden.
Em seu apertado escritório em Columbia, onde cada centímetro da parede está coberto por livros e cada superfície está empilhada com papéis, Woit pula da cadeira, pega os papéis de uma mesa e sobe nela para pegar seu exemplar de Introdução ao Stellar. Atmosferas e Interiores de uma estante. Ele folheia as páginas para encontrar as equações reais que o atraíram para a física. “É que há algum tipo de compreensão profunda, quase completamente estranha e mística do mundo, que essas pessoas estão obtendo”, diz ele. “Mas na verdade é muito preciso e testável e é real.”
No ensino médio em Darien, Connecticut, ele usou um telescópio de quintal para observar as estrelas e se interessou pela física por meio daquele volume exato e de outros livros semelhantes. “Fiquei realmente fascinado ao tentar aprender sobre essas estrelas”, lembra ele. “Existem essas equações misteriosas que mostram como funciona uma estrela.”
Ele sempre foi um excelente aluno. Seu pai era um advogado formado em Harvard; sua mãe pintou arte abstrata. Incentivado pelos pais, Woit obteve bacharelado e mestrado em física pela Universidade de Harvard e doutorado pela Universidade de Princeton. Mas enquanto fazia pós-doutorado na Universidade Estadual de Nova York, Stony Brook, ele se desviou do caminho da física convencional.
Ele chegou em 1984, o início do que os físicos hoje chamam de “revolução da primeira corda”: uma série de avanços matemáticos que converteram muitos físicos a uma crença no potencial da teoria das cordas para ser o princípio e o fim de todas as teorias da física. . Seguiu-se uma migração massiva de pesquisadores para projetos destinados a dar corpo à teoria.
Mas Woit, imune aos encantos da teoria desde o início, recusou-se a seguir a multidão e, em vez disso, trabalhou noutros tópicos. E isso tornou ainda mais difícil encontrar emprego em uma área já altamente competitiva.
“Ninguém iria contratá-lo”, diz ele, “na área matemática da física, a não ser na teoria das cordas naquele momento”. Mas parecia “meio inútil”, diz ele, “trabalhar em algo em que você realmente não acredita”. Woit dá uma risada incrédula. “Por que estar neste negócio? Por que não entrar em outro negócio?
Ele mudou da física para a matemática, passando de um cargo não remunerado em Harvard para instrutor de cálculo na Universidade Tufts e, agora, professor sênior no departamento de matemática de Columbia, um cargo permanente, mas não permanente. Ele também mantém os computadores do departamento.
Ele diz que está feliz com a forma como as coisas funcionaram.
“Na verdade, achei a atmosfera entre os matemáticos muito mais agradável do que entre os físicos”, diz ele. “Os físicos tendem a ser muito mais competitivos.” Muitos colegas da física, lembra ele, se esforçaram para imitar Murray Gell-Mann e Richard Feynman, dois ganhadores do Nobel notoriamente amargos e propensos a superioridade. “Esses caras eram divertidos, mas não eram pessoas legais.” Os matemáticos, diz Woit, são muito mais modestos. “Eles entendem o que fazem e o que não sabem.”
O professor Henry Pinkham, presidente do departamento de matemática de Columbia, contratou Woit em 1989 e admira-o por ser o “igual intelectual” do corpo docente titular do departamento, mas não demonstra nenhum ressentimento por estar de plantão para o seu apoio informático. Ele também está impressionado com a ousadia de Woit, dada a presença de professores efetivos que trabalham com teoria das cordas no departamento. Depois do livro de Woit, “eu estava esperando brigas no salão”, ele brincou.
Embora nada tenha acontecido no salão em si, certamente houve brigas. Poucos meses após a publicação do livro de Woit em 2006, o físico Lee Smolin publicou The Trouble with Physics, expressando um ceticismo semelhante. Woit e Smolin se tornaram os dois moscardos mais famosos (ou, para os teóricos das cordas, infames) da teoria das cordas.
Também provocaram o que ficou conhecido na física como a “guerra das cordas”, uma estranha mistura de justas intelectuais apaixonadas e xingamentos dignos de playground em revistas, painéis de debate e, claro, online. O professor que comparou Woit a Bin Laden foi singularmente imprudente e desde então deixou Harvard, mas mesmo pessoas muito menos volúveis ficaram irritadas.
“Eu li os livros e fiquei um pouco exercitado com eles na época”, diz Michael Dine, professor de física na Universidade da Califórnia em Santa Cruz e um grande contribuidor da teoria das cordas.
Outros eram mais alegres. “Eu, como muitos outros, acompanhei como um tablóide. Era uma versão física do Big Brother ou dos Kardashians”, diz Abhishek Agarwal, um físico que trabalhou na teoria das cordas e que agora é editor da revista Physical Review Letters, uma das publicações mais prestigiadas da área. (Agarwal enfatizou que seus comentários representam sua perspectiva pessoal como físico, não como editor da Physical Review Letters.)
O maior vitríolo foi reservado para interações online, como seria de esperar. Seus rivais atacariam algo que ele escreveu, diz Woit, “tirando-o do contexto, e então [diziam] 'Oh, agora posso mostrar que Peter Woit é um tolo e não entende o que está falando.'” Ele se maravilha. a este tratamento de “algumas das pessoas mais inteligentes do mundo”. A luta também atingiu fóruns profissionais. Woit às vezes postava links para entradas de seu blog no site arXiv.org (pronuncia-se “arquivo”), um repositório de artigos de física que aguardam revisão por pares administrado pela Universidade Cornell. Mas durante a guerra das cordas, diz Woit, sua capacidade de postar links no arXiv foi revogada. “Toda essa história é um dos comportamentos mais vergonhosos e intelectualmente desonestos que já vi”, diz ele.
Também nos perguntamos sobre os encontros nos corredores entre Woit e Brian Greene, o físico de Columbia que é provavelmente o teórico de cordas mais famoso do país e que tem um escritório um andar acima do de Woit. Greene escreve livros populares e aparece regularmente na TV. Durante a guerra das cordas, Greene escreveu um artigo de opinião crescente no New York Times em apoio à teoria. Hoje, um link para o artigo no site de Woit na Columbia está intitulado “O Império Contra-Ataca”.
Greene e Woit não são apenas opostos nas suas ideias académicas. Um estudante de física de 24 anos chamado Seth Olsen, que teve aulas em Woit, chama Woit de um grande professor, mas também de “um pássaro estranho”. Brian Greene, diz ele, é diferente: “Alguém como Brian Greene, quando você fala com ele, você sente que está quase sendo seduzido ou algo assim, como se ele tivesse esse motivo, ele criou essa persona, e é tranquilo. Mas com Woit é como se você estivesse olhando para a alma do cara. Ele fica tremendo a maior parte do tempo, pensando em voz alta, às vezes resmungando.” Alguns colegas, diz Olsen, pensam em Woit como “o arquiinimigo de Brian Greene”.
As guerras das cordas provaram ser tão intratáveis, em parte porque mesmo os especialistas nem sempre estão de acordo sobre a testabilidade da teoria das cordas. O teórico das cordas Matthew Kleban, da Universidade de Nova Iorque, acredita que um acelerador de partículas que funcione com energias suficientemente elevadas (muito além do alcance da tecnologia atual) poderia, em princípio, provar se as cordas existem ou são fruto da imaginação dos físicos.
“As cordas têm ressonâncias”, diz ele, “como uma corda de violão. Portanto, há uma previsão bastante específica de como eles se comportarão quando você começar a excitar essas ressonâncias. Essa seria uma previsão muito precisa e específica que poderia ser testada.”
Mas Dine, de Santa Cruz, não tem tanta certeza, apontando que: “Se você perguntar a diferentes teóricos das cordas o que é a teoria das cordas, obterá respostas diferentes”. A teoria das cordas, ao contrário da relatividade de Einstein, não é um conjunto específico de equações, mas sim uma estrutura, ou uma classe de equações de um estilo particular. No que diz respeito à sua testabilidade, Dine diz: “Não está exatamente claro o que a pergunta significa. Simplesmente não é algo que possamos formular bem.”
Para Agarwal, a testabilidade da teoria das cordas não é necessariamente a questão mais relevante. Ele salienta que uma correspondência matemática descoberta pelo físico Juan Maldacena em 1997 implica que a teoria das cordas tem profundas ligações matemáticas com a teoria quântica de campos e, portanto, com a física bem estabelecida e testada. Chamada de “correspondência AdS-CFT”, ela permite que os físicos usem a teoria das cordas como uma lente para uma física mais universalmente aceita. Woit, diz Agarwal, “não dá crédito suficiente a um monte de coisas interessantes sobre teorias quânticas de campos que aprendemos com a teoria das cordas”.
Agarwal acrescenta que a maior parte da pesquisa sobre a teoria das cordas feita hoje é motivada pela correspondência AdS-CFT, e não pelos sonhos da Teoria de Tudo. E que a descoberta do AdS-CFT ilustra por que é um erro alguém tentar ditar o que os físicos devem ou não explorar. “Não se pode planear o desenvolvimento da ciência dessa forma. Você simplesmente não pode”, diz ele. “Imagine se alguém tivesse cortado o financiamento da teoria das cordas em meados dos anos 90. Bem, isso não teria feito o AdS-CFT acontecer. Minha impressão do blog de Peter é que até ele considera muito bem o AdS-CFT e os desenvolvimentos relacionados, uma vez que eles se conectam a assuntos nos quais ele está interessado.”
Hoje, as guerras de cordas transformaram-se em “escaramuças de cordas”. O blog de Woit continua a ser amplamente lido por físicos e matemáticos – e a ser um pára-raios para debates. A suspensão de Woit do arXiv desencadeou uma batalha de palavras em dezembro passado, entre Woit e o proeminente teórico de cordas Joseph Polchinski, da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara. Os dois foram golpe por golpe, Polchinski criticando Woit por “palavras carregadas” e Woit aumentando a aposta ao chamar Polchinski de “desprezível e pouco profissional”. Suas postagens continuaram até a véspera de Natal.
Mas as guerras das cordas não perturbaram a tranquilidade dos corredores da Universidade de Columbia. Parecendo relaxado e com as mãos atrás da cabeça em sua mesa, Woit diz que seu relacionamento com Greene, por exemplo, sempre foi amigável. “Brian brincou dizendo que me daria uma parte do aumento nas vendas de seus livros”, diz ele, abrindo um sorriso torto.
Bob Henderson estudou física, trabalhou em Wall Street e agora é um escritor independente focado em ciências e finanças.
Origem dessa postagem
https://www.tapatalk.com/groups/gsjournal/whatever-happened-to-string-theory-t14568.html?view=unread#unread
A teoria das cordas era uma bela ideia, a melhor candidata a uma teoria de tudo o que vimos até agora. Milhares de físicos passam décadas tentando resolver isso. Mas não correu conforme o planeado.
A teoria das cordas tornou-se extremamente controversa durante o que foi chamado de “Guerra das Cordas”, há cerca de 20 anos. Então meio que desapareceu. O que aconteceu? Quais foram as guerras das cordas? E o que os teóricos das cordas estão fazendo agora? É sobre isso que falaremos hoje.
(Vídeo de Sabine Hossenfelder)
Para àqueles que desejam conhecer "A Guerra das Cordas" em detalhes, sigam o texto abaixo:
FÍSICA
O Almirante das Guerras da Teoria das Cordas
Depois de uma década, Peter Woit ainda acha que a teoria das cordas é uma bagunça sangrenta.
POR BOB HENDERSON 4 de maio de 2015
Bob Henderson estudou física, trabalhou em Wall Street e agora é um escritor independente focado em ciências e finanças.
Assistindo a uma palestra de Peter Woit sobre mecânica quântica para uma turma da Universidade de Columbia – falando suavemente, digitando equações em um quadro negro – é difícil imaginar por que um físico de Harvard certa vez o comparou publicamente a um terrorista e pediu sua morte.
“Eu estava preocupado”, disse a namorada de longa data de Woit, Pamela Cruz. “O sono foi perdido.”
Qual é o crime? Um blog e um livro, ambos chamados Not Even Wrong, em homenagem a uma famosa farpa usada pela primeira vez pelo físico Wolfgang Pauli. Woit usa-o contra a teoria das cordas, o mais famoso candidato ao Santo Graal da física: uma “Teoria de Tudo” que uniria as duas teorias de que os físicos atualmente precisam para descrever o universo.
A primeira delas é a teoria quântica de campos, que abrange o domínio subatômico, o comportamento das partículas elementares e três das quatro forças da natureza. A segunda é a relatividade geral de Einstein, que explica a quarta força, a gravidade, relevante apenas em escalas muito maiores. Infelizmente para os físicos, essas duas teorias são lógica e matematicamente incompatíveis. A teoria das cordas propõe resolver este problema substituindo as partículas elementares por cordas como os objetos mais fundamentais da natureza.
Woit não acredita nisso.
“Isso está ficando cada vez mais ultrajante, isso está ficando ridículo”, Woit se lembra de ter pensado sobre a teoria das cordas em 2004, quando começou o blog. “Há uma enorme promoção pública da teoria e todo esse material sobre como a teoria das cordas é maravilhosa…” Woit faz uma pausa, balança a cabeça e ri, incrédulo. Em 2004, a teoria das cordas tinha sido um tema de investigação quente durante 20 anos e “realmente não estava a funcionar”.
A principal reclamação de Woit sobre a teoria, naquela época e agora, é que ela não consegue fazer previsões testáveis, por isso não pode ser verificada quanto a erros – em outras palavras, que “nem está errada”. Compare isto com a relatividade geral, por exemplo, que permitiu a Einstein prever, entre outras coisas, o grau em que a luz de uma estrela é desviada ao passar pelo Sol. Se as medições deste efeito não estivessem de acordo com a previsão de Einstein, a relatividade geral teria sido refutada. Tal falseabilidade é um critério amplamente citado para o que constitui ciência, uma perspectiva geralmente atribuída ao filósofo Karl Popper. Além disso, a relatividade geral levou Einstein apenas 10 anos. A teoria das cordas levou mais de 30 até agora.
A queixa secundária de Woit é estética. Ele, como muitos físicos, percebe uma beleza intrincada na matemática subjacente a teorias físicas bem-sucedidas como a de Einstein. Em contraste, diz Woit, a matemática da teoria das cordas é “uma bagunça sangrenta”.
Assim, o seu blog condena rotineiramente a teoria como um “fracasso” e condena a “modismo”, a “mania” e a “arrogância” dos físicos que promovem a sua promessa. Ele instou publicamente agências como a National Science Foundation a cortar o financiamento da teoria das cordas. A reacção da comunidade é claramente evidente online, onde ele é chamado de “incompetente, sedento de poder… idiota” e um “chefe maluco gago” culpado de crimes tão desprezíveis como os de Osama bin Laden.
Em seu apertado escritório em Columbia, onde cada centímetro da parede está coberto por livros e cada superfície está empilhada com papéis, Woit pula da cadeira, pega os papéis de uma mesa e sobe nela para pegar seu exemplar de Introdução ao Stellar. Atmosferas e Interiores de uma estante. Ele folheia as páginas para encontrar as equações reais que o atraíram para a física. “É que há algum tipo de compreensão profunda, quase completamente estranha e mística do mundo, que essas pessoas estão obtendo”, diz ele. “Mas na verdade é muito preciso e testável e é real.”
No ensino médio em Darien, Connecticut, ele usou um telescópio de quintal para observar as estrelas e se interessou pela física por meio daquele volume exato e de outros livros semelhantes. “Fiquei realmente fascinado ao tentar aprender sobre essas estrelas”, lembra ele. “Existem essas equações misteriosas que mostram como funciona uma estrela.”
Ele sempre foi um excelente aluno. Seu pai era um advogado formado em Harvard; sua mãe pintou arte abstrata. Incentivado pelos pais, Woit obteve bacharelado e mestrado em física pela Universidade de Harvard e doutorado pela Universidade de Princeton. Mas enquanto fazia pós-doutorado na Universidade Estadual de Nova York, Stony Brook, ele se desviou do caminho da física convencional.
Ele chegou em 1984, o início do que os físicos hoje chamam de “revolução da primeira corda”: uma série de avanços matemáticos que converteram muitos físicos a uma crença no potencial da teoria das cordas para ser o princípio e o fim de todas as teorias da física. . Seguiu-se uma migração massiva de pesquisadores para projetos destinados a dar corpo à teoria.
Mas Woit, imune aos encantos da teoria desde o início, recusou-se a seguir a multidão e, em vez disso, trabalhou noutros tópicos. E isso tornou ainda mais difícil encontrar emprego em uma área já altamente competitiva.
“Ninguém iria contratá-lo”, diz ele, “na área matemática da física, a não ser na teoria das cordas naquele momento”. Mas parecia “meio inútil”, diz ele, “trabalhar em algo em que você realmente não acredita”. Woit dá uma risada incrédula. “Por que estar neste negócio? Por que não entrar em outro negócio?
Ele mudou da física para a matemática, passando de um cargo não remunerado em Harvard para instrutor de cálculo na Universidade Tufts e, agora, professor sênior no departamento de matemática de Columbia, um cargo permanente, mas não permanente. Ele também mantém os computadores do departamento.
Ele diz que está feliz com a forma como as coisas funcionaram.
“Na verdade, achei a atmosfera entre os matemáticos muito mais agradável do que entre os físicos”, diz ele. “Os físicos tendem a ser muito mais competitivos.” Muitos colegas da física, lembra ele, se esforçaram para imitar Murray Gell-Mann e Richard Feynman, dois ganhadores do Nobel notoriamente amargos e propensos a superioridade. “Esses caras eram divertidos, mas não eram pessoas legais.” Os matemáticos, diz Woit, são muito mais modestos. “Eles entendem o que fazem e o que não sabem.”
O professor Henry Pinkham, presidente do departamento de matemática de Columbia, contratou Woit em 1989 e admira-o por ser o “igual intelectual” do corpo docente titular do departamento, mas não demonstra nenhum ressentimento por estar de plantão para o seu apoio informático. Ele também está impressionado com a ousadia de Woit, dada a presença de professores efetivos que trabalham com teoria das cordas no departamento. Depois do livro de Woit, “eu estava esperando brigas no salão”, ele brincou.
Embora nada tenha acontecido no salão em si, certamente houve brigas. Poucos meses após a publicação do livro de Woit em 2006, o físico Lee Smolin publicou The Trouble with Physics, expressando um ceticismo semelhante. Woit e Smolin se tornaram os dois moscardos mais famosos (ou, para os teóricos das cordas, infames) da teoria das cordas.
Também provocaram o que ficou conhecido na física como a “guerra das cordas”, uma estranha mistura de justas intelectuais apaixonadas e xingamentos dignos de playground em revistas, painéis de debate e, claro, online. O professor que comparou Woit a Bin Laden foi singularmente imprudente e desde então deixou Harvard, mas mesmo pessoas muito menos volúveis ficaram irritadas.
“Eu li os livros e fiquei um pouco exercitado com eles na época”, diz Michael Dine, professor de física na Universidade da Califórnia em Santa Cruz e um grande contribuidor da teoria das cordas.
Outros eram mais alegres. “Eu, como muitos outros, acompanhei como um tablóide. Era uma versão física do Big Brother ou dos Kardashians”, diz Abhishek Agarwal, um físico que trabalhou na teoria das cordas e que agora é editor da revista Physical Review Letters, uma das publicações mais prestigiadas da área. (Agarwal enfatizou que seus comentários representam sua perspectiva pessoal como físico, não como editor da Physical Review Letters.)
O maior vitríolo foi reservado para interações online, como seria de esperar. Seus rivais atacariam algo que ele escreveu, diz Woit, “tirando-o do contexto, e então [diziam] 'Oh, agora posso mostrar que Peter Woit é um tolo e não entende o que está falando.'” Ele se maravilha. a este tratamento de “algumas das pessoas mais inteligentes do mundo”. A luta também atingiu fóruns profissionais. Woit às vezes postava links para entradas de seu blog no site arXiv.org (pronuncia-se “arquivo”), um repositório de artigos de física que aguardam revisão por pares administrado pela Universidade Cornell. Mas durante a guerra das cordas, diz Woit, sua capacidade de postar links no arXiv foi revogada. “Toda essa história é um dos comportamentos mais vergonhosos e intelectualmente desonestos que já vi”, diz ele.
Também nos perguntamos sobre os encontros nos corredores entre Woit e Brian Greene, o físico de Columbia que é provavelmente o teórico de cordas mais famoso do país e que tem um escritório um andar acima do de Woit. Greene escreve livros populares e aparece regularmente na TV. Durante a guerra das cordas, Greene escreveu um artigo de opinião crescente no New York Times em apoio à teoria. Hoje, um link para o artigo no site de Woit na Columbia está intitulado “O Império Contra-Ataca”.
Greene e Woit não são apenas opostos nas suas ideias académicas. Um estudante de física de 24 anos chamado Seth Olsen, que teve aulas em Woit, chama Woit de um grande professor, mas também de “um pássaro estranho”. Brian Greene, diz ele, é diferente: “Alguém como Brian Greene, quando você fala com ele, você sente que está quase sendo seduzido ou algo assim, como se ele tivesse esse motivo, ele criou essa persona, e é tranquilo. Mas com Woit é como se você estivesse olhando para a alma do cara. Ele fica tremendo a maior parte do tempo, pensando em voz alta, às vezes resmungando.” Alguns colegas, diz Olsen, pensam em Woit como “o arquiinimigo de Brian Greene”.
As guerras das cordas provaram ser tão intratáveis, em parte porque mesmo os especialistas nem sempre estão de acordo sobre a testabilidade da teoria das cordas. O teórico das cordas Matthew Kleban, da Universidade de Nova Iorque, acredita que um acelerador de partículas que funcione com energias suficientemente elevadas (muito além do alcance da tecnologia atual) poderia, em princípio, provar se as cordas existem ou são fruto da imaginação dos físicos.
“As cordas têm ressonâncias”, diz ele, “como uma corda de violão. Portanto, há uma previsão bastante específica de como eles se comportarão quando você começar a excitar essas ressonâncias. Essa seria uma previsão muito precisa e específica que poderia ser testada.”
Mas Dine, de Santa Cruz, não tem tanta certeza, apontando que: “Se você perguntar a diferentes teóricos das cordas o que é a teoria das cordas, obterá respostas diferentes”. A teoria das cordas, ao contrário da relatividade de Einstein, não é um conjunto específico de equações, mas sim uma estrutura, ou uma classe de equações de um estilo particular. No que diz respeito à sua testabilidade, Dine diz: “Não está exatamente claro o que a pergunta significa. Simplesmente não é algo que possamos formular bem.”
Para Agarwal, a testabilidade da teoria das cordas não é necessariamente a questão mais relevante. Ele salienta que uma correspondência matemática descoberta pelo físico Juan Maldacena em 1997 implica que a teoria das cordas tem profundas ligações matemáticas com a teoria quântica de campos e, portanto, com a física bem estabelecida e testada. Chamada de “correspondência AdS-CFT”, ela permite que os físicos usem a teoria das cordas como uma lente para uma física mais universalmente aceita. Woit, diz Agarwal, “não dá crédito suficiente a um monte de coisas interessantes sobre teorias quânticas de campos que aprendemos com a teoria das cordas”.
Agarwal acrescenta que a maior parte da pesquisa sobre a teoria das cordas feita hoje é motivada pela correspondência AdS-CFT, e não pelos sonhos da Teoria de Tudo. E que a descoberta do AdS-CFT ilustra por que é um erro alguém tentar ditar o que os físicos devem ou não explorar. “Não se pode planear o desenvolvimento da ciência dessa forma. Você simplesmente não pode”, diz ele. “Imagine se alguém tivesse cortado o financiamento da teoria das cordas em meados dos anos 90. Bem, isso não teria feito o AdS-CFT acontecer. Minha impressão do blog de Peter é que até ele considera muito bem o AdS-CFT e os desenvolvimentos relacionados, uma vez que eles se conectam a assuntos nos quais ele está interessado.”
Hoje, as guerras de cordas transformaram-se em “escaramuças de cordas”. O blog de Woit continua a ser amplamente lido por físicos e matemáticos – e a ser um pára-raios para debates. A suspensão de Woit do arXiv desencadeou uma batalha de palavras em dezembro passado, entre Woit e o proeminente teórico de cordas Joseph Polchinski, da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara. Os dois foram golpe por golpe, Polchinski criticando Woit por “palavras carregadas” e Woit aumentando a aposta ao chamar Polchinski de “desprezível e pouco profissional”. Suas postagens continuaram até a véspera de Natal.
Mas as guerras das cordas não perturbaram a tranquilidade dos corredores da Universidade de Columbia. Parecendo relaxado e com as mãos atrás da cabeça em sua mesa, Woit diz que seu relacionamento com Greene, por exemplo, sempre foi amigável. “Brian brincou dizendo que me daria uma parte do aumento nas vendas de seus livros”, diz ele, abrindo um sorriso torto.
Bob Henderson estudou física, trabalhou em Wall Street e agora é um escritor independente focado em ciências e finanças.
Origem dessa postagem
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
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