Física2100
Olá visitante!

Por favor, faça login ou crie uma conta se ainda não estiver registado.

Participe do fórum, é rápido e fácil

Física2100
Olá visitante!

Por favor, faça login ou crie uma conta se ainda não estiver registado.
Física2100
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Comunicação Não-Violenta

Ver o tópico anterior Ver o tópico seguinte Ir para baixo

Comunicação Não-Violenta Empty Comunicação Não-Violenta

Mensagem por Jonas Paulo Negreiros 1st agosto 2024, 23:47

Marconi, inventor do rádio, fez uma profecia: "Um dia o Rádio vai aproximar mais as pessoas". Infelizmente, apesar da oferta de todo tipo de comunicação instantânea, acabamos por nos esquecer de algo que vai além do meio: a própria mensagem. Parece que a facilidade da comunicação mais afasta do que aproxima as pessoas.

Comunicação Não-Violenta 800px-Guglielmo_Marconi_posing

Wikipedia

Eis que surge um conceito pouco conhecido, baseado nos ensinamentos de Ghandi e Martin Luther King:

A Comunicação não-violenta

No início dos anos 60, durante o auge do movimento a favor dos diretos civis e contra a segregação racial nos Estados Unidos, o psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg atuava como orientador educacional em instituições de ensino que eliminavam a segregação.

O papel de Rosenberg, durante essa conturbada transição, era ensinar mediações e técnicas de comunicação. Nesse contexto, ele elaborou o método da Comunicação Não-Violenta (CNV).

Em seu livro homônimo, Rosenberg define a Comunicação Não-Violenta como uma abordagem da comunicação, que compreende as habilidades de falar e ouvir, que leva os indivíduos a se entregarem de coração, possibilitando a conexão com si mesmos e com os outros, permitindo assim que a compaixão se desenvolva. Quanto à expressão Não-Violenta, o psicólogo faz uso da definição de Gandhi, se referindo a uma condição compassiva natural que aparece quando a violência é afastada do coração.

A técnica é baseada em competências de linguagem e comunicação que auxiliam na reformulação da forma como cada um se expressa e ouve os demais. O pesquisador propõe que, com a Comunicação Não-Violenta (CNV), as respostas a estímulos comunicacionais deixem de ser automáticas e repetitivas e passem a ser mais conscientes e baseadas em percepções do momento, por meio da observação de comportamentos e fatores que tem influência sobre cada um. Por meio da escuta ativa e profunda, o método faz com que as interações ocorram com mais respeito, atenção e empatia, como defende o psicólogo.


Quatro componentes da Comunicação Não-Violenta

Para que a Comunicação Não-Violenta (chamada também de comunicação empática) ocorra, Rosenberg explica que é preciso os praticantes se concentrem em quatro componentes, que devem ser expressados de forma clara:

1. Observação
Em primeiro lugar, é necessário observar o que realmente está acontecendo em determinada situação. O psicólogo sugere questionar se a mensagem que está sendo recebida, seja por meio de fala ou de ações, tem algo a acrescentar de forma positiva. O segredo é fazer essa observação sem criar um juízo de valor, apenas compreender o que se gosta e o que não no que está acontecendo e no que o outro faz.

2. Sentimento
Depois, é preciso entender qual sentimento a situação desperta depois da observação. É importante nomear o que se sente, por exemplo, mágoa, medo, felicidade, raiva, entre outros. O psicólogo ainda afirma que é importante se permitir ser vulnerável para resolver conflitos e saber a diferença entre o que se sente e o que se pensa ou interpreta.

3. Necessidades
A partir da compreensão de qual sentimento foi despertado, é preciso reconhecer quais necessidades estão ligadas a ele. Rosenberg ressalta que quando alguém expressa suas necessidades, há uma possibilidade maior de que elas sejam atendidas e que a consciência desses três componentes vem de uma análise pessoal clara e honesta.

4. Pedido
Por meio de uma solicitação específica, ligada a ações concretas, é possível deixar claro o que se quer da outra pessoa. O especialista recomenda usar uma linguagem positiva, em forma de afirmação, para fazer o pedido. Evite frases abstratas, vagas ou ambíguas.

Exemplo de Comunicação Não-Violenta
Joana, quando você grita comigo no ambiente de trabalho (observação), eu me sinto diminuído e irritado (sentimento) porque preciso sentir que sou respeitado e que meus colegas querem me ajudar a me desenvolver (necessidades). Você poderia me chamar para conversar em particular quando se sentir irritada comigo? (pedido).

Saiba mais sobre o assunto:

https://www.napratica.org.br/comunicacao-nao-violenta/

_________________
Gráviton, onde tu estás que não te encontro Razz ?
Jonas Paulo Negreiros
Jonas Paulo Negreiros
Físico Profissional
Físico Profissional

Mensagens : 4189
Idade : 70
Localização : Jundiaí, São Paulo - Brasil

https://web.archive.org/web/20170721052353/sbtvd.anadigi.zip.net

Ir para o topo Ir para baixo

Ver o tópico anterior Ver o tópico seguinte Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos