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Coisas da matemática em «A Matemática das Coisas»

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Coisas da matemática em «A Matemática das Coisas» Empty Coisas da matemática em «A Matemática das Coisas»

Mensagem por Carlos Costa 25th abril 2008, 17:09

Coisas da matemática em «A Matemática das Coisas» 26131

«Se convidarmos um grupo de amigos para o nosso jantar de anos e quisermos preencher uma mesa de quatro pessoas, podemos ter de escolher os nosso três companheiros de entre cinco amigos. Mas o António está zangado com a Beatriz, sua antiga namorada. E esta e o Carlos são inseparáveis. Ora o Carlos, que é amigo do António, está de relações cortadas com o Daniel. E este, por seu turno, não dá um passo sem trazer consigo a Eduarda, que não pode ver o António à frente. Como se resolve este quebra-cabeças?»

É com este desafio que começa o novo livro de Nuno Crato, «A Matemática das Coisas», que vai ter uma primeira apresentação no Casino da Figueira da Foz no próximo dia 28, às 18h30. Coisas do dia-a-dia, A Terra é Redonda, Coisas Secretas, Arte e Geometria e Coisas Matemáticas são os capítulos desta nova obra de Nuno Crato.


«Sendo assim, começamos por escolher o nosso amigo A e vemos que não podemos convidar a nossa amiga B; poderíamos convidar C, mas este não vem se não vier B; e assim por diante. Como não há solução contendo A, tentamos de novo, começando desta vez por B, e assim continuamos, até encontrar três amigos para o jantar. Será que isso é possível, neste caso? Ou será que temos de desistir, forçados a reconhecer, tristemente, que as desavenças humanas são mais complicadas que os algoritmos?»

É desta forma que Nuno Crato continua a desenvolver o interessante problema com que abre «A Matemática das Coisas» mas a resposta permanece em segredo até ao livro aparecer nas livrarias.

«Quando digo que sou matemático, as pessoas brincam comigo e perguntam-me se as posso ajudar a manter a conta bancária equilibrada; quando digo que me engano muito nas contas, pensam que devo ser um matemático medíocre». este é o início do Prefácio e coloca uma velha questão: «Para que servem os matemáticos?» Diz o texto: «Quem assim se queixava era Paul Halmos, mas a frase pode ser atribuída a muitos outros matemáticos, pois quase todos os que se dedicam a esta actividade se lamentam das
incompreensões do público. Na realidade, há muita gente que não sabe o que fazem os matemáticos».

Ler este novo trabalho de Nuno Carto vai ajudar a perceber, por certo. Abundam exemplos práticos do nosso dia-a-dia que tronam a sua leitura saborosa. Em «A outra faixa chega sempre mais depressa» ,Nuno propõe este episódio: «O João e a Joana saíram de casa pelas oito e atravessaram o rio para chegar ao escritório onde ambos trabalham, em Lisboa. As filas começavam muito antes da ponte, e a Joana conduzia calmamente pela faixa da direita. O João, que vinha atrás dela, mudou para a faixa da esquerda e ultrapassou- a. Mais à frente, a sua faixa parou e o João viu os carros da faixa da direita a ultrapassarem-no. Numa manobra brusca,
aproveitou uma aberta e mudou-se de novo para a faixa da direita. Azar! Nesse momento essa faixa parou de novo. Esperou um pouco, impotente, até que se abriu uma nova possibilidade de mudar de faixa. Com uma manobra ainda mais arriscada que a anterior, mudou-se outra vez para a faixa da esquerda e pareceu-lhe ter ganho terreno. Mas o trânsito parou de novo e a cena repetiu-se. A Joana continuou sempre calmamente na faixa da direita. Passado bastante tempo, depois de múltiplas manobras furiosas, o João sobreviveu ao perigo e chegou ao trabalho. Chegou a horas, pensando que o esforço valera a pena. Mas olhou para o lado e viu que a Joana já tinha arrumado o seu carro e estava a entrar no edifício... »

O desenvolvimento destes temas está no livro. Nuno Crato confronta-nos com problemas básicos e leva-nos pelos caminhos da matemática com a mesma intensidade com que se lê uma boa obra de ficção. Veja-se: «As moedas europeias estão em circulação há tempo mais que suficiente para todos se terem habituado a reconhecê- -las. Mas há muita gente que ainda as confunde. Há quem tenha dificuldade em distinguir as moedas de dois cêntimos das de cinco. E quem confunda as de 10 com as de 20, ou estas últimas com as de 50. Será culpa nossa ou de quem concebeu o sistema?»

Quase a acabar «A Matemática dos Coisas» Nuno Crato faz outra interessante proposta. Para perceber, obviamente, deverá ler o livro. Aqui fica apenas o desafio: «Quer ganhar uma aposta? Diga que consegue acertar no primeiro dígito de um número, ou, pelo menos, que consegue dizer se ele é ou não menor do que 4. Diga a alguém que pense em números reais, o número da porta de uma casa, ou a quantidade de dinheiro que essa pessoa tem no banco, ou uma taxa que essa pessoa utilize, por exemplo uma taxa de câmbio, ou uma constante física ou matemática, tal como π. Se apostar que esse número começa por 1, 2, ou 3, acertará mais de metade das vezes, 60,2 por cento, para ser preciso. O seu interlocutor ficará certamente surpreendido,
pois à primeira vista não há razão nenhuma para que as leis do acaso actuem desta maneira».

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Mensagem por newton45 28th maio 2011, 18:21

eu tenho este livro, mas ainda nunca o li

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