DNA à base de Arsênico
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DNA à base de Arsênico
Procura de ser vivo com arsênio no DNA acontecia desde 2009
Para os pesquisadores da Nasa que anunciaram nesta sexta-feira, nos EUA, a descoberta do primeiro ser vivo que não possui fósforo em sua constituição do DNA, e sim arsênio, é impressionante. A procura por este micro-organismo, no entanto, acontece desde 2009.
A pesquisadora e líder do estudo, Felise Wolfe-Simon, afirmou que, em conjunto com os pesquisadores Ariel Anbar e Paul Davies, liderou um grupo de estudos em 2009 que partia da hipótese de que o arsênio poderia substituir o fósforo na constituição de alguns seres vivos. "Nesse sentido, a descoberta anunciada hoje é fruto de um estudo completamente direcionado", comentou Felise.
A suposição da pesquisa surgiu da proximidade do arsênio ao fósforo na tabela periódica. A discussão sobre esta possibilidade é ainda mais antiga e é conhecida, no mundo científico, como "vida estranha".
Os pesquisadores acrescentaram que a descoberta é apenas um pequeno passo para a Astrobiologia, a Ciência que busca fundamentos para a vida extraterrestre. Anbar salientou ainda que reconhece que será necessário dar um grande salto para se descobrir vida fora da Terra.
Com informações da agência AFP.
Pesquisadora: outros elementos químicos podem formar vida
A descoberta da Nasa, anunciada às 17h desta sexta-feira, de um micro-organismo que cresce em um meio altamente tóxico dentro do próprio planeta Terra quebra os padrões pré-estabelecidos e introduz uma nova visão à exploração de vida extraterrestre. Para os pesquisadores da Nasa, a descoberta amplia as possibilidades de vida na medida em que permite pensar que outros elementos químicos podem representar as mesmas funções em um organismo que o fósforo, por exemplo.
Fruto de um estudo feito para a revista Science pela pesquisadora Felise Wolfe-Simon, o anúncio aconteceu para contar ao mundo como um micro-organismo conseguiu se desenvolver em um dos mais notórios venenos da Terra, o arsênio. Ela também contou que, desde 2009, ela e mais dois colegas lideram um grupo de estudos que cogitavam a possibilidade do arsênio, que aparece diretamente abaixo do fósforo na tabela periódica, pudesse substituir o fósforo na constituição básica da vida terrestre.
A nova forma de vida encontrada no lago Mono, na Califórnia, nos EUA, não só encontrou neste meio aparentemente hostil uma maneira de crescer, como incorporou o arsênio em seu DNA. "Todas as formas de vida que conhecemos se compõem, principalmente, de seis elementos: carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, enxofre e fósforo", afirmou Felise Wolfe-Simon.
Teoricamente, não há razão pela qual outros elementos não poderiam ser usados em vez dos "eleitos" pela natureza para constituir a vida. Só que a Ciência nunca havia encontrado nenhum ser vivo que os usasse. "Talvez haja outras exceções sobre as quais devamos pensar a respeito", acrescentou a pesquisadora.
Na prática, a descoberta traz uma nova perspectiva sobre o que é necessário para criar uma vida. "O estudo significa que ainda não sabemos tudo o que precisamos sobre as condições essenciais para sustentar a vida", comentou ao brincar que as escolas, a partir de hoje, precisarão mudar seus livros ditádicos no que se refere à constituição da vida.
No entanto, as evidências ainda são muito incipientes para conclusões concretas e, principalmente, sobre outras formas de vida possíveis fora do planeta Terra. "A forma como o arsênio se introduz na estrutura das biomoléculas não está clara, e não conhecemos os mecanismos pelos quais operam tais moléculas", finalizou Felise.
Com informações das agências AFP, EFE e Reuters.
Meu livro de biologia está desatualizado...
Tem idéia da dimensão dessa descoberta? Nosso mundinho acabou...
Para os pesquisadores da Nasa que anunciaram nesta sexta-feira, nos EUA, a descoberta do primeiro ser vivo que não possui fósforo em sua constituição do DNA, e sim arsênio, é impressionante. A procura por este micro-organismo, no entanto, acontece desde 2009.
A pesquisadora e líder do estudo, Felise Wolfe-Simon, afirmou que, em conjunto com os pesquisadores Ariel Anbar e Paul Davies, liderou um grupo de estudos em 2009 que partia da hipótese de que o arsênio poderia substituir o fósforo na constituição de alguns seres vivos. "Nesse sentido, a descoberta anunciada hoje é fruto de um estudo completamente direcionado", comentou Felise.
A suposição da pesquisa surgiu da proximidade do arsênio ao fósforo na tabela periódica. A discussão sobre esta possibilidade é ainda mais antiga e é conhecida, no mundo científico, como "vida estranha".
Os pesquisadores acrescentaram que a descoberta é apenas um pequeno passo para a Astrobiologia, a Ciência que busca fundamentos para a vida extraterrestre. Anbar salientou ainda que reconhece que será necessário dar um grande salto para se descobrir vida fora da Terra.
Com informações da agência AFP.
Pesquisadora: outros elementos químicos podem formar vida
A descoberta da Nasa, anunciada às 17h desta sexta-feira, de um micro-organismo que cresce em um meio altamente tóxico dentro do próprio planeta Terra quebra os padrões pré-estabelecidos e introduz uma nova visão à exploração de vida extraterrestre. Para os pesquisadores da Nasa, a descoberta amplia as possibilidades de vida na medida em que permite pensar que outros elementos químicos podem representar as mesmas funções em um organismo que o fósforo, por exemplo.
Fruto de um estudo feito para a revista Science pela pesquisadora Felise Wolfe-Simon, o anúncio aconteceu para contar ao mundo como um micro-organismo conseguiu se desenvolver em um dos mais notórios venenos da Terra, o arsênio. Ela também contou que, desde 2009, ela e mais dois colegas lideram um grupo de estudos que cogitavam a possibilidade do arsênio, que aparece diretamente abaixo do fósforo na tabela periódica, pudesse substituir o fósforo na constituição básica da vida terrestre.
A nova forma de vida encontrada no lago Mono, na Califórnia, nos EUA, não só encontrou neste meio aparentemente hostil uma maneira de crescer, como incorporou o arsênio em seu DNA. "Todas as formas de vida que conhecemos se compõem, principalmente, de seis elementos: carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, enxofre e fósforo", afirmou Felise Wolfe-Simon.
Teoricamente, não há razão pela qual outros elementos não poderiam ser usados em vez dos "eleitos" pela natureza para constituir a vida. Só que a Ciência nunca havia encontrado nenhum ser vivo que os usasse. "Talvez haja outras exceções sobre as quais devamos pensar a respeito", acrescentou a pesquisadora.
Na prática, a descoberta traz uma nova perspectiva sobre o que é necessário para criar uma vida. "O estudo significa que ainda não sabemos tudo o que precisamos sobre as condições essenciais para sustentar a vida", comentou ao brincar que as escolas, a partir de hoje, precisarão mudar seus livros ditádicos no que se refere à constituição da vida.
No entanto, as evidências ainda são muito incipientes para conclusões concretas e, principalmente, sobre outras formas de vida possíveis fora do planeta Terra. "A forma como o arsênio se introduz na estrutura das biomoléculas não está clara, e não conhecemos os mecanismos pelos quais operam tais moléculas", finalizou Felise.
Com informações das agências AFP, EFE e Reuters.
Meu livro de biologia está desatualizado...
Tem idéia da dimensão dessa descoberta? Nosso mundinho acabou...
Safra- Membro Ativo
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Re: DNA à base de Arsênico
Temos que definir melhor a vida, pois esta descoberta muda tudo.
Saibot- Membro Regular
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Re: DNA à base de Arsênico
Já Carl Sagan tinha alertado que o fósforo, carbono e água podem não ser as bases de toda a vida. Pode haver vida baseada numa química diferente e em líquidos diferentes.
Esta descoberta é fantástica, pois permite-nos redefinir o que é a vida.
Esta descoberta é fantástica, pois permite-nos redefinir o que é a vida.
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Re: DNA à base de Arsênico
Eu fico na dúvida quanto a essa especulação. Se essa bactéria só conseguiria utilizar o arsênio depois de já formada parte de sua estrutura ou se tudo pode ser criado a partir do zero somente com o arsênio ao invés do fósforo. Por que mesmo essa bactéria ainda utiliza o fósforo em sua estrutura, porem na proporção de 7 átomos de arsênio para 1 de fósforo.
E isso faz muita diferença.
E isso faz muita diferença.
Última edição por LucasCFX em 24th dezembro 2010, 18:59, editado 1 vez(es)
LucasCFX- Membro Regular
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Localização : São Paulo
Re: DNA à base de Arsênico
O próprio artigo diz que ela só utiliza o arsênico em determinadas circunstâncias. Pode ser que não consiga viver só utilizando o arsênico a 100%.
No entanto, esse microorganismo é um ser vivo terrestre. Continua ligado à mesma linha evolutiva que nós. Noutros planetas, com uma química e linha evolutiva completamente diferente, a história pode ser outra.
No entanto, esse microorganismo é um ser vivo terrestre. Continua ligado à mesma linha evolutiva que nós. Noutros planetas, com uma química e linha evolutiva completamente diferente, a história pode ser outra.
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Re: DNA à base de Arsênico
Isso é pura e simplesmente uma questão de adaptação ao local e à disponibilidade de certos constituintes do meio. Ou seja, se a batéria tem arsênio disponível em maiores quantidades do que o fósforo, eventualmente está "adaptada" (não querendo ser como Lamarck) ao seu uso.
Kings- Membro Regular
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