A teoria quântica
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A teoria quântica
O termo quantum significa «uma quantidade» ou «montante discreto». Na nossa vida quotidiana estamos acostumados à ideia de que as propriedades de um objeto, como tamanho, peso, cor, temperatura, área de superfície e movimento, são todas qualidades que podem variar de objeto para objeto de uma forma contínua. As maçãs, por exemplo, surgem-nos em várias formas, tamanhos e cores, sem quaisquer descontinuidades visíveis.
À escala atómica, no entanto, as coisas passam-se de modo muito diferente. As propriedades das partículas atómicas, como o movimento, energia e spin, não exibem sempre este tipo de variação suave, podendo diferir em quantidades discretas. Uma das suposições da mecânica newtoniana clássica era a de que as propriedades da matéria podiam variar continuamente. Ao descobrirem que esta noção já não era válida à escala atómica, os físicos viram-se forçados a conceber um sistema de mecânica inteiramente novo - a mecânica quântica - que tivesse em conta os saltos que caracterizam o comportamento atómico da matéria. Assim, a teoria quântica é a teoria subjacente donde deriva a mecânica quântica.
Tendo em conta o sucesso da mecânica clássica na descrição da dinâmica de objetos que vão desde as bolas de bilhar às estrelas e planetas, não é de surpreender que a sua substituição, à escala atómica, por um sistema de mecânica novo fosse considerada revolucionária. Os físicos, contudo, depressa verificaram a validade desta teoria ao conseguirem, por seu intermédio, explicar uma grande variedade de fenómenos que de outro modo seriam incompreensíveis. De tal modo foi assim que hoje a teoria quântica é apontada como a teoria científica de maior sucesso jamais desenvolvida.
À escala atómica, no entanto, as coisas passam-se de modo muito diferente. As propriedades das partículas atómicas, como o movimento, energia e spin, não exibem sempre este tipo de variação suave, podendo diferir em quantidades discretas. Uma das suposições da mecânica newtoniana clássica era a de que as propriedades da matéria podiam variar continuamente. Ao descobrirem que esta noção já não era válida à escala atómica, os físicos viram-se forçados a conceber um sistema de mecânica inteiramente novo - a mecânica quântica - que tivesse em conta os saltos que caracterizam o comportamento atómico da matéria. Assim, a teoria quântica é a teoria subjacente donde deriva a mecânica quântica.
Tendo em conta o sucesso da mecânica clássica na descrição da dinâmica de objetos que vão desde as bolas de bilhar às estrelas e planetas, não é de surpreender que a sua substituição, à escala atómica, por um sistema de mecânica novo fosse considerada revolucionária. Os físicos, contudo, depressa verificaram a validade desta teoria ao conseguirem, por seu intermédio, explicar uma grande variedade de fenómenos que de outro modo seriam incompreensíveis. De tal modo foi assim que hoje a teoria quântica é apontada como a teoria científica de maior sucesso jamais desenvolvida.
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Re: A teoria quântica
Em 1914, o físico alemão Max Planck aplicou a ideia da descontinuidade de Dalton à energia, para explicar o intrigante fenómeno da radiação do corpo negro, o que conduziu ao nascimento da teoria quântica. Para explicar as discrepâncias observadas entre a teoria e a experiência, Planck supôs que a radiação era emitida por grupos de átomos, que da superfície do corpo negro vibravam com a mesma frequência. Além disso, admitia que a sua energia vibrante era distribuída em "pacotes de energia", aos quais deu o nome de quanta. Planck afirmou ainda que os átomos ao vibrar não podem trocar energia, ao contrário dos quanta.
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Re: A teoria quântica
Teorema abala fundações da mecânica quântica
Representação radial da função de onda de um elétron. [Imagem: NERSC]
Função real
Você já deve estar cansado de ouvir falar que a mecânica quântica pode "interpretar" um átomo, um elétron ou um fóton, por exemplo, como uma partícula ou como uma onda.
Quando as encaram como ondas, os físicos estão falando de uma função de onda, uma descrição matemática de uma onda, que determina as probabilidades de que as partículas quânticas tenham determinadas propriedades.
A função de onda há muito tempo é interpretada como uma ferramenta estatística que reflete nossa ignorância sobre as partículas quânticas.
Mas agora um trio de físicos ingleses está defendendo a ideia quase chocante de que a função de onda na verdade é algo real, fisicamente real, e não uma probabilidade estatística.
Terremoto na física
Parece que "abalar" as bases da física não é uma expressão suficiente para dar conta do que essa proposta significa: "Eu não quero parecer hiperbólico, mas eu acredito que a expressão 'abalo sísmico' parece se aplicar bem a esse artigo," comentou o professor Antony Valentini, da Universidade Clemson, que não faz parte do trio que está defendendo esta ideia.
Ouvido pela revista Nature, Valentini afirma que este resultado pode ser o teorema geral (relacionado à mecânica quântica) mais importante desde o teorema de Bell.
Em 1964, o irlandês John Stewart Bell demonstrou que, se a mecânica quântica descrevia entidades reais, então ela teria que incluir a misteriosa "ação à distância", os famosos átomos assombrados de Einstein.
Teorema abala fundações da mecânica quântica
Dois sistemas quânticos são preparados independentemente. O estado quântico de cada um, determinado pelo método de preparação, é ou 0 ou positivo. Os dois são postos juntos e medidos. Segundo a nova teoria, o resultado da medição somente pode depender das propriedades físicas dos dois sistemas no momento da medição. [Imagem: Pusey/Barret/Rudolph]
Agora, um novo teorema mostra que, se a função de onda quântica for meramente uma ferramenta estatística, então mesmo os estados quânticos que não estão conectados através do espaço e do tempo - por meio do entrelaçamento quântico - deveriam ser capazes de se comunicar uns com os outros.
Como isso parece ser altamente improvável, Matthew Pusey, Terry Rudolph (Imperial College) e Jonathan Barrett (Universidade de Londres) concluíram que a função de onda não é algo meramente formal, mas um aspecto concreto da realidade.
"Isso arranca fora a obscuridade e mostra que não podemos ter uma interpretação de um estado quântico como algo probabilístico," opinou David Wallace, da Universidade de Oxford.
Consciência quântica
Essa discussão nos leva de volta à geração de gênios que construiu o arcabouço teórico sobre o qual a física navega há quase um século. Nos anos 1920, Niels Bohr e a chamada "interpretação de Copenhague" da física quântica consideraram a função de onda como uma ferramenta computacional.
Einstein concordou com reservas, afirmando que a função de onda também poderia ter algo a ver com uma realidade subjacente ainda desconhecida.
Já Erwin Schrodinger, aquele do gato que fica viva e morto ao mesmo tempo, chegou a considerar que a função de onda era uma realidade física.
Mas o assunto foi varrido para debaixo do tapete desde então.
Segundo Valentini, a interpretação de Copenhague caiu de moda, mas a ideia da função de onda como uma ferramenta estatística voltou a dominar o mundo da física com o advento da teoria da informação quântica.
O novo teorema volta atrás, afirmando que os sistemas quânticos devem "saber" exatamente o estado em que foram preparados - algo como se uma moeda que dê seis caras em cada 10 tentativas tenha uma propriedade física de dar resultados corrompidos, em vez de o excesso de caras ser um mero acidente estatístico.
A propósito, a revista Nature apenas comentou o artigo, que está no repositório arXiv, ainda não publicado por nenhuma revista revisada pelos pares.
fonte:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=teorema-abala-fundacoes-mecanica-quantica&id=010130111124
Representação radial da função de onda de um elétron. [Imagem: NERSC]
Função real
Você já deve estar cansado de ouvir falar que a mecânica quântica pode "interpretar" um átomo, um elétron ou um fóton, por exemplo, como uma partícula ou como uma onda.
Quando as encaram como ondas, os físicos estão falando de uma função de onda, uma descrição matemática de uma onda, que determina as probabilidades de que as partículas quânticas tenham determinadas propriedades.
A função de onda há muito tempo é interpretada como uma ferramenta estatística que reflete nossa ignorância sobre as partículas quânticas.
Mas agora um trio de físicos ingleses está defendendo a ideia quase chocante de que a função de onda na verdade é algo real, fisicamente real, e não uma probabilidade estatística.
Terremoto na física
Parece que "abalar" as bases da física não é uma expressão suficiente para dar conta do que essa proposta significa: "Eu não quero parecer hiperbólico, mas eu acredito que a expressão 'abalo sísmico' parece se aplicar bem a esse artigo," comentou o professor Antony Valentini, da Universidade Clemson, que não faz parte do trio que está defendendo esta ideia.
Ouvido pela revista Nature, Valentini afirma que este resultado pode ser o teorema geral (relacionado à mecânica quântica) mais importante desde o teorema de Bell.
Em 1964, o irlandês John Stewart Bell demonstrou que, se a mecânica quântica descrevia entidades reais, então ela teria que incluir a misteriosa "ação à distância", os famosos átomos assombrados de Einstein.
Teorema abala fundações da mecânica quântica
Dois sistemas quânticos são preparados independentemente. O estado quântico de cada um, determinado pelo método de preparação, é ou 0 ou positivo. Os dois são postos juntos e medidos. Segundo a nova teoria, o resultado da medição somente pode depender das propriedades físicas dos dois sistemas no momento da medição. [Imagem: Pusey/Barret/Rudolph]
Agora, um novo teorema mostra que, se a função de onda quântica for meramente uma ferramenta estatística, então mesmo os estados quânticos que não estão conectados através do espaço e do tempo - por meio do entrelaçamento quântico - deveriam ser capazes de se comunicar uns com os outros.
Como isso parece ser altamente improvável, Matthew Pusey, Terry Rudolph (Imperial College) e Jonathan Barrett (Universidade de Londres) concluíram que a função de onda não é algo meramente formal, mas um aspecto concreto da realidade.
"Isso arranca fora a obscuridade e mostra que não podemos ter uma interpretação de um estado quântico como algo probabilístico," opinou David Wallace, da Universidade de Oxford.
Consciência quântica
Essa discussão nos leva de volta à geração de gênios que construiu o arcabouço teórico sobre o qual a física navega há quase um século. Nos anos 1920, Niels Bohr e a chamada "interpretação de Copenhague" da física quântica consideraram a função de onda como uma ferramenta computacional.
Einstein concordou com reservas, afirmando que a função de onda também poderia ter algo a ver com uma realidade subjacente ainda desconhecida.
Já Erwin Schrodinger, aquele do gato que fica viva e morto ao mesmo tempo, chegou a considerar que a função de onda era uma realidade física.
Mas o assunto foi varrido para debaixo do tapete desde então.
Segundo Valentini, a interpretação de Copenhague caiu de moda, mas a ideia da função de onda como uma ferramenta estatística voltou a dominar o mundo da física com o advento da teoria da informação quântica.
O novo teorema volta atrás, afirmando que os sistemas quânticos devem "saber" exatamente o estado em que foram preparados - algo como se uma moeda que dê seis caras em cada 10 tentativas tenha uma propriedade física de dar resultados corrompidos, em vez de o excesso de caras ser um mero acidente estatístico.
A propósito, a revista Nature apenas comentou o artigo, que está no repositório arXiv, ainda não publicado por nenhuma revista revisada pelos pares.
fonte:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=teorema-abala-fundacoes-mecanica-quantica&id=010130111124
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