Duas Crianças Detonam com a Relatividade

Brincando, Duas Crianças Detonam com a Relatividade



De acordo com a foto, duas crianças brincam numa máquina de girar.

Quando a máquina gira, cada criança vê a outra parada. No entanto, ambas veem o mundo girar, inclusive o Sol.

Vamos aos cálculos.

Digamos que as crianças impõem uma velocidade angular ao brinquedo de uma volta a cada dois segundos.

Se as crianças são o centro do universo ( a relatividade de movimentos aceita isso), o Sol dará uma volta em torno delas a cada dois segundos.

O sol fica distante das crianças de 149.600.000 km. Então, a cada volta, o Sol irá percorrer

2 * 3,1415 * 149.600.000 km = 939.936.800 km em dois segundos.

Logo, 939.936.800 km / 2 seg =  469.968.400 km/s

Como a velodicidade da Luz é 300.000 km/s, para as duas crianças, o Sol é obrigado a viajar a uma velocidade 1566 vezes maior que a velocidade da Luz.

Acontece que as crianças na verdade não veem o Sol lá onde elas o enxergam. O que elas observam são os fótons que atingem suas retinas com a informação de onde eles partiram.
Se considerarmos que estes fótons demoram 8 minutos para viajarem do Sol até atingirem os olhos das crianças, perceberemos que o que elas vêem é uma realidade com 8 minutos de atraso.
Mas o mais importante nesta experiência é notar que estes fótons vindos do Sol são observados sempre da mesma forma pelas crianças, quer o brinquedo esteja girando ou parado, porque as informações que eles transportam independe da condição de rotação do brinquedo.

Muito bom, Bosco.

Quando formulei o problema, fiz uma analogia ao experimento do Balde de Newton.
Logo, entra em questão o Princípio de Mach.

Como você interpreta esse entrave no âmbito relativista?

Afinal não estamos apenas fazendo a relação de imagens, mas de movimento de corpos providos de massa, em distâncias muito diferentes.

Jonas Paulo Negreiros escreveu:Muito bom, Bosco.

Quando formulei o problema, fiz uma analogia ao experimento do Balde de Newton.
Logo, entra em questão o Princípio de Mach.

Como você interpreta esse entrave no âmbito relativista?

Afinal não estamos apenas fazendo a relação de imagens, mas de movimento de corpos providos de massa, em distâncias muito diferentes.

Para concluir o raciocínio, sabemos que a ação gravitacional do Sol chega à Terra atrasada em aproximadamente oito minutos, mas isso não impede desse gigante maciço influenciar marés (gasosas e aquosas) terrestres.

Bosco,
Você pode descartar sumariamente as idéias de Mach, resgatadas nessa trilha, mas percebo que elas são pistas valiosas que poderão ajudá-lo a aperfeiçoar o seu modelo gravitacional "tudo é campo".

Jonas Paulo Negreiros escreveu:
Para concluir o raciocínio, sabemos que a ação gravitacional do Sol chega à Terra atrasada em aproximadamente oito minutos, mas isso não impede desse gigante maciço influenciar marés (gasosas e aquosas) terrestres.

Bosco,
Você pode descartar sumariamente as idéias de Mach, resgatadas nessa trilha, mas percebo que elas são pistas valiosas que poderão ajudá-lo a aperfeiçoar o seu modelo gravitacional "tudo é campo".

Em resposta à estas suas duas afirmações Jonas, quero dizer que penso que o maior argumento contra este princípio de Mach, é que a proximidade de um objeto com um planeta, a Terra por exemplo, que pode ter massa relativamente muito maior, mesmo assim não é capaz de alterar em nada a massa deste objeto quando ele se acha muito próximo dela ou muito distante. Os satélites artificiais têm a massa que têm "Assim na Terra como no Céu".
Se o princípio de Mach defende que a inércia da matéria resulta da imposição da gravidade das estrelas, então a proximidade a corpos massivos alteraria este valor, mas isto não acontece.
Creio sim que tudo (matéria) seja campo gravitacional, mas também que a inércia de cada partícula da matéria depende apenas da posição desta partícula em relação à extensão deste campo que ela própria emana. Pense bem: Quanto menor for esta partícula considerada, mais ela se confundirá com a origem do campo que ela irradia.
No seu exemplo do gira-gira das crianças, tente substituí-las por dois campos gravitacionais que se originam no mesmo ponto do centro de massa de cada uma delas.
Então, (hipoteticamente) agora o gira-gira rotaciona apenas duas origens de campos gravitacionais (uma de cada lado) situadas no centro de massa onde estavam cada uma das garotas, cuja massa ou inércia de cada campo é o peso de cada uma delas.
O que eu creio é que quando você empurra a origem do campo no sentido de rotação do gira-gira, toda a extensão do campo tem que acompanhar a sua origem respectiva, mas isto não é imediato, demora um tempo, e a velocidade máxima, mas que ainda assim permite este delay é a velocidade c, que é a velocidade de propagação deste campo. Mudar a origem de um campo de gravidade em relação ao restante da sua extensão, exige um trabalho, por isto aparece a necessidade da força que deverá ser aplicada proporcionalmente na origem do campo, fazendo surgir a aceleração enquanto a força persistir, e revelando consequentemente a massa ou inércia proporcional.
Dando nome aos bois fica assim:

E = mc² , onde:

E= energia de repouso de cada garota ou do campo de gravidade que ela representa.
Você pode dizer que m é o peso de uma das garotas, ou a inércia do campo gravitacional que ela representa.
C= Velocidade de interação do campo gravitacional.

É muito importante notar que em nosso universo a velocidade de propagação de um campo gravitacional é C, mas se hipoteticamente habitássemos um universo singular onde C tivesse um valor igual ao dobro (por exemplo) do que temos aqui, então a inércia m produzida por uma energia E de repouso, de um campo de gravidade ou de um objeto material seria igual a um quarto daquilo que é. Basta substituir devidamente esta sugestão em E=mc².

Portanto, a origem da inércia não está vinculada às estrelas, mas sim primordialmente à velocidade de propagação do campo gravitacional.

Jonas Paulo Negreiros escreveu:sabemos que a ação gravitacional do Sol chega à Terra atrasada em aproximadamente oito minutos

Na verdade não "sabemos disto, trata-se de uma suposição a que eu até a pouco tempo assinaria em baixo.

Até a virada do milênio, pensávamos em velociade da luz, quando pensávamos em algo instantâneo.
Apesar de saber que a luz demora um montão para atravessar uma galáxia por exemplo.

Mas agora outro fenômeno ficou no lugar da luz, como posto de instantâneo.
E até agora tem se demonstrado realmente instântaneo, ignorando quaisquer distãncias.
Falo do entrelaçamento quantico.

E tem uma explicação, para esta instaniedade toda, que o meio de propagação da informação (propagação da informação é um termo que utilizo para designar qualquer evento), não ocorre no nosso universo, mas num outro, em que nossa matéria também esta. E neste outro, as partículas continuam em contato por isto a propagação da informação é instantânea.
Na verdade ela nem é, só que a distância percorrida "no outro universo" é tão infima, que parece ser instantânea.

E agora foi visualizada os eventos de choque cósmico que causaram as detecções do ligo.
Mas .. elas foram visualizadas DEPOIS da detecção..
Como pode ser visto nesta matéria => https://hypescience.com/as-primeiras-imagens-de-estrelas-de-neutrons-colidindo-sao-estonteantes

Então podemos concluir rapidamente que a velocidade da propagação da informação da gravidade é mais rápida que "C"..

Ok, é uma conclusão muito especulatória, para termos certeza precisamos fazer experimentos, que são bem dificeis...

Mas pelo menos existiria uma explicação de porque a gravidade teria uma velocidade maior que a luz.
Porque o meio de propagação dela, TAMBÉM não é no nosso universo, assim como o caso do entrelaçamento quantico.

Mas.. então porque ele não seria instantâneo?
(primeiro temos que considerar que de fato não foi, pois se tivesse sito nós veríamos os eventos visualmente daqui a milhões de anos somente..)

E também nos serve de prova que nem a propagação de informação no "outro universo" é instânea.

E tem uma grande vantagem, se conseguirmos "medir" isto, estaremos obtendo informações "do outro universo", coisa é realmente bem dificil, afinal não o echergamos portanto só podemso fazer medições de formas indiretas.

Jonas Paulo Negreiros escreveu:Brincando, Duas Crianças Detonam com a Relatividade



De acordo com a foto, duas crianças brincam numa máquina de girar.

Quando a máquina gira, cada criança vê a outra parada. No entanto, ambas veem o mundo girar, inclusive o Sol.

Vamos aos cálculos.

Digamos que as crianças impõem uma velocidade angular ao brinquedo de uma volta a cada dois segundos.

Se as crianças são o centro do universo ( a relatividade de movimentos aceita isso), o Sol dará uma volta em torno delas a cada dois segundos.

O sol fica distante das crianças de 149.600.000 km. Então, a cada volta, o Sol irá percorrer

2 * 3,1415 * 149.600.000 km = 939.936.800 km em dois segundos.

Logo, 939.936.800 km / 2 seg =  469.968.400 km/s

Como a velocidade da Luz é 300.000 km/s, para as duas crianças, o Sol é obrigado a viajar a uma velocidade 1566 vezes maior que a velocidade da Luz.

Aqui no Brasil pratica-se uma expressão idiomática "quando a ficha cair". Trata-se de uma comparação com antigos telefones públicos, os quais utilizavam fichas para liberar uma linha para o usuário. Quando a fica caía, isto é: era   "engolida pelo aparelho", a conexão desejada pelo usuário de completava. "Cair a ficha" é, em última análise, é compreender uma situação enigmática.

Há um pequeno problema na analogia das crianças no gira-gira e as estrelas mais distantes, pois Galileu e depois Einstein postulavam que qualquer referencial INERCIAL serve para medir a luz. As crianças estão em movimento circular, do qual sofrem ações inerciais.