Migração das Estrelas

A ideia soua perfeitamente lógica: a vida evoluiu na Terra porque o nosso sistema solar se desenvolveu numa relativa calma, num canto da Via Láctea.
Esta zona habitável está longe da radiação letal, dos destroços estelares e de buracos negros que afectam outras zonas da galáxia.
O problema é que a teoria pode não ser verdade de acordo com uma nova pesquisa. O Sol e todos os outros planetas podem ter nascido muito mais longe e num local bastante mais perigoso da galáxia e só mais tarde migrado para os subúrbios.
As novas descobertas sugerem que muitas estrelas jovens, o nosso Sol incluindo, podem migrar de um lado da galáxia para outro. Se isto estiver correcto, os modelos actuais da Via Láctea estarão "significativamente incompletos", nas palavras do astrónomo Roelof de Jong do Space Telescope Science Institute in Baltimore, Maryland.
As pistas vieram da composição química do Sol, que difere das outras estrelas próximas da mesma idade. Os Astrónomos acreditam que estrelas de locais particulares da galáxia, devem assemelhar-se às suas vizinhas porque são formadas das mesmas nuvens de gás e poeira. Mas o Sol é bastante diferente porque contêm em grandes proporções elementos pesados como o ferro.
Porquê esta discrepância?
Uma possibilidade é o conceito de migração radial, em que as interacções gravitacionais entre as estrelas jovens podem fazer movê-las de entre uma região galáctica para outra.
Os astrónomos testaram a idea por uma simulação de computador e os resultados sugeriram que a migração de facto acontece.
Investigadores dos Estados Unidos, Reino-Unido e Canadá já levam 100mil horas de simulação em super-computadores, e apoiam igualmente o conceito de migração radial.
Começaram pelo nascimento de uma hipotética galáxia a 9 biliões de anos luz (semelhante à Via Láctea em tamanho e dinâmica), no ponto em que as grandes massas de poeira e gás se formaram mas não adquirem ainda a forma de disco. A partir daí, fazem a simulação até aos nossos dias.
(...)
Os astrónomos terão de ter em conta este fenómeno quando estudarem a história destas estrelas. Fenómeno que é particularmente importante para a proliferação da vida, porque a migração radial sugere que o Sol e a Terra possam já ter passado por tanta radiação letal, mas que ainda assim a vida de alguma forma persiste.

ScienceNOW Daily News 17 September 2008




(Conceito de migração radial traduzido à letra) falta de inf em portg

Topico muito interessante! E acho que com esses factos nos podemos questionar se ja houve vida na terra antes da "fase" de vida em que estamos, ou se esta "fase" durara por muito mais tempo

ric37 escreveu:Topico muito interessante! E acho que com esses factos nos podemos questionar se ja houve vida na terra antes da "fase" de vida em que estamos, ou se esta "fase" durara por muito mais tempo

Olá ric,

Os dados actuais não indicam isso. O nosso planeta tem cerca de 4,5 mil milhões de anos de idade, e a vida na Terra tem cerca de 3,5 mil milhões de anos de idade. Creio que podemos afirmar que a fase que vivemos é a única fase de vida que a Terra conheceu.

Abraço

Uma expelicação possivel para a diferente composição quimica do Sol e ele ser uma estrela de 3 geração enquanto as outras sao de primeira geração.

Uma expelicação possivel para a diferente composição quimica do Sol e ele ser uma estrela de 3 geração enquanto as outras sao de primeira geração

Como assim?

Newtein escreveu:Uma expelicação possivel para a diferente composição quimica do Sol e ele ser uma estrela de 3 geração enquanto as outras sao de primeira geração.

Mas nesse caso as estrelas próximas do Sol, como a Alfa de Centauro, também deveriam ter a mesma composição quimica porque nasceram da mesma nuvem de gases e poeiras que o Sol.
A única explicação é o Sol ter nascido em outro ponto da galáxia e vindo ter a esta localização, de acordo com esta nova teoria, que nos dá alguma luz sobre este problema.

Se conseguirmos determinar em que local o Sol nasceu, seria excitante. As estrelas nessa localização seriam ricas em material para promover a vida.

Mas nesse caso as estrelas próximas do Sol, como a Alfa de Centauro, também deveriam ter a mesma composição quimica porque nasceram da mesma nuvem de gases e poeiras que o Sol

pois..