Astrobiologia para o século XXI
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Astrobiologia para o século XXI
Aconselho a leitura deste artigo a todos os membros. É uma exposição do que é a ciência hoje em dia e a evolução que sofrerá no futuro, com particular destaque para a área que mais incomoda as religiões: a astrobiologia.
Vivemos num mundo científico. Lidamos com ciência diariamente. Fazemos uso de princípios científicos cada vez que utilizamos tecnologias, como carros, computadores ou telemóveis. No mundo de hoje, temos frequentemente que tomar decisões que requerem conhecimentos científicos básicos. Numa democracia, para tomar decisões informadas, os cidadãos precisam de compreender os princípios gerais da ciência.
Não cientistas
Um dos grandes desafios no mundo científico em que vivemos é que apesar das pessoas terem que tomar decisões baseadas em conhecimentos científicos, a maioria dessas pessoas não é um cientista; nem têm de ser, já que a realidade humana não começa e acaba na ciência. Daí que a maioria das pessoas não tem os conhecimentos científicos que gostaríamos que tivessem, de modo a compreenderem perfeitamente o mundo que os rodeia.
Algumas destas pessoas têm grande poder neste mundo – políticos, empresários, juízes, directores, etc. São estes não-cientistas que decidem financiar e autorizar, ou não, a investigação científica.
Por tudo isto, é do interesse da sociedade que os não-cientistas entendam as bases da ciência, de modo a tomarem decisões informadas. Infelizmente, a maioria das pessoas não detém noções científicas básicas, nem sequer compreende a natureza da ciência.
Evolução
Num debate do Partido Republicano, há alguns meses atrás, três candidatos a Presidente dos Estados Unidos da América afirmaram que não acreditavam na Teoria da Evolução. Isto é assustador! E não só; é também surpreendente, já que estas três pessoas são claramente inteligentes e com conhecimentos superiores sobre o mundo. Uma das razões para esta crença poderá ser devido a eles não deterem um conhecimento sofisticado da natureza da ciência. Mas o grande problema nem são estas três pessoas, o verdadeiro problema é que milhões de Americanos partilham esta crença. É problemático pensar que são estes indivíduos que têm o poder para tomar decisões que irão afectar o futuro da ciência.
A solução para este problema não passa por tomar uma atitude passiva, ou culpar a religião, e esperar que magicamente tudo se resolva. Nem sequer passa por tornar isto numa “guerra santa” entre a ciência e outros aspectos da vida humana. A solução tem de passar por uma melhor educação da população. O conhecimento é a arma mais eficaz ao dispôr do ser humano.
Cientistas, professores, educadores, e divulgadores científicos, discordam dos métodos a adoptar, mas todos têm o mesmo objectivo: literacia científica na população.
Existem muitas ideias erradas sobre a natureza da ciência, e é sobre estas que nos devemos debruçar. Para osnão-cientistas, em ambientes de aprendizagem formais ou informais, os detalhes científicos são praticamente irrelevantes. De acordo com Carl Sagan, a “big picture” é o que se deve transmitir àqueles a quem os detalhes científicos pouco interessa. Os detalhes são vitais na investigação científica, mas são contraproducentes para a maioria da população.
Ideias Erradas sobre a Natureza da Ciência
Utilizando o exemplo da Teoria da Evolução, podemos ver que existem várias ideias erradas sobre a natureza da ciência. Isto acontece devido a vários factores.
A ciência é transmitida nas escolas e em ambientes informais, como centros de ciência, livros, artigos, etc, como sendo “a verdade”, algo em que se deve acreditar, em vez de se tentar compreender. A ciência é entendida como uma crença!
Por outro lado, as pessoas não reconhecem a ciência que as rodeia. Ao dizerem que não acreditam na Evolução, estão implicitamente a dizer que não acreditam no processo científico. Isto é inacreditável, tendo em conta que essas mesmas pessoas entusiasticamente fazem uso de televisões, aviões e telemóveis, que trabalham devido aos mesmos princípios científicos e foram desenvolvidos com base no mesmo processo científico que a Teoria da Evolução.
É como se eu dissesse que não acredito que o meu carro funciona enquanto o conduzo, ou como se eu escrevesse num blogue que não acredito na existência da internet ou dos computadores! Não faz qualquer sentido que as pessoas acreditem na ciência em certas áreas – como num hospital, quando a sua vida depende disso – mas não acreditem noutras situações que dependem dos mesmos princípios científicos; e ainda menos sentido faz, quando as pessoas afirmam que não acreditam na ciência (ex: Evolução) enquanto a utilizam (ex: na televisão).
Outro factor prende-se com o facto da maioria das pessoas não saber o que é uma teoria científica. Assumem que uma teoria é somente uma ideia que alguém teve. Não se apercebem que uma teoria científica, como a Evolução, foi e continua a ser testada constantemente, criando um manancial de evidências a favor da teoria, que a tornam muito próxima de um “facto provado”.
Além disto, as pessoas têm dificuldade em compreender que aquilo que ainda não compreendemos na Evolução (ex: como alguns saltos evolutivos aconteceram) são somente pequenos detalhes que não põem em causa toda a teoria. Nós enviamos sondas para outros planetas, apesar de não entendermos totalmente como o universo funciona; nem precisamos de o fazer! A ciência é um trabalho contínuo; nunca se poderá dizer que é um trabalho completamente finalizado, senão a curiosidade – e consequentemente, parte do que é ser humano – morrerá. A comunicação da ciência precisa focar este ponto.
Talvez estas ideias erradas apareçam porque a ciência é apresentada como um produto final. Por exemplo, nas aulas de ciência, as notícias correntes são raramente discutidas. A ciência é ensinada como se tudo já tivesse sido descoberto, como se já se soubesse tudo. Por outro lado, nos noticiários televisivos vemos descobertas científicas por vezes ainda por confirmar. Isto pode levar as pessoas a pensar que todos os resultados científicos são tão vulneráveis como as últimas descobertas científicas.
Mas este não é o caso: grande parte da ciência não é vulnerável. Mas não vemos essa parte na televisão. É importante que as pessoas percebam quais são os limites da ciência; é importante que saibam distinguir recentes descobertas científicas que ainda precisam de confirmação, de ciência que constantemente já foi confirmada durante várias décadas. A educação científica precisa também de focar este ponto.
Por fim, existe também a percepção que uma teoria científica diz respeito a uma só área científica. A Teoria da Evolução é entendida como sendo somente sobre biologia. Mas esse não é o caso. A Teoria da Evolução, como a grande maioria das teorias científicas, é uma teoria multidisciplinar, com fortes evidências na biologia, na geologia, na química, na astronomia, na paleontologia, e noutras disciplinas. Daí que ser contra a Teoria da Evolução é ser contra várias ciências, e consequentemente contra a ciência em geral; o que é absurdo – especialmente tendo em conta os exemplos de conduzir um carro ou escrever um blogue, mencionados anteriormente.
No entanto, não podemos culpar a população por ter estas ideias erradas. Se as pessoas não entendem a natureza da ciência, então é porque os agentes de ensino e divulgação da ciência não estão a comunicar eficazmente. É essencial melhorar!
Astrobiologia é a Solução
A solução passa pela astrobiologia. Se ensinada apropriadamente, utilizando pensamento crítico e especulação científica, a astrobiologia pode ser um excelente veículo para o ensino da natureza da ciência.
A definição de astrobiologia, dada pelo Instituto de Astrobiologia da NASA é: “O estudo da vida no Universo: o seu passado, presente e futuro. Começa pela investigação da vida na Terra, o único sítio onde se sabe existir vida, e estende-se até aos confins do cosmos; desde o Big Bang, continuando pelo futuro”.
A astrobiologia estuda a origem, evolução, e distribuição da vida no Universo; estuda a vida na Terra, e procura pela vida fora da Terra. A astrobiologia abarca muitas questões, das quais a mais conhecida é: estamos sozinhos no Universo?
Das ideias erradas referidas anteriormente, podemos ver que a astrobiologia, especialmente no que diz respeito aos extraterrestres usados em todo o lado, já tem incorporado um sistema de crenças. Em vez de o ignorar, o ensino e comunicação de astrobiologia pode utilizar estas crenças a seu favor, demonstrando claramente a linha que separa a crença do conhecimento científico. Temas úteis neste caso podem ser a ficção científica e a ovnilogia. Uma análise crítica destes temas ajuda a distinguir o conhecimento científico da especulação científica e da crença.
Adicionalmente, a astrobiologia é uma ciência multidisciplinar, com conceitos provenientes de ciências naturais como a astronomia, a biologia, a química, a geologia, a ecologia, e por aí adiante, mas também de ciências sociais como a história, a sociologia, a psicologia, etc. É uma combinação perfeita de ciências, que quando integradas não são vistas como ciências isoladas sem relação entre si – como são muitas vezes vistas nas escolas.
Simultaneamente, permite que as pessoas – sobretudo as não-cientistas – tenham um conhecimento básico de várias ciências, de como elas se relacionam entre si, e como o conhecimento científico é multidisciplinar. Por fim, a incorporação de ciências sociais liga a astrobiologia à sociedade em que está inserida.
Por outro lado, diariamente temos notícias de algum modo relacionadas com a astrobiologia, o que dá a ideia de trabalho contínuo. Todos estes factores são vantagens, que permitem que a astrobiologia diminua as ideias erradas que as pessoas têm sobre a natureza da ciência.
Além disso, há um fascínio pela possibilidade da existência de vida fora da Terra. Nos últimos 10 anos, estudos feitos pela Gallup, ABC, CNN, etc, mostraram que a maioria dos Americanos e Europeus acreditam em vida extraterrestre. Adicionalmente, existem vários filmes de ficção científica com extraterrestres que foram tremendo sucessos de bilheteira. Isto mostra o interesse – e motivação – que as pessoas têm por temas relacionados com a astrobiologia. Sendo assim, astrobiologia é o isco perfeito para atrair as pessoas para estudarem ciência, a sua natureza, e o seu aspecto multidisciplinar.
Seguindo os passos de Carl Sagan, o ensino e comunicação de ciência deve relacionar-se mais com a população, e necessita de ser motivante, apelativo, e multidisciplinar. A astrobiologia pode ser a solução para tudo isto!
Vivemos num mundo científico. Lidamos com ciência diariamente. Fazemos uso de princípios científicos cada vez que utilizamos tecnologias, como carros, computadores ou telemóveis. No mundo de hoje, temos frequentemente que tomar decisões que requerem conhecimentos científicos básicos. Numa democracia, para tomar decisões informadas, os cidadãos precisam de compreender os princípios gerais da ciência.
Não cientistas
Um dos grandes desafios no mundo científico em que vivemos é que apesar das pessoas terem que tomar decisões baseadas em conhecimentos científicos, a maioria dessas pessoas não é um cientista; nem têm de ser, já que a realidade humana não começa e acaba na ciência. Daí que a maioria das pessoas não tem os conhecimentos científicos que gostaríamos que tivessem, de modo a compreenderem perfeitamente o mundo que os rodeia.
Algumas destas pessoas têm grande poder neste mundo – políticos, empresários, juízes, directores, etc. São estes não-cientistas que decidem financiar e autorizar, ou não, a investigação científica.
Por tudo isto, é do interesse da sociedade que os não-cientistas entendam as bases da ciência, de modo a tomarem decisões informadas. Infelizmente, a maioria das pessoas não detém noções científicas básicas, nem sequer compreende a natureza da ciência.
Evolução
Num debate do Partido Republicano, há alguns meses atrás, três candidatos a Presidente dos Estados Unidos da América afirmaram que não acreditavam na Teoria da Evolução. Isto é assustador! E não só; é também surpreendente, já que estas três pessoas são claramente inteligentes e com conhecimentos superiores sobre o mundo. Uma das razões para esta crença poderá ser devido a eles não deterem um conhecimento sofisticado da natureza da ciência. Mas o grande problema nem são estas três pessoas, o verdadeiro problema é que milhões de Americanos partilham esta crença. É problemático pensar que são estes indivíduos que têm o poder para tomar decisões que irão afectar o futuro da ciência.
A solução para este problema não passa por tomar uma atitude passiva, ou culpar a religião, e esperar que magicamente tudo se resolva. Nem sequer passa por tornar isto numa “guerra santa” entre a ciência e outros aspectos da vida humana. A solução tem de passar por uma melhor educação da população. O conhecimento é a arma mais eficaz ao dispôr do ser humano.
Cientistas, professores, educadores, e divulgadores científicos, discordam dos métodos a adoptar, mas todos têm o mesmo objectivo: literacia científica na população.
Existem muitas ideias erradas sobre a natureza da ciência, e é sobre estas que nos devemos debruçar. Para osnão-cientistas, em ambientes de aprendizagem formais ou informais, os detalhes científicos são praticamente irrelevantes. De acordo com Carl Sagan, a “big picture” é o que se deve transmitir àqueles a quem os detalhes científicos pouco interessa. Os detalhes são vitais na investigação científica, mas são contraproducentes para a maioria da população.
Ideias Erradas sobre a Natureza da Ciência
Utilizando o exemplo da Teoria da Evolução, podemos ver que existem várias ideias erradas sobre a natureza da ciência. Isto acontece devido a vários factores.
A ciência é transmitida nas escolas e em ambientes informais, como centros de ciência, livros, artigos, etc, como sendo “a verdade”, algo em que se deve acreditar, em vez de se tentar compreender. A ciência é entendida como uma crença!
Por outro lado, as pessoas não reconhecem a ciência que as rodeia. Ao dizerem que não acreditam na Evolução, estão implicitamente a dizer que não acreditam no processo científico. Isto é inacreditável, tendo em conta que essas mesmas pessoas entusiasticamente fazem uso de televisões, aviões e telemóveis, que trabalham devido aos mesmos princípios científicos e foram desenvolvidos com base no mesmo processo científico que a Teoria da Evolução.
É como se eu dissesse que não acredito que o meu carro funciona enquanto o conduzo, ou como se eu escrevesse num blogue que não acredito na existência da internet ou dos computadores! Não faz qualquer sentido que as pessoas acreditem na ciência em certas áreas – como num hospital, quando a sua vida depende disso – mas não acreditem noutras situações que dependem dos mesmos princípios científicos; e ainda menos sentido faz, quando as pessoas afirmam que não acreditam na ciência (ex: Evolução) enquanto a utilizam (ex: na televisão).
Outro factor prende-se com o facto da maioria das pessoas não saber o que é uma teoria científica. Assumem que uma teoria é somente uma ideia que alguém teve. Não se apercebem que uma teoria científica, como a Evolução, foi e continua a ser testada constantemente, criando um manancial de evidências a favor da teoria, que a tornam muito próxima de um “facto provado”.
Além disto, as pessoas têm dificuldade em compreender que aquilo que ainda não compreendemos na Evolução (ex: como alguns saltos evolutivos aconteceram) são somente pequenos detalhes que não põem em causa toda a teoria. Nós enviamos sondas para outros planetas, apesar de não entendermos totalmente como o universo funciona; nem precisamos de o fazer! A ciência é um trabalho contínuo; nunca se poderá dizer que é um trabalho completamente finalizado, senão a curiosidade – e consequentemente, parte do que é ser humano – morrerá. A comunicação da ciência precisa focar este ponto.
Talvez estas ideias erradas apareçam porque a ciência é apresentada como um produto final. Por exemplo, nas aulas de ciência, as notícias correntes são raramente discutidas. A ciência é ensinada como se tudo já tivesse sido descoberto, como se já se soubesse tudo. Por outro lado, nos noticiários televisivos vemos descobertas científicas por vezes ainda por confirmar. Isto pode levar as pessoas a pensar que todos os resultados científicos são tão vulneráveis como as últimas descobertas científicas.
Mas este não é o caso: grande parte da ciência não é vulnerável. Mas não vemos essa parte na televisão. É importante que as pessoas percebam quais são os limites da ciência; é importante que saibam distinguir recentes descobertas científicas que ainda precisam de confirmação, de ciência que constantemente já foi confirmada durante várias décadas. A educação científica precisa também de focar este ponto.
Por fim, existe também a percepção que uma teoria científica diz respeito a uma só área científica. A Teoria da Evolução é entendida como sendo somente sobre biologia. Mas esse não é o caso. A Teoria da Evolução, como a grande maioria das teorias científicas, é uma teoria multidisciplinar, com fortes evidências na biologia, na geologia, na química, na astronomia, na paleontologia, e noutras disciplinas. Daí que ser contra a Teoria da Evolução é ser contra várias ciências, e consequentemente contra a ciência em geral; o que é absurdo – especialmente tendo em conta os exemplos de conduzir um carro ou escrever um blogue, mencionados anteriormente.
No entanto, não podemos culpar a população por ter estas ideias erradas. Se as pessoas não entendem a natureza da ciência, então é porque os agentes de ensino e divulgação da ciência não estão a comunicar eficazmente. É essencial melhorar!
Astrobiologia é a Solução
A solução passa pela astrobiologia. Se ensinada apropriadamente, utilizando pensamento crítico e especulação científica, a astrobiologia pode ser um excelente veículo para o ensino da natureza da ciência.
A definição de astrobiologia, dada pelo Instituto de Astrobiologia da NASA é: “O estudo da vida no Universo: o seu passado, presente e futuro. Começa pela investigação da vida na Terra, o único sítio onde se sabe existir vida, e estende-se até aos confins do cosmos; desde o Big Bang, continuando pelo futuro”.
A astrobiologia estuda a origem, evolução, e distribuição da vida no Universo; estuda a vida na Terra, e procura pela vida fora da Terra. A astrobiologia abarca muitas questões, das quais a mais conhecida é: estamos sozinhos no Universo?
Das ideias erradas referidas anteriormente, podemos ver que a astrobiologia, especialmente no que diz respeito aos extraterrestres usados em todo o lado, já tem incorporado um sistema de crenças. Em vez de o ignorar, o ensino e comunicação de astrobiologia pode utilizar estas crenças a seu favor, demonstrando claramente a linha que separa a crença do conhecimento científico. Temas úteis neste caso podem ser a ficção científica e a ovnilogia. Uma análise crítica destes temas ajuda a distinguir o conhecimento científico da especulação científica e da crença.
Adicionalmente, a astrobiologia é uma ciência multidisciplinar, com conceitos provenientes de ciências naturais como a astronomia, a biologia, a química, a geologia, a ecologia, e por aí adiante, mas também de ciências sociais como a história, a sociologia, a psicologia, etc. É uma combinação perfeita de ciências, que quando integradas não são vistas como ciências isoladas sem relação entre si – como são muitas vezes vistas nas escolas.
Simultaneamente, permite que as pessoas – sobretudo as não-cientistas – tenham um conhecimento básico de várias ciências, de como elas se relacionam entre si, e como o conhecimento científico é multidisciplinar. Por fim, a incorporação de ciências sociais liga a astrobiologia à sociedade em que está inserida.
Por outro lado, diariamente temos notícias de algum modo relacionadas com a astrobiologia, o que dá a ideia de trabalho contínuo. Todos estes factores são vantagens, que permitem que a astrobiologia diminua as ideias erradas que as pessoas têm sobre a natureza da ciência.
Além disso, há um fascínio pela possibilidade da existência de vida fora da Terra. Nos últimos 10 anos, estudos feitos pela Gallup, ABC, CNN, etc, mostraram que a maioria dos Americanos e Europeus acreditam em vida extraterrestre. Adicionalmente, existem vários filmes de ficção científica com extraterrestres que foram tremendo sucessos de bilheteira. Isto mostra o interesse – e motivação – que as pessoas têm por temas relacionados com a astrobiologia. Sendo assim, astrobiologia é o isco perfeito para atrair as pessoas para estudarem ciência, a sua natureza, e o seu aspecto multidisciplinar.
Seguindo os passos de Carl Sagan, o ensino e comunicação de ciência deve relacionar-se mais com a população, e necessita de ser motivante, apelativo, e multidisciplinar. A astrobiologia pode ser a solução para tudo isto!
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Re: Astrobiologia para o século XXI
apesar de saber como são, estes Americanos continuam-me a surpreender!!
essa dos 3 candidatos Republicanos não acreditarem na Teoria da Evolução deixa-me....espantado!!
será que não acreditam mesmo ou apenas "colaboram" na estupidificação da Sociedade?
essa dos 3 candidatos Republicanos não acreditarem na Teoria da Evolução deixa-me....espantado!!
será que não acreditam mesmo ou apenas "colaboram" na estupidificação da Sociedade?
Jone- Membro Regular
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Idade : 53
Localização : Barreiro
Re: Astrobiologia para o século XXI
Talvez acreditem, mas é melhor para eles dizer que não, o que deixa uma imagem deles de religiosos, o que é bom para os votos.
A maioria da sociedade americana acredita em Deus e por isso eles dizem que não acreditam na teoria da evolução. Deve ser apenas um manobra politica, mas se não for eu também fico estupefacto!
O paragrafo que eu mais gosto desse artigo é:
Por outro lado, as pessoas não reconhecem a ciência que as rodeia. Ao dizerem que não acreditam na Evolução, estão implicitamente a dizer que não acreditam no processo científico. Isto é inacreditável, tendo em conta que essas mesmas pessoas entusiasticamente fazem uso de televisões, aviões e telemóveis, que trabalham devido aos mesmos princípios científicos e foram desenvolvidos com base no mesmo processo científico que a Teoria da Evolução.
É como se eu dissesse que não acredito que o meu carro funciona enquanto o conduzo, ou como se eu escrevesse num blogue que não acredito na existência da internet ou dos computadores! Não faz qualquer sentido que as pessoas acreditem na ciência em certas áreas – como num hospital, quando a sua vida depende disso – mas não acreditem noutras situações que dependem dos mesmos princípios científicos; e ainda menos sentido faz, quando as pessoas afirmam que não acreditam na ciência (ex: Evolução) enquanto a utilizam (ex: na televisão).
Acho que isto é mesmo revoltante! Como podem dizer as pessoas que não acreditam na ciência quando usam as aplicações da mesma, todos os dias...
A maioria da sociedade americana acredita em Deus e por isso eles dizem que não acreditam na teoria da evolução. Deve ser apenas um manobra politica, mas se não for eu também fico estupefacto!
O paragrafo que eu mais gosto desse artigo é:
Por outro lado, as pessoas não reconhecem a ciência que as rodeia. Ao dizerem que não acreditam na Evolução, estão implicitamente a dizer que não acreditam no processo científico. Isto é inacreditável, tendo em conta que essas mesmas pessoas entusiasticamente fazem uso de televisões, aviões e telemóveis, que trabalham devido aos mesmos princípios científicos e foram desenvolvidos com base no mesmo processo científico que a Teoria da Evolução.
É como se eu dissesse que não acredito que o meu carro funciona enquanto o conduzo, ou como se eu escrevesse num blogue que não acredito na existência da internet ou dos computadores! Não faz qualquer sentido que as pessoas acreditem na ciência em certas áreas – como num hospital, quando a sua vida depende disso – mas não acreditem noutras situações que dependem dos mesmos princípios científicos; e ainda menos sentido faz, quando as pessoas afirmam que não acreditam na ciência (ex: Evolução) enquanto a utilizam (ex: na televisão).
Acho que isto é mesmo revoltante! Como podem dizer as pessoas que não acreditam na ciência quando usam as aplicações da mesma, todos os dias...
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