Entrevista com o professor Assis e a Mecânica Relacional
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Entrevista com o professor Assis e a Mecânica Relacional
Uma joia rara, ao alcance dos lusófonos amantes de física:
Última edição por Jonas Paulo Negreiros em 11th setembro 2023, 14:39, editado 3 vez(es)
Re: Entrevista com o professor Assis e a Mecânica Relacional
Antes de colocar aqui minha opinião a respeito da entrevista do Assis, eu gostaria de esclarecer que, apesar de ter posições concordantes ou discordantes com as de muitos pesquisadores (alguns até com alguma celebridade), não tenho me preocupado se concordo ou discordo com este ou aquele pensador, por mais afamado que seja. Tenho na verdade uma preocupação maior em não contrariar a realidade mais do que o pouco conhecimento que a humanidade tem a respeito dela nos obriga, de forma que, também no caso presente, externo minha humilde opinião de maneira totalmente impessoal e imparcial.
Em relação ao que disse o Assis sobre o universo ser eterno na concepção do Fred Hoyle (Teoria do Universo [Quase] Estacionário), prefiro fazer uma distinção entre “o Universo” (que alguns chamam de “o Todo” ou “o Multiverso”, já que englobaria a outros eventuais universos) e “este universo”. No primeiro caso, eu não sei se temos (ou se algum dia teremos) meios de determinar se ele é eterno ou não. Nenhuma das alternativas (“ter um início” ou “não ter um início”) faz qualquer sentido, o que invalida o uso da razão como instrumento hábil para esta investigação (Kant já havia nos alertado a respeito da incapacidade da razão pura em determinar soluções que envolvem infinitos espaciais e temporais).
Se a lógica/razão não pode nos ajudar, restaria tentar algum experimento para (tentar) determinar como tudo começou (ou não...). Só que eu não faço a menor ideia de como poderia ser este experimento, de forma que esta dúvida deve persistir por mais algum tempo (eu não esqueci que muitos consideram que o tempo não existe, mas nós o medimos assim mesmo, estranho não, medimos algo inexistente).
Já em relação a este universo, na minha sempre humilde opinião, ele é cíclico. Passa por enfadonhas fases em que se resume a um imensamente descomunal buraco negro inativo, por espetaculares fases com grandes [Big] explosões [Bang] de supernova e pelo lento retorno de toda a matéria ao núcleo (através de disco de acresção, ou seja, sem contração) onde será novamente formado outro imenso e descomunal buraco negro (o qual explodirá mais uma vez).
Ou seja, apesar de atualmente concordar que este universo (ou a fase atual dele) surgiu de uma grande explosão, ele não veio do nada. Além disto, considero que este universo se expande, como o pessoal do mainstream defende, e que produz novas estruturas, da mesma forma que o Assis e o Hoyle defendem [aliás, um universo “quase estável”, não é estável, expande, cresce]. Desta forma, a minha posição é um pouco mais eclética, pois considero que tanto o pessoal que apoia o mainstream quanto os defensores do modelo do universo quase estacionário têm razão.
Quanto ao balde de Newton, eu pedirei licença para, neste caso, discordar do enfoque que o grande mestre deu ao assunto. Ele não conhecia a estrutura da matéria nem com a pouca profundidade que atualmente conhecemos e, em função disto, aparentemente tratou “a água” como se objeto fosse. Mas a água (no estado líquido) não é objeto e sim um fluido, o que, na minha sempre humilde opinião, altera substancialmente a situação.
Na famosa experiência, a água “sobe” (forma a parábola) devido às moléculas que compõem tal fluido passarem a ter energia cinética (fornecida pelas paredes do balde). Com isto passam a ter momento e, ao serem impedidas pelas paredes do balde de continuar a trajetória que seria natural, conforme a Primeira Lei de Newton (inércia), tentam subir pelas paredes do mesmo, pois são um fluido.
O movimento da água (no estado líquido) como um todo não é evento a ser tratado como algo único. Pois sendo um fluido, cada mínima porção dela se movimenta de maneira própria e diferente das demais porções, de forma que o referido movimento se torna relativo às demais partículas da própria água (aliás, a água do balde não é um objeto, é um fluido, de forma que cada mínima parcela dela se move em relação às demais parcelas dela própria e também em relação a virtualmente todas as demais partículas, estruturas e objetos do Universo).
Cordiais abraços a todos
Em relação ao que disse o Assis sobre o universo ser eterno na concepção do Fred Hoyle (Teoria do Universo [Quase] Estacionário), prefiro fazer uma distinção entre “o Universo” (que alguns chamam de “o Todo” ou “o Multiverso”, já que englobaria a outros eventuais universos) e “este universo”. No primeiro caso, eu não sei se temos (ou se algum dia teremos) meios de determinar se ele é eterno ou não. Nenhuma das alternativas (“ter um início” ou “não ter um início”) faz qualquer sentido, o que invalida o uso da razão como instrumento hábil para esta investigação (Kant já havia nos alertado a respeito da incapacidade da razão pura em determinar soluções que envolvem infinitos espaciais e temporais).
Se a lógica/razão não pode nos ajudar, restaria tentar algum experimento para (tentar) determinar como tudo começou (ou não...). Só que eu não faço a menor ideia de como poderia ser este experimento, de forma que esta dúvida deve persistir por mais algum tempo (eu não esqueci que muitos consideram que o tempo não existe, mas nós o medimos assim mesmo, estranho não, medimos algo inexistente).
Já em relação a este universo, na minha sempre humilde opinião, ele é cíclico. Passa por enfadonhas fases em que se resume a um imensamente descomunal buraco negro inativo, por espetaculares fases com grandes [Big] explosões [Bang] de supernova e pelo lento retorno de toda a matéria ao núcleo (através de disco de acresção, ou seja, sem contração) onde será novamente formado outro imenso e descomunal buraco negro (o qual explodirá mais uma vez).
Ou seja, apesar de atualmente concordar que este universo (ou a fase atual dele) surgiu de uma grande explosão, ele não veio do nada. Além disto, considero que este universo se expande, como o pessoal do mainstream defende, e que produz novas estruturas, da mesma forma que o Assis e o Hoyle defendem [aliás, um universo “quase estável”, não é estável, expande, cresce]. Desta forma, a minha posição é um pouco mais eclética, pois considero que tanto o pessoal que apoia o mainstream quanto os defensores do modelo do universo quase estacionário têm razão.
Quanto ao balde de Newton, eu pedirei licença para, neste caso, discordar do enfoque que o grande mestre deu ao assunto. Ele não conhecia a estrutura da matéria nem com a pouca profundidade que atualmente conhecemos e, em função disto, aparentemente tratou “a água” como se objeto fosse. Mas a água (no estado líquido) não é objeto e sim um fluido, o que, na minha sempre humilde opinião, altera substancialmente a situação.
Na famosa experiência, a água “sobe” (forma a parábola) devido às moléculas que compõem tal fluido passarem a ter energia cinética (fornecida pelas paredes do balde). Com isto passam a ter momento e, ao serem impedidas pelas paredes do balde de continuar a trajetória que seria natural, conforme a Primeira Lei de Newton (inércia), tentam subir pelas paredes do mesmo, pois são um fluido.
O movimento da água (no estado líquido) como um todo não é evento a ser tratado como algo único. Pois sendo um fluido, cada mínima porção dela se movimenta de maneira própria e diferente das demais porções, de forma que o referido movimento se torna relativo às demais partículas da própria água (aliás, a água do balde não é um objeto, é um fluido, de forma que cada mínima parcela dela se move em relação às demais parcelas dela própria e também em relação a virtualmente todas as demais partículas, estruturas e objetos do Universo).
Cordiais abraços a todos
Robson Z. Conti- Membro Ativo
- Mensagens : 232
Re: Entrevista com o professor Assis e a Mecânica Relacional
Olá, Robson!
O que mais gostei na entrevista do prof. Assis foi a sua argumentação de que a física ensinada nos livros não é verdade absoluta ou imune à críticas, nem ao menos "verdade científica", como a mídia tendenciosa costuma propagar.
Sobre as explicações de que "tudo surgiu do nada" ou "tudo sempre existiu", concordo que ambas são igualmente loucas.
Mas, na sua concepção cíclica de cosmos, a questão "de onde e como tudo surgiu" também fica sem resposta. Num sistema cíclico, qualquer ponto de referência pode ser considerado como "início".
A missão da física não é chegar à verdade absoluta, mas sim criar modelos que expliquem o funcionamento das coisas e permitam fazer previsões seguras, sem a quebra do princípio de causa e efeito. Neste ponto, Einstein falhou terrivelmente. Newton foi infinitamente mais honesto que o cientista alemão.
Acho que a alternativa (igualmente louca) em "admitir que tudo está sempre a começar", isto é: big-bang sem retorno, tempo, espaço, energia e matéria não quantizáveis e eternamente inflacionáveis, me parece fazer mais sentido.
Deste modo, não precisamos nos preocupar com o fim do mundo, além de podermos levar a vida como se fosse um fardo leve.
O que mais gostei na entrevista do prof. Assis foi a sua argumentação de que a física ensinada nos livros não é verdade absoluta ou imune à críticas, nem ao menos "verdade científica", como a mídia tendenciosa costuma propagar.
Sobre as explicações de que "tudo surgiu do nada" ou "tudo sempre existiu", concordo que ambas são igualmente loucas.
Mas, na sua concepção cíclica de cosmos, a questão "de onde e como tudo surgiu" também fica sem resposta. Num sistema cíclico, qualquer ponto de referência pode ser considerado como "início".
A missão da física não é chegar à verdade absoluta, mas sim criar modelos que expliquem o funcionamento das coisas e permitam fazer previsões seguras, sem a quebra do princípio de causa e efeito. Neste ponto, Einstein falhou terrivelmente. Newton foi infinitamente mais honesto que o cientista alemão.
Acho que a alternativa (igualmente louca) em "admitir que tudo está sempre a começar", isto é: big-bang sem retorno, tempo, espaço, energia e matéria não quantizáveis e eternamente inflacionáveis, me parece fazer mais sentido.
Deste modo, não precisamos nos preocupar com o fim do mundo, além de podermos levar a vida como se fosse um fardo leve.
Re: Entrevista com o professor Assis e a Mecânica Relacional
Pelo que tenho observado, quanto mais certeza as pessoas têm, maior a possibilidade de estarem equivocadas, e em maior grau. Basta observar o que os radicais de todos os matizes acabam fazendo em função de suas certezas absolutas.Jonas Paulo Negreiros escreveu:O que mais gostei na entrevista do prof. Assis foi a sua argumentação de que a física ensinada nos livros não é verdade absoluta ou imune à críticas, nem ao menos "verdade científica", como a mídia tendenciosa costuma propagar.
Depois das certezas absolutas de origem religiosa (pois dependem apenas da fé de cada um), a mais poderosa é a certeza matemática, bem mais racional, porém ainda assim perigosíssima. Apesar de não levar ninguém a atitudes violentas, elas podem nos manter em perigosa ignorância. Como teria dito David J. Boorstein,
“o grande obstáculo para a descoberta não é a ignorância – mas a ilusão do conhecimento.”
E para quem busca conhecimento dito científico atualmente, notadamente no campo da Física, os modelos matemáticos garantem um nível de certeza tão elevado que podem facilmente nos cegar. Aliás, se (quase) todos os modelos garantem que estão matematicamente corretos e exatos, e são discordantes entre si, fica uma grande dúvida a respeito da capacidade da matemática em garantir a validade do conhecimento a respeito da realidade.
Quanto à mídia, ela não tem a menor condição de avaliar nada. Falam absurdos e mais absurdos todos os dias a respeito de assuntos corriqueiros e seria um milagre se tivessem noção do que estão transmitindo em assuntos atualmente considerados mais complexos.
Na minha sempre humilde opinião jamais obteremos resposta confiável para esta questão. Nem a razão e nem experimentos nos poderão fornecer resposta irrefutável. Isto sempre dependerá da opinião (que quando tem nível elevado de certeza íntima pode ser chamada de fé) de cada pessoa ou grupo. “De onde tudo surgiu” deverá sempre ser a última e inexplicável questão.Jonas Paulo Negreiros escreveu:Mas, na sua concepção cíclica de cosmos, a questão "de onde e como tudo surgiu" também fica sem resposta.
Para os que afirmam que este universo e o próprio tempo surgiram no instante zero da grande explosão, ainda que por extrema liberalidade (poética, eu diria) isto pudesse ser levado a sério, mesmo que temporalmente nada pudesse ser anterior ao instante zero, haveria a necessidade de algo ser causalmente anterior, de forma que o mistério se manteria. Além disto, a possibilidade de existência de outros universos, que jamais poderia ser negada (negativas universais têm valor nulo) nos levaria novamente à mesma situação.
Aparenta-me que muitos dos físicos atuais abdicaram desta tarefa. Mas a missão da Física (natureza, em grego), enquanto filosofia natural, é chegar o tão próxima quanto possível do conhecimento pleno da natureza.Jonas Paulo Negreiros escreveu:A missão da física não é chegar à verdade absoluta...
Mais acima eu disse dos problemas que a aceitação plena (e cega) de modelos matemáticos pode produzir. Estes modelos são representações esquemáticas da realidade com o uso de entidades ideais para representá-la. Pode ser muito bom para nos dar impressão de conhecimento mas, como toda representação esquemática, o uso de modelos é limitante.Jonas Paulo Negreiros escreveu:...mas sim criar modelos que expliquem o funcionamento das coisas e permitam fazer previsões seguras
Infelizmente, muito infelizmente mesmo, o princípio de causa e efeito tem sido solenemente desdenhado por importantes parcelas dos pesquisadores nesta área. Se afirmam orgulhosamente até mesmo que “tudo surgiu do nada”, sem a menor preocupação com a causalidade, o que dizer de estruturas menores. Concordo com você que deveríamos procurar nos aproximar o tanto quanto fosse possível da verdade mais abrangente e profunda sem ofender ao princípio de causa e efeito, mas parece que esta preocupação está fora de moda em função das necessidades de muita gente boa. Mas não perco a esperança, ainda chegamos lá.Jonas Paulo Negreiros escreveu:...sem a quebra do princípio de causa e efeito.
Cordiais abraços a todos.
Robson Z. Conti- Membro Ativo
- Mensagens : 232
Re: Entrevista com o professor Assis e a Mecânica Relacional
Obrigado, Robson.
Há uma terrível contradição no estado em que se encontra ciência de nosso tempo.
O objetivo maior da ciência é buscar a compreensão das coisas.
No entanto, o que a ciência moderna nos fornece são explicações incompreensíveis.
Gosto da posição dos defensores da "Filosofia Natural": A ciência de hoje é pura mitologia.
Os cientistas modernos tomaram o lugar dos feiticeiros (e amigos do rei) do passado.
Haja cinismo para defender o discurso da moderna ciência!
Leitura recomendada:
Podemos confiar nos dados publicados em revistas científicas?
Tradução automática
https://translate.google.com/translate?act=url&depth=1&hl=pt-BR&ie=UTF8&prev=_t&rurl=translate.google.com.br&sl=en&tl=pt-BR&u=http://preterism.ning.com/forum/topics/can-we-trust-the-data
Há uma terrível contradição no estado em que se encontra ciência de nosso tempo.
O objetivo maior da ciência é buscar a compreensão das coisas.
No entanto, o que a ciência moderna nos fornece são explicações incompreensíveis.
Gosto da posição dos defensores da "Filosofia Natural": A ciência de hoje é pura mitologia.
Os cientistas modernos tomaram o lugar dos feiticeiros (e amigos do rei) do passado.
Haja cinismo para defender o discurso da moderna ciência!
Leitura recomendada:
Podemos confiar nos dados publicados em revistas científicas?
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Última edição por Jonas Paulo Negreiros em 17th agosto 2021, 09:07, editado 5 vez(es)
Re: Entrevista com o professor Assis e a Mecânica Relacional
Realmente tem muita coisa tendenciosa sendo escrita, especialmente s/ o aquecimento global. Deveria haver uma punição mais rigorosa com relação as fraudes científicas, mas como muitas delas são motivadas por políticos q deveriam zelar por sua autenticidade a coisa toda fica muito difícil.
Particularmente o Brasil deveria questionar mais os estudos s/ aquecimento global uma vez q é o principal atingido por suas predições.
Se o Brasil fosse realmente líder na questão do aquecimento global a energia hidroelétrica seria considerada ecologicamente sustentável, é um verdadeiro acinte ao raciocínio lógico não ser assim.
Tem várias coisas q não fazem sentido na física e q são propagandeadas como verdades absolutas, um exemplo, teoria da relatividade aplicada ao GPS, o alegado atraso nos relógios dos satélites não tem paralelo com a baixa velocidade dos mesmos em comparação com a distância percorrida pela luz.
Particularmente o Brasil deveria questionar mais os estudos s/ aquecimento global uma vez q é o principal atingido por suas predições.
Se o Brasil fosse realmente líder na questão do aquecimento global a energia hidroelétrica seria considerada ecologicamente sustentável, é um verdadeiro acinte ao raciocínio lógico não ser assim.
Tem várias coisas q não fazem sentido na física e q são propagandeadas como verdades absolutas, um exemplo, teoria da relatividade aplicada ao GPS, o alegado atraso nos relógios dos satélites não tem paralelo com a baixa velocidade dos mesmos em comparação com a distância percorrida pela luz.
domingos.cjm- Iniciante
- Mensagens : 11
Re: Entrevista com o professor Assis e a Mecânica Relacional
Só que este objetivo tem de ter também um objetivo objetivo (desculpe a brincadeira), ou seja, que contribua de forma concreta para o bem estar da humanidade, dos seres vivos em geral e do ambiente como um todo.Jonas Paulo Negreiros escreveu:O objetivo maior da ciência é buscar a compreensão das coisas.
Este é “o” problema que vejo na Ciência atual. Apesar dos muitos avanços que temos, estes são de natureza técnica (tecnologia, engenharia) e não de conhecimento de base (que é o mesmo desde o início do século XX). Temos tido com isto progresso, sem dúvida, mas não tivemos a evolução que fatalmente teríamos com o conhecimento último da estrutura da matéria e do próprio universo. Esta situação, no meu ponto de vista, está nos deixando em uma condição extremamente frágil e vulnerável diante da natureza, uma sacudida um pouco maior do planeta ou uma pedra um pouco maior que por aqui caia vindo do espaço nos extingue a todos.
Mesmo que este cenário demore (mas não falhará, estudiosos garantem que é uma questão de tempo, mais milênio, menos milênio, vai acontecer), muito sofrimento e penúria podem ser evitados se conhecermos de maneira definitiva e detalhada a estrutura na matéria. Uma vez definido isto, será uma questão de engenharia apenas, e nisto parece que somos bons.
Cordiais abraços a todos
Robson Z. Conti- Membro Ativo
- Mensagens : 232
Re: Entrevista com o professor Assis e a Mecânica Relacional
O atraso dos relógios é de 7 micro segundos diários, e devido à velocidade relativa (TRR ~11 000 km/h).domingos.cjm escreveu:Tem várias coisas q não fazem sentido na física e q são propagandeadas como verdades absolutas, um exemplo, teoria da relatividade aplicada ao GPS, o alegado atraso nos relógios dos satélites não tem paralelo com a baixa velocidade dos mesmos em comparação com a distância percorrida pela luz.
O avanço dos relógios devido à altitude (TRG ~20 200 km de alt), ou diferença de potencial gravitacional, é de 45 micro segundos diários.
Portanto a variação total é de 38 micro segundos por dia. Ou seja, os relógios dos satélites do GPS andam mais rápidos que aqueles da superfície terrestre (TRG - TRR).
_________________
A Física é um templo erguido graças ao ceticismo do método científico, que sistematicamente rejeita e contraria a fé
Bosco- Físico Amador
- Mensagens : 505
O senso comum indica um universo cíclico e eterno ao contrário das observações
Estou de acordo com o senso comum, inclusive já completei uma teoria que encaixa com a realidade do Bigbang , tem cálculos que relacionam a energia escura , explica o porque o bigbang aconteceu e como e porque o universo chegará ao seu ponto máximo de expansão, tudo muito bonito, só que nunca conseguirei dar certeza pois pode ser que mesmo respeitando todas as leis físicas o universo não funcione do jeito criado por mim, mesmo que a minha teoria fosse de longe a mais bem elaborada , a mais criativa ou a que se mais encaixe à realidade, nunca teríamos 100% de certeza pois não estivemos nem estaremos presenciando os momentos extremos do nosso universo, pois nunca receberemos sinais de luz nem do momento "inicial" e nem estaremos presentes em seu momento "final" (se existir). podendo apenas presumir a melhor possibilidade para os seus desfechos. Resumindo : o estudo completo científico da cosmologia provavelmente nunca se fechará. A Cosmologia completa é uma parte da Física que provavelmente sempre será formada de previsões!, pois qualquer Físico bem informado das últimas novidades poderá formular uma teoria que leve o universo à vários destinos ou vários começos, direcionando o estudo de sua evolução de várias formas, como por exemplo : variação de densidade energéticas entre suas regiões, influência da matéria e energias escuras , formação da matéria pelo Bóson , Bigbang acontecendo em uma, duas ou três fases, etc.
Sócrates Georges Petrakis- Iniciante
- Mensagens : 48
Re: Entrevista com o professor Assis e a Mecânica Relacional
Encontrei uma antiga reportagem de Assis, dada a revista ISTOÉ e condensada em um documento "pdf".
http://www.ifi.unicamp.br/~assis/Isto-Eh-26-08-1998.pdf
http://www.ifi.unicamp.br/~assis/Isto-Eh-26-08-1998.pdf
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Entrevista com o professor Assis e a Mecânica Relacional
Encontrei uma postagem da página "STOA" muito interessante:
"A relatividade de Albert Einstein, a objeção de César Lattes e a proposta de André Assis".
Vale à pena dar uma lida para entender a confusão em que a relatividade nos meteu.
http://stoa.usp.br/cienciacultura/weblog/82774.html
"A relatividade de Albert Einstein, a objeção de César Lattes e a proposta de André Assis".
Vale à pena dar uma lida para entender a confusão em que a relatividade nos meteu.
http://stoa.usp.br/cienciacultura/weblog/82774.html
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Entrevista com o professor Assis e a Mecânica Relacional
Reportagem da palestra do Prof. Assis
Na sequência, quem foi Cesar Lattes:
Na sequência, quem foi Cesar Lattes:
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Entrevista com o professor Assis e a Mecânica Relacional
Vídeo de abertura da trilha resgatado.
Por que será que somem tanto ?
Por que será que somem tanto ?
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Entrevista com o professor Assis e a Mecânica Relacional
Novas Publicações do Prof. Assis
Assis domina o idioma alemão e foi o primeiro a traduzir diretamente da fonte os trabalhos de Einstein para o português.
Andre Koch Torres Assis
professor na Universidade Estadual de Campinas
Estou escrevendo para informar sobre a publicação por Apeiron do Canadá dos 4 Volumes do livro:
"Wilhelm Weber Main Works on Electrodynamics Traduzido para o Inglês".
Volume 1: Sistema Absoluto de Unidades de Gauss e Weber.
Volume 2: Força Fundamental de Weber e a Unificação das Leis de Coulomb, Ampere e Faraday.
Volume 3: Medição da Constante c de Weber, Diamagnetismo, a Equação do Telégrafo e a Propagação de Ondas Elétricas em Velocidade Leve.
Volume 4: Conservação de Energia, Modelo Planetário do Átomo de Weber e a Unificação do Eletromagnetismo e gravitação.
Eles estão disponíveis gratuitamente em formato PDF em:
https://lnkd.in/eM-SRtFc
https://lnkd.in/e6PQRvwS
https://lnkd.in/e32br5cb
https://lnkd.in/eMTvgrFS
Essas traduções incluem as 8 principais memórias de Weber sobre medições eletrodinâmicas.
Há também traduções em inglês de 5 artigos de Carl Friedrich Gauss,
traduções de parte da correspondência entre Gauss e Weber,
1 papel de Weber e Friedrich Wohler,
2 artigos de Weber e Rudolf Kohlrausch,
1 artigo de Gustav Theodor Fechner,
1 artigo de Johann Christian Poggendorff,
1 artigo de François Felix Tisserand,
2 artigos de Carl Neumann, e
3 papéis de Gustav Kirchhoff.
A maioria dessas obras nunca tinha sido traduzida antes. Eles permitem uma visão geral ampla do
principais publicações originais relacionadas à Eletrodinâmica de Weber.
Os tradutores incluem Laurence Hecht, David H. Delphenich, Peter Marquardt,
Hermann Haertel, Jonathan Tennenbaum, Peyman Ghaffari, Joa Weber e Urs Frauenfelder.
As versões impressas estão disponíveis na Amazon:
Volume 1:
https://lnkd.in/e3z2N3Tq
Volume 2:
https://lnkd.in/eBznEMSY
Volume 3:
https://lnkd.in/eKgSJtwt
Volume 4:
https://lnkd.in/ev9VggQe
Assis domina o idioma alemão e foi o primeiro a traduzir diretamente da fonte os trabalhos de Einstein para o português.
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Entrevista com o professor Assis e a Mecânica Relacional
O que pensam os relativistas sobre a Mecânica Relacional
mais:
https://www.scielo.br/j/rbef/a/mjg9nvz3wdSFQtQcprymwNs/?lang=pt
III
As Teorias da Relatividade estão erradas?
Não. Muito pelo contrário. Vide, por exemplo, o amplo artigo de Will [WI79] e seu mais recente livro [WI96], onde se resume os testes experimentais de ambas teorias da relatividade, a especial e a geral. No caso da relatividade especial, que é sem dúvida a melhor testada, Will diz [WI79b]:
Uma grande quantidade de experiências em laboratórios de altas energias têm verificado a validade da teoria de relatividade especial no limite quando os efeitos gravitacionais podem ser ignorados. Estes experimentos vão de testes diretos da dilatação do tempo a teste esotérico das predições da teoria quântica de campos relativista.
No entanto o autor de MR insiste [AK99b]:
Defendemos aqui que as teorias de Einstein não implementaram as idéias de Mach e que a Mecância Relacional é uma teoria melhor do que as de Einstein para descrever os fenômenos observados na natureza [¼] Einstein e seus seguidores criaram muitos problemas com esta teoria.
A TRE tornou a hipótese do éter supérflua, não mostrou que este não existia. Isso é típico do conhecimento científico. O autor do texto MR não entendeu como funciona a ciência. A ciência não mostra que os deuses da chuva e anjos carregando os planetas não existem. Ela apenas não usa essas hipóteses. Claro, se acreditamos que existe uma realidade independente de nós mesmos e que é, pelo menos parcialmente, desvendada pela ciência, então o fato de o éter não ser necessário para as teorias físicas pode ser interpretado como indicativo de sua inexistência.
As críticas do autor à TRE não são corretas e mostram a pouca familiaridade dele com o tema. Por exemplo [AK99d]
...há muitos problemas com as teorias da relatividade especial e geral. Enfatizamos alguns aqui.
1) elas são baseadas na formulação de Lorentz da eletrodinâmica de Maxwell, formulação que apresenta diversas assimetrias como as apontadas por Einstein e muitos outros [¼] Há uma teoria do eletromagnetismo que evita todos estas assimetrias de forma natural [¼] a eletrodinâmica de Weber...
É sabido, faz mais de 100 anos, que a eletrodinâmica de Weber não é uma descrição dos fenômenos eletromagnéticos: na sua versão original não prevê a existência de ondas eletromagnéticas! Da maneira como é comparada com "a formulação de Lorentz da eletrodinâmica de Maxwell" parece que a de Weber é uma outra formulação da mesma. A formulação de Lorentz a que se refere o autor é a das equações de Maxwell microscópicas. Nela todos os fenômenos eletromagnéticos podem ser vistos como sendo produzidos por portadores de cargas elementares como os elétrons e os núcleos atômicos. As equações de Maxwell macroscópicas podem, em casos simples, ser deduzidas a partir das equações de Maxwell-Lorentz. Na verdade é a formulação de Lorentz que é generalizável para a mecânica quântica relativista.
mais:
https://www.scielo.br/j/rbef/a/mjg9nvz3wdSFQtQcprymwNs/?lang=pt
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Entrevista com o professor Assis e a Mecânica Relacional
Mais sobre a polêmica Maxwell versus Weber
Entrevista de Assis dada ao Showman Jo Soares sobre Mecânica Relacional
Campos Existem?
Vá aos 34 minutos do vídeo!
Entrevista de Assis dada ao Showman Jo Soares sobre Mecânica Relacional
Campos Existem?
Vá aos 34 minutos do vídeo!
Última edição por Jonas Paulo Negreiros em 12th setembro 2023, 19:31, editado 1 vez(es)
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Entrevista com o professor Assis e a Mecânica Relacional
Prevendo Atraso Temporal Com a Mecânica Relacional
(Análise Majoritariamente Qualitativa)
(Análise Majoritariamente Qualitativa)
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Entrevista com o professor Assis e a Mecânica Relacional
A crítica dos Relativistas sobre a Mecânica Relacional
A Propósito de uma Resenha
Pleitez, Escobar - Repositório UNESP
https://repositorio.unesp.br/handle/11449/212385
documento em pdf:
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/212385/S1806-11172001000300002.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Resposta ao Artigo Criticando Pesadamente a Mecânica Relacional
A Propósito de uma Resenha
Pleitez, Escobar - Repositório UNESP
https://repositorio.unesp.br/handle/11449/212385
documento em pdf:
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/212385/S1806-11172001000300002.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Resposta ao Artigo Criticando Pesadamente a Mecânica Relacional
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Entrevista com o professor Assis e a Mecânica Relacional
Olá, gostaria de acrescentar que o professor Assis quando fala do balde de Newton adiciona uma interpretação das escrituras do Principia de Newton que eu particularmente discordo plenamente. Assis assume que Newton acredita que 'ma' é de fato uma força inercial da forma como tratamos força hoje, dai vem a pergunta aceleração (o 'a' da equação) é em relação a o que? E essa força, se for analisar as forças envolvidas no caso do balde, peso, força das partes do líquido uma sobre a outra, e a força de inércia 'ma' acontece da 'ma' estar direcionada para fora do eixo de rotação. É dai que Assis afirma que a citação de Newton a essa experiência é uma indagação de rotação (movimento rotativo significa acelerado em direção perpendicular à velocidade a todo instante) em relação a o que? Se pegar pra ler as passagens de Newton da pra ver que isso vai bem além do que é escrito, principalmente quando se leva em conta a obra inteira e como ele trata os problemas.
Newton página 49 Principia:
"Mas, posteriormente, quando o movimento relativo da água havia diminuindo, a subida em direção aos lados do recipiente mostrou o esforço dessa para se afastar do eixo; e esse esforço mostrou o movimento circular real da água aumentando continuamente, até adquirir sua maior quantidade, quando a água ficou em repouso relativo no recipiente. E, portanto, esse esforço não depende de qualquer translação da água com relação aos corpos do ambiente nem pode o movimento circular verdadeiro ser definido por tal translação"
Na visão de Assis:
"O esforço para se afastar do eixo é uma força, há uma força no sentido centrífugo dado por 'ma', no qual 'a' é na crença de Newton é a aceleração em relação ao espaço absoluto, aceleração verdadeira e não aceleração em relação às estrelas, nem relação ao balde, à Terra. E por esse motivo que Newton afirma que esse esforço não depende de qualquer translação da água com relação aos corpos do ambiente(qualquer corpo imaginado), pois nenhum corpo é capaz de exercer tal força e daí segue que é a aceleração em relação ao espaço absoluto que gera essa força."(Veja seção Newton's Bucket Experiment 11.3.3 do Relational Mechanics and Implementation of Mach's Principle with Weber's Gravitational Force, para uma discussão mais detalhada)
Minha visão:
"Primeiramente o texto em português foi traduzido do inglês que foi traduzido do original. Portanto a várias camadas de tradução e interpretação antes de chegar nessa versão que estamos lendo. Newton afirma esforço pq de fato, se não fosse pela existência de forças causada por corpos externos que fazem a partícula manter seu movimento circular, ela por conta própria manteria seu movimento retilíneo uniforme em relação ao espaço absoluto, portanto a palavra esforço não tem nada a ver com força na concepção moderna, mas sim de poder, capacidade, propriedade intrinseca da partícula. Quando Newton diz que esse esforço não depende de qualquer translação da água com relação aos corpos do ambiente ele está dizendo o lugar no qual a água está situada, no caso, o balde, seria ir muito além dizer que Newton fez qualquer menção à Terra, ou às estrelas, tais palavras nem existem na passagem. Newton faz várias vezes essa uso dessa noção de local onde algum corpo está situado. Por exemplo o ambiente de alguém dentro de uma barco é o barco, em virtude de, se o barco se mover, tal movimento será comunicado à pessoa dentro do barco. Ou seja, Newton sequer discute se poderia ser as estrelas que gerariam tal efeito até pq na visão dele isso nem é uma força, portanto não faz nem sentido perguntar qual corpo externo à partícula causa tal coisa. É uma propriedade intrinseca da matéria manter seu movimento retilíneo uniforme. Então Newton, quando diz que esse esforço não depende e nem pode ser definido por meio do movimento em relação a algum corpo do ambiente significa que há casos em que mesmo parado em relação ao local onde o corpo está situado (movimentação rigida em relação a este ambiente), ainda sim pode acontecer de ele ter movimento verdadeiro. Assis chega até a citar a proposição de Newton ao provar que uma casca esférica não exerce uma força sobre uma partícula em seu interior como se fosse o motivo pelo qual Newton afirma que o restante do universo não poderia causar tal esforço, força. Mas como esse resultado seria, em tese, tão importante para o caso, pq Newton não faz nenhuma referência a tal proposição? O motivo me parece claro, que a interpretação de que Newton acredita em 'ma' como uma força é uma interpretação extremamente forçada. Quando Newton usa a palavra força, em sua maior parte significa modernamente, poder, capacidade, algo bem comum na sua época empregar essa palavra nesse sentido."
Sem contar que acredito que essa discussão é extremamente complicada pq uma tratamento adequado dela envolve hidrodinâmica. Acredito que essa apresentação da mecânica relacional é totalmente anti pedagógica, tanto que fiquei por quase cinco anos sem sequer ler um livro por achar tais discussões completamente confusas e equivocadas, não percebendo o que estava por detrás. A forma como introduzi a mecânica relacional na minha pequena série "Um convite à mecânica relacional" que está no canal dos vídeos acima é certamente mais mastigável. Talvez depois seria interessante, como curiosidade histórica, abordar o uso do balde feito por Newton para dar um ar da importância da mecânica relacional.
Newton página 49 Principia:
"Mas, posteriormente, quando o movimento relativo da água havia diminuindo, a subida em direção aos lados do recipiente mostrou o esforço dessa para se afastar do eixo; e esse esforço mostrou o movimento circular real da água aumentando continuamente, até adquirir sua maior quantidade, quando a água ficou em repouso relativo no recipiente. E, portanto, esse esforço não depende de qualquer translação da água com relação aos corpos do ambiente nem pode o movimento circular verdadeiro ser definido por tal translação"
Na visão de Assis:
"O esforço para se afastar do eixo é uma força, há uma força no sentido centrífugo dado por 'ma', no qual 'a' é na crença de Newton é a aceleração em relação ao espaço absoluto, aceleração verdadeira e não aceleração em relação às estrelas, nem relação ao balde, à Terra. E por esse motivo que Newton afirma que esse esforço não depende de qualquer translação da água com relação aos corpos do ambiente(qualquer corpo imaginado), pois nenhum corpo é capaz de exercer tal força e daí segue que é a aceleração em relação ao espaço absoluto que gera essa força."(Veja seção Newton's Bucket Experiment 11.3.3 do Relational Mechanics and Implementation of Mach's Principle with Weber's Gravitational Force, para uma discussão mais detalhada)
Minha visão:
"Primeiramente o texto em português foi traduzido do inglês que foi traduzido do original. Portanto a várias camadas de tradução e interpretação antes de chegar nessa versão que estamos lendo. Newton afirma esforço pq de fato, se não fosse pela existência de forças causada por corpos externos que fazem a partícula manter seu movimento circular, ela por conta própria manteria seu movimento retilíneo uniforme em relação ao espaço absoluto, portanto a palavra esforço não tem nada a ver com força na concepção moderna, mas sim de poder, capacidade, propriedade intrinseca da partícula. Quando Newton diz que esse esforço não depende de qualquer translação da água com relação aos corpos do ambiente ele está dizendo o lugar no qual a água está situada, no caso, o balde, seria ir muito além dizer que Newton fez qualquer menção à Terra, ou às estrelas, tais palavras nem existem na passagem. Newton faz várias vezes essa uso dessa noção de local onde algum corpo está situado. Por exemplo o ambiente de alguém dentro de uma barco é o barco, em virtude de, se o barco se mover, tal movimento será comunicado à pessoa dentro do barco. Ou seja, Newton sequer discute se poderia ser as estrelas que gerariam tal efeito até pq na visão dele isso nem é uma força, portanto não faz nem sentido perguntar qual corpo externo à partícula causa tal coisa. É uma propriedade intrinseca da matéria manter seu movimento retilíneo uniforme. Então Newton, quando diz que esse esforço não depende e nem pode ser definido por meio do movimento em relação a algum corpo do ambiente significa que há casos em que mesmo parado em relação ao local onde o corpo está situado (movimentação rigida em relação a este ambiente), ainda sim pode acontecer de ele ter movimento verdadeiro. Assis chega até a citar a proposição de Newton ao provar que uma casca esférica não exerce uma força sobre uma partícula em seu interior como se fosse o motivo pelo qual Newton afirma que o restante do universo não poderia causar tal esforço, força. Mas como esse resultado seria, em tese, tão importante para o caso, pq Newton não faz nenhuma referência a tal proposição? O motivo me parece claro, que a interpretação de que Newton acredita em 'ma' como uma força é uma interpretação extremamente forçada. Quando Newton usa a palavra força, em sua maior parte significa modernamente, poder, capacidade, algo bem comum na sua época empregar essa palavra nesse sentido."
Sem contar que acredito que essa discussão é extremamente complicada pq uma tratamento adequado dela envolve hidrodinâmica. Acredito que essa apresentação da mecânica relacional é totalmente anti pedagógica, tanto que fiquei por quase cinco anos sem sequer ler um livro por achar tais discussões completamente confusas e equivocadas, não percebendo o que estava por detrás. A forma como introduzi a mecânica relacional na minha pequena série "Um convite à mecânica relacional" que está no canal dos vídeos acima é certamente mais mastigável. Talvez depois seria interessante, como curiosidade histórica, abordar o uso do balde feito por Newton para dar um ar da importância da mecânica relacional.
Última edição por Praxiologista em 12th setembro 2023, 13:12, editado 4 vez(es)
Praxiologista- Iniciante
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Re: Entrevista com o professor Assis e a Mecânica Relacional
Jonas Paulo Negreiros escreveu:Mais sobre a polêmica Maxwell versus Weber
Campos Existem?
Vá aos 34 minutos do vídeo!
É incrível como em um segundo depois dele afirmar que não podemos ver campos, apenas forças, afirma com imperatividade que campos existem. Sendo que bem provavelmente a unica resposta dele do pq isso seria verdade, é a de que, se não existissem campos, não conservaria uma quantidade lá que é dada o nome de energia, e essa quantidade por algum motivo tem que conservar sempre. Bastava dizer, e ser mais sincero, como Assis faz: pq eu prefiro uma teoria que conserva energia, e sem campos a teoria de lorentz não conservaria. Preferência pessoal. Não tem problema nenhum isso na física, nem admitir isso, o problema ta na cabeça da galera da física em ficar desprezando quem tenta desenvolver uma teoria física, mesmo que não tenha o mesmo poder preditivo que as atuais sobre o assunto por motivos de preferência dos princípios. Eu gosto de acreditar que aconteceram mais coisas fora dos artigo que fizeram essa aversão à mecânica relacional por parte dos professores brasileiros ser tão grande. A teoria é fraca em muitos sentidos, mas deduzir a lei de Newton até mesmo em referênciais inerciais, fazendo suposições de como o universo está configurado, deduzindo duas relações entre parâmetros da natureza que está de acordo em grandeza física e ordem de grandeza (a da gravitação de Newton por Assis e da 'constante' de Hubble por mim) , ainda é capaz de deduzir precessão do planeta de mercúrio, átomo estável com raio da ordem de grandeza do observado não me parece ser meramente coincidência, também da pra deduzir as equações da relatividade especial de einstein e retardo de relógio à diferentes alturas em relação à Terra com o mesmo efeito qualitativo que o observado(uma analise quantitativa será realizada futuramente quando tiver tempo). Fico pensando a treta que vira se eu perguntar: Quantos econofísicos tem milhões de doláres na carteira? Fazendo esta pergunta como forma de medir a verdade de tal teoria econômica (estudo economia austríaca e discordo imensamente da tentativa de utilizar equações da física na economia) até pq se isso fosse de algum modo útil pq não há nenhum diferença entre quem estuda essa disciplina e quem não estuda no mercado financeiro. Cite ricos que estudam essa teoria e levam ela a sério. Uma teoria que não tem nenhum resultado e mesmo assim vai pra frente, e assim espero que continue, vai que eu esteja errado. Mas vai falar que é impossível prever o estado futuro do mercado de maneira justificada em virtude da impossibilidade de ter conhecimento das ações humanas e que a teoria é bonitinha pq usa várias equações impressionantes na física mas que infelizmente tais coisas não explicam o mundo de maneira satisfatória. Certamente ficariam furiosos, mas como nunca estudei tal teoria de cabo a rabo acredito que afirmar tal coisa é errado pois talvez o objetivo de tal matéria é mais como problemas meramente acadêmicos do que uma tentativa de explicar a realidade. Ou qualquer outra coisa, vai saber. Mas ai que está a diferença, de humildade epistêmica. Não sei, não falarei, fim.
Praxiologista- Iniciante
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