Mas não passa de um relógio, atómico ou não!
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Re: Mas não passa de um relógio, atómico ou não!
Em "The Classical Theory of Fields de L.D. Landau e E,M. Lifshitz", página 2, considera um intervalo no espaço tempo como a distância entre dois pontos em um "espaço fictício". Então pergunto, alguém entende o que é, ou o real significado da distancia entre dois pontos no espaço quadrimensional,(ds)^2=(cdt)^2-(dr)^2, onde (dr=dx,dy,dz)? Se dr=vdt, então um intervalo nesse espaço é dado por ds^2=cdt^2-vdt^2 que nada mais é do que uma distância perpendicular à direção do movimento com velocidade v. Exemplo, de um sistema em movimento v dispara-se um pulso de luz em direção perpendicular do movimento que chega a um ponto em questão em um tempo t, percorrendo a distancia ct. Nesse mesmo tempo houve o deslocamento dr na direção de v, temos: (ct)^2= ds^2 + (vt)^2, onde ds é perpendicular ao movimento r^2= (vt)^2 na direção de v.
Afinal, e o relógio? Tempo tem que dilatar para o comprimento no sentido perpendicular ao movimento não ter que encolher. Se considero velocidade da luz constante, pulso emitido no sentido ortogonal ao movimento será visto de referencial estático com trajetória composta de c+v, a não ser que façamos uma dilatação no tempo.
Outra alternativa seria aceitar contração também no sentido perpendicular ao movimento. Nesse caso tempo poderá ser o invariante. Significa outra forma matemática de descrever o que hoje é descrito através do quadrivetor espaço-tempo.
Se não consegui explicar, talvez tenha conseguido confundir um pouco mais.
"Com certeza, as viagens no tem são impossíveis" a menos que estejamos em um sonho.
Se houver alguém com conhecimento para esclarecer, ou também, com curiosidade por entender, valeria a pena um novo tópico.
Afinal, e o relógio? Tempo tem que dilatar para o comprimento no sentido perpendicular ao movimento não ter que encolher. Se considero velocidade da luz constante, pulso emitido no sentido ortogonal ao movimento será visto de referencial estático com trajetória composta de c+v, a não ser que façamos uma dilatação no tempo.
Outra alternativa seria aceitar contração também no sentido perpendicular ao movimento. Nesse caso tempo poderá ser o invariante. Significa outra forma matemática de descrever o que hoje é descrito através do quadrivetor espaço-tempo.
Luís António Lopes Rodrig escreveu:Bons dias.
Este mesmo relógio fica alterado se mudar-lhe a altura em relação ao centro da terra.
O tempo é absoluto, ou seja, é não elástico.
Nada existe no passado ou no futuro. Só existe o presente.
Isto implica que as viagens no tempo são impossíveis.
Abraço
Se não consegui explicar, talvez tenha conseguido confundir um pouco mais.
"Com certeza, as viagens no tem são impossíveis" a menos que estejamos em um sonho.
Se houver alguém com conhecimento para esclarecer, ou também, com curiosidade por entender, valeria a pena um novo tópico.
José Augusto- Membro Regular
- Mensagens : 167
Idade : 70
Localização : Belo Horizonte - MG
Re: Mas não passa de um relógio, atómico ou não!
Olá, boa tarde a todos. Esta é minha primeira contribuição ao fórum. Gostaria de aproveitar o tópico para tentar esclarecer uma dúvida.
Quando se colocam 2 relógios atômicos, um na superfície da Terra e outro a uma altura qualquer acima deste, a medida de tempo entre eles difere, sendo que o relógio que está acima da superfície adianta em relação ao que está na superfície.
Gostaria de saber o porquê isso acontece? Qual a resposta que a teoria da relatividade fornece para tal resultado?
Quando se colocam 2 relógios atômicos, um na superfície da Terra e outro a uma altura qualquer acima deste, a medida de tempo entre eles difere, sendo que o relógio que está acima da superfície adianta em relação ao que está na superfície.
Gostaria de saber o porquê isso acontece? Qual a resposta que a teoria da relatividade fornece para tal resultado?
Éon- Iniciante
- Mensagens : 48
Re: Mas não passa de um relógio, atómico ou não!
Antes uma pequena consideração sobre tempo. No mundo material, distancia parece intuitivamente bem compreendida como a medida de extensão. Já o tempo parece um conceito mais difícil de entender mas sem dúvida relacionado á cinemática. Consideremos um ponto de referência que se move com velocidade definida como constante junto a uma haste extremamente longa. A haste é graduada crescente no sentido do movimento de forma que a posição do ponto possa ser lida como a medida do tempo.
Suponha que por um motivo qualquer este sistema passe a apresentar uma leitura com valor superior ao normalmente esperado. De imediato, como a velocidade do ponto é considerada constante, pela leitura de tempo maior, concluímos que o tempo dilatou. Em outra alternativa, poderíamos concluir que por algum motivo a haste graduada considerada teve um encurtamento uniforme em sua extensão.
Sob esta ótica tentaremos avaliar o resultado do experimento dado pelo interferômetro de Micheson e Morley, que de certa forma, deu suporte à contração de Lorentz e à dilatação do tempo.
Suponha que por um motivo qualquer este sistema passe a apresentar uma leitura com valor superior ao normalmente esperado. De imediato, como a velocidade do ponto é considerada constante, pela leitura de tempo maior, concluímos que o tempo dilatou. Em outra alternativa, poderíamos concluir que por algum motivo a haste graduada considerada teve um encurtamento uniforme em sua extensão.
Sob esta ótica tentaremos avaliar o resultado do experimento dado pelo interferômetro de Micheson e Morley, que de certa forma, deu suporte à contração de Lorentz e à dilatação do tempo.
José Augusto- Membro Regular
- Mensagens : 167
Idade : 70
Localização : Belo Horizonte - MG
Re: Mas não passa de um relógio, atómico ou não!
José Augusto escreveu:Antes uma pequena consideração sobre tempo. No mundo material, distancia parece intuitivamente bem compreendida como a medida de extensão.
Existe algum outro mundo que não seja o material?
José Augusto escreveu:Já o tempo parece um conceito mais difícil de entender mas sem dúvida relacionado á cinemática.
Na minha opinião, tempo seria uma sucessão de eventos.
José Augusto escreveu:Consideremos um ponto de referência que se move com velocidade definida como constante junto a uma haste extremamente longa. A haste é graduada crescente no sentido do movimento de forma que a posição do ponto possa ser lida como a medida do tempo.
Suponha que por um motivo qualquer este sistema passe a apresentar uma leitura com valor superior ao normalmente esperado. De imediato, como a velocidade do ponto é considerada constante, pela leitura de tempo maior, concluímos que o tempo dilatou. Em outra alternativa, poderíamos concluir que por algum motivo a haste graduada considerada teve um encurtamento uniforme em sua extensão.
Sob esta ótica tentaremos avaliar o resultado do experimento dado pelo interferômetro de Micheson e Morley, que de certa forma, deu suporte à contração de Lorentz e à dilatação do tempo.
Se não me engano, já foram feitos experimentos com relógios em movimento acelerado e constatou-se que eles atrasam em relação ao relógio que ficou em repouso.
Também já foram feitos, como mencionei no post anterior, testes com relógios em diferentes alturas e constatou-se que relógios acima da superfície da Terra adiantam em relação ao que está na superfície.
A dilatação ou contração do tempo é REAL.
Não existe encurtamento de objetos em altas velocidades. Isso é ilusão de ótica. Por exemplo, se pegar imagens ou você mesmo observar carros ou motos em altas velocidades eles parecerão mais curtos, mas é apenas impressão. Tanto o é que ao final de uma corrida o carro ou moto não encolhe. Ficam do mesmo jeito em que começaram.
Éon- Iniciante
- Mensagens : 48
Re: Mas não passa de um relógio, atómico ou não!
Eon escreveu:A dilatação ou contração do tempo é REAL.
Não existe encurtamento de objetos em altas velocidades. Isso é ilusão de ótica. Por exemplo, se pegar imagens ou você mesmo observar carros ou motos em altas velocidades eles parecerão mais curtos, mas é apenas impressão. Tanto o é que ao final de uma corrida o carro ou moto não encolhe. Ficam do mesmo jeito em que começaram.
Experimento de Michelson/Morley e contração de Lorentz
José Augusto- Membro Regular
- Mensagens : 167
Idade : 70
Localização : Belo Horizonte - MG
Re: Mas não passa de um relógio, atómico ou não!
José Augusto escreveu: Experimento de Michelson/Morley e contração de Lorentz
Experimento de Michelson/Morley: Os feixes de luz sempre coincidiam.
Conclusão deles: O éter não existe.
A contração de Lorentz é uma HIPÓTESE AD HOC.
É por estas e outras que as vezes a física mais se apróxima de filmes de ficção do que da realidade.
Éon- Iniciante
- Mensagens : 48
Re: Mas não passa de um relógio, atómico ou não!
Éon escreveu:José Augusto escreveu: Experimento de Michelson/Morley e contração de Lorentz
Experimento de Michelson/Morley: Os feixes de luz sempre coincidiam.
Conclusão deles: O éter não existe.
A contração de Lorentz é uma HIPÓTESE AD HOC.
É por estas e outras que as vezes a física mais se apróxima de filmes de ficção do que da realidade.
Experimento de Michelson/Morley: Os feixes de luz sempre coincidiam.
Conclusão deles: O éter não existe.
Segunda Conclusão, descartada pela "Navalha de Occam":
O sistema heliocêntrico é uma farsa. A Terra está parada e ela é o centro do universo .
_________________
Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Mas não passa de um relógio, atómico ou não!
Jonas Paulo Negreiros escreveu: Experimento de Michelson/Morley: Os feixes de luz sempre coincidiam.
Conclusão deles: O éter não existe.
Segunda Conclusão, descartada pela "Navalha de Occam":
O sistema heliocêntrico é uma farsa. A Terra está parada e ela é o centro do universo .
Como assim o sistema heliocêntrico é uma farsa? A Terra está parada em relação a que? Porque acha que ela é o centro do Universo?
Se não me engano o centro de gravidade do sistema solar está muito próximo do centro de massa do Sol, de forma que podemos considerar o Sol como o centro de gravidade do sistema em que todos os outros planetas orbitam.
Éon- Iniciante
- Mensagens : 48
Re: Mas não passa de um relógio, atómico ou não!
Éon escreveu:Jonas Paulo Negreiros escreveu: Experimento de Michelson/Morley: Os feixes de luz sempre coincidiam.
Conclusão deles: O éter não existe.
Segunda Conclusão, descartada pela "Navalha de Occam":
O sistema heliocêntrico é uma farsa. A Terra está parada e ela é o centro do universo .
Como assim o sistema heliocêntrico é uma farsa? A Terra está parada em relação a que? Porque acha que ela é o centro do Universo?
Se não me engano o centro de gravidade do sistema solar está muito próximo do centro de massa do Sol, de forma que podemos considerar o Sol como o centro de gravidade do sistema em que todos os outros planetas orbitam.
O sistema heliocêntrico não venceu o sistema geocêntrico por méritos e aceito com naturalidade, mas numa terrível batalha pelo poder político entre o clero e a burguesia emergente. Um mau começo, não acha?
De acordo com Gamov, o primeiro apoiador da hipótese do Big Bang de Lamaitre, qualquer astro pode ser adotado como ponto central da expansão cósmica.
Antes do sistema geocêntrico ganhar a batalha, astrólogos e astrônomos faziam suas previsões de eclipses e alinhamentos de astros com o modelo geocêntrico. Isto não é ciência?
_________________
Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Mas não passa de um relógio, atómico ou não!
Jonas Paulo Negreiros escreveu: O sistema heliocêntrico não venceu o sistema geocêntrico por méritos e aceito com naturalidade, mas numa terrível batalha pelo poder político entre o clero e a burguesia emergente. Um mau começo, não acha?
Confesso que não sou lá muito bom de história, mas pelo que me lembro na época de Galileu a Igreja Católica era a institição mais poderosa que existia, enquanto que a ciência moderna estava a começar a dar seus primeiros passos.
Naturalmente, nesta situação, iria haver um choque entre as visões de mundo da Igreja e da burguesia renascentista. Vejo este conflito com bons olhos porque isso demonstra não somente a coragem de alguns em desafiar as "verdades" impostas pela Igreja, como também demonstra o surgimento de um novo método de se entender o funcionamento da natureza.
Porém, nos dias de hoje, sem influências políticas ou religiosas, não há dúvidas de que cientificamente os planetas orbitam em torno do Sol.
De acordo com Gamov, o primeiro apoiador da hipótese do Big Bang de Lamaitre, qualquer astro pode ser adotado como ponto central da expansão cósmica.
Se assim for, não há nada de especial em falar que a Terra é o centro do Universo, já que qualquer corpo celeste, por menor que seje, a bilhões de anos luz pode ser o centro do Universo.
Aliás, acho que isso só é válido se considerarmos o Universo infinito.
Antes do sistema geocêntrico ganhar a batalha, astrólogos e astrônomos faziam suas previsões de eclipses e alinhamentos de astros com o modelo geocêntrico. Isto não é ciência?
Acho que de certa forma sim, porque eram previsões feitas com base em observações do comportamento dos astros que seguiam um padrão. Mas obviamente que na época não se tinha o conhecimento que tem hoje. Se não me engano a própria Igreja Católica já adimitiu que Galileu estava certo, que a Terra gira em torno do Sol.
Éon- Iniciante
- Mensagens : 48
Re: Mas não passa de um relógio, atómico ou não!
Éon escreveu:Experimento de Michelson/Morley: Os feixes de luz sempre coincidiam.
Conclusão deles: O éter não existe.
A contração de Lorentz é uma HIPÓTESE AD HOC.
É por estas e outras que as vezes a física mais se apróxima de filmes de ficção do que da realidade.
Conclusão, para coincidências em fase no reencontro de feixes de luz que percorrem caminhos paralelo e perpendicular ao movimento, Contração no sentido do movimento e polemica dilatação do tempo. Dilatação do tempo poderia e pode alternativamente ser interpretada por contração em todas as direções.
José Augusto- Membro Regular
- Mensagens : 167
Idade : 70
Localização : Belo Horizonte - MG
Re: Mas não passa de um relógio, atómico ou não!
José Augusto escreveu:Éon escreveu:Experimento de Michelson/Morley: Os feixes de luz sempre coincidiam.
Conclusão deles: O éter não existe.
A contração de Lorentz é uma HIPÓTESE AD HOC.
É por estas e outras que as vezes a física mais se apróxima de filmes de ficção do que da realidade.
Conclusão deles: Para coincidências em fase no reencontro de feixes de luz que percorrem caminhos paralelo e perpendicular ao movimento, "Contração no sentido do movimento e polemica dilatação do tempo". Dilatação do tempo poderia e pode alternativamente ser interpretada por contração em todas as direções.
José Augusto- Membro Regular
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