A ilusão das criptomoedas

Dizem que a inflação é um fenômeno decorrente de conflitos sociais.
Em tempos de alta inflação, pessoas buscam reservas de valor, a fim de proteger seus capitais.

Em tempos modernos, há a aposta das criptomoedas ou moedas descentralizadas, uma forma de conservação do valor.

Mas qual é o referencial dessas moedas?
Quem respondeu moedas centralizadas, acertou.

Vejam a tabela abaixo:



Vou citar um exemplo histórico.
Muitos países, em períodos de alta inflação, cortam zeros de suas moedas.

O Brasil, por exemplo já passou por:
Cruzeiro = 1x
Cruzeiro Novo = 1.000 x
Cruzeiro, de Novo = 1.000.000
Cruzado = 1.000.000.000 x
Cruzado Novo = 1.000.000.000.000 x

Nessa caminhada histórica, chegaremos ao infinitamente grande. Depois... Big Rip!

Como fica a situação das criptomoedas descentralizadas nessa história?

Simples.
Se aplicarmos o conceito da criptomoeda em relação ao cruzeiro, teríamos

Cruzeiro = 1 Bitcoin
Cruzeiro Novo = 1 milicoin
Cruzeiro, de Novo = 1 micrococoin
Cruzado = 1 nanococoin
Cruzado Novo = 1 picocoin

Nessa caminhada, chegamos ao infinitamente pequeno. Depois... Zero!



Hiper-inflação (vermelho) e Hiper-deflação (azul).

O valor de qualquer moeda está vinculado ao equilíbrio entre produção, consumo e poupança de riquezas. Fora disso, salve-se quem puder!

É possível pular fora do barco? Mas se o barco for o próprio planeta Terra?