Novo Mapa da Terra
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Novo Mapa da Terra
Mapa mais preciso da Terra foi criado por uma equipe de físicos — e tem pouco a ver com o que estamos acostumados
O mapa é apresentado em forma de disco, com cada um dos hemisférios representado em uma de suas faces
Matheus Bianezzi
Um dos grandes desafios dos cartógrafos que tentam criar mapas do mundo é a impossibilidade de recriar a superfície de uma esfera em um plano. Pelo menos de forma fiel, precisa e legível.
O mapa no disco
A última tentativa de criar um mapa que minimize as distorções associadas à representação da superfície da esfera num plano deu um resultado curioso: um plano cujos autores o comparam a um disco de vinil. A razão é que neste mapa o nosso planeta é representado como dois círculos, um mostrando o hemisfério norte e o outro o sul.
O mapa apresenta imperfeições, mas seus autores consideram-no a projeção mais fiel até hoje. “Você não pode fazer tudo perfeitamente", observou Richard Gott, um dos autores, em um comunicado à imprensa. “Um mapa é tão bom em uma coisa quanto pode não ser em representar outras coisas.”
![Novo Mapa da Terra Mapa-mais-preciso-da-terra_2bps.960](https://sm.ign.com/t/ign_br/screenshot/default/mapa-mais-preciso-da-terra_2bps.960.jpg)
Um problema de (mais de) meio milênio
A humanidade sabe há milhares de anos que a Terra é esférica, mas isso raramente era um problema, já que os gráficos incluíam apenas a região da Eurásia e a África, enquanto as Américas, a Oceania e a Antártida não entravam nos mapas antigamente.
A isto devemos acrescentar que os mapas não eram tão precisos a ponto das distorções inerentes a este problema se tornarem relevantes. Muitas vezes também não precisavam ser: só na era moderna é que a precisão cartográfica começou a ser vital, principalmente para quem se lançava ao mar.
De Mercator a Winkel Tripel
A projeção de Mercator é uma das mais antigas e ainda hoje uma das mais utilizadas. Esta projeção foi criada no século XVI por Gerardus Mercator com o intuito de facilitar a navegação transoceânica. Embora este mapa mantenha a precisão nas formas de elementos como mares ou países, os tamanhos são visivelmente distorcidos, tornando as áreas próximas aos polos maiores em comparação com aquelas localizadas no equador.
![Novo Mapa da Terra Unnamed_nu5m.960](https://sm.ign.com/t/ign_br/screenshot/default/unnamed_nu5m.960.jpg)
Séculos de trabalho levaram a mapas menos distorcidos. Entre eles, os autores deste novo mapa destacam Winkel-Tripel, uma projeção criada pelo cartógrafo alemão Oswald Winkel em 1921. Este mapa não é tão útil para os navegadores e ainda apresenta distorções em torno dos polos, mas representa um compromisso. É também a representação utilizada pela National Geographic Society.
Mapa de Disco
Se o plano não é perfeito, porque é que os seus autores o consideram próximo disso? Em 2007, David Goldberg e o próprio Gott criaram um sistema de pontuação de mapas baseado em seis critérios: formas locais, áreas, distâncias, curvaturas, assimetrias e cortes.
O sistema de pontuação é o inverso: um mapa-múndi esférico teria uma pontuação de 0,0 e, a partir daí, qualquer distorção adicionada resultaria em uma pontuação mais alta. O sistema de pontuação foi introduzido em um artigo na revista Cartographica: The International Journal for Geographic Information and Geovisualization.
Sendo trabalhos da mesma equipe, não é de estranhar que esta carta seja capaz de minimizar o resultado. Se o Winkel-Tripel teve pontuação de 4.563, o novo mapa reduz o erro para 4.497 pontos.
O grande truque
A nova projeção se orgulha de obter pontuações melhores do que as suas alternativas nas seis variáveis estipuladas por Gott e a sua equipe, mas há uma em que se destaca particularmente graças a um truque: o da continuidade.
Se pegarmos qualquer mapa veremos que existe um corte, geralmente localizado no Oceano Pacífico, entre a Ásia e a Oceania, e as Américas. Esta é uma importante fonte de distorção de acordo com os critérios de Gott e sua equipe. A solução deles: um disco com dois lados.
O mapa de Gott foi desenhado para ser apresentado em forma de disco, o que dá continuidade ao “corte” que vemos no equador (e que, explicam os autores do mapa, também poderia estar localizado ao longo do meridiano zero).
Fonte:
https://br.ign.com/ciencia/119518/news/mapa-mais-preciso-da-terra-e-criado-por-uma-equipe-de-fisicos-e-tem-pouco-a-ver-com-o-que-estamos-ac
O mapa é apresentado em forma de disco, com cada um dos hemisférios representado em uma de suas faces
Matheus Bianezzi
Um dos grandes desafios dos cartógrafos que tentam criar mapas do mundo é a impossibilidade de recriar a superfície de uma esfera em um plano. Pelo menos de forma fiel, precisa e legível.
O mapa no disco
A última tentativa de criar um mapa que minimize as distorções associadas à representação da superfície da esfera num plano deu um resultado curioso: um plano cujos autores o comparam a um disco de vinil. A razão é que neste mapa o nosso planeta é representado como dois círculos, um mostrando o hemisfério norte e o outro o sul.
O mapa apresenta imperfeições, mas seus autores consideram-no a projeção mais fiel até hoje. “Você não pode fazer tudo perfeitamente", observou Richard Gott, um dos autores, em um comunicado à imprensa. “Um mapa é tão bom em uma coisa quanto pode não ser em representar outras coisas.”
![Novo Mapa da Terra Mapa-mais-preciso-da-terra_2bps.960](https://sm.ign.com/t/ign_br/screenshot/default/mapa-mais-preciso-da-terra_2bps.960.jpg)
Um problema de (mais de) meio milênio
A humanidade sabe há milhares de anos que a Terra é esférica, mas isso raramente era um problema, já que os gráficos incluíam apenas a região da Eurásia e a África, enquanto as Américas, a Oceania e a Antártida não entravam nos mapas antigamente.
A isto devemos acrescentar que os mapas não eram tão precisos a ponto das distorções inerentes a este problema se tornarem relevantes. Muitas vezes também não precisavam ser: só na era moderna é que a precisão cartográfica começou a ser vital, principalmente para quem se lançava ao mar.
De Mercator a Winkel Tripel
A projeção de Mercator é uma das mais antigas e ainda hoje uma das mais utilizadas. Esta projeção foi criada no século XVI por Gerardus Mercator com o intuito de facilitar a navegação transoceânica. Embora este mapa mantenha a precisão nas formas de elementos como mares ou países, os tamanhos são visivelmente distorcidos, tornando as áreas próximas aos polos maiores em comparação com aquelas localizadas no equador.
![Novo Mapa da Terra Unnamed_nu5m.960](https://sm.ign.com/t/ign_br/screenshot/default/unnamed_nu5m.960.jpg)
Séculos de trabalho levaram a mapas menos distorcidos. Entre eles, os autores deste novo mapa destacam Winkel-Tripel, uma projeção criada pelo cartógrafo alemão Oswald Winkel em 1921. Este mapa não é tão útil para os navegadores e ainda apresenta distorções em torno dos polos, mas representa um compromisso. É também a representação utilizada pela National Geographic Society.
Mapa de Disco
Se o plano não é perfeito, porque é que os seus autores o consideram próximo disso? Em 2007, David Goldberg e o próprio Gott criaram um sistema de pontuação de mapas baseado em seis critérios: formas locais, áreas, distâncias, curvaturas, assimetrias e cortes.
O sistema de pontuação é o inverso: um mapa-múndi esférico teria uma pontuação de 0,0 e, a partir daí, qualquer distorção adicionada resultaria em uma pontuação mais alta. O sistema de pontuação foi introduzido em um artigo na revista Cartographica: The International Journal for Geographic Information and Geovisualization.
Sendo trabalhos da mesma equipe, não é de estranhar que esta carta seja capaz de minimizar o resultado. Se o Winkel-Tripel teve pontuação de 4.563, o novo mapa reduz o erro para 4.497 pontos.
O grande truque
A nova projeção se orgulha de obter pontuações melhores do que as suas alternativas nas seis variáveis estipuladas por Gott e a sua equipe, mas há uma em que se destaca particularmente graças a um truque: o da continuidade.
Se pegarmos qualquer mapa veremos que existe um corte, geralmente localizado no Oceano Pacífico, entre a Ásia e a Oceania, e as Américas. Esta é uma importante fonte de distorção de acordo com os critérios de Gott e sua equipe. A solução deles: um disco com dois lados.
O mapa de Gott foi desenhado para ser apresentado em forma de disco, o que dá continuidade ao “corte” que vemos no equador (e que, explicam os autores do mapa, também poderia estar localizado ao longo do meridiano zero).
Fonte:
https://br.ign.com/ciencia/119518/news/mapa-mais-preciso-da-terra-e-criado-por-uma-equipe-de-fisicos-e-tem-pouco-a-ver-com-o-que-estamos-ac
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro
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