Plutão e Caronte
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Plutão e Caronte
Plutão, um astro que levanta muitas dúvidas a muita gente, antigamente (pelo menos quando andava no 4º ano), estudavam-se os 9 planetas principais do Sistema Solar, hoje em dia Plutão já não faz parte desses planetas, foram reduzidos a 8... Mas Plutão não deixa de ser um planeta, e bastante interessante, apenas é um planeta anão que orbita o Sol, existem mais planetas que o fazem e que também não são principais. Plutão tem até uma Lua (Caronte), também bastante interessante. Fiquei a saber muito destes dois planetas a partir do livro "Pequeno Atlas do Sistema Solar", de Eduardo Ivo Alves, e quis partilhar alguma informação aqui no fórum, retirada do livro. Com Dados Astronómicos, Dados Físicos e também Dados Históricos de ambos. Também meti uma imagem das proporções reais dos dois.
Plutão é o mais desconhecido planeta do Sistema Solar. É o único a nunca ter sido visitado por uma sonda espacial, por isso toda a informação de que dispomos foi obtida a partir da Terra. Dada a distância a que Plutão se encontra do Sol (5 913 520 000 km em média), isto é insuficiente. A NASA projectou a missão Pluto/Kuiper Express, para encontrar Plutão e os objectos da Cintura de Kuiper, que deveria ter partido em 2001, mas as restrições orçamentais impediram que ela se concretizasse até agora, estando ainda à espera de financiamento. Note-se que, se passar a presente janela de oportunidade, Plutão só voltará a estar acessível no séc. XXIII.
Um pouco como Neptuno, Plutão foi descoberto quase por acidente, pelo americano Clyde Tombaugh, em 18 de Fevereiro de 1930, a partir do observatório criado por Percival Lowell perto de Flagstaff, Arizona, para observar Marte. Tombaugh baseou-se nas perturbações dos movimentos de Úrano e Neptuno e calculou a órbita de um planeta que causaria essas perturbações, vindo a encontrar Plutão. Mas tarde verificou-se que os cálculos originais estavam errados e que, de qualquer maneira, a órbita e a massa de Plutão não eram suficientes para perturbar as órbitas dos dois gigantes gasosos.
De facto, Plutão é muito pequeno, sendo mesmo menor que sete luas do Sistema Solar: a Lua, os quatro satélites galileanos de Júpiter, Titã e Tritão.
A órbita de Plutão é estranha: não se encontra no plano da eclíptica, fazendo com ela um ângulo de cerca de 17º, e é a mais excêntrica de todos os planetas, cerca de 0.25. Isto faz com que Plutão não seja sempre o planeta mais distante do Sol. Na verdade, entre 21 de Janeiro de 1979 e 11 de Fevereiro de 1999, Plutão esteve mais perto do Sol que Neptuno. Isto só voltará a acontecer em 2226. Note-se que, apesar das órbitas de Plutão e Neptuno se cruzarem, o risco de choque entre os dois planetas é nulo por as órbitas não estarem no mesmo plano.
A órbita de Plutão está em ressonância de 3:2 com a de Neptuno, ou seja, o período orbital do primeiro é exactamente 1.5 vezes o do segundo.
Supõe-se que Plutão tem uma atmosfera muito ténue, da ordem dos microbar, e só quando o planeta está próximo do periélio. Durante a maior parte do longo ano plutoniano (cerca de 248 anos) os gases que compõem a atmosfera (azoto? monóxido de carbono? metano?) estarão congelados.
Até 1978, havia alguns dados dificilmente explicáveis nas características físicas, incluindo as astronómicas, de Plutão. Foi então que outro americano, Jim Christy, descobriu que Plutão possuía um satélite: Caronte.
Em alguns aspectos, Plutão e Caronte podem ser encarados mais como um planeta duplo (da mesma maneira que se fala de estrelas duplas) que como um planeta e o seu satélite. Primeiro pela razão das suas massas. Até 1978 supunha-se que a Lua era o maior satélite do Sistema Solar, comparativamente com o planeta-mãe. Essa honra passou a pertencer a Caronte, que tem cerca de 15% da massa de Plutão (os valores não são conhecidos ainda com suficiente exactidão).
Além disso, não só a rotação de Caronte é síncrona com a de Plutão, virando sempre a mesma face para o planeta-mãe, o que é comum, mas também a rotação de Plutão é síncrona com a de Caronte, o que é único.
No período entre 1985 e 1990 a Terra esteve alinhada com a órbita de Caronte e, assim, pudemos ver um eclipse parcial de Plutão a cada dia plutoniano (cerca de 6 dias terrestres). Isto permitiu que se fizessem as observações mais pormenorizadas até hoje dos dois corpos, nomeadamente uma avaliação mais rigorosa das suas dimensões e densidades e mesmo a construção de mapas de albedo de Plutão
Os dados disponíveis actualmente indicam que Plutão e Caronte se formaram independentemente, sendo possível que ambos sejam oriundos da cintura de Kuiper. Na verdade, enquanto a composição global de Plutão se assemelha à de Tritão, a de Caronte é mais parecida com a dos cometas.
Plutão
Dados Astronómicos
Orbita
Sol
Distância média ao Sol (UA)
39.23570
Excentricidade orbital
0.2444
Período sideral (anos)
247.67560
Inclinação orbital
17.16º
Velocidade orbital média (km/s)
4.72
Período de rotação (horas)
-153.2928
Inclinação do eixo de rotação
122.53º
Magnitude visual máxima
13.65
Número de Satélites
1
Dados Físicos
Raio equatorial (km)
1195
Massa (kg)
0.0125 X 1024
Volume (km3)
0.715 X 1010
Densidade média (g/cm3)
1.750
Gravidade à superfície no equador (m/s2)
0.58
Velocidade de escape equatorial (km/s)
1.1
Temperatura média à superfície (K)
50
Albedo normal
0.3
Momento magnético dipolar (Gauss R3)
-
Pressão atmosférica à superfície (mbar)
~0.003
Composição da atmosfera
CH4, CO, N2
Dados Históricos
Descobridor
C. Tombaugh
Data
1930
Missões espaciais
Pluto/Kuiper Express (?)
Caronte
Dados Astronómicos
Orbita
Plutão
Distância média a Plutão (km)
19 600
Excentricidade orbital
0
Período sideral (dias)
6.38725
Inclinação orbital
0
Velocidade orbital média (km/s)
0.22
Período de rotação (dias)
6.38725
Inclinação do eixo de rotação
0
Magnitude visual máxima
16.8
Dados Físicos
Raio equatorial (km)
593
Massa (kg)
1.9 X 1021
Volume (km3)
0. X 1010
Densidade média (g/cm3)
2
Gravidade à superfície no equador (m/s2)
0.30
Velocidade de escape equatorial (km/s)
0.58
Albedo normal
0.5
Dados Históricos
Descobridor
J. Christy
Data
1978
Imagem de Plutão e Caronte em verdadeiras porporções :
Plutão é o mais desconhecido planeta do Sistema Solar. É o único a nunca ter sido visitado por uma sonda espacial, por isso toda a informação de que dispomos foi obtida a partir da Terra. Dada a distância a que Plutão se encontra do Sol (5 913 520 000 km em média), isto é insuficiente. A NASA projectou a missão Pluto/Kuiper Express, para encontrar Plutão e os objectos da Cintura de Kuiper, que deveria ter partido em 2001, mas as restrições orçamentais impediram que ela se concretizasse até agora, estando ainda à espera de financiamento. Note-se que, se passar a presente janela de oportunidade, Plutão só voltará a estar acessível no séc. XXIII.
Um pouco como Neptuno, Plutão foi descoberto quase por acidente, pelo americano Clyde Tombaugh, em 18 de Fevereiro de 1930, a partir do observatório criado por Percival Lowell perto de Flagstaff, Arizona, para observar Marte. Tombaugh baseou-se nas perturbações dos movimentos de Úrano e Neptuno e calculou a órbita de um planeta que causaria essas perturbações, vindo a encontrar Plutão. Mas tarde verificou-se que os cálculos originais estavam errados e que, de qualquer maneira, a órbita e a massa de Plutão não eram suficientes para perturbar as órbitas dos dois gigantes gasosos.
De facto, Plutão é muito pequeno, sendo mesmo menor que sete luas do Sistema Solar: a Lua, os quatro satélites galileanos de Júpiter, Titã e Tritão.
A órbita de Plutão é estranha: não se encontra no plano da eclíptica, fazendo com ela um ângulo de cerca de 17º, e é a mais excêntrica de todos os planetas, cerca de 0.25. Isto faz com que Plutão não seja sempre o planeta mais distante do Sol. Na verdade, entre 21 de Janeiro de 1979 e 11 de Fevereiro de 1999, Plutão esteve mais perto do Sol que Neptuno. Isto só voltará a acontecer em 2226. Note-se que, apesar das órbitas de Plutão e Neptuno se cruzarem, o risco de choque entre os dois planetas é nulo por as órbitas não estarem no mesmo plano.
A órbita de Plutão está em ressonância de 3:2 com a de Neptuno, ou seja, o período orbital do primeiro é exactamente 1.5 vezes o do segundo.
Supõe-se que Plutão tem uma atmosfera muito ténue, da ordem dos microbar, e só quando o planeta está próximo do periélio. Durante a maior parte do longo ano plutoniano (cerca de 248 anos) os gases que compõem a atmosfera (azoto? monóxido de carbono? metano?) estarão congelados.
Até 1978, havia alguns dados dificilmente explicáveis nas características físicas, incluindo as astronómicas, de Plutão. Foi então que outro americano, Jim Christy, descobriu que Plutão possuía um satélite: Caronte.
Em alguns aspectos, Plutão e Caronte podem ser encarados mais como um planeta duplo (da mesma maneira que se fala de estrelas duplas) que como um planeta e o seu satélite. Primeiro pela razão das suas massas. Até 1978 supunha-se que a Lua era o maior satélite do Sistema Solar, comparativamente com o planeta-mãe. Essa honra passou a pertencer a Caronte, que tem cerca de 15% da massa de Plutão (os valores não são conhecidos ainda com suficiente exactidão).
Além disso, não só a rotação de Caronte é síncrona com a de Plutão, virando sempre a mesma face para o planeta-mãe, o que é comum, mas também a rotação de Plutão é síncrona com a de Caronte, o que é único.
No período entre 1985 e 1990 a Terra esteve alinhada com a órbita de Caronte e, assim, pudemos ver um eclipse parcial de Plutão a cada dia plutoniano (cerca de 6 dias terrestres). Isto permitiu que se fizessem as observações mais pormenorizadas até hoje dos dois corpos, nomeadamente uma avaliação mais rigorosa das suas dimensões e densidades e mesmo a construção de mapas de albedo de Plutão
Os dados disponíveis actualmente indicam que Plutão e Caronte se formaram independentemente, sendo possível que ambos sejam oriundos da cintura de Kuiper. Na verdade, enquanto a composição global de Plutão se assemelha à de Tritão, a de Caronte é mais parecida com a dos cometas.
Plutão
Dados Astronómicos
Orbita
Sol
Distância média ao Sol (UA)
39.23570
Excentricidade orbital
0.2444
Período sideral (anos)
247.67560
Inclinação orbital
17.16º
Velocidade orbital média (km/s)
4.72
Período de rotação (horas)
-153.2928
Inclinação do eixo de rotação
122.53º
Magnitude visual máxima
13.65
Número de Satélites
1
Dados Físicos
Raio equatorial (km)
1195
Massa (kg)
0.0125 X 1024
Volume (km3)
0.715 X 1010
Densidade média (g/cm3)
1.750
Gravidade à superfície no equador (m/s2)
0.58
Velocidade de escape equatorial (km/s)
1.1
Temperatura média à superfície (K)
50
Albedo normal
0.3
Momento magnético dipolar (Gauss R3)
-
Pressão atmosférica à superfície (mbar)
~0.003
Composição da atmosfera
CH4, CO, N2
Dados Históricos
Descobridor
C. Tombaugh
Data
1930
Missões espaciais
Pluto/Kuiper Express (?)
Caronte
Dados Astronómicos
Orbita
Plutão
Distância média a Plutão (km)
19 600
Excentricidade orbital
0
Período sideral (dias)
6.38725
Inclinação orbital
0
Velocidade orbital média (km/s)
0.22
Período de rotação (dias)
6.38725
Inclinação do eixo de rotação
0
Magnitude visual máxima
16.8
Dados Físicos
Raio equatorial (km)
593
Massa (kg)
1.9 X 1021
Volume (km3)
0. X 1010
Densidade média (g/cm3)
2
Gravidade à superfície no equador (m/s2)
0.30
Velocidade de escape equatorial (km/s)
0.58
Albedo normal
0.5
Dados Históricos
Descobridor
J. Christy
Data
1978
Imagem de Plutão e Caronte em verdadeiras porporções :
Re: Plutão e Caronte
Descoberto em 1930 por Clyde W. Tombaugh, Plutão era o planeta mais pequeno e distante do Sistema Solar. Em 1978 descobriu-se a sua lua, Caronte, um satélite com um diâmetro de 1.192 quilómetros. Em 2006 foi reclassificado como planeta anão devido à sua pequena dimensão. Plutão demora 247,7 anos para dar uma volta completa ao Sol, a sua órbita é tão original que, em algumas ocasiões, está mais perto do Sol que Neptuno. Durante muito tempo não se dispôs de mais informação, uma vez que só pode ser observado com telescópios muito potentes. Atualmente, sabe-se que é um anão rochoso com uma atmosfera gelada, composta de nitrogénio e metano.
Saibot- Membro Regular
- Mensagens : 60
Idade : 38
Localização : Porto
Re: Plutão e Caronte
Plutão-Caronte é o caso mais claro de planeta duplo que encontramos no nosso sistema solar.
Antigamente ninguém nem imaginava que poderia existir isto no universo, mas acabou-se achando alguns casos, dentre os exo-planetas.
Com essa informação, se olhou com outros olhos a dupla Plutão-Caronte, e se constatou que eles também eram planetas duplos.
E existe um outro, caso, que somos nós mesmos, o planeta Terra, ou no caso o sistema Terra-Lua, também pode ser considerado facilmente como um planeta duplo, já que a proporção dos dois astros é muito mais próxima doq qualquer outro planeta no sistema solar (com exessão de Plutão).
Resumindo, Caronte é metade do tamanho de Plutão, o caracteríza como sendo um planeta Duplo.
Já a Lua, é 1/4 do tamanho da Terra, oq também caracteríza como sendo um sistema duplo planetário.
A princípio, se a proporção entre o planeta e seu satelite for maior doq 1/5 então trata-se de um planta duplo.
Interessante também que no caso de Plutão, Caronte, tem suas próprias luas, duas inclusie, que a orbitão, e não Plutão.
Ultimamente se aventurou a hipótese de que Plutão assim como Europa, também tenha um oceano por debaixo de uma crosta de gelo.
E se for assim, poderá até mesmo habitar vida
Antigamente ninguém nem imaginava que poderia existir isto no universo, mas acabou-se achando alguns casos, dentre os exo-planetas.
Com essa informação, se olhou com outros olhos a dupla Plutão-Caronte, e se constatou que eles também eram planetas duplos.
E existe um outro, caso, que somos nós mesmos, o planeta Terra, ou no caso o sistema Terra-Lua, também pode ser considerado facilmente como um planeta duplo, já que a proporção dos dois astros é muito mais próxima doq qualquer outro planeta no sistema solar (com exessão de Plutão).
Resumindo, Caronte é metade do tamanho de Plutão, o caracteríza como sendo um planeta Duplo.
Já a Lua, é 1/4 do tamanho da Terra, oq também caracteríza como sendo um sistema duplo planetário.
A princípio, se a proporção entre o planeta e seu satelite for maior doq 1/5 então trata-se de um planta duplo.
Interessante também que no caso de Plutão, Caronte, tem suas próprias luas, duas inclusie, que a orbitão, e não Plutão.
Ultimamente se aventurou a hipótese de que Plutão assim como Europa, também tenha um oceano por debaixo de uma crosta de gelo.
E se for assim, poderá até mesmo habitar vida
Xevious- Físico Profissional
- Mensagens : 1024
Re: Plutão e Caronte
Penso que existe uma missão da NASA em curso para Plutão. Em que ano chegará a esse planeta?
Joana- Iniciante
- Mensagens : 14
Re: Plutão e Caronte
É a New Horizons
Partiu da Terra em 2006 e chegará a Plutão em 2015.
Partiu da Terra em 2006 e chegará a Plutão em 2015.
_________________
Loja de produtos esotéricos
Re: Plutão e Caronte
O lançamento da New Horizons rumo a Plutão - a 19 de Janeiro de 2006.
_________________
Loja de produtos esotéricos
Re: Plutão e Caronte
Segundo o que vi uma vez num documentário há quem diga que plutão era um satélite de Neptuno que fugiu da sua orbita devido a pertubações gravitacionais. Era algo assim.
Eu pensava que as novas luas que se tinha descoberto orbitavam plutão e não Caronte Fiquei a saber algo novo lol
Eu pensava que as novas luas que se tinha descoberto orbitavam plutão e não Caronte Fiquei a saber algo novo lol
tig- Membro Ativo
- Mensagens : 325
Idade : 38
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