Escolha de Profissão: Qual é o seu caso?
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Escolha de Profissão: Qual é o seu caso?
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Escolha de Profissão: Qual é o seu caso?
Quando era criança, na década de 70, via os seriados, Viagem no Fundo do Mar, Perdidos no Espaço, Viagem no tempo.
Todos tinham Luzinhas piscantes, nas paredes, chamavam eles de computadores e seriam muito importantes.
Eu pensava, isso não são computadores, são só coisas piscantes, mas computadores existem sim, é a profissão do futuro vou trabalhar com isso.
A partir dos 8 anos, pedia a minha mãe, nos meus aniversários e no natal, para que ela me desse um curso de programação.
Como éramos pobres, ela era costureira, nunca dava e era caro naquela época.
Acho que foi aos 12 anos, que consegui fazer o primeiro curso e depois aos 14 fiz mais um.
Depois aos 18 fiz mais um no Senac.
Nessa época já trabalhava, trabalhava num escritório, era uma loja de vendas de píscinas, decada de 80.
Um dia chegou um outro empresário lá, estavam ambos conversando e ouvi quando ele falou. Preciso de um programador então entrei na conversa e disse que sabia onde tinha um e que iria procurar ele e falar.
Aí fui na loja dele, era do outro lado da rua e quando ele me perguntou onde havia o programador, falei que era eu o programador.
Aí ele me falou e tu tem experiência e faculdade? é formado?
Foi uma tremenda sacanagem dele, só podia responder não para as perguntas.
Entre raiva e desespero falei que sim, tinha tudo.
Então passei a trabalhar lá.
Ao chegar, vi um computador que nunca tinha visto, era um Cp500.
Nem sabia onde ligar.
Ele me explicou oq tu tinha pra fazer e teria um mês para entregar.
Antes de começar a programar, tinha que aprender sobre o computador, seu sistema operacional era totalmente diferente.
Mas me puxei pra valer.
Nesse meio tempo ele passou a me pedir as comprovações doq eu falei.
Falava que ia trazer e talz.
E ele dia após dia me pressionava mais sobre essas comprovações.
Teve vez que cheguei a dizer. "Ah esta tudo aqui na pasta e abria a pasta e dizia "barbaridade, esqueci de colocar na pasta, esta lá em casa na mesa"
Aí um dia na hora da saída do serviço, ele me falou "Amanhã não precisa vir mais"
E eu no outro dia, fui é mais cedo, porque sabia que ele não era o primeiro a entrar.
Convenci o funcionário que chegava antes, que era uma ordem do chefe, que eu teria que vir mais cedo e trabalhei feito louco, tentando fazer um acabamento do meu programa, não se estourar todo na primeira demonstração.
Era um programa que mostrava graficamente as variações da bolsa de valores, claro que as entradas eram manuais, internet era lenda ainda, era 1986.
Meu filho tinha nascido a pouco tempo estava absurdamente necessitado de mais dinheiro para me sustentar e precisava desse emprego.
Ele veio e disse, "O que vc esta fazendo aqui? já te disse que não era pra vir mais?!?"
E eu disse "Compreendo, mas como vai contratar um novo programador, pode ser que ele queira aproveitar alguma coisa que fiz"
Então vou te mostrar, ok?
Então mostrei oq fiz, e ele gostou.
Adorou, na verdade, logo mais pensou em novas demandas, outros programas.
Nunca mais me pediu qualquer comprovação.
Trabalhei por 6 meses lá e depois voltei na loja que trabalhava antes, agora como programador também.
Enfim, foi uma profissão que decidi quando ainda tinha uns 8 anos e sigo ela em frente.
Já passei por quase todos cargos possíveis nessa profissão, nem sempre com boa remuneração, mas sempre gostando doq faço.
Mas sempre gostei muito de física também.
Trocava livros de física com um amigo na adolescência e que hoje é professor de física numa universidade.
E nunca deixei de acompanhar as novidades da área e de alguns anos pra cá criar algumas hipóteses também.
Todos tinham Luzinhas piscantes, nas paredes, chamavam eles de computadores e seriam muito importantes.
Eu pensava, isso não são computadores, são só coisas piscantes, mas computadores existem sim, é a profissão do futuro vou trabalhar com isso.
A partir dos 8 anos, pedia a minha mãe, nos meus aniversários e no natal, para que ela me desse um curso de programação.
Como éramos pobres, ela era costureira, nunca dava e era caro naquela época.
Acho que foi aos 12 anos, que consegui fazer o primeiro curso e depois aos 14 fiz mais um.
Depois aos 18 fiz mais um no Senac.
Nessa época já trabalhava, trabalhava num escritório, era uma loja de vendas de píscinas, decada de 80.
Um dia chegou um outro empresário lá, estavam ambos conversando e ouvi quando ele falou. Preciso de um programador então entrei na conversa e disse que sabia onde tinha um e que iria procurar ele e falar.
Aí fui na loja dele, era do outro lado da rua e quando ele me perguntou onde havia o programador, falei que era eu o programador.
Aí ele me falou e tu tem experiência e faculdade? é formado?
Foi uma tremenda sacanagem dele, só podia responder não para as perguntas.
Entre raiva e desespero falei que sim, tinha tudo.
Então passei a trabalhar lá.
Ao chegar, vi um computador que nunca tinha visto, era um Cp500.
Nem sabia onde ligar.
Ele me explicou oq tu tinha pra fazer e teria um mês para entregar.
Antes de começar a programar, tinha que aprender sobre o computador, seu sistema operacional era totalmente diferente.
Mas me puxei pra valer.
Nesse meio tempo ele passou a me pedir as comprovações doq eu falei.
Falava que ia trazer e talz.
E ele dia após dia me pressionava mais sobre essas comprovações.
Teve vez que cheguei a dizer. "Ah esta tudo aqui na pasta e abria a pasta e dizia "barbaridade, esqueci de colocar na pasta, esta lá em casa na mesa"
Aí um dia na hora da saída do serviço, ele me falou "Amanhã não precisa vir mais"
E eu no outro dia, fui é mais cedo, porque sabia que ele não era o primeiro a entrar.
Convenci o funcionário que chegava antes, que era uma ordem do chefe, que eu teria que vir mais cedo e trabalhei feito louco, tentando fazer um acabamento do meu programa, não se estourar todo na primeira demonstração.
Era um programa que mostrava graficamente as variações da bolsa de valores, claro que as entradas eram manuais, internet era lenda ainda, era 1986.
Meu filho tinha nascido a pouco tempo estava absurdamente necessitado de mais dinheiro para me sustentar e precisava desse emprego.
Ele veio e disse, "O que vc esta fazendo aqui? já te disse que não era pra vir mais?!?"
E eu disse "Compreendo, mas como vai contratar um novo programador, pode ser que ele queira aproveitar alguma coisa que fiz"
Então vou te mostrar, ok?
Então mostrei oq fiz, e ele gostou.
Adorou, na verdade, logo mais pensou em novas demandas, outros programas.
Nunca mais me pediu qualquer comprovação.
Trabalhei por 6 meses lá e depois voltei na loja que trabalhava antes, agora como programador também.
Enfim, foi uma profissão que decidi quando ainda tinha uns 8 anos e sigo ela em frente.
Já passei por quase todos cargos possíveis nessa profissão, nem sempre com boa remuneração, mas sempre gostando doq faço.
Mas sempre gostei muito de física também.
Trocava livros de física com um amigo na adolescência e que hoje é professor de física numa universidade.
E nunca deixei de acompanhar as novidades da área e de alguns anos pra cá criar algumas hipóteses também.
Xevious- Físico Profissional
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Re: Escolha de Profissão: Qual é o seu caso?
Meu caso de carreira profissional foi a de uma guinada "simples".
Quando comecei a trabalhar, não sabia bem o que queria da vida, mas gostava de ciências em geral. Havia a necessidade premente de colaborar com a numerosa família de papai.
Vim a trabalhar numa prestigiosa empresa petroleira, inicialmente como terceiro, depois efetivado. Em um pouco mais de três anos de carreira, galguei vários postos: de mensageiro interno passei a auxilar de serviços gerais, arquivista e auxiliar em contas a pagar.
Ainda funcionário da empresa petroleira, testemunhei a implantação e funcionamento do computador IBM/360, no setor de "contabilidade mecanizada" que veio substituir as monstruosas máquinas "Hollerith".
O computador ocupava uma sala refrigerada bem grande, conhecida como CPD - Centro de Processamento de Dados.
Fiquei encantado com a memória "tecida" com fios e aneizinhos magnéticos num painel do computador, na qual estava armazenada uma importante parte de programas "residentes". Os discos magnéticos rígidos substituíam os antigos cilindros magnéticos de memória e eram guardados em receptáculos parecidos com caixas de pizza.
Nesse ínterim, fazia um curso livre de rádio nas horas vagas. Descobri que ali estava a minha vocação.
Não tinha condições de bancar um curso técnico. A empresa que trabalhava oferecia bolsas de estudo na área de administração, mas rejeitou meu pedido de patrocínio para curso técnico em eletrônica.
Minha opção foi seguir o curso noturno do SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, uma entidade de educação profissional mantida pela Indústria Brasileira, totalmente presencial, gratuita e de excelente qualidade.
No primeiro ano de SENAI, consegui uma vaga de auxilar técnico em reparo de calculadoras eletrônicas, com a ajuda do "mano véio" que me indicou ao cargo.
Essa guinada me custou uma queda salarial de quase 40%, mas meu saudoso pai apoiou minha iniciativa.
Em pouco tempo de carreira, passei a ganhar muito mais que antes, e então pude bancar um curso técnico de nível médio, no Instituto Mackenzie. Não somente pela excelência do curso, mas também pelo lado educativo, o Mackenzie transformou minha vida para melhor.
Além da eletrônica, no Mackenzie descobri uma paixão maior: a física.
Era minha vontade trilhar um curso superior de física após a conclusão do colégio técnico.
Infelizmente, o vigoroso polo industrial de eletrônica de São Paulo se mudara para Manaus, de modo que tive de me ajustar aos novos tempos.
Passava metade do tempo em S.Paulo e a outra metade em Manaus.
Essa vida louca de quase dez anos inviabilizou a realização desse novo sonho.
Pela dificuldade de fazer esse curso na maturidade da vida, além de meu déficit crônico de atenção e memorização da matemática, aquilo que viria a ser a minha profissão "ideal", tornou-se um fantástico hobby.
Quando comecei a trabalhar, não sabia bem o que queria da vida, mas gostava de ciências em geral. Havia a necessidade premente de colaborar com a numerosa família de papai.
Vim a trabalhar numa prestigiosa empresa petroleira, inicialmente como terceiro, depois efetivado. Em um pouco mais de três anos de carreira, galguei vários postos: de mensageiro interno passei a auxilar de serviços gerais, arquivista e auxiliar em contas a pagar.
Ainda funcionário da empresa petroleira, testemunhei a implantação e funcionamento do computador IBM/360, no setor de "contabilidade mecanizada" que veio substituir as monstruosas máquinas "Hollerith".
O computador ocupava uma sala refrigerada bem grande, conhecida como CPD - Centro de Processamento de Dados.
Fiquei encantado com a memória "tecida" com fios e aneizinhos magnéticos num painel do computador, na qual estava armazenada uma importante parte de programas "residentes". Os discos magnéticos rígidos substituíam os antigos cilindros magnéticos de memória e eram guardados em receptáculos parecidos com caixas de pizza.
Nesse ínterim, fazia um curso livre de rádio nas horas vagas. Descobri que ali estava a minha vocação.
Não tinha condições de bancar um curso técnico. A empresa que trabalhava oferecia bolsas de estudo na área de administração, mas rejeitou meu pedido de patrocínio para curso técnico em eletrônica.
Minha opção foi seguir o curso noturno do SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, uma entidade de educação profissional mantida pela Indústria Brasileira, totalmente presencial, gratuita e de excelente qualidade.
No primeiro ano de SENAI, consegui uma vaga de auxilar técnico em reparo de calculadoras eletrônicas, com a ajuda do "mano véio" que me indicou ao cargo.
Essa guinada me custou uma queda salarial de quase 40%, mas meu saudoso pai apoiou minha iniciativa.
Em pouco tempo de carreira, passei a ganhar muito mais que antes, e então pude bancar um curso técnico de nível médio, no Instituto Mackenzie. Não somente pela excelência do curso, mas também pelo lado educativo, o Mackenzie transformou minha vida para melhor.
Além da eletrônica, no Mackenzie descobri uma paixão maior: a física.
Era minha vontade trilhar um curso superior de física após a conclusão do colégio técnico.
Infelizmente, o vigoroso polo industrial de eletrônica de São Paulo se mudara para Manaus, de modo que tive de me ajustar aos novos tempos.
Passava metade do tempo em S.Paulo e a outra metade em Manaus.
Essa vida louca de quase dez anos inviabilizou a realização desse novo sonho.
Pela dificuldade de fazer esse curso na maturidade da vida, além de meu déficit crônico de atenção e memorização da matemática, aquilo que viria a ser a minha profissão "ideal", tornou-se um fantástico hobby.
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