Método Científico
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Método Científico
Método usado nas ciências (exatas e até mesmo em algumas humanas) que consiste em estudar um fenômeno da maneira mais racional possível, de modo a evitar enganos, sempre buscando evidências e provas para as idéias, conclusões e afirmações. "Conjunto de abordagens, técnicas e processos para formular e resolver problemas na aquisição objetiva do conhecimento."
Princípios da Pesquisa Científica
Princípio da Refutabilidade ou Princípio da Falsificabilidade:
Karl Popper, o filósofo da ciência, estabeleceu que a ciência somente pode estudar temas em que o conhecimento adquirido pudesse ser negado de alguma forma. Se alguma coisa não pode ser negada, ela não pode ser posta em dúvida e, portanto, não podemos testar sua validade. Só são científicas hipóteses que possam ser testadas.
Princípio das Aproximações Sucessivas:
Este princípio estabelece que a verdade sobre determinado fato jamais é atingida integralmente, mas vai sendo aperfeiçoada continuamente. Um conhecimento vale até que novas observações ou experiências o contradigam.
Princípio da Parcimônia ou Navalha de Occam:
Se duas hipóteses explicam os dados com igual eficiência, deve prevalecer a mais simples.
Objeto do Estudo das Ciências Exatas:
As ciências exatas estudam fenômenos naturais que se possam repetir na natureza (ciências observacionais) ou em experiências (ciências experimentais).
As Ciências Observacionais adquirem o conhecimento sem que o pesquisador possa interferir no objeto de estudo. Um bom exemplo é a astronomia ou o estudo do comportamento animal.
Augusto Comte, um dos mentores do Positivismo, não acreditava que pudessem existir ciências puramente observacionais e, por isso, afirmava que a astronomia não era uma ciência porque nunca se poderia tocar nem fazer experiências com as estrelas. Foi o chamado boicote de Comte.
As Ciências Experimentais adquirem o conhecimento fixando, manipulando e introduzindo variáveis no objeto de estudo. Em resumo fazendo experiências. O Positivismo aceitava apenas as ciências experimentais.
Inferências no Conhecimento Científico
Tipos de Raciocínio:
1. Indução ou Raciocínio Indutivo: Nesse tipo de raciocínio, sabe-se uma coisa em particular e extrapola-se isso para a generalização. É bastante útil na ciência.
Um exemplo de raciocínio indutivo é afirmar que todas as coisas próximas à superfície da Terra caem no chão. Eu sei que te parece óbvio, mas isso não é obrigado a acontecer, afinal de contas ninguém jogou todas as coisas para o alto para saber que caíam. Mas todos os corpos que vimos ficarem soltos no ar, sempre caíram. Conclui-se indutivamente que se esses objetos caem (conhecimento particular sobre esses objetos) então todos os objetos caem (generalização sobre todas as coisas). Para isso há até um provérbio: "tudo que sobe, desce".
2. Dedução ou Raciocínio Dedutivo: Nesse tipo de raciocínio, sabe-se de um princípio geral e conclui-se uma particularidade. O ser humano parece já nascer com a habilidade de fazer deduções.
Por exemplo, sabemos a partir da Física Clássica que todos os metais se dilatam (um princípio geral), então deduzimos que o ferro (caso particular de um metal) também se dilata.
Fases do Método Científico:
1. Observação do Fenômeno: O fenômeno é observado e desenvolve-se a curiosidade em relação a ele.
2. Experimentação e Medição: Provoca-se o mesmo fenômeno várias vezes, registrando-se todas as possíveis variações e valores relacionados a ele. Nessa fase são feitas cuidadosas medições.
3. Estabelecimento de Leis Científicas: Depois da análise dos dados da experimentação, conclui-se uma Lei Científica,que é uma generalização que relaciona os dados que foram estudados. É importante notar que a Lei Científica não é a explicação do porquê daquilo, mas apenas uma descrição (de preferência matemática) do fenômeno.
4. Criação de Hipóteses: Imagina-se explicações para o fenômeno e sua lei. A procura da explicação (do porquê) leva, muitas vezes à criação de um Modelo. A hipótese ou modelo mais simples e elegante é escolhido como provável explicação para o fenômeno estudado.
Um modelo é uma descrição formal de um fenômeno, uma maneira de entender o fenômeno, que é capaz de fazer predições.
5. Teste das Hipóteses: A hipótese escolhida deve explicar novas observações e novos fenômenos. O modelo relacionado à esta hipótese deve ser capaz de fazer previsões sobre fenômenos que ainda vão ocorrer.
Se a hipótese estiver errada, dependendo do grau de erro, ela deve ser melhorada, parcialmente corrigida ou abandonada (trocada por outra hipótese).
6. Estabelecimento de uma Tese: Se a hipótese é comprovada pelos testes, ela se torna uma tese. Uma tese é uma hipótese comprovada. A partir de teses também se cria modelos.
7. Criação de uma Teoria: Uma teoria é um conjunto de teses que explicam um mesmo fenômeno ou alguns fenômenos relacionados entre si e que já foi testada e comprovada em um grande número de experiências.
E Depois?!
As teorias não são verdades absolutas (Princípio das Aproximações Sucessivas) e, ao longo dos anos, vão sendo testadas por novas observações, instrumentos de medida mais precisos, novas tecnologias etc. As teorias podem se tornar imprecisas ou não explicar novos fatos observados, então, mais uma vez dependendo do grau de erro, ela será melhorada, parcialmente corrigida ou abandonada.
Na Ciência Pura os modelos e teorias antigos são completamente descartados em favor dos mais verdadeiros. Um exemplo disso é que a Teoria da Relatividade substituiu a Teoria da Gravitação de Newton.
Na prática a Ciência Aplicada pode usar diferentes modelos com diferentes graus de aproximação dependendo do objetivo a ser alcançado. Não precisamos usar a teoria da relatividade para calcular o tempo de viagem entre Rio de Janeiro e Bahia, mas teríamos que levá-la em conta se a viagem fosse da Terra a Júpiter.
Princípios da Pesquisa Científica
Princípio da Refutabilidade ou Princípio da Falsificabilidade:
Karl Popper, o filósofo da ciência, estabeleceu que a ciência somente pode estudar temas em que o conhecimento adquirido pudesse ser negado de alguma forma. Se alguma coisa não pode ser negada, ela não pode ser posta em dúvida e, portanto, não podemos testar sua validade. Só são científicas hipóteses que possam ser testadas.
Princípio das Aproximações Sucessivas:
Este princípio estabelece que a verdade sobre determinado fato jamais é atingida integralmente, mas vai sendo aperfeiçoada continuamente. Um conhecimento vale até que novas observações ou experiências o contradigam.
Princípio da Parcimônia ou Navalha de Occam:
Se duas hipóteses explicam os dados com igual eficiência, deve prevalecer a mais simples.
Objeto do Estudo das Ciências Exatas:
As ciências exatas estudam fenômenos naturais que se possam repetir na natureza (ciências observacionais) ou em experiências (ciências experimentais).
As Ciências Observacionais adquirem o conhecimento sem que o pesquisador possa interferir no objeto de estudo. Um bom exemplo é a astronomia ou o estudo do comportamento animal.
Augusto Comte, um dos mentores do Positivismo, não acreditava que pudessem existir ciências puramente observacionais e, por isso, afirmava que a astronomia não era uma ciência porque nunca se poderia tocar nem fazer experiências com as estrelas. Foi o chamado boicote de Comte.
As Ciências Experimentais adquirem o conhecimento fixando, manipulando e introduzindo variáveis no objeto de estudo. Em resumo fazendo experiências. O Positivismo aceitava apenas as ciências experimentais.
Inferências no Conhecimento Científico
Tipos de Raciocínio:
1. Indução ou Raciocínio Indutivo: Nesse tipo de raciocínio, sabe-se uma coisa em particular e extrapola-se isso para a generalização. É bastante útil na ciência.
Um exemplo de raciocínio indutivo é afirmar que todas as coisas próximas à superfície da Terra caem no chão. Eu sei que te parece óbvio, mas isso não é obrigado a acontecer, afinal de contas ninguém jogou todas as coisas para o alto para saber que caíam. Mas todos os corpos que vimos ficarem soltos no ar, sempre caíram. Conclui-se indutivamente que se esses objetos caem (conhecimento particular sobre esses objetos) então todos os objetos caem (generalização sobre todas as coisas). Para isso há até um provérbio: "tudo que sobe, desce".
2. Dedução ou Raciocínio Dedutivo: Nesse tipo de raciocínio, sabe-se de um princípio geral e conclui-se uma particularidade. O ser humano parece já nascer com a habilidade de fazer deduções.
Por exemplo, sabemos a partir da Física Clássica que todos os metais se dilatam (um princípio geral), então deduzimos que o ferro (caso particular de um metal) também se dilata.
Fases do Método Científico:
1. Observação do Fenômeno: O fenômeno é observado e desenvolve-se a curiosidade em relação a ele.
2. Experimentação e Medição: Provoca-se o mesmo fenômeno várias vezes, registrando-se todas as possíveis variações e valores relacionados a ele. Nessa fase são feitas cuidadosas medições.
3. Estabelecimento de Leis Científicas: Depois da análise dos dados da experimentação, conclui-se uma Lei Científica,que é uma generalização que relaciona os dados que foram estudados. É importante notar que a Lei Científica não é a explicação do porquê daquilo, mas apenas uma descrição (de preferência matemática) do fenômeno.
4. Criação de Hipóteses: Imagina-se explicações para o fenômeno e sua lei. A procura da explicação (do porquê) leva, muitas vezes à criação de um Modelo. A hipótese ou modelo mais simples e elegante é escolhido como provável explicação para o fenômeno estudado.
Um modelo é uma descrição formal de um fenômeno, uma maneira de entender o fenômeno, que é capaz de fazer predições.
5. Teste das Hipóteses: A hipótese escolhida deve explicar novas observações e novos fenômenos. O modelo relacionado à esta hipótese deve ser capaz de fazer previsões sobre fenômenos que ainda vão ocorrer.
Se a hipótese estiver errada, dependendo do grau de erro, ela deve ser melhorada, parcialmente corrigida ou abandonada (trocada por outra hipótese).
6. Estabelecimento de uma Tese: Se a hipótese é comprovada pelos testes, ela se torna uma tese. Uma tese é uma hipótese comprovada. A partir de teses também se cria modelos.
7. Criação de uma Teoria: Uma teoria é um conjunto de teses que explicam um mesmo fenômeno ou alguns fenômenos relacionados entre si e que já foi testada e comprovada em um grande número de experiências.
E Depois?!
As teorias não são verdades absolutas (Princípio das Aproximações Sucessivas) e, ao longo dos anos, vão sendo testadas por novas observações, instrumentos de medida mais precisos, novas tecnologias etc. As teorias podem se tornar imprecisas ou não explicar novos fatos observados, então, mais uma vez dependendo do grau de erro, ela será melhorada, parcialmente corrigida ou abandonada.
Na Ciência Pura os modelos e teorias antigos são completamente descartados em favor dos mais verdadeiros. Um exemplo disso é que a Teoria da Relatividade substituiu a Teoria da Gravitação de Newton.
Na prática a Ciência Aplicada pode usar diferentes modelos com diferentes graus de aproximação dependendo do objetivo a ser alcançado. Não precisamos usar a teoria da relatividade para calcular o tempo de viagem entre Rio de Janeiro e Bahia, mas teríamos que levá-la em conta se a viagem fosse da Terra a Júpiter.
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Re: Método Científico
Muito bom o texto. Fiquei a compreender melhor o método científico.
Joana- Iniciante
- Mensagens : 14
Re: Método Científico
Não há um princípio que envolva analogia?
Dado o tratamento de Comte para com a Astronomia, pressuponho que algum destes princípios possa fazer semelhante com algum tipo de observação.
É como se fosse o "5º postulado de alguma coisa", que se fosse revogado ou modificado, abriria margem a algum tipo de hipótese absurda ao paradigma ou dogma vigente.
Não me pergunte o quê, mas esse tipo de coisa acontece quando menos se espera.
Posso não discernir qual o caso e como se daria, mas manter a mente aberta para uma hipótese de uma hipótese destas é um bom começo.
Dado o tratamento de Comte para com a Astronomia, pressuponho que algum destes princípios possa fazer semelhante com algum tipo de observação.
É como se fosse o "5º postulado de alguma coisa", que se fosse revogado ou modificado, abriria margem a algum tipo de hipótese absurda ao paradigma ou dogma vigente.
Não me pergunte o quê, mas esse tipo de coisa acontece quando menos se espera.
Posso não discernir qual o caso e como se daria, mas manter a mente aberta para uma hipótese de uma hipótese destas é um bom começo.
Listeiro 037- Iniciante
- Mensagens : 25
Re: Método Científico
O Problema da Indução
"A ciência busca melhores explicações. Uma explicação científica dá conta de nossas observações postulando alguma coisa sobre como é a realidade e como ela funciona. Consideramos uma explicação melhor se tiver menos aspetos incompletos (como entidades cujas propriedades não são explicadas), exigir menos e mais simples postulados, for mais geral, entrosar-se mais facilmente com boas explicações de outros campos e assim por diante. Mas por que deveria uma explicação melhor ser o que sempre presumimos que ela é na prática, isto é, a indicação de uma teoria mais verdadeira? Por que uma explicação evidentemente ruim (digamos, uma que não tenha nenhum dos atributos citados acima) deveria necessariamente ser falsa? De fato não existe conexão logicamente necessária entre a verdade e o poder da explicação. Uma explicação ruim (como o solipsismo) pode ser verdadeira. Até mesmo a melhor e mais verdadeira teoria disponível pode fazer uma previsão falsa em casos particulares e estes podem ser os mesmos casos em que confiamos na teoria. Nenhuma forma válida de raciocínio pode logicamente descartar essas possibilidades ou mesmo provar que elas são improváveis. Mas nesse caso, o que justifica nossa confiança nas nossas melhores explicações como guias para a tomada de decisões na prática? De forma mais geral, quaisquer que sejam os critérios que usemos para julgar teorias científicas, como poderia o fato de a teoria satisfazer esses critérios hoje implicar qualquer coisa sobre o que acontecerá se confiarmos na teoria amanhã?"
in A Essência da Realidade, de David Deutsch
"A ciência busca melhores explicações. Uma explicação científica dá conta de nossas observações postulando alguma coisa sobre como é a realidade e como ela funciona. Consideramos uma explicação melhor se tiver menos aspetos incompletos (como entidades cujas propriedades não são explicadas), exigir menos e mais simples postulados, for mais geral, entrosar-se mais facilmente com boas explicações de outros campos e assim por diante. Mas por que deveria uma explicação melhor ser o que sempre presumimos que ela é na prática, isto é, a indicação de uma teoria mais verdadeira? Por que uma explicação evidentemente ruim (digamos, uma que não tenha nenhum dos atributos citados acima) deveria necessariamente ser falsa? De fato não existe conexão logicamente necessária entre a verdade e o poder da explicação. Uma explicação ruim (como o solipsismo) pode ser verdadeira. Até mesmo a melhor e mais verdadeira teoria disponível pode fazer uma previsão falsa em casos particulares e estes podem ser os mesmos casos em que confiamos na teoria. Nenhuma forma válida de raciocínio pode logicamente descartar essas possibilidades ou mesmo provar que elas são improváveis. Mas nesse caso, o que justifica nossa confiança nas nossas melhores explicações como guias para a tomada de decisões na prática? De forma mais geral, quaisquer que sejam os critérios que usemos para julgar teorias científicas, como poderia o fato de a teoria satisfazer esses critérios hoje implicar qualquer coisa sobre o que acontecerá se confiarmos na teoria amanhã?"
in A Essência da Realidade, de David Deutsch
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Re: Método Científico
Pois é, Carlos.
A escolha de uma teoria é como a escolha de uma arma para quem vai a guerra. Nenhuma é teoria completa e, em cada condição, uma funciona melhor que a outra.
Sonhamos com uma "teoria de tudo", mas o que temos é uma colcha de retalhos. Os pragmáticos não abandonam facilmente suas convicções. Sobra pouco espaço, tempo e atenção para as idéias dos "ditos" especuladores.
Estamos em ano de Copa do Mundo e me vem à mente um velho chavão:
"Nenhum técnico é suficientemente corajoso para mudar um time que está ganhando."
Contraponto:
"Vamos esperar o time começar a perder para fazer alguma coisa ?"
A escolha de uma teoria é como a escolha de uma arma para quem vai a guerra. Nenhuma é teoria completa e, em cada condição, uma funciona melhor que a outra.
Sonhamos com uma "teoria de tudo", mas o que temos é uma colcha de retalhos. Os pragmáticos não abandonam facilmente suas convicções. Sobra pouco espaço, tempo e atenção para as idéias dos "ditos" especuladores.
Estamos em ano de Copa do Mundo e me vem à mente um velho chavão:
"Nenhum técnico é suficientemente corajoso para mudar um time que está ganhando."
Contraponto:
"Vamos esperar o time começar a perder para fazer alguma coisa ?"
Re: Método Científico
Carlos Costa escreveu:
Fases do Método Científico:
1. Observação do Fenômeno: O fenômeno é observado e desenvolve-se a curiosidade em relação a ele.
2. Experimentação e Medição: Provoca-se o mesmo fenômeno várias vezes, registrando-se todas as possíveis variações e valores relacionados a ele. Nessa fase são feitas cuidadosas medições.
3. Estabelecimento de Leis Científicas: Depois da análise dos dados da experimentação, conclui-se uma Lei Científica,que é uma generalização que relaciona os dados que foram estudados. É importante notar que a Lei Científica não é a explicação do porquê daquilo, mas apenas uma descrição (de preferência matemática) do fenômeno.
4. Criação de Hipóteses: Imagina-se explicações para o fenômeno e sua lei. A procura da explicação (do porquê) leva, muitas vezes à criação de um Modelo. A hipótese ou modelo mais simples e elegante é escolhido como provável explicação para o fenômeno estudado.
Um modelo é uma descrição formal de um fenômeno, uma maneira de entender o fenômeno, que é capaz de fazer predições.
5. Teste das Hipóteses: A hipótese escolhida deve explicar novas observações e novos fenômenos. O modelo relacionado à esta hipótese deve ser capaz de fazer previsões sobre fenômenos que ainda vão ocorrer.
Se a hipótese estiver errada, dependendo do grau de erro, ela deve ser melhorada, parcialmente corrigida ou abandonada (trocada por outra hipótese).
6. Estabelecimento de uma Tese: Se a hipótese é comprovada pelos testes, ela se torna uma tese. Uma tese é uma hipótese comprovada. A partir de teses também se cria modelos.
7. Criação de uma Teoria: Uma teoria é um conjunto de teses que explicam um mesmo fenômeno ou alguns fenômenos relacionados entre si e que já foi testada e comprovada em um grande número de experiências.
Proponho a utilização dos "sete passos" (número cabalístico, pois não ?) para justificar a origem da distorção da figura abaixo:
Evite descrições, explique de fato.
Última edição por Jonas Paulo Negreiros em 22nd julho 2020, 11:39, editado 1 vez(es)
Re: Método Científico
Artigo na revista Nature expõe grave crise na física teórica
Este mês foi publicado um brilhante artigo na revista britânica Nature que denuncia de forma alarmante o crescente distanciamento entre físicos experimentais e físicos teóricos nos últimos dez anos. Apesar de eu não concordar com uns poucos pontos discutidos pelos autores do artigo (pois vejo que certas noções ingênuas ainda persistem mesmo entre os mais céticos), a leitura é obrigatória para físicos, matemáticos e filósofos. Por isso mesmo decidi traduzir o texto original para o nosso idioma e veicular neste blog. Por conta de formatação usual do blog Matemática e Sociedade, decidi omitir as referências citadas.
mais detalhes, em:
http://adonaisantanna.blogspot.com.br/
Este mês foi publicado um brilhante artigo na revista britânica Nature que denuncia de forma alarmante o crescente distanciamento entre físicos experimentais e físicos teóricos nos últimos dez anos. Apesar de eu não concordar com uns poucos pontos discutidos pelos autores do artigo (pois vejo que certas noções ingênuas ainda persistem mesmo entre os mais céticos), a leitura é obrigatória para físicos, matemáticos e filósofos. Por isso mesmo decidi traduzir o texto original para o nosso idioma e veicular neste blog. Por conta de formatação usual do blog Matemática e Sociedade, decidi omitir as referências citadas.
mais detalhes, em:
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Método Científico
Método científico foi uma evolução
Mas não quer dizer que seja a solução definitiva
podem surgir mais evoluções
que o complementem ou o contraponham
e ainda ambas
sei que muita coisa que foi descoberta
por um método nada científico
os erros.. muitas descobertas que geraram até prêmios surgiram por acaso ou deduções bem diferentes das reais..
Mas não quer dizer que seja a solução definitiva
podem surgir mais evoluções
que o complementem ou o contraponham
e ainda ambas
sei que muita coisa que foi descoberta
por um método nada científico
os erros.. muitas descobertas que geraram até prêmios surgiram por acaso ou deduções bem diferentes das reais..
Xevious- Físico Profissional
- Mensagens : 1024
Re: Método Científico
A crise na borda da física
(Deu no New York Times)
Os físicos precisam de evidências empíricas para confirmar suas teorias?
Você pode pensar que sim, mas há uma controvérsia crescente nas fronteiras da física e da cosmologia que sugere que a situação não é tão simples assim.
Em inglês:
http://www.nytimes.com/2015/06/07/opinion/a-crisis-at-the-edge-of-physics.html?_r=1
Em tradução automática:
https://translate.googleusercontent.com/translate_c?act=url&depth=1&hl=pt-BR&ie=UTF8&prev=_t&rurl=translate.google.com.br&sl=en&tl=pt-BR&u=http://www.nytimes.com/2015/06/07/opinion/a-crisis-at-the-edge-of-physics.html%3F_r%3D0&usg=ALkJrhhEBw2reX3h0U2IRL-2ornFlay1XQ
(Deu no New York Times)
Os físicos precisam de evidências empíricas para confirmar suas teorias?
Você pode pensar que sim, mas há uma controvérsia crescente nas fronteiras da física e da cosmologia que sugere que a situação não é tão simples assim.
Em inglês:
http://www.nytimes.com/2015/06/07/opinion/a-crisis-at-the-edge-of-physics.html?_r=1
Em tradução automática:
https://translate.googleusercontent.com/translate_c?act=url&depth=1&hl=pt-BR&ie=UTF8&prev=_t&rurl=translate.google.com.br&sl=en&tl=pt-BR&u=http://www.nytimes.com/2015/06/07/opinion/a-crisis-at-the-edge-of-physics.html%3F_r%3D0&usg=ALkJrhhEBw2reX3h0U2IRL-2ornFlay1XQ
Re: Método Científico
Ruptura Epistemológica (Ou quebra de paradigma?)
Durante a coleta de informações sobre o éter, encontrei a notável figura de Gaston Bachelard.
Como o filósofo francês tratou de questões relativistas, acho oportuno os colegas conhecerem um pouco sobre seu pensamento:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gaston_Bachelard
Durante a coleta de informações sobre o éter, encontrei a notável figura de Gaston Bachelard.
Wikipedia - A obra bachelardiana encontra-se no contexto da revolução científica promovida no início do século XX (1905) pela Teoria da Relatividade, formulada por Albert Einstein. Todo seu trabalho acadêmico objetivou o estudo do significado epistemológico desta ciência então nascente, procurando dar a esta ciência uma filosofia compatível com a sua novidade. E é partindo deste objetivo que Bachelard formula suas principais proposições para a filosofia das ciências: a historicidade da epistemologia e a relatividade do objeto. Em resumo, a nova ciência relativista rompe com as ciências anteriores em termos epistemológicos e a sua metodologia já não pode ser empirista, pois seu objeto encontra-se em relação, e não é mais absoluto.
Como o filósofo francês tratou de questões relativistas, acho oportuno os colegas conhecerem um pouco sobre seu pensamento:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gaston_Bachelard
Última edição por Jonas Paulo Negreiros em 9th março 2016, 22:35, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : conhecerem)
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Método Científico
Em resumo, a nova ciência relativista rompe com as ciências anteriores em termos epistemológicos e a sua metodologia já não pode ser empirista, pois seu objeto encontra-se em relação, e não é mais absoluto.
Em resumo, a relatividade rompe com o método científico praticado pela física.
Por essas e outras, a física relativista não é física. É matemática.
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Método Científico
Sobre o Método Científico
Dr. Timothy Wotherspoon, professor na Faculdade de Ciências da Universidade de Hong Kong:
A teoria de Einstein nunca vai ser provada correta.
Nenhuma teoria científica nunca vai ser.
Qualquer um que diga de maneira diferente não entende o que é método científico.
Como o falecido físico Richard Feynman explicou uma vez eloquentemente:
"Nós sempre poderemos provar que qualquer teoria definitiva está errada. Note, no entanto, nunca poderemos prová-la como certa.
Suponha que você tenha um bom palpite, calcule as consequências, descubra que toda e qualquer consequência calculada concorda com experiência.
A teoria está provada como certa? Não. Ela simplesmente não está provada como errada."
fonte:
http://www.scmp.com/comment/insight-opinion/article/1914088/why-theories-einstein-climate-change-or-evolution-can-never
Dr. Timothy Wotherspoon, professor na Faculdade de Ciências da Universidade de Hong Kong:
A teoria de Einstein nunca vai ser provada correta.
Nenhuma teoria científica nunca vai ser.
Qualquer um que diga de maneira diferente não entende o que é método científico.
Como o falecido físico Richard Feynman explicou uma vez eloquentemente:
"Nós sempre poderemos provar que qualquer teoria definitiva está errada. Note, no entanto, nunca poderemos prová-la como certa.
Suponha que você tenha um bom palpite, calcule as consequências, descubra que toda e qualquer consequência calculada concorda com experiência.
A teoria está provada como certa? Não. Ela simplesmente não está provada como errada."
fonte:
http://www.scmp.com/comment/insight-opinion/article/1914088/why-theories-einstein-climate-change-or-evolution-can-never
"Nenhuma soma de experiências é suficiente para provar que estamos certos, mas basta uma para provar o contrário."
- Albert Einstein
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Método Científico
Esta é a principal diferença entre ciência e religião:
A ciência diz que sabe quando algo está errado.
A religião diz que sabe o que é certo.
E o que as duas tem em comum?
Resposta: Apenas a razão humana.
Mas, observe que razão não significa inteligência.
A ciência diz que sabe quando algo está errado.
A religião diz que sabe o que é certo.
E o que as duas tem em comum?
Resposta: Apenas a razão humana.
Mas, observe que razão não significa inteligência.
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A Física é um templo erguido graças ao ceticismo do método científico, que sistematicamente rejeita e contraria a fé
Bosco- Físico Amador
- Mensagens : 505
Re: Método Científico
Bosco escreveu:Esta é a principal diferença entre ciência e religião:
A ciência diz que sabe quando algo está errado.
A religião diz que sabe o que é certo.
E o que as duas tem em comum?
Resposta: Apenas a razão humana.
Mas, observe que razão não significa inteligência.
Ainda bem, Bosco!
Quando o computador DEEP BLUE da IBM derrotou o mestre internacional do xadrez
Garry Kasparov, o computador provou ser mais inteligente que o enxadrista.
No entanto, com a derrota, Kasparov enfureceu-se. Isto é: perdeu a razão.
A IBM comemorou, mas o DEEP BLUE não.
Razão e consciência são coisas que o computador ainda não tem.
P.S:
Estamos esperando por sua valiosa opinião à respeito da detecção de ondas gravitacionais.
Última edição por Jonas Paulo Negreiros em 22nd julho 2020, 11:42, editado 1 vez(es)
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Método Científico
Sim mas podem ser simulados, assim como as emoçõesJonas Paulo Negreiros escreveu:Razão e consciência e razão são coisas que o computador ainda não tem.
e emoções simuladas, onde se toma atitudes identicas as que se elas (as emoções) fossem reais
na prática não podem ser diferenciadas
então se quisessem, fazer um computador que comemorasse a vitória, é só querer
outro dia vi um robo, que era craque em jogo de sinuca, após as jogadas ele comemorava
claro que era uma simulação, mas afinal, da na mesma
Xevious- Físico Profissional
- Mensagens : 1024
Re: Método Científico
Sobre a Natureza Esquizofrênica da Luz
A física é uma ciência observacional. Portanto, em grande parte, depende da Luz.
Os grandes eventos da física moderna foram baseados em efeitos luminosos.
Com uma fonte de luz, rodas dentadas e espelhos, mediu-se a velocidade da luz.
Com interferômetros, negou-se a existência do éter.
Com interferômetros, provou-se a existência de ondas gravitacionais: a Física Relativista está certa! A Física Quântica está errada!
Com arranjos ópticos, provou-se o efeito de emaranhamento quântico. A Física Quântica está certa, a Física Relativista está errada!
Luz e Gravidade são regidas pela lei do quadrado da distância, mas no mundo quântico as leis são outras.
Com luz e sombra se faz o cinema, uma ilusão de óptica. Com luz e sombra enxergamos a realidade?
Quem é esquizofrênica: a luz ou a natureza humana?
"À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta."
Isso devia valer para a física, também.
(continua...)
A física é uma ciência observacional. Portanto, em grande parte, depende da Luz.
Os grandes eventos da física moderna foram baseados em efeitos luminosos.
Com uma fonte de luz, rodas dentadas e espelhos, mediu-se a velocidade da luz.
Com interferômetros, negou-se a existência do éter.
Com interferômetros, provou-se a existência de ondas gravitacionais: a Física Relativista está certa! A Física Quântica está errada!
Com arranjos ópticos, provou-se o efeito de emaranhamento quântico. A Física Quântica está certa, a Física Relativista está errada!
Luz e Gravidade são regidas pela lei do quadrado da distância, mas no mundo quântico as leis são outras.
Com luz e sombra se faz o cinema, uma ilusão de óptica. Com luz e sombra enxergamos a realidade?
Quem é esquizofrênica: a luz ou a natureza humana?
"À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta."
Isso devia valer para a física, também.
(continua...)
Última edição por Jonas Paulo Negreiros em 22nd julho 2020, 11:43, editado 3 vez(es)
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Método Científico
Sobre a natureza esquizofrênica da luz (continuação)
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Método Científico
Atualmente o conhecimento científico humano, é muito mais avançado e abrangente do que há 500 anos.
Portanto estamos caminhando para frente.
É isto que importa.
Portanto estamos caminhando para frente.
É isto que importa.
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A Física é um templo erguido graças ao ceticismo do método científico, que sistematicamente rejeita e contraria a fé
Bosco- Físico Amador
- Mensagens : 505
Re: Método Científico
Última edição por Jonas Paulo Negreiros em 22nd julho 2020, 12:00, editado 3 vez(es)
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Gráviton, onde tu estás que não te encontro ?
Re: Método Científico
Crise na Cíência.
Até a Nature já percebeu esse problema.
Abaixo, um crítica sobre o assunto. O texto está em inglês, mas a tradução do Google está satisfatória.
Texto Original
http://www.onlineopinion.com.au/view.asp?article=18259
Tradução Automática
https://translate.google.com.br/translate?sl=en&tl=pt&js=y&prev=_t&hl=pt-BR&ie=UTF-8&u=http%3A%2F%2Fwww.onlineopinion.com.au%2Fview.asp%3Farticle%3D18259&edit-text=&act=url
Até a Nature já percebeu esse problema.
Abaixo, um crítica sobre o assunto. O texto está em inglês, mas a tradução do Google está satisfatória.
Texto Original
http://www.onlineopinion.com.au/view.asp?article=18259
Tradução Automática
https://translate.google.com.br/translate?sl=en&tl=pt&js=y&prev=_t&hl=pt-BR&ie=UTF-8&u=http%3A%2F%2Fwww.onlineopinion.com.au%2Fview.asp%3Farticle%3D18259&edit-text=&act=url
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