Investigadores identificam novo agente de contraste para uso na ressonância magnética
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Investigadores identificam novo agente de contraste para uso na ressonância magnética
Carlos Geraldes
Uma investigação na área das nanopartículas permitiu identificar um novo composto susceptível de ser usado como agente de contraste na ressonância magnética, melhorando o diagnóstico - revelou hoje a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).
Coordenada pelo catedrático do Departamento de Bioquímica da FCTUC Carlos Geraldes, a investigação foi realizada no grupo de Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, em colaboração com grupos da Universidade de Aveiro e da Universidade Técnica de Delft (Holanda).
Segundo uma nota divulgada hoje pela FCTUC, "o facto de representar grandes avanços para a Medicina" fez com que a revista científica inglesa Dalton, publicação de referência na área da Química Inorgânica, fizesse manchete, na edição de 7 de Maio, com a investigação.
O composto identificado pelo grupo de investigadores pode tornar-se "num óptimo agente de contraste, fundamental para aplicação na Medicina, ao permitir aumentar significativamente a definição de imagens médicas, possibilitando maior clareza para o diagnóstico" - adianta.
De acordo com o comunicado, o grupo de materiais da Universidade de Aveiro desenvolveu "uma família de materiais zeolíticos, denominados LnAV-9, constituídos por silicatos modificados de modo a conterem iões lantanídeos na sua estrutura que substituem os iões alumínio, que normalmente aparecem nessas estruturas microporosas, verificando-se a existência de propriedades ópticas interessantes para aplicações práticas".
Em paralelo, em Coimbra "estudaram-se os efeitos das propriedades paramagnéticas de nanopartículas desses materiais contendo os vários iões lantanídeos".
"Verificou-se terem essas nanopartículas propriedades físicas muito interessantes que permitem considerar a sua aplicação futura como agentes de contraste em imagem médica por ressonância magnética", lê-se no texto.
Em colaboração com o grupo da Universidade Técnica de Delft, foi desenvolvida uma nova teoria que "permitiu explicar os resultados experimentais obtidos, incluindo o seu comportamento em campos magnéticos elevados".
"Esta teoria permitirá optimizar ainda mais a eficácia destas partículas e de outras deste tipo. Para uma futura aplicação prática, as partículas deverão ser revestidas de um material polimérico e derivatizadas com funções químicas adequadas, que lhes permitam concentrarem-se eficazmente à superfície de células de tecidos patológicos, por exemplo em tecidos tumorais, permitindo a sua melhor visualização e terapia específica", afirma Carlos Geraldes.
"A terapia guiada pela imagem molecular é, de facto, uma área de investigação com enorme interesse e potencial porque a Medicina moderna exige o uso de técnicas de diagnóstico de patologias cada vez mais sofisticadas, o que levou, nos últimos anos, a um grande esforço de investigação com vista ao desenvolvimento da imagem médica", acrescenta o cientista.
De acordo com o professor catedrático da FCTUC, trata-se de "um trabalho científico ainda na fase académica", e a investigação vai prosseguir.
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