Tempo? O que é isso?

tig escreveu:O Safra está a querer ligar isto à fisica porque ele pensa que o que aconteceu já pode ter acontecido antes por isso a razão de ele ter a ideia de que aquilo iria acontecer. Mas é uma coisa muito dificil de explicar...
Eu sinceramente aponto mais para algo paranormal. Neste caso é algo sobre o nosso cerebro que nós desconhecemos... Mas é algo que acontece a varias pessoas... A resposta a isso está no nosso cerebro... Isso pode acontecer com qualquer um apensar de acontecer mais com uns do que com outros! Se pesquisares essas coisas na net mas no tema paranormal irás encontrar respostas safra

Eu também estou para aí virado...apesar de isso ser uma bomba para pessoas como nós, que supostamente, discutem ciência. XD

Sim, safra eu percebo.. Mas apenas dou a minha opinião pessoal que isso é mais virado para o paranormal e não para a fisica em si
Apesar de compreender onde queres chegar

perdoem meu ceticismo mas paranormal? acho que tudo é casual. tem causa e efeito. nao ha como entortar uma colher se nao tiver uma explicaçao para isso.. ou seja uma causa. por isso tudo que dizem ser paranormal das duas uma ou existe uma explicaçao que foge a nossa atual compreensao cientifica ou é um blefe.

Uma teoria sugere que a passagem do tempo se faz no sentido em que o universo se expande. Embora tudo indique que o universo seja um universo aberto e que a sua expansão nunca terminará, pode especular-se o que aconteceria se o universo atingisse um limite de expansão teórico e começasse a contrair-se. Andaria o tempo para trás, com tudo a regressar a um estado muito ordenado e terminando com um "Big Crunch" (por oposição ao Big Bang)? Neste caso, a segunda lei da termodinâmica seria invertida e o mesmo aconteceria com a seta do tempo. Mas esta é uma visão muito controversa na comunidade científica.

Essa é uma visão muito bizarra, isso sim. Tempo não volta, o tempo só tem um único sentido ao meu ver. O espaço poderia retornar ao estado passado, mas o tempo não voltaria ao avesso.

Outra coisa, se o universo regressa-se ao seu estado inicial, eu creio que não seria tão organizado como muitos pensam. Seria catastrófico com os confrontos entre galaxias inteiras (elas voltariam a se formar durante a contração), com a formação de infinitos buracos negros, que poderiam se unir um após o outro entre sí. O resultado disso eu não teria ideia do resultaria.

Pra mim o tempo é um sintoma, das reaçoes quimicas & fisicas.
Se algum lugar no universo estar a 0 graus kelvin, na prática o tempo estaria congelado lá.

Mas este 'local' poderia ser atingido por um meteorito por exemplo, então surgiria calor, e as reações quimico & fisicas ocorreriam.

Portanto apesar da presença do tempo na nossa vida ser de absoluta importância, ele não passa de uma ilusão, como se fosse uma ilusão de ótica, mas é a "ilusão do tempo", porque não existe em algum lugar algo que possamos "pegar" que se chama tempo.

Mas certamente, é um assunto muito polêmico...

__gArY__ escreveu:perdoem meu ceticismo mas paranormal? acho que tudo é casual. tem causa e efeito. nao ha como entortar uma colher se nao tiver uma explicaçao para isso.. ou seja uma causa. por isso tudo que dizem ser paranormal das duas uma ou existe uma explicaçao que foge a nossa atual compreensao cientifica ou é um blefe.

Desculpe estar levantando essa questão depois de tanto tempo, mas eu não consigo compreender essa visão totalmente determinística. Da maneira que falas (e a maioria fala), parece que a causa é condição necessária e suficiente para o efeito. Se for assim, uma causa é necessária para a origem do universo. Daí temos o bigbang. Mas ainda precisamos de uma causa para o bigbang. Toda causa que encontramos, vira o efeito de uma causa precedente. Logo precisaríamos de uma causa para o bigbang, uma causa para a origem da matéria, origem do espaço e mesmo a origem da origem do espaço. Com isso, chego a conclusão que tratar causa como condição suficiente E necessária, gera um paradoxo monstruoso. Como compreender a origem da origem?

Se tratarmos a causa apenas como condição suficiente, podemos compreender melhor algumas coisas. O espaço sempre existiu, não precisaria de uma causa. A matéria idem. O tempo também, sempre correu em uma única direção. Aceitar estes axiomas me parece muito menos paradoxal que considerar tudo como sendo o efeito de uma causa.

Existe alguma teoria palpável (sem uma alta dose de metafísica) para explicar a origem do universo a partir do nada?

Existe a teoria do universo ciclico.

1) Big bang
2) Expansão do Universo
3) Era negra, buracos negros gigantes (toda matéria estaria contida neles)
4) Contração do universo.
5) No momento que toda matéria estar contida num único buraco negro,
ele entraria em uma faze critica e explodiria

que seria o novo big bang

isso até pode ser verdadeiro
mas não explica de onde surgiu o universo, de verdade

E me parece que a ideia de um universo cíclico vai contra as evidências consideradas atualmente, não é mesmo? A expansão do universo ocorreria até que tudo se desprendesse e voltasse a significar nada. Ou seja, mais uma vez, não encontro uma saída no mínimo, pouco desconcertante para entender o determinismo.

E mesmo que fosse cíclico, estaria perdendo energia a cada ciclo, não podem ser perfeitos os ciclos (não na natureza que conhecemos ou supomos) e ocorreria a entropia em algum instante. Mas se há perda, deve ter existido uma fonte de energia no início. De onde ela veio?

Então, devemos considerar que não há perda, logo nosso universo seria isolado. Com isso, podemos considerar um momento cíclico infinito, mas como ele iniciou? Se o universo for isolado, podemos compará-lo a uma equação tal como essa: u = 0. Podemos considerar 5u = 5 e assim por diante, mas é necessária uma força que inicie o ciclo, que coloque u como valendo 5 para que ele possa decair a 0 e acumular 5 e depois descarregar essa energia para chegar a 5 novamente e ter 0 acumulado.

Por mais que o universo seja um motos perpétuos, precisaríamos de alguma força para iniciá-lo e a energia total do universo seria igual a força que o gerou. Me fiz entender?

O mistério que envolve o universo é tão infinito quanto a quantidade de perguntas que podemos fazer sobre ele. O intrigante é que nem todas essas perguntas a Física pode responder, mas, se algum dia, "alguém" responder, esse alguém sera a própria física, com certeza.

joaozinho escreveu:O mistério que envolve o universo é tão infinito quanto a quantidade de perguntas que podemos fazer sobre ele. O intrigante é que nem todas essas perguntas a Física pode responder, mas, se algum dia, "alguém" responder, esse alguém sera a própria física, com certeza.

O que acho mais intrigante, são as explicações atuais existentes e consideradas oficiais. É fato sabido pela lógica aristotélica, que causa é condição suficiente para o efeito e efeito é condição necessária para a causa. Sabendo disso, entendemos que uma causa qualquer gerou nosso universo, o efeito que vemos. No entanto, existem inúmeras causas que podem gerar o mesmo efeito. Esse é o princípio de dizer que efeito é necessário para causa. É relacionamento de N causas para 1 efeito.

É estupidamente difícil identificar a causa apenas pelo efeito, isso se não for impossível. De qualquer forma, se realmente ouve transformação de energia em massa no início, a energia surgiu de onde? Vai saber... =/

danilom escreveu:se realmente ouve transformação de energia em massa no início, a energia surgiu de onde? Vai saber... =/

Só existe uma resposta possível
(mas podem existir outras respostas que hoje estaria no ambito do impossível)

a resposta é derivada da teoria do universo ciclico
ou seja antes do BigBang haveria um universo como o nosso mas que se contraiu
até o ponto infinitamente pequeno que acabou explodindo gerando o BigBang

mas queria falar sobre o tempo..

O tempo seria somente a transformação da matéria
Escutei essa definição a pouco tempo e concluí que é isso mesmo.

Já que a algum tempo achava que o tempo tinha uma relação direta com as reações quimicas e nucleares.

Mesmo não concordando com a teoria, sabemos que se queremos pelo menos "simular" uma lentidão no tempo, basta resfriar o experimento.
Assim as reações quimicas e nucleares diminuem e até podem parar.
O tempo na prática estaria parado.

Mas se o tempo for "apenas" a degradação da matéria isso não mudaria em nada as constações que percebemos em relação ao tempo, mas mudam em muito as várias teorias que se envolvem com o tempo.

Começando pela relatividade, o "espaço-tempo" não existiria, só existiria espaço.

Alguns dizem que tempo seria uma dimensão, se é poderia existir viagens no tempo, na prática nós estaríamos sempre viajando no tempo, a taxa de um segundo por segundo, no sentido de tempo a frente..
Mas nesta nova teoria o tempo não seria uma dimensão, não existiria como viajar no tempo, e só existiria o "agora"..

Também a redução da ação do tempo, nos experimentos já realizados, teriam uma explicação para o fenômeno visualizado de diminuição do tempo, explicados de outra forma, no caso a velocidade variaria "a degradação" da matéria, e portanto chegariamos erradamente a conclusão de que ela mudou a velocidade do tempo.

Medimos o tempo atraves de medições de reação, fisicas, quimicas ou nucleares.
Quando damos corda a um relógio, ocorre uma reação fisica, no caso lidando com as regras de funcionamento da mola, e a mola tem suas propriedades relacionadas com as suas propriedades quimico-fisias de elasticidade.

Já os relógios atomicos tem a ver diretamente com a degradação da matéria, no caso degradação nuclear.

Outra derivação seria das teorias relacionadas com o buraco negro, a atual fala que o tempo pararia, ao entrar dentro do horizonte de eventos.
Nesta nova abordagem, não teria nenhuma relação com a massa, ou gravidade, portanto não haveria essa relação.

Sabemos com o aquecimento há uma aceleração das reações quimicas, portanto na prática o tempo andaria mais rápido.
Mas essas variações seriam relativas ao material.

Um relógio baseado na agua, funcionaria mais rápido se aquecer o ambiente.
Mas um relógio atômico não, pelo menos não perceptivelmente.

Portanto se a nova teoria estiver correta, podemos concluir que cada material teria sua variação de tempo, ou seja de degradação.

Também não existiria a curvatura do espaço-tempo, criada pela gravidade, talves só uma curvatura do espaço..

TEMPO é quando uma pessoa percebe algo acontecer.

Se todas as coisas parassem e uma pessoa percebesse isto, ela certamente sentiria que o TEMPO parou, ou seja, que as coisas não estão mais acontecendo.

Bueno escreveu:e uma pessoa percebesse isto

Mas para perceber, seria necessário tempo..

Bueno escreveu:TEMPO é quando uma pessoa percebe algo acontecer.

TEMPO não é isto. Eu errei.

Quando eu afirmei que " TEMPO é quando uma pessoa percebe algo acontecer ", eu primeiro imaginei uma pessoa observando ponteiros movendo em um relógio. Eu, depois, imaginei o Sol ou a Lua movendo no céu e também imaginei folhas envelhecendo em árvores.

Uma pessoa que observa os ponteiros movendo em um relógio, o Sol ou a Lua movendo no céu, ou folhas envelhecendo em árvores diria que o tempo está passando, ou seja, as coisas estão acontecendo.

Mas, eu percebi que quando uma pessoa afirma que o TEMPO passa, ela está afirmando que alguma coisa passa, ou seja, o TEMPO é um objeto.

Quando uma pessoa observa um relógio e diz que o TEMPO está passando, o quê está acontecendo?
Os ponteiros estão movendo. O TEMPO, para esta pessoa, são os ponteiros.

Quando uma pessoa observa o Sol ou a Lua e diz que o TEMPO está passando, o quê está acontecendo?
O Sol ou a Lua estão movendo. O TEMPO, para esta pessoa, é o Sol ou a Lua.

Quando uma pessoa observa uma folha em uma árvore e diz que o TEMPO está passando, o quê está acontecendo?
A folha está envelhecendo. O TEMPO, para esta pessoa, é a folha.

Xevious escreveu:Mas para perceber, seria necessário tempo..

Xevious, eu afirmei que TEMPO é quando uma pessoa percebe algo acontecer.

Se você trocar a palavra TEMPO em sua frase e colocar a minha afirmativa, a sua frase ficaria assim: " Mas para perceber, seria necessário uma pessoa perceber algo acontecer ", ou seja, você está afirmando que para uma pessoa perceber é necessário uma pessoa perceber.

Tempo é o intervalo que resulta da comparação simultânea entre dois eventos distintos.
Exemplo: Enquanto uma moeda cai em queda livre, um coração pulsa.
Tanto pode ser usado o pulsar do coração para se determinar a velocidade da moeda, como fazer uso da velocidade da moeda para se calcular a quantidade de pulsações neste mesmo intervalo.
Tanto a moeda serve de relógio para aferir o pulsar do coração quanto o coração serve como marcador de tempo para a queda livre da moeda.
É muito importante que se perceba que o tempo não é uma convenção, pois ele depende da natureza física dos comparadores, e é isto que justifica a TRR e a TRG sugerirem que a velocidade ou a intensidade do campo gravitacional alteram a medida do tempo.

O tempo é absoluto e é o meio pelo qual estimamos a marcha do Big-Bang, através da medição relativa do desvio para o vermelho, isto é: a redução da frequência de todas as ondas eletromagnéticas existentes no Cosmos.

O espaço está sendo criado à maneira que os corpos se distanciam entre si. As partículas (ou seus limites) de cada corpo distanciam-se entre si, igualmente.

O tempo somente caminha para a frente.

O tempo está delimitado entre o infinitamente pequeno e o infinitamente grande. Nunca se chegará ao infinitamente grande, como também nunca se chegará ao zero, muito menos a uma grandeza temporal negativa.  

Como essa afirmação é aceitável pela matemática, mas não pela física, podemos dizer que o tempo e o big-bang estão sempre começando. Basta definir um ponto de origem e começar a contagem.

Bosco escreveu: Tempo é o intervalo que resulta da comparação simultânea entre dois eventos distintos.
Exemplo: Enquanto uma moeda cai em queda livre, um coração pulsa.

Bosco, imagine que um relógio de ponteiros, que usa pilhas para funcionar, é o único objeto no espaço.

O TEMPO existiria neste cenário?

Bueno escreveu:o TEMPO é um objeto.

Não é um objeto é um FLUXO

como uma cobra gigantesca que tu não encherga a cabeça nem o rabo mas percebe ela se movendo a sua frente

Xevious escreveu:

Bueno escreveu:o TEMPO é um objeto.

Não é um objeto é um FLUXO

como uma cobra gigantesca que tu não encherga a cabeça nem o rabo mas percebe ela se movendo a sua frente

Fluxo: isso foi conceituado na antiguidade:

Disse Heráclito de Efeso:
"Nenhum homem pode banhar-se duas vezes no mesmo rio...
pois na segunda vez o rio já não é o mesmo,
nem tão pouco o homem!"

O tempo é uma abstração filosófica e matemática, usada para o homem fazer previsões a curto prazo.

A desgraça caiu sobre nós quando unificaram o espaço com o tempo.

Ao contrário do espaço, quantizado pelo comprimento de Planck, o tempo (ainda) é uma abstração não  quantizada. Logo, a relatividade do tempo é uma aberração.