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Sr. Einstein, onde está meu erro?

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Sr. Einstein, onde está meu erro? - Página 3 Empty Re: Sr. Einstein, onde está meu erro?

Mensagem por casasanta 2nd maio 2014, 01:52

Dionísio escreveu:Essas suas continhas nem chegam perto do problema. Se quer todos os cálculos leia atentamente:


Dionísio. Se você prestar um pouco mais a sua atenção no que eu disse, talvez descubra que eu me referi a uma questão que não é abordada nas contas apresentadas nesta página em PDF que você indicou.

Aliás, também não há nesta página conta alguma que resulta nesses aproximadamente 11 quilômetros por dia de erro.

Se você, que parece querer demonstrar que entendeu tudinho o que foi dito nesta página, me apresentasse, não só uma frase dizendo que o erro pela "diferença relativística" de um único dia é de aproximadamente 11 quilômetros, mas as contas que mostram esse resultado, eu ficaria grato.

Dionísio. Não há essas contas por lá. Lá se fala dos 11 quilômetros, mas não há contas que resulta nisso.

Aliás, as contas lá dizem diferenças de 10 metros por ano, 28 milímetros por dia, 1 milímetro por hora e 2 centésimos de milímetro por minuto, mas essas distâncias se referem às que o satélite percorre em sua órbita durante as diferenças de cada duração de tempo considerada, e causadas apenas pela dilatação do tempo do movimento do satélite em órbita.

Só que eu li e entendi de "aonde vem" esses aproximadamente 11 quilômetros definidos como "O ERRO" acumulado em cada dia para o caso de não forem feitas as correções relativísticas no sistema GPS.

Quero que você diga; Dionísio; O que são esses aproximadamente 11 quilômetros citados na tal página que você tão bem apresentou como sendo a que eu devo ler para saber um pouco do que você sabe.

E você, Bosco? Sabe o que são esses aproximadamente 11 quilômetros?
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Sr. Einstein, onde está meu erro? - Página 3 Empty Re: Sr. Einstein, onde está meu erro?

Mensagem por casasanta 2nd maio 2014, 23:36

Eu quero esclarecer a vocês que eu concordo que os satélites devam ser constantemente corrigidos em seus relógios, pois eu defendo que seja fato a dilatação do tempo. Entretanto, defendo que "a coisa toda" seja diferente da maneira que a Relatividade afirma.

Defendo que o campo gravitacional tenha efeito contrário e predominante sobre os efeitos da dilatação do tempo decorrida dos movimentos orbitais dos satélites. Defendo também que se não ocorrerem as devidas correções nos relógios, as discrepâncias entre eles evoluiriam constantemente, comprometendo a precisão do sistema num prazo relativamente curto.

Ora! Que briga é essa minha, então? Quero esclarecer que tenho um motivo muito forte para acreditar que as correções realizadas nos relógios seguem um padrão diferente do que é afirmado pela Relatividade. Elas assim são feitas, mas o sistema por qual elas seguem não é divulgado. Em vez disso é exposto, como sendo o sistema adotado, o sistema da TRR, da TRG e certos detalhes como os atrasos, desvios para o vermelho e os desvios para o azul dos sinais transmitidos entre todos os pontos do sistema.

Falando curto e grosso, creio que a física moderna encontrou um grande segredo acerca das coisas físicas, tornando toda a Teoria da Relatividade um amontoado de asneiras, comprometendo também toda a Mecânica Quântica, mas toda a organização de físicos cientes disso não se encontra em condições de acender esse pavio, pois não se sabe ainda o tamanho que tem essa bomba. Isto é; Divulgar uma suposta notícia dessas desencadeará grande caos indomável por todo o planeta. Não estamos preparados para isso.
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Sr. Einstein, onde está meu erro? - Página 3 Empty Re: Sr. Einstein, onde está meu erro?

Mensagem por Bosco 3rd maio 2014, 01:13

"Dr. Odylio Denys de Aguiar: Existe um artigo "Einstein no dia-a-dia" que saiu na
Scientific American Brasil numero 29 (que você pode encontrar em uma boa
biblioteca), de outubro de 2004, paginas 90 a 95, que trata muito bem deste assunto.
Segundo este artigo, os GPS que se compram nas lojas tem precisão de cerca de 15 metr
os. Para eles conseguirem isto, precisam utilizar correções da teoria da relatividade, tant
o da especial, quanto da geral. Se não incorporassem, a precisão seria de 30 metros ou p
ior. "Segundo a teoria da relatividade, relógios atômicos no espaço, movendo-se a 14
mil Km por hora, como os do GPS, atrasam cerca de 7 microssegundos por dia em
relação aos estacionários.” Portanto, a primeira correção é da relatividade especial, na
questão da velocidade dos satélites. A outra correção é a da relatividade geral, na
questão da altitude na qual se encontra o satélite. Isto por causa da gravidade. Na
altitude média dos satélites, de 20 mil Km, “os satélites GPS experimentam um quarto
da atração gravitacional que teriam no solo. Como resultado, os relógios a bordo rodam
mais depressa em cerca de 45 microssegundos por dia. Portanto, é preciso levar em
conta um desvio geral de 38 microssegundos no GPS."


É importante observar que os 45 microsegundos se referem aos efeitos da TRG, devido à diferença de gravidade entre os relógios da superfície terrestre e os relógios colocados em órbita. Estes últimos adiantam em relação aos primeiros.
Já os efeitos decorrentes da TRR, devido à velocidade dos relógios situados em terra, em comparação à velocidade dos relógios em órbita, chega aos 7 microsegundos de atrazo. Portanto este efeito na verdade atenua a diferença imposta pela gravidade.

Quanto ao cálculo que determina os 45 microsegundos, sei que resulta da diferença de gravidade de 9,8m/s² da superfície terrestre, para um quarto deste valor, nas altitudes das órbitas consideradas (20.000 km). Este valor é obtido diretamente da TRG. Poderia tentar determina-lo mas não estou certo se consigo.

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Mensagem por Bosco 3rd maio 2014, 01:26

casasanta escreveu:Falando curto e grosso, creio que a física moderna encontrou um grande segredo acerca das coisas físicas, tornando toda a Teoria da Relatividade um amontoado de asneiras, comprometendo também toda a Mecânica Quântica, mas toda a organização de físicos cientes disso não se encontra em condições de acender esse pavio, pois não se sabe ainda o tamanho que tem essa bomba. Isto é; Divulgar uma suposta notícia dessas desencadeará grande caos indomável por todo o planeta. Não estamos preparados para isso.
Posto desta forma fica parecendo Teoria de Conspiração.

Qualquer especialista em TRG tem que ser capaz de calcular a diferença do passar do tempo entre um local com aceleração 9,8 m/s² e outro com 2,45 m/s². Pensando bem, acho que já deveria haver uma tabela, para as mais diferentes acelerações com seus respectivos tempos e comprimentos respectivos em relação à superfície terrestre.


Última edição por Bosco em 3rd maio 2014, 02:03, editado 1 vez(es)

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Mensagem por casasanta 3rd maio 2014, 01:47

Bosco; O que significa os 11 Km/dia ditos nas páginas 16 e 28 do documento abaixo?
https://www.inesul.edu.br/revista/arquivos/arq-idvol__1380819054.pdf
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Mensagem por Bosco 3rd maio 2014, 02:25

casasanta escreveu:Bosco; O que significa os 11 Km/dia ditos nas páginas 16 e 28 do documento abaixo?
https://www.inesul.edu.br/revista/arquivos/arq-idvol__1380819054.pdf
Sem sombras de dúvidas, este valor que deve ser determinado pela TRG, decorre apenas da influência do campo gravitacional, no ritmo dos relógios.

Não fosse a necessidade de se considerar também os efeitos determinados pela TRR, este valor seria ainda maior, 13 Km/dia.

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Mensagem por Dionísio 3rd maio 2014, 07:07

Para esses cálculos é preciso, antes de mais nada, ter uma idéia de como funciona o sistema de posicionamento GPS. Um satélite GPS envia sinais regulares em frequências controladas pelo seu relógio atômico. Esse sinal viaja a 300.000 km/s. Uma estação receptora ao medir a diferença de tempo entre a emissão (informação do relógio do satélite) e a recepção do sinal (informação do seu próprio relógio), calcula a distância em que se encontra o satélite. Essa é a importância da sincronização dos relógios.

Um êrro de 38 nanossegundos (38.10-6s) redunda num êrro de

3.105 x 38.10-6 = 11,4km

na posição do satélite. Esse é o cálculo fácil do erro de posição. O cálculo da correção do tempo é aquele mais sofisticado e baseado nas relatividades, além de outras correções como excentricidade de órbita, efeitos da atmosfera, etc. Essas correções efetuadas resultam numa imprecisão de 6 a 15m na posição.

Aquele artigo detalha as correções da TRR.

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Mensagem por Jonas Paulo Negreiros 3rd maio 2014, 10:57

Bosco escreveu:
casasanta escreveu:Falando curto e grosso, creio que a física moderna encontrou um grande segredo acerca das coisas físicas, tornando toda a Teoria da Relatividade um amontoado de asneiras, comprometendo também toda a Mecânica Quântica, mas toda a organização de físicos cientes disso não se encontra em condições de acender esse pavio, pois não se sabe ainda o tamanho que tem essa bomba. Isto é; Divulgar uma suposta notícia dessas desencadeará grande caos indomável por todo o planeta. Não estamos preparados para isso.
Posto desta forma fica parecendo Teoria de Conspiração.

Qualquer especialista em TRG tem que ser capaz de calcular a diferença do passar do tempo entre um local com aceleração 9,8 m/s² e outro com 2,45 m/s². Pensando bem, acho que já deveria haver uma tabela, para as mais diferentes acelerações com seus respectivos tempos e comprimentos respectivos em relação à superfície terrestre.

Concordo com o colega Casasanta.

O caso dos neutrinos apressadinhos do CERN foi apenas "um balão de ensaio" para testar a reação na imprensa, mas o grande público não deu a menor importância ao caso.

De qualquer maneira, enquanto ficamos "parados", crentes no limite da velocidade da luz, muita gente deve estar pesquisando aplicações tecnologicas superluminais, sem ter concorrentes para atrapalhá-las  Razz !



Para corroborar com seu pensamento, passo abaixo um longo artigo, traduzido por mim, que trata desse assunto.

Alerto que esse artigo foi escrito, há 16 anos, por um astrônomo já falecido. O objetivo dessa tradução não é dar "a última palavra" sobre o tema, e sim, "dar ciência" que a Teoria da Relatividade não é tão "certinha" quanto parece, e que teorias rivais estão sofrendo discriminação por parte das revistas "sérias", que descartam sistematicamente qualquer artigo não-relativista.

REPENSANDO A RELATIVIDADE

por Tom Bethel

Ainda ninguém se deu conta, mas uma respeitada revista de física publicou apenas um artigo, cuja conclusão, se for aceita pela maioria, irá minar as bases da física moderna e a Teoria da Relatividade de Einstein, em particular.

A materia foi publicada em "Physics Letters A" (21 de dezembro 1998), o artigo afirma que a velocidade com que a força da gravidade se propaga deve ser pelo menos vinte bilhões de vezes mais rápida que a velocidade da luz. Isto contradiz a Teoria da Relatividade Especial de 1905, que afirma que nada pode viajar mais rápido que a luz . Esta alegação sobre o estatuto especial da velocidade da luz tornou-se parte da visão de mundo dos leigos educados no século XX.

A Teoria da Relatividade Especial [1905], ao contrário da Teoria Geral (1916), é considerada pelos especialistas estar acima de qualquer crítica, porque ela foi confirmada "várias vezes". Mas alguns físicos dissidentes acreditam que há uma maneira mais simples de enxergar os fatos, de modo a evitar a confusão mental provocada pela Relatividade. Seus argumentos podem ser compreendidos por leigos.

Eu [Tom Bethel] escrevi sobre um desses dissidentes, Peter Beckmann, ao longo de cinco [21] anos atrás. (Revista TAS, agosto de 1993, e correspondência TAS, Outubro de 1993) . O presente artigo apresenta novas personagens e argumentos. O assunto é importante porque, se a Teoria da Relatividade Especial for suplantada, grande parte da Física do século XX, incluindo a teoria quântica, terão de ser repensadas a partir desse novo ponto-de-vista.

O artigo da Revista "Physics Letters A" foi escrito por Tom Van Flandern, um associado de pesquisa no Departamento de Física da Universidade de Maryland. Ele também publica [publicava] o "Boletim de Pesquisa Meta", que apoia as "promissoras, mas impopulares idéias alternativas em astronomia.

Nos anos 1990, ele trabalhou como consultor especial para o Sistema de Posicionamento Global (GPS), um conjunto de satélites cujos relógios atômicos que permite aos observadores em solo terrestre determinarem sua posição geográfica numa precisão de aproximadamente 30 centímetros. Os relatórios Van Flandern surgiram antes do lançamento dos satélites GPS e provocaram uma intrigante polêmica. A Relatividade Especial dava aos partidários de Einstein razões para duvidarem se tudo ia funcionar.

De fato, os GPS funcionaram muito bem. (Saiba como, mais adiante).

[Curioso é notar que os físicos contemporâneos invocam o GPS como prova contundente em favor à teoria da relatividade.]

A publicação de seu artigo numa "revista séria" se deu por um capricho da sorte. Durante anos, a maioria dos editores de revistas de física ortodoxa vem rejeitando automaticamente artigos que argumentam contra a Relatividade Especial.

Essa estratégia foi informalmente adotada na esteira da "Controvérsia Dingle Herbert".

Dingle, um professor de ciência da Universidade de Londres, havia escrito um livro de popularização da Relatividade Especial. Mas na década de 1960, ele se convenceu de que a teoria não era verdadeira. Então, ele escreveu outro livro, Science at the Crossroads (1972), contradizendo a primeira obra. Revistas científicas, especialmente a "Nature", foram bombardeadas de cartas, suas e de outros.

[Algo parecido vem acontecendo com Hawkins, sobre os buracos negros]

Um editor da "Physics Letters A" prometeu a Van Flandern que os revisores não rejeitariam o seu artigo, simplesmente porque isso conflitaria com seus princípios.

Van Flandern começa [o artigo] com a "uma coisa maravilhosa" que ele aprendeu como um estudante de pós-graduação de mecânica celeste em Yale: a de que todas as interações gravitacionais devem ser tomadas como instantâneas [conforme Newton].

Ao mesmo tempo, foi ensinada aos estudantes a Teoria da Relatividade Especial, na qual Einstein provou que nada poderia propagar mais rápido que a luz no vácuo.

"O desacordo estava lá, como um rival irritante", me disse Van Flandern. Ele determinou que um dia iria encontrar a sua resolução. Hoje, ele acha que uma nova interpretação da Relatividade pode ser necessária.

O argumento é que a gravidade tem de viajar mais rápido que a luz. Se o limite de velocidade da gravidade é igual ao limite de velocidade da luz, deveria haver um atraso considerável na sua ação.

[A "lentidão" da força da gravidade solar alteraria a posição dos planetas]

Se cada "puxão" do Sol sobre a Terra demorasse 8 minutos e 18 segundos para chegar até nós [como demora a luz do Sol para chegar a Terra], a Terra caminharia em linha reta durante esse período até o próximo puxão. Mas, em seguida, o puxão do Sol sobre a Terra não será na mesma linha reta do puxão da Terra sobre o Sol. [O sol atrai a Terra assim como a Terra atrai o Sol].

O efeito desse desalinhamento de forças, em 1200 anos, "faria com que a distância da Terra ao Sol aumentasse ao dobro.

Obviamente isso não está acontecendo. A estabilidade das órbitas planetárias nos diz que a gravidade deve se propagar muito mais rápido que a luz. Aceitando esse raciocínio, Isaac Newton assumiu que a força da gravidade deveria ser instantânea.

Dados astronômicos apoiam esta conclusão.

Sabemos, por exemplo, que a Terra se acelera a um arco geométrico de 20 segundos de arco à frente [da Luz] do Sol vísivel [em geometria, um arco é um "pedaço de um círculo; um circulo tem 360 graus, cada grau tem 60 segundos], isto é, em busca da verdade, na direção instantânea do Sol.

A luz do sol vem de uma direção e seu "puxão" de uma direção ligeiramente diferente. Isso implica numa velocidade diferente entre a luz e a gravidade.

Nota doTradutor: Eis aqui o conflito central Newton-Einstein: de acordo com Einstein, se as ondas gravitacionais existirem, teriam de viajar à velocidade da luz. Einstein intuiu que, se nada pode viajar acima da velocidade da luz, deveria haver outra explicação para a estabilidade das órbitas planetárias. A explicação de Einstein para essa estabilidade é dada pela distorção espaço-tempo, conforme sua Teoria da Relatividade, porém, ainda não comprovada. Cada um pode imaginar o ente "distorção espaço-tempo" como bem entender, pois ele é provado somente pela matemática.

Continuando...
Parece estranho que algo tão fundamental para a compreensão da física ainda é assunto que gera polêmica. Mas isso nos encoraja a pensar o que sabemos realmente sobre o mundo físico. Em certos grupos de discussão na Internet, o que mais se debate é: "Qual é a velocidade da gravidade?", comenta Van Flandern.

Essa pergunta é ouvida com menos frequência nas salas de aula, por que os professores e a maioria dos livros-textos deixam esta questão de fora. Eles entendem que o argumento da velocidade da gravidade precisa ser muito mais rápida, mas eles também são treinados para deixar que nada exceda o limite de velocidade de Einstein.

Então, talvez haja algo errado com a Relatividade Especial. O filósofo-matemático Bertrand Russel escreveu o " ABC da Relatividade". Neste livro, ele afirma que, tal qual o modelo do sistema heliocêntrico de Copérnico parecia difícil, agora parece óbvio, a teoria de Einstein "vai parecer fácil". Mas ela continua difícil, não por causa da matemática, mas por que a lógica elementar deve ser abandonada.

A Teoria da Relatividade Especial pode ser explicada com a matemática ensinada nos colégios.

[Embora a teoria da Relatividade Especial possa ser provada com matemática de nível médio, a sua natureza é de difícil compreensão].

A Teoria da Relatividade Geral é realmente difícil. Os livros "fáceis" de Einstein continuam desconcertantes para a maioria das pessoas. O sol como centro de nosso sistema é facilmente compreensível.

A Relatividade Especial (que trata dos movimentos em linha reta) é tratada como se estivesse acima de qualquer suspeita. No entanto, a Relatividade Geral (que trata da gravidade e dos movimentos acelerados em geral) não goza da mesma reputação.

Francis Stanford Everitt, diretor do lançamento de uma sonda espacial para teste da Relatividade Geral, a ser lançada no próximo ano (Gravity Probe b [1]), resumiu sua posição sobre as duas teorias da seguinte maneira: "Eu não ficarei surpreso se a Teoria Geral de Einstein quebrar".

"Einstein reconheceu por si próprio falhas graves nessa teoria, e sabemos que, em termos gerais, é muito difícil conciliar essa teoria com outras partes da física moderna. Quanto à Teoria da Relatividade Especial, se negada, eu ficaria muito surpreso. Os fundamentos experimentais [dessa teoria] parecem mais convincentes". Essa é uma opinião de consenso.

[PARECE QUE NÃO...]

A dissidência da Relatividade Especial é um movimento pequeno e disperso. Mas ele está la, e vem crescendo. O artigo de Van Flandern é apenas uma última manifestação. Em 1987, Peter Beckman, que lecionava na Universidade de Colorado, escreveu o livro "Einstein Mais Dois" e salientou que as observações que levaram à Teoria da Relatividade poderiam ser interpretadas de maneira mais simples, de modo a preservar o tempo universal [tempo absoluto?].

Beckman fundou a revista "Galilean Electrodynamics"[2], assumida por Howard Hayden, da Universidade de Connecticut (física) e agora é editada por Cynthia Kolb Witney, do Centro de Tecnologia de Eletro-Óptica de Tufts. Hayden realizou encontros sobre as idéias de Beckman em várias universidades da Nova Inglaterra, mas não encontrou um físico disposto a discutir o argumento.

[1] A sonda que o texto faz referência deve ser a Gravity Probe B, da NASA. Até agora, anos após o lançamento do satélite, os resultados apresentados parecem inconsistentes

[2] A principal característica da "Galilean Eletrodynamics" é a publicação de artigos científicos não aceitos por outras revistas.

Texto Original:

http://www.gravitywarpdrive.com/Rethinking_Relativity.htm

Relação de artigos recentes da Galilean Electrodynamics:

http://www.eternalchaos.com/CUMDEX3.pdf

continua abaixo...


Última edição por Jonas Paulo Negreiros em 3rd maio 2014, 11:54, editado 9 vez(es)
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Sr. Einstein, onde está meu erro? - Página 3 Empty Re: Sr. Einstein, onde está meu erro?

Mensagem por Jonas Paulo Negreiros 3rd maio 2014, 11:02

Uma breve nota sobre a contribuição mais famosa de Einstein para a Física.

Quando os defensores de Einstein percebem que há heresia no ar, algumas pessoas vêm para defender a Teoria da Relatividade com esta pergunta:

- Bombas Atômicas funcionan, não?

A razão delas brotam da seguinte maneira:

A equação E=mC^2 foi descoberta de um subproduto da teoria Especial da Relatividade de Einstein ("verdadeira"). Portanto, eles concluem que a Relatividade é indispensável para nossa compreensão do funcionamento do universo. Mas isso não vai adiante.

Há fórmulas alternativas que dispensam a Relatividade. Uma delas foi fornecida pelo próprio Einstein, em 1946. Esta fórmula é mais simples que a ladainha relativista. Mas poucos livros ou biografias de Einstein mencionam tal alternativa. Eles admiram a sua complexidade e se agarram à ela.

Consideremos Cliffor M. Will, da Universidade Washington, um dos principais defensores da Relatividade nos dias de hoje:

"É difícil imaginar a vida sem a Relatividade Especial", diz na obra "Einstein Estava Certo?"

"Basta pensar em todos os fenômenos ou característiscas do nosso mundo para perceber que a Relatividade Especial desempenha, um papel  importante, tanto na energia atômica explosiva quanto na controlada. A famosa equação E=mc^2 explica com a massa pode ser convertida em quantidades extraordinárias de energia."

Notem a intenção enganosa na afirmação "desempenha um papel importante".

Há alguma alternativa para olhar todos os fatos, supostamente órfãos sem a Relatividade? Há uma maneira mais simples de explicar tais fatos?

Um critério de simplicidade tem sido usado para defender teorias. Entre os modelos de sistemas planetários, o que apresenta o sol como centro é mais simples que o modelo da terra como centro, e nós o preferimos por esse motivo.

Tom Van Fladern diz que o problema é os Especialistas em Einstein se acostumaram com os "diagramas de Minkowsky" e [aceitam] ao pensamento relativista como a própria realidade"

[Minkowsky foi professor de Einstein e inventou gráficos que representam as fórmulas de espaço-tempo]

Quando esses caras buscam uma alternativa para o tempo universal [tempo absoluto] e ao "Espaço Galileano", percebe-se que esse quebra-cabeças é mais complicado que suas próprias elucubrações matemáticas.

Uma vez que os Relativistas operam seus raciocínios dentro da doutrina Einsteniana, fica difícil para eles repensar o assunto em termos clássicos, da mesma maneira como é difícil para os leigos entenderem a dilatação do tempo e a contração do espaço.

Para os leigos, no entanto, e para os físicos que não se especializaram em Relatividade, ou seja, a imensa maioria dos físicos, não há dúvida que a interpretação de Galileu é muito mais simples que a Relatividade Einsteniana Especial [Restrita].

A Relatividade Einsteniana Restrita foi proposta pela primeira vez como uma forma de driblar a grande dificuldade que surgiu na física, com o resultado do experimento de Michelson-Morley (1887) [que negou a existência do éter].

Maxwel [em sua teoria eletromagnética] mostrou que as ondas de rádio e luz compartilham do mesmo espectro eletromagnético, diferindo-se apenas no comprimento de onda. [luz são ondas eletromagnéticas percebidas pelo olho humano]. Assim como ondas marítimas propagam-se pela água, as ondas sonoras propagam-se pelo ar, as ondas eletromagnéticas devem ter o seu próprio meio de propagação. Esse meio foi chamado de éter.

"O espaço interplanetário e interestelar não pode ser vazio", escreveu Maxwell, "mas são ocupados por uma substância material ou um corpo, que é certamente maior e mais uniforme do que tudo que conhecemos."

Da maneira como os dissidentes modernos enxergam, a proposta de uniformidade de Maxwell era enganosa.

O experimento de Milchelson e Morley foi uma tentativa em detetar esse éter. A Terra em seu movimento orbital deve sofrer a ação do éter, de modo que ele deve ser percebido como uma brisa fora da janela de um carro em movimento. Apesar de repetidas tentativas, nenhuma brisa etérea pode ser observada.

Quando o interferômetro de Michelson e Morley foi posto à prova, esperava-se um padrão de franjas, em decorrência da interferência luminosa ao suposto movimento. Mas não houve nenhuma alteração no padrão.

Einstein justificou o resultado negativo da prova de Michelson e Morley de forma radical:

"Não há necessidade de um éter [para a propagação das ondas eletromagnéticas]. E se não houve mudança na franja é por que a velocidade de uma onda luminosa se aproximando não é afetada pelo movimento do observador".

[Einstein, por influência de Mach, negou o éter por não ter como provar a sua existência].

Mas se a velocidade da luz se mantém constante, o tempo precisa andar mais devagar [distorção temporal] e o espaço precisa contrair-se [distorção espacial], de modo que a divisão de um pelo outro continuará dando o mesmo resultado, ou seja a invariância da velocidade da luz. A FÓRMULA pela qual determinou-se a invariabilidade da velocidade da luz é muito simples, e MATEMATICAMENTE tudo se justificou.

Comentários do tradutor:

Note que o observador depende da percepção da luz para a verificação do teste do interferômetro de Michelson e Morley.  Na física, a velocidade é dada pela divisão do espaço pelo tempo. Velocidade é o espaço percorrido num determinado tempo. Por exemplo, se um carro está a velocidade de 100 km/h, este pode cobrir o espaço de 100 km dentro de uma hora.

Se, no experimento de Michelson e Morley feito na Terra, onde há movimento de rotação e translação em jogo, não foi detetada a variação da velocidade da luz em relação ao movimento do observador, logo, o tempo teria de dilatar-se  e o espaço teria de contrair-se!

O espaço e o tempo encolhem, mas a resultante da divisão de um pelo outro (a velocidade da luz no interferômetro) continua a mesma.

Voltando à tradução...

Os céticos, no entanto, foram apaziguados com esta fórmula:

"Eu sei que parece estranho o tempo ficar lento e o espaço contrair-se quando as coisas se movem. Mas não há com o que se preocupar. Esse fenômeno é muito pequeno para ser notado no dia-a-dia,  pois depende de velocidades absurdas para ser medido."

"Assim, para efeitos práticos, podemos continuar vendo o mundo à moda antiga. Se, algum dia, alcançarmos as velocidades relativistísticas, iremos nos acostumar com esses estranhos efeitos."


Mais comentários...

As velocidades dos veículos construidos pelo homem ainda não são suficientes para verificar a distorção espaço-tempo com facilidade. Desta maneira, para a engenharia aeroespacial, a física clássica de Newton continua valendo.

Aproveito a oportunidade para incluir um texto encontrado no blog "Física na Veia".

O que Einstein procurava, quando enunciou sua “Teoria da Relatividade Especial”, era salvar o princípio de Galileu, quando aplicado às leis do eletromagnetismo, que haviam sido brilhantemente sintetizadas por Maxwell, durante o século XIX. Parecia, inicialmente, que as leis do eletromagnetismo não eram descritas da mesma maneira, quando se mudava de referencial.

Ao unificar os resultados de Michelson e Morley sobre o fato de que a luz não necessita suporte material para se propagar com as equações de Lorentz para cálculo de velocidades relativas e com o fato da velocidade da luz independer do referencial, concluiu que as leis do eletromagnetismo também são as mesmas para todos referenciais inerciais.

José Roberto Castilho Piqueira
Professor titular da Poli-USP


Mais comentários do tradutor;

Einstein tentou salvar o princípio da Relatividade de Galileu no contexto da teoria eletromagnética de Maxwell. Einstein passou sua infância numa fábrica de motores elétricos. Ele acreditava cegamente no eletromagnetismo, não deveria levar à sério aquilo que Maxwell teorizou  Razz .


Aproveitei o gancho e perguntei ao professor Dulcídio, titular do blog "Física na Veia":

- Einstein fez um esforço danado para salvar a teoria eletromagnética de Maxwell. E se a teoria de Maxwell estiver errada?

Resposta:

- Como eu disse (...) num comentário anterior, aprendi que certo ou errado não são termos aplicáveis na Física.

Feynman dizia mais ou menos assim " fazer Física é como assitir a uma partida de xadrez sem saber as regras. A gente vai entendendo às regras do jogo aos poucos, em tempo real". Logo, dentro da Física, tudo pode evoluir e se adequar.

Entender o jogo do Universo não é algo definitivo, nunca!

fonte:

http://fisicamoderna.blog.uol.com.br/arch2009-10-18_2009-10-24.html

continua...


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Sr. Einstein, onde está meu erro? - Página 3 Empty Re: Sr. Einstein, onde está meu erro?

Mensagem por Jonas Paulo Negreiros 3rd maio 2014, 11:15

Recapitulando os pontos de importância...

A relatividade einsteniana restrita foi proposta pela primeira vez como uma forma de driblar a grande dificuldade que surgiu na física, como resultado do experimento de Michelson-Morley (1887) [a prova que negou a existência do éter].

Maxwel [em sua teoria eletromagnética] mostrou que as ondas de rádio e luz compartilham do mesmo espectro eletromagnético, diferindo-se apenas no comprimento de onda. Assim como ondas marítimas propagam-se pela água, as ondas sonoras propagam-se pelo ar, as ondas eletromagnéticas devem ter o seu próprio meio de propagação. Esse meio foi chamado de éter.

"O espaço interplanetário e interestelar não pode ser vazio", escreveu Maxwell, "mas são ocupados por uma substância material ou um corpo, que é certamente maior e mais uniforme do que tudo que conhecemos."

Assim, da maneira como os dissidentes modernos enxergam a coisa, a proposta de uniformidade de Maxwell era enganosa.

[Isto é, o éter pode de fato existir, porém sua uniformidade pode ser alterada pela força de gravidade dos corpos celestes].

Continuando...

Agora, com a moderna experimentação, nós chegamos à algumas conclusões. Hoje temos relógios muito precisos, com um  desvio de um bilionésimo de segundo por dia. As diferenças previstas por Einstein agora são mensuráveis.

Algo interessante acontece: as experiências tem mostrado que os relógios atômicos realmente pulsam mais devagar quando estão em movimento e as [instáveis] partículas atômicas vivem mais tempo. Isso significaria que o próprio tempo desacelera? Ou existe uma explicação mais simples?

Os físicos dissidentes que mencionei discordam sobre várias coisas, mas eles estão começando a unir-se por trás dessa proposição:

Há realmente um éter, no qual viajam as ondas eletromagnéticas, mas ele não é tão abrangente e uniforme como proposto por Maxwell.

Em vez disso, considera-se o eter transportado pela campo gravitacional dos corpos celestes, cuja densidade do éter aumenta ao aproximar-se dos corpos celestes.
Próximo à superfície (do Sol, Planeta, ou outras estrelas) o campo ou éter é relativamente mais denso. Quando você move-se no espaço, essa densidade torna-se mais fraca.

A obra de Beckman "Einstein mais dois" introduz esta hipótese. Creio que esta hipótese, conforme conta Beckman, foi formulada pela primeira vez em 1950, por um de seus alunos de pós-graduação, Jiri Pokorny, do Instituto de Engenharia de Rádio e Eletrônica de Praga. Pokorny juntou-se ao Departamento de Física da Universidade Charles, de Praga, hoje está aposentado.

Creio que todos os fatos que parecem exigir as explicações da Teoria da Relatividade Especial ou Geral podem sem mais facilmente explicados se admitirmos um éter que corresponde ao campo gravitacional local.

Michelson não encontrou nenhum "vento de éter" ou alteração no padrão de franjas luminosas por que, naturalmente, o campo gravitacional da Terra avança com a Terra.

[Não podemos nos esquecer que a atmosfera terrestre também avança com o movimento da Terra e essa massa gasosa é capaz de interferir no movimento das ondas eletromagnéticasQuanto à curvatura da luz das estrelas perto do Sol, confirmada pela mundialmente famosa Teoria da Relatividade Geral de Einstein [Eclipse de Sobral - CE], o fenômeno pode ser facilmente explicado, considerando-se que a luz das estrelas passam por um meio de propagação luminosa não-uniforme de densidade variável].

Continuando...
Há uma lei bem conhecida na física que explica a mudança de direção das frentes de ondas, quando estas entram em um meio mais denso. De acordo com Howard Hayden, podemos calcular a deriva das ondas luminosas das estrelas com algumas operações algébricas usadas pelos colegiais?  As derivas são calculadas com exatidão[!]. O Cálculo Tensorial e a Geometria  Riemanniana da Relatividade Geral dão apenas uma aproximação.

[O autor refere-se ao fenômeno da refração da luz, que muda de velocidade com o meio. Esse fenômeno pode ser observado com um lápis dentro de um copo de água. Na interface ar-água, o lápis parece estar quebrado.]

Da mesma maneira  o "Atraso Temporal de Shapiro", observado em sinais de RADAR quando passam pelo Sol, recuperam-se em Mercúrio. Alguns podem preferir tentar entender tudo isso em termos de "curvatura espaço-tempo" para usar a formulação de Einstein (incompreensível para os leigos, acredito). Mas eles devem saber que existe uma alternativa mais simples.

Vale a pena dar uma olhda em outra famosa confirmação da Relatividade Geral:

O avanço do periélio da órbita do planeta Mercúrio (o periélio é o ponto da órbita do planeta que mais se aproxima do sol).

No futuro, várias teses de pós-graduação poderão ser escritas  sobre esse importante episódio na história da ciência. Em seu livro "Sutil é o Senhor", Abraham Pais relata que quando Einstein viu o seus calculos concordarem com a órbita de Mercúrio, "Ele teve a sensação de que algo realmente bateu forte em sua alma... Essa prova foi, creio eu, a mais forte experiência emocional na vida de Einstein, pois a Natureza havia falado com ele".

Fato:

A equação que demonstrara a órbita de Mercúrio foi publicada 17 anos antes da invenção da Teoria da Relatividade. O autor, Paul Gerber pressupôs que a velocidade da gravidade não é instantânea e se propaga na velocidade da luz.

Depois que Einstein publicou a suas deduções da Teoria Geral da Relatividade, chegando às mesmas equações [de Gerber]. O artigo de Gerber foi reimpresso na Revista Annalen de Physik, a mesma que tinha publicado os artigos da Relatividade de Einstein.


Os editores achavam que Einstein deveria ter reconhecido a primazia de Gerber. Einstein disse que a desconhecia. Foi salientado que a fórmula de Gerber havia sido publicada no livro de mecânica "Science", de Mach. Esse livro fazia parte do currículo escolar de Einstein. Então, como é que ambos chegaram a mesma fórmula?


Tom Van Fladern estava convencido que a hipótese de Gerber sobre a propagação da velocidade da gravidade estava errada. Então, ele estudou a questão. Ele ressalta que a fórmula em questão é bem conhecida na mecânica celeste. Consequentemente ela poderia ser utilizada como um "alvo"para a formulação de calculos que chegariam a ela.

[Comentário do Tradutor: A matemática não é tão "isenta" quanto se possa parecer. Ela pode ser "conduzida" para que se chegue a um alvo almejado...]


Van Flandern percebeu que o método de Gerber não fazia sentido, em termos dos princípios da mecânica celeste. "Einstein também disse (num artigo de revista de 1920) que as deduções de Gerber estavam erradas de cabo-a-rabo."


Assim,  como Einstein conseguiu chegar a mesma fórmula?  Van Flandern revisou seus cálculos, e surprendeu-se ao constatar que eles tinham "três contribuições diferentes para o periélio, duas que se somam e outra que anula parte das outras duas. E encerra-se o cálculo apenas com os multiplicadores."

[Nota do Tradutor:
Esse trecho do texto é uma descrição literal entre operações matemáticas, cheio de expressões idiomáticas. Não há como precisar a tradução correta, mas o desfecho da argumentação do físico dissidente é compreensível por todos.]

Então, Van Flandern pergunta a um colega da Universidade de Maryland, um jovem estudante que cruzou com Einstein no Instituto de Estudos Avançados de Princeton, qual sua opinião de como Einstein teria chegado ao multiplicador correto da equação.

A impressão do colega é que, como conhecia a resposta, Einstein teve ter chegado aos valores corretos sem justificá-los.  

Se o método da Relatividade Geral está correto, ele poderia ser aplicado em todos os lugares, não apenas no sistema solar. Mas, pelo ponto-de-vista de Van Flandern, há um conflito na teoria quando ela é aplicada em estrelas binárias de massas desiguais. As órbitas dessas estrelas não são previsíveis pela fórmula de Einstein.

Ao saber disso, os físicos encolhem seus ombros. Argumentam que deve haver algo de peculiar sobre essas estrelas, como um achatamento ou efeitos das marés.

Outra possibilidade é que Einstein pegou apenas a parte necessária do cálculo para "explicar" a órbita de Mercúrio, de modo que não é possível aplicá-la em outros lugares....

Continua...


Última edição por Jonas Paulo Negreiros em 3rd maio 2014, 11:48, editado 2 vez(es)
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Sr. Einstein, onde está meu erro? - Página 3 Empty Re: Sr. Einstein, onde está meu erro?

Mensagem por Jonas Paulo Negreiros 3rd maio 2014, 11:23

Tradução - Parte Final

O éter, esse desconhecido.

A maneira mais simples de entender tudo isso sem enlouquecer, conforme diz Van Flandern, é se desfazer da Teoria da Relatividade de Einstein e assumir que há um meio de transporte para a luz.

[A coisa é de enlouquecer mesmo. Se o éter, de existência ainda não provada, em termos macrocósmicos é imóvel, este deveria ser a referência de todos os movimentos. Em meados da década de 1930, numa conferência de física Holanda, Einstein retratou-se e disse que era impensável para a física um universo sem o éter, e que ele apenas relativizou-o.]

Quando um relógio se move através desse meio, o tempo para que cada elétron do relógio atômico complete sua órbita leva mais tempo. Portanto, esse relógio faz menos "tique-taques" em um determinado momento do que um relógio parado [em relação ao eter].

Relógios móveis andam mais devagar, em resumo, por que nesta condição seus mecanismos ficam mais lentos. São apenas relógios. Isso não quer dizer que o tempo fica mais lento [Da mesma maneira que o tempo não pára quando um relógio quebra].

Todas as experiências que supostamente confirmam a Relatividade Especial são feitas em laboratórios terrestres, nos quais cada partícula ou relógio atômico sofrem a ação da gravidade da Terra, e portanto, a qual pode desacelerar esses relógios.

[As diferenças encontradas nos relógios atômicos fixos ou móveis em relação à Terra podem  não depender simplesmente das alterações gravitacionais, mas também da pressão e temperatura diferentes, influência de raios cósmicos, campo magnético das naves, etc, etc. Considerar também o giro dessas naves em relação à Terra, que podem ser somados ou subraídos assimetricamente aos giros das órbitas dos átomos desses relógios atômicos embarcados].

Ambas as teorias, Einsteniana ou de Campo Gravitacional Terrestre [de Van Flandern], produziram os mesmos resultados. Até agora.

Voltemos ao problema do GPS - Sistema de Posicionalmento Global. Na altitude em que se encontram, os relógios dos satélites GPS adiantam aproximadamente 46 milisegundos ao dia em relação aos relógios terrestres, pois o campo gravitacional à 20.000 km da Terra [altura média da órbita dos satélites GPS] é muito menor [além do efeito de microgravidade, pois os satélites sofrem também o efeito da força centrífuga].

Os relógios orbitais também cruzam por esse [fraco] campo gravitacional numa velocidade média de três quilômetros por segundo (3.000 m/s), por conta de suas velocidades orbitais. Por tal razão, um tique-taque desses relógios são 7 milisegundos mais lentos que os relógios terrestres.

Para compensar esses dois efeitos [supostamente do campo gravitacional terrestre e do movimetno das órbitas dos satélites], os engenheiros do sistema GPS regularam esses relógios, antes do lançamento, para atrasarem a marcha à razão de  39 milissegundos ao dia. Esse procedimento fez com que o "tique-taque" dos relógios orbitais batessem em perfeito sincronismo com os relógios terrestres e o sistema funcionou.

Com o GPS, observadores terrestres podem localizar-se com alto grau de precisão. Entretanto, pela Teoria Einsteniana, era esperado que, em função do movimento dos relógios orbitais, e da relevante variação da velocidade desses artefatos em relação a um observador em qualquer ponto da terra, esperava-se que seria necessário correções relativistas constantes na frequência (tique-taques) dos relógios. Pela complexidade dos cálculos, isso tornaria o GPS funcionalmente inviável. Mas essas compensações [relativísticas] não são foram feitas...

No entanto, o sistema é gerenciado para funcionar, apesar de não utilizar nenhuma correção relativista após o lançamento.

ELES BASICAMENTE ANIQUILARAM A TEORIA DA RELATIVIDADE.

[Engraçado, modernamente os físicos "oficiais" vêem no GPS uma prova "irrefutável" da Teoria da Relatividade, e dizem que Van Flandern estava errado. Vamos acreditar em quem?].

Os últimos resultados não estão de acordo com as expectativas relativistas. Para acomodar os resultados, os Partidários Einstenianos argumentam que , se você olhar as coisas de um quadro de referência diferente, tudo ainda funcionará bem.

Mas eles têm de fazer o equivalente, do mesmo ponto de observação, e isso não é convincente.

Uma simples teoria que leva em conta todos os fatos, mais cedo ou mais tarde suplantará uma teoria do tipo Rube Goldberg.

Sr. Einstein, onde está meu erro? - Página 3 Goldberg

[Isso é uma piada, Rube Goldberg era cartunista que fazia charges sobre as complicações da vida].

Penso que isso está começando a acontecer.

A pergunta de Dingles [o cara que desafiou a NATURE]:

O professor da Universidade de Londres Hebert Dingle demonstrou por que a Relatividade Especial sempre entrará em conflito com a lógica, não importando qual das duas aprendermos primeiro.

Segundo a teoria, se dois observadores estão equipados com relógios, e um se move em relação ao outro, o relógio que está se movendo é mais lento que o relógio estacionário. Mas o princípio da relatividade em si (parte integrante da teoria), faz a afirmação de que, se uma coisa está se movendo em linha reta em relação a outra, qualquer uma das duas pode ser considerada móvel ou imóvel.

Decorre que, se há dois relógios, A e B,  e um deles está em movimento, o relógio A anda mais devagar que B e o relógio B anda mais devagar que A.  Isso é um absurdo [!].

[Se você não entendeu, na situação acima, qualquer um dos relógios pode ser considerado fixo, pois depende do referencial relativístico. Então qualquer um dos relógios pode se atrasar. [Maluquice, não?!]

A questão [do físico dissidente] Dingles era esta: qual dos dois relógios anda mais lento?

Os físicos [ortodoxos] não conseguiram chegar a um acordo sobre essa resposta.

À medida que o debate ia adiante, o físico canadense [Van Flandern?] escreveu à Nature em julho de 1973:

"Talvez chegou o tempo para aqueles que querem uma resposta oficial. Caso contrário, o homem simples que ouve sobre esse assunto, pode exercer o seu direito de comentar que, quando os peritos discordam, todos podem não estar certos, mas todos podem estar errados."

[Galbraith, economista canadense, não via problemas nas divergências: "Quando todos concordam, todos correm o risco de estarem errados". Nelson Rodrigues, cronista brasileiro, foi além ao afirmar que "Toda a unanimidade é burra".]

O problema não foi resolvido. Allan Lightman, do MIT, ofereceu uma solução insatisfatória em seu trabalho "Grandes Idéias em Física (1992)":

"O fato de que cada observador vê o [outro] relógio marcando mais lentamente de que seu próprio relógio não conduz a uma contradição. A contradição pode surgir se os dois relógios puderem ser postos de volta juntos, lado a lado, em dois tempos diferentes [?]. Mas os relógios em constante movimento relativo retilíneo, podem estar juntos apenas uma vez, no momento da passagem. Assim, a teoria é protegida pela sua própria [e diabólica] lógica interna, pela impossibilidade de ser posta à prova."

Uma teoria dessas pode ser considerada científica?

-Tom Bethel, autor desse artigo traduzido livremente.


COMENTÁRIOS FINAIS

Achei muito interessante esse artigo, pois me fez sentir menos idiota que antes.
Li vários artigos "simplificados" da teoria da relatividade e nunca entendi nada.

A batalha entre a física oficial e a dissidente continua. Quem sabe, um dia, aparecerá um novo Galileu e suplantará a moderna inquisição da relatividade.

Encontrei um pensamento sobre teorias, não sei quem é o autor, mas vem a calhar:

"O que sobrevive não são as teorias, mas as realidades que teorizamos."

Não vamos nos detratar por elas...


Nota:

O artigo integral de Tom Bethel, encontra-se nesse endereço:
http://www.gravitywarpdrive.com/Rethinking_Relativity.htm
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Sr. Einstein, onde está meu erro? - Página 3 Empty Re: Sr. Einstein, onde está meu erro?

Mensagem por casasanta 3rd maio 2014, 23:12

Jonas; esse artigo demonstra que a fortaleza que mantém em pé a Teoria da Relatividade assegura que mesmo físicos respeitados não tenham poder algum contra ela.

Isso está me parecendo "Teoria da Conspiração".

Dionísio; só para um melhor esclarecimento; diante das excelentes precisões de 5 metros, meio metro e até 20 centímetros na posição de alguém munido de um bom GPS, os 11,4 Km é a "péssima" precisão de localização de alguém com um aparelho GPS na superfície da Terra, sem a relatividade por um dia?

Ou eu estou enganado?

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Sr. Einstein, onde está meu erro? - Página 3 Empty Re: Sr. Einstein, onde está meu erro?

Mensagem por Dionísio 4th maio 2014, 01:20

casasanta escreveu:Dionísio; só para um melhor esclarecimento; diante das excelentes precisões de 5 metros, meio metro e até 20 centímetros na posição de alguém munido de um bom GPS, os 11,4 Km é a "péssima" precisão de localização de alguém com um aparelho GPS na superfície da Terra, sem a relatividade por um dia?

Não, provavelmente não será esse o erro de posição do rastreador. O sistema GPS conta com 24 satélites e um número de bases fixas rastreadoras. Essas bases mantém a referência do sistema rastreando e atualizando (com as devidas correções) a posição real do satélite (não tenho certeza, mas creio que pelas coordenadas do nadir).

Se me lembro bem, o primeiro satélite do sistema foi lançado sem o que é chamado de "correção de fábrica" que é a correção devida ao campo gravitacional na altitude de operação e com a qual os equipamentos hoje já são produzidos.

Uma estação móvel que deseja conhecer sua posição (um navio, por exemplo) faz a conexão com o maior número de satélites possível a partir de onde está, podem ser quatro ou cinco.

A partir daí com o recebimento do sinal de um dos satélites é estabelecida a distância do navio ao satélite que poderia conter o erro primário de ~11km (caso o satélite estivesse operando a 24 horas sem correções). O mesmo procedimento é feito em relação aos demais satélites com os quais foi obtida conexão podendo conter erros semelhantes.As posições reais dos satélites são obtidas das estações rastreadoras fixas, de modo que o navegador terá uma distância e uma posição de referência.

A posição do navio será obtida por triangulação a partir dos satélites e o erro final de posição do objeto (no caso o navio) resultará da composição dos erros contidos na triangulação. Será difícil avaliar a grandeza desse erro final de posição que provavelmente dependerá de fatores como as distâncias relativas do navio ao nadir de cada satélite, assim como do número de satélites conectados, podendo eventualmente resultar maior do que esses 11km, ou seja, o navio poderá encontrar-se em algum ponto dentro de um círculo com até mais do que 11km de raio.

Sr. Einstein, onde está meu erro? - Página 3 23f1

Esse problema geodésico tem total similaridade geométrica com as triangulações topográficas realizadas na superfície.

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Sr. Einstein, onde está meu erro? - Página 3 Empty Re: Sr. Einstein, onde está meu erro?

Mensagem por casasanta 5th maio 2014, 15:16

Ok, Dionísio.

Os sinais emitidos entre os satélites têm, entre outras informações, o horário exato da transmissão, dando a cada satélite que o recebe, a informação precisa e necessária para que ele identifique a distância do satélite emissor. E são com essa maneira (apoiando-se do fato da velocidade da luz) que são calculadas e determinadas as posições, não só de objetos na superfície terrestre, mas dos próprios satélites do sistema e de muitos outros. Para que tudo fique perfeitinho, tudo o que contribui para fatores de erros devem ser eliminados com as devidas correções. Os fatores relativísticos de dilatação do tempo em decorrência do movimento e em decorrência do Campo gravitacional são, dentre muitos outros fatores envolvidos no sistema GPS, os que mais nos fascinam pelo simples fato de “vermos” que eles existem mesmo.

Vivendo e aprendendo. E, lendo, tudo fica mais fácil.

OBS: Não que seja um grande erro, dos que comprometem o entendimento, mas que seria bom tomarmos cuidado para não abusarmos; é o de confundirmos as quantidades microssegundo e nanosegundo. Vejam que o erro temporal no sistema GPS é de 38 microssegundos. Esse é um tempo muito mais longo que as dezenas de nanosegundos encontrados no experimento dos aviões (que têm velocidades muitas vezes menores que os satélites). Além disso, o erro de 38 microssegundos é de um dia inteiro para os satélites, enquanto que para os aviões foi de um tempo menor que um dia (pelo menos é o que eu creio). As dezenas de "nanosegundos" só seriam dezenas de microssegundos com anos consecutivos de vôos dos aviões em um único experimento.

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Sr. Einstein, onde está meu erro? - Página 3 Empty Re: Sr. Einstein, onde está meu erro?

Mensagem por casasanta 5th maio 2014, 17:56

E você, Jonas?!?...

Como estão suas idéias sobre o éter? Ele seria um corpo que tenderia a ser infinitamente rarefeito para não causar atrito aos corpos que o atravessam, ao mesmo tempo que seria um corpo que tenderia a uma monstruosa densidade para que a propagação das ondas que nele são geradas tenham a velocidade de quase 300000 quilômetros por segundo.

Dizem que Einstein ficou meio maluco por conceber em mente um universo sem o éter (a matemática dele é baseada nisso), mas dizem, também, que Einstein nunca disse que o éter não existe (que ele só não o incorporou na matemática por ele ser matematicamente inerte).

Diante disso; Jonas; você não acha que o Campo (curvaturas do espaço), que é inteiramente descrito pela matemática, é o próprio éter?

Se existem distâncias entre ondas, e ondas é o espaço com curvas, essas distâncias estão determinadas em um subespaço imóvel que é ocupado pelo espaço que curva, denominado Campo, que tem as características de MASSA?

Está claro que o éter foi incorporado na matemática da Relatividade com a denominação de Campo. O que se quer dizer com o “não éter”, é que não se consegue saber da velocidade e direção de qualquer corpo através dele. Mas, as afirmações que seguem isso não consideram as localidades das ondas que estão por todo o espaço. No quadro da fonte de luz em movimento não se comenta da diferença de quantidade das ondas que estão nos espaços à frente e atrás do movimento num dado momento. Por exemplo: Numa nave de 100 metros de comprimento, uma fonte de luz no centro da nave ilumina dois espelhos, um à 50 metros, na frente da nave, e outro à 50 metros nos fundos da nave. Com a nave em movimento, a luz demora mais para ir da fonte ao espelho da frente, igualmente do espelho do fundo à fonte. Da mesma maneira igualitária, mas com menor duração de tempo, a luz viaja do espelho da frente à fonte e da fonte ao espelho do fundo. Isso resulta numa perfeita simultaneidade de retorno das luzes, que é exatamente o que ocorre estando a nave parada em relação ao éter. E é por essas e outras que não conseguimos medir o movimento pelo éter. Mas, o que difere entre estar ou não em movimento pelo éter é a quantidade de ondas de um único trem de ondas entre a fonte e o espelho da frente, e a quantidade de ondas de outro e igual trem de ondas entre a fonte e o espelho do fundo. Essas ondas existem e estão lá, em suas quantidades são diferentes. Mas, como contá-las. Como registrá-las em algum meio que possamos comparar e enxergar a diferença. Sei que a diferença existe e o éter pode ser detectado nisso.


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Sr. Einstein, onde está meu erro? - Página 3 Empty Re: Sr. Einstein, onde está meu erro?

Mensagem por Jonas Paulo Negreiros 6th maio 2014, 10:50

Como estão suas idéias sobre o éter? Ele seria um corpo que tenderia a ser infinitamente rarefeito para não causar atrito aos corpos que o atravessam, ao mesmo tempo que seria um corpo que tenderia a uma monstruosa densidade para que a propagação das ondas que nele são geradas tenham a velocidade de quase 300000 quilômetros por segundo.

Interessante, Casasanta. A sua descrição sobre o éter concorda, em partes, com o "mar de neutrinos" que aparentemente permeia todo o universo.


Numa nave de 100 metros de comprimento, uma fonte de luz no centro da nave ilumina dois espelhos, um à 50 metros, na frente da nave, e outro à 50 metros nos fundos da nave. Com a nave em movimento, a luz demora mais para ir da fonte ao espelho da frente, igualmente do espelho do fundo à fonte. Da mesma maneira igualitária, mas com menor duração de tempo, a luz viaja do espelho da frente à fonte e da fonte ao espelho do fundo. Isso resulta numa perfeita simultaneidade de retorno das luzes, que é exatamente o que ocorre estando a nave parada em relação ao éter.

Pois é, Casasanta.

Sem a admissão do éter, chegamos à conclusão que, para a conta "fechar" é necessário encurtar o comprimento da nave e dilatar o tempo de quem está dentro dela.

Não se esqueça de que esta prova ainda não realizada na prática; ela é apenas uma "experiência mental" do genial cientista alemão.

A luz caminha no éter, mas também caminha em menor velocidade por outros meios transparentes, sólidos ou gasosos. Neste termos, o experimento de Michelson e Morley falhou em detetar o éter, pois foi feito dentro da atmosfera terrestre. Parece que ninguém considerou esse importante detalhe.

Se estamos dentro de um automóvel em movimento, podemos conversar normalmente, sem nenhum problema. Se nossa conversa for amplificada e ligada a um altofalante externo, o tempo de uma palavra poderá aumentar ou diminuir para quem está do lado de fora do carro, dependendo apenas de que lado está o ouvinte e de seu estado de movimento em relação ao carro.

Quanto ao conceitos de "campo", "interação de corpos por contato", "interação de corpos isolados" e massa, só podemos intuí-los através dos nossos sentidos, instrumentos criados para detetar aquilo que "queremos" e intelecto.

Mais ou menos como conceituar o "bicho-papão": caracterizá-lo, "estudar" seus hábitos e criar uma armadilha que possa capturá-lo.

No fundo, especular...
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Sr. Einstein, onde está meu erro? - Página 3 Empty Re: Sr. Einstein, onde está meu erro?

Mensagem por casasanta 6th maio 2014, 14:49

Jonas escreveu:A luz caminha no éter, mas também caminha em menor velocidade por outros meios transparentes, sólidos ou gasosos. Neste termos, o experimento de Michelson e Morley falhou em detetar o éter, pois foi feito dentro da atmosfera terrestre. Parece que ninguém considerou esse importante detalhe.

Se estamos dentro de um automóvel em movimento, podemos conversar normalmente, sem nenhum problema. Se nossa conversa for amplificada e ligada a um altofalante externo, o tempo de uma palavra poderá aumentar ou diminuir para quem está do lado de fora do carro, dependendo apenas de que lado está o ouvinte e de seu estado de movimento em relação ao carro.

Quero adverti-lo com uma observação IMPORTANTE. Não são poucas as vezes que ouço ou leio alguém dizer isso que você disse acima. Tenha em mente que o ar (condutor das ondas) de dentro do carro está no movimento junto com o carro, mas, o éter (condutor das ondas) de dentro do laboratório não está no movimento do laboratório. Assim, você não pode equiparar os efeitos de velocidade das ondas em relação ao ambiente.

Você disse do ar de dentro do laboratório, mas esse ar está se movendo através do éter junto com o laboratório, mas o condutor das ondas é o éter, e não o ar.

Do modo como você falou, o que se entende é que você quis dizer que o ar de dentro do laboratório se movendo pelo éter, torna-se o condutor da luz, fazendo com que a velocidade da luz seja referente ao ambiente gasoso do ar do laboratório, ignorando o fato do éter estar em alguma tal velocidade, tal direção e tal sentido.

Creio que posso, aqui, discordar dessa sua interpretação, bem como dessa analogia do ar de dentro do carro que muitos empregam.

Meu argumento sobre a não detecção do nosso movimento através do éter é a contração do comprimento e a dilatação do tempo, mas não é a mesma contração do comprimento e dilatação do tempo descrita pela Teoria da Relatividade. É DIFERENTE.

Enquanto a Relatividade diz que a contração é contração do comprimento do espaço só na direção do movimento, e esse movimento é relativo a quem mede a contração, o que penso é que a contração diz respeito somente à contração do comprimento do objeto que se move, e esse movimento é através do éter, sendo a contração também só na direção do movimento.

E, enquanto a Relatividade diz que a dilatação do tempo atrasa e adianta tempos por todo o corpo espacial do universo, fazendo uma imensa e verdadeira "sopa" de passados, presente e futuros, eu penso que o tempo é universalmente absoluto, e as coisas (todas as coisas são formadas por átomos, que são máquinas que trabalham com ritmos perfeitamente determinados pelo ambiente onde se apresentam), movendo-se pelo éter, têm suas máquinas (átomos) trabalhando mais devagar quanto mais veloz pelo éter estiver.

É isso. É como eu penso sobre "a contração do comprimento e a dilatação do tempo"

De que maneira e porque isso ocorre? A relatividade não justifica a razão disto acontecer, mas minha teoria tem a mais coerente das justificativas. É de uma explicação coerente como é a da Física Clássica do nosso dia a dia. Uma explicação transparente que não deixa nada as escondidas. Sem mistérios e sem fantasias hilariantes.
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Sr. Einstein, onde está meu erro? - Página 3 Empty Re: Sr. Einstein, onde está meu erro?

Mensagem por Jonas Paulo Negreiros 6th maio 2014, 22:55

Casasanta:
Do modo como você falou, o que se entende é que você quis dizer que o ar de dentro do laboratório se movendo pelo éter, torna-se o condutor da luz, fazendo com que a velocidade da luz seja referente ao ambiente gasoso do ar do laboratório, ignorando o fato do éter estar em alguma tal velocidade, tal direção e tal sentido.

Esse assunto me interessa. Fiz uma tradução de um artigo que explica melhor a questão, aliás bem comentada pelo colega:

https://fisica2100.forumeiros.com/t1328-a-essencia-da-relatividade-especial


Casasanta:
Enquanto a Relatividade diz que a contração é contração do comprimento do espaço só na direção do movimento, e esse movimento é relativo a quem mede a contração, o que penso é que a contração diz respeito somente à contração do comprimento do objeto que se move, e esse movimento é através do éter, sendo a contração também só na direção do movimento.

Por que o objeto se contrai e não apenas a sua imagem ?

Se um corpo pode transitar no éter numa velocidade superluminal, sua imagem contair-se-á,  mas seu comprimento continuará o mesmo.

Para tanto, o corpo não pode interagir com o éter, isto é: não haverá trocas energéticas entre a massa do corpo e esse meio etéreo.

Se a interação corpo-éter existir, haverá um tempo necessário para a troca de energia entre o corpo e o éter e vice-versa. Nesses termos, é razoável admitir, ao menos, a contração do comprimento do objeto em relação ao eixo do movimento em relação ao éter.

É aceitável conceber o congelamento do "rítmo atômico" de um corpo que viaja em alta velocidade é razoável (embora haja outras explicações mais simples para isso).

A contração temporal pela ação da gravidade é difícil de intuir. Isso provocaria "terriveis contorções" no tecido do universo  Razz.

... A não ser pela hipótese da expansão radial. A ação da contorção espaço-tempo seria progressiva e exponencial, à maneira que os corpos distanciam-se da origem do big-bang. Nem a velocidade da luz escaparia dessa "lei".

Cessaria a controvérsia da "velocidade da gravidade". Newton "faria as pazes" com Einstein  Rolling Eyes .
Mais brasa para a minha sardinha  Razz ...
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Mensagem por casasanta 9th maio 2014, 02:29

Jonas... O modo como você trata o éter através das suas palavras, fica claro que você não tem em mente uma imagem formada e definida do que é "o éter" como opinião própria. Eu percebo que você o designa ora de um jeito, ora de outro, sem justificativas para que haja diferentes modos de interpretá-lo.

Jonas escreveu:A luz caminha no éter, mas também caminha em menor velocidade por outros meios transparentes, sólidos ou gasosos. Neste termos, o experimento de Michelson e Morley falhou em detetar o éter, pois foi feito dentro da atmosfera terrestre. Parece que ninguém considerou esse importante detalhe.

Do mesmo modo que a luz caminha mais devagar que no vácuo na direção de um braço, caminhará na direção do outro braço. Portanto; Jonas; creio que esse seu argumento não tem fundamento. Mesmo que houvesse no experimento algum comprometimento devido à presença da atmosfera, esse não seria o de uma total anulação da pressuposta detecção do éter.

Jonas escreveu:Por que o objeto se contrai e não apenas a sua imagem ?

De acordo com o meu entendimento, a contração é real. Isto é; cada partícula do átomo se contrai, tornando cada átomo contraído e, conseqüentemente, o corpo todo, que se move pelo éter se apresenta contraído. Veja que eu disse “que se move pelo éter”. É isso o que difere a minha teoria da Teoria da Relatividade, e isso as tornam brutalmente diferentes em suas bases, porém, muitas semelhanças há nelas, mas as justificativas (princípios) são diferentes.

A contração na Teoria da Relatividade não é real materialmente falando. Seriam, estranhamente, dois tipos de contrações. Uma contração é só do espaço (trajeto da viagem) para o astronauta na nave. Outra acontece só com a nave do astronauta, mas essa só é detectada pelo observador que detecta o movimento da nave do astronauta. Veja, então, que não há na Teoria da Relatividade uma definição real do que é essa contração, (ou, do que são essas contrações), e muito menos há uma justificativa aceitável para que aconteçam essas contrações.

Jonas escreveu:Se um corpo pode transitar no éter numa velocidade superluminal, sua imagem contair-se-á, mas seu comprimento continuará o mesmo.

Veja que nossas mentes se confundem com a falta de uma melhor definição da própria Teoria da Relatividade.

Jonas escreveu:Para tanto, o corpo não pode interagir com o éter, isto é: não haverá trocas energéticas entre a massa do corpo e esse meio etéreo.

Se a interação corpo-éter existir, haverá um tempo necessário para a troca de energia entre o corpo e o éter e vice-versa.

Jonas... Você já imaginou uma “onda esférica” (onda em forma de bola)?

Seria como a crista da onda no centro, e o vale da onda ao redor do centro. Essa onda esférica não teria para onde se propagar se outra a certa distância interferisse nela com seu longo campo que corresponde ao vale da onda. Será que fui claro?
Uma “onda” dessa, feita pelo próprio éter, se propaga pelo éter. É uma partícula elementar. Ela tem seus movimentos através do éter, trocando constantemente o que é seu corpo com o éter. E ela própria possui sua máxima velocidade pelo éter. Isso não é tão difícil de imaginar.

Jonas... Essa é a partícula elementar do universo da minha teoria. É claro que o centro dela, sendo um colapso, é de grande força, não sendo, pois, de uma leveza de fácil destruição como é uma simples onda esférica.

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Mensagem por Jonas Paulo Negreiros 9th maio 2014, 11:03

Casasanta,

Vejo muita similaridade em suas investigações com às do Dr. Milo Wolff:

Milo Wolff Envolve-se com a Estrutura da Matéria

Dr. Wolff:
- Nós estamos falando sobre a estrutura ondulatória da matéria.
Nos últimos 3000 anos, todo mundo vem pensando que toda a matéria é feita de algo bem pequeno... como grãos de areia... partículas, da mesma forma como pensavam os gregos [na antiguidade].

Eu imagino que a maioria dos cientistas pensam que podem fazer castelos de areia em frente ao mar. Quando você faz um castelo de areia, você começa a pensar:

"Bem, essa é a substância da qual... a matéria realmente é feita."

Dessa maneira, é muito difícil libertar-se dessas idéias. Mas, a verdade sobre a matéria que se revela nos experimentos, nas observações, aquilo que é aceito pelos cientistas é que deve existir... uma estrutura ONDULATÓRIA de matéria, SOMENTE uma estrutura ONDULATÓRIA.


Título em fundo negro:
As ondas caminham através do quê?


Dr. Wolff:
-ESPAÇO. Espaço é o... o meio dessas ondas. Espaço é uma coisa que nós... ainda conhecemos muito pouco. O espaço, suas características, sua estrutura será a pesquisa de vanguarda do futuro. Como ninguém pode vê-lo, ninguém pode capturá-lo (gesticula com o fechamento da mão direita), nós concluímos que o espaço não é coisa alguma. Nós usamos a frase "espaço vazio". Toda a lógica da... astronomia e... física nos diz que o espaço NÃO É VAZIO.Ele é... o meio pelo qual as ondas vem de você até à mim.



Título em Fundo Negro:
A estrutura esférica-ondulatória da matéria obviamente explica a dualidade da matéria.


Repórter:
-Bem, pelo que entendi, o senhor está dizendo que estas partículas são de fato ondas estacionárias esféricas. O efeito-partícula no centro de uma onda. Mas isto é uma explicação para a dualidade partícula-onda,

Por que isso não é tão óbvio... para todo mundo? Isso não tem sido óbvio nos últimos cem anos. Isto é uma solução óbvia... para descrever matéria no espaço.

Dr. Wolff:
- Eu penso que pessoas, são ... prisioneiras de seus hábitos. Pessoas incorporam hábitos. É muito difícil mudarem.

Reporter:
-E faz parte do hábito pensar em partículas materiais?

Dr. Wolff:
-Exatamente.

mais detalhes em:

https://fisica2100.forumeiros.com/t1052-entrevista-com-o-dr-milo-wolff#5549
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